Passeio a Hogsmead

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O sábado chegara e as garotas no dormitório feminino não pareciam estar muito diferentes que o normal exceto duas delas...

- Vamos logo, Gina. Você se afogou com a água do chuveiro, por acaso? – Gritava Alice na porta.

- Calma, Alice, parece que você nunca mais vai ver o Frank na vida. – A ruiva saiu de dentro do banheiro trazendo consigo uma nuvem de vapor, Alice rapidamente entrou para tomar seu banho.

No outro lado do quarto a situação não estava muito diferente uma garota ruiva jogava roupas por cima do ombro perguntando-se seguidamente:

- Que roupa eu ponho?... Que roupa eu ponho?... AH, MAS QUE DROGA, eu não sei que roupa pôr. Maria, me ajuda?

- Sabe o que eu acho Lily? Eu acho que você está animadinha demais para sair com o arrogante e desprezível do Potter. – Disse a amiga, zombeteira.

- Há, há, há. Muito engraçado, Mcdonald, realmente muito engraçado. Vou te dizer umas coisinhas, pois acho que você está muito mal informada, primeiro: Eu não estou “animadinha” para sai com meu amigo, A-MI-GO. Segundo: Tiago não é tão desprezível e arrogante quanto eu achava ser, ele cresceu, e para falar a verdade ele é realmente uma pessoa impressionante e... Mas isso não vem ao caso não é mesmo? E Terceiro: Só estou preocupada com minha roupa por que... Por que... – A garota não sabia o que dizer queria realmente arrasar hoje, mas não tinha nenhum motivo aparente para isso. Maria a encarava com uma sobrancelha arqueada desdenhosamente. – Ora por que hoje é o nosso primeiro passeio a Hogsmead.

- Só isso?

- Eh. Só isso.

- Aham, certo. - Disse com voz de quem não acreditava nenhum pouco. – Agora, vou ajudar você a escolher uma roupa, sua ruiva indecisa.

Vinte minutos depois Lílian estava totalmente vestida, ela trajava uma blusa de linho, verde, que ressaltava seus olhos, era dobrada graciosa e verticalmente na gola, a blusa era um tanto colada ao corpo, usava uma calça jeans escura também colada.  Seus cabelos, ruivos, estavam soltos em cascata as suas costas. Estava linda.

Maria estava no banho, entrou logo após Alice ter saído, e Hermione iria logo depois dela. Hermione Virou-se para Lily e disse:

- Vai descendo Lily, avise os meninos, se eles já estiverem lá em baixo, que nós já vamos. Ainda são 08:30 e as carruagens só param de sair as 10:00.

- Certo. Talvez eu e Tiago peguemos a que sai as 09h00min, então não estranhem se não me encontrarem, certo? Tchau, até mais tarde.

Depois que ela saiu do quarto, Maria terminou o banho saiu do banheiro e perguntou à Alice:

- Ela não vai perceber nunca. Não é mesmo?

- Hum... Pelo menos ela aceitou sair com ele. – Respondeu a outra desanimada.

 

 

*****

 

 

Lílian descia as escadas do dormitório feminino da Grifinória. A sala comunal tinha poucas pessoas, muitas estavam no hall de entrada esperando seus acompanhantes de outras casas ou, simplesmente, ainda não haviam terminado de se arrumar. Encontrou, rapidamente, os garotos sentados em algumas poltronas, em um canto do salão. Encaminhou-se até eles.

- Você está estonteante, Ruivinha. – Disse Tiago, fazendo a garota ficar da cor dos cabelos.

- Ahn... Obrigada, Tiago, você também está... Muito bonito. – Foi aí que a menina percorreu o corpo do moreno com os olhos ele usava uma camisa branca, pólo, destacando os músculos que o Quadribol havia lhe dado, com uma calça jeans solta.

- Oi, Lily. – Cumprimentaram os outros, atraindo a atenção da mesma que ainda observava, admirava, Tiago.

- Oi, meninos.

- E as outras? – Perguntou Remo, que dissera que iria ajudar os professores com os alunos novos e por isso não iria com ninguém o que, todos sabiam, era uma bela desculpa esfarrapada.

- Estão se arrumando. Gina já deve... – Viram a outra ruiva descendo as escadas e encaminhando-se a eles com uma expressão divertida, deu um “Olá” a todos e percebeu com um aperto no estomago que Harry já não se encontrava mais ali, mas, mesmo assim, fez um esforço para continuar com uma expressão divertida.

- O que ouve? – Perguntou Lílian vendo a garota sorrir.

- Alice. Está toda atrapalhada no quarto diz que vai se atrasar para o encontro com Frank, mas sempre que vai descer as escadas esquece alguma coisa, como o batom ou os brincos... Parece que vai casar de tão nervosa, Maria perguntou para ela por que estava tão nervosa e ansiosa aí ela começou a discursar: “Poxa, Maria, até parece que nunca esteve ansiosa para um encontro fora que faz tempo que não vejo Frank, dês das férias, e ele disse que tinha algo importante para dizer e...” Eu desci nesse momento. – Gina ria imitando Alice, aborrecida.

- Alice, sempre Alice. – Riu Lílian enquanto balançava a cabeça negativamente.  

- Bom, gente eu vou descendo para me encontrar com Quin. – E foi em direção ao retrato da parede até que Remo disse.

- Talvez, você encontre Harry lá em baixo. Ele desceu para esperar a acompanhante dele também. – Gina parou e, ainda hesitando, virou-se e perguntou:

- Não que seja da minha conta, mas será que vocês saberiam me dizer... Hum, com quem ele vai?

- Ah, Ashley Halley, da Lufa-Lufa, faz História da Magia e Herbologia conosco, nunca percebeu? Ela é muito bonita. – Respondeu Remo enquanto a garota agradecia, vermelha de raiva, e saia pelo buraco do retrato.

- Você não devia ter feito isso. – Acusou Lily, mesmo sorrindo.

- Isso o que? – Perguntou inocentemente.

- Provocado uma ruiva.

- Ela precisa perceber que gosta dele, Lily.

- Ela sabe disso, só... Não quer se machucar. – Respondeu enigmaticamente.

 

 

*****

 

 

Rony e Maria caminhavam rumo ao Três Vassouras. Conversavam animados sobre tudo, ou melhor, quase tudo. Rony falava só aquilo que não intrigasse Maria sobre seu “tempo”. Entraram pela porta do estabelecimento, lotado, avistaram, meio escondida, uma mesa com, exatamente, duas cadeiras, bem no canto do bar sentaram-se e logo veio uma madame Rosmerta, bem mais nova que ele se lembrava, então muito mais bonita, veio para fazerem seus pedidos, duas cervejas amanteigadas, ficaram em silêncio enquanto desfrutavam do quente sabor da cerveja até que Rony, indelicado como sempre, perguntou abruptamente:

- O que você e o Sirius tiveram?

- Como? – Perguntou sem entender, na verdade ela havia entendido a pergunta perfeitamente bem só a achou estranha, tão repentinamente.

- Qual é? Eu sei que você só me convidou para fazer ciúmes nele.

- Eu não fiz isso, claro que não. E as por quê? Porque eu não sou como ele que usa as pessoas e depois as joga fora.

- Calma Maria. Não estou te acusando de nada... Só que às vezes parece que vocês... Ah... Sei lá, eu não devia ter me metido.

Ficaram em silêncio depois disso tomando as cervejas, nem um dos dois ousava fazer outra coisa, além disso. Até que Maria não aguentou mais e começou a falar.

- Eu também já fui uma das garotas “apaixonadas por Sirius Black” – Rony levantou a cabeça, sabia que, naquele momento, precisava escutar, e só escutar. - Não era como elas, ou melhor, não sou como elas, que ainda agem como verdadeiras idiotas. De qualquer jeito eu não o idolatrava só simplesmente o admirava por ser assim, corajoso, desinibido, leal... Fui mais esperta que elas, não queria ficar com ele para no dia seguinte ser descartada e vê-lo com outra, queria ele para mim, só para mim, teve uma festa em Hogwarts, era dia das bruxas, e dias antes eu tinha começado a me aproximar dele, o conquistando aos poucos, até que ele me convidou para irmos juntos a tal festa lá passamos a noite toda juntos rindo, brincando, nos divertindo se é que você me entende. Percebi que Sirius Black era realmente uma pessoa incrível, engraçada e tudo isso somado ao que eu já achava dele o tornava o garoto perfeito, mesmo com defeitos. Fui a garota que ficou mais tempo com o “pegador” Black, um mês, não namorávamos nem nada, só tínhamos um relacionamento, tipo “Eu não saio com ninguém, você não sai com ninguém, e estamos juntos.” Eu gostava disso, eu não gosto de me sentir presa, eu comecei a andar com os marotos, arrastando Lily e Lice junto comigo acho que foi aí que começou a fase civilizada Tiago/Lílian. Mas não vem ao caso, de qualquer jeito depois de um mês Black “terminou” comigo dizendo, que eu era importante demais para ele, que mais cedo ou mais tarde ele iria pisar na bola comigo, por isso não queria me machucar, e, quando ele aprendesse a se contentar com uma mulher só, nós pudéssemos voltar a ser o que éramos antes, tudo mentira. Mas você acha que eu fiquei no meu quarto chorando e lamentando que havia tomado um fora de Sirius Black? Eu não, eu dei a volta por cima e comecei a sair com todos os garotos que eu achava bonito, mas nunca dei esperança para estes. De qualquer modo naquele dia percebi que Black não era nada do que eu pensava era um mentiroso, poderia muito bem ter dito a verdade quando terminou comigo, falso, aposto como estava com mais dez garotas junto comigo, covarde por que ele não tentou nos dar uma chance? Disse que pisaria na bola comigo, não é mesmo? E sabe por que ele disse isso? Por que teve medo de tentar, de experimentar gostar mais de alguém do que de si próprio, teve medo de simplesmente se envolver demais e isso, Rony, é uma droga. – Maria baixou os olhos para o copo e riu sem vontade nenhuma de tal ato. – Nem sei o que deu em mim para ficar te falando essas coisas, você nem tem nada a ver com isso. Pobre Ronald Weasley ouvindo os desabafos de Maria Mcdonald. – Ela riu e ele tentou acompanha-la sem fazer comentário algum, passaram cinco minutos assim, em silêncio.

Então viram a porta do bar ser aberta novamente e por ela entraram Harry e sua acompanhante, Remo tinha razão, a garota, Ashley Halley, era muito bonita, tinha cabelos louros e cacheados que iam até o meio das costas, olhos amendoados, boca carnuda e vermelha, bochechas rosadas com covinhas quando sorria o que estava acontecendo agora, tinha uma expressão bondosa e carinhosa em seu rosto, era alta, mas nem tanto, já que batia no ombro de Harry, o que a deixa consideravelmente uma garota alta.  Havia apenas duas mesas vazias, já que o bar tinha esvaziado um pouquinho desde que Maria e Rony chegaram, as duas mesas ficavam uma de frente para outra de modo que o que acontecia em uma mesa era vista pela outra e, se as pessoas não falassem baixo, ouvidas também. Harry sentou na ponta e a garota na lateral da mesa ficando pertos o suficiente para apenas conversar.

    

 

*****

 

 

- Vamos ao Três Vassouras, Gi? – Quin perguntou a Gina enquanto caminhavam por uma das ruas de Hogsmead. A garota não gostava de ser chamada de “Gi”, pelo menos não por Quin, a pessoa a qual a via posto esse apelido, e a única que tinha direito de usá-lo, era Harry, mas não tinha coragem de dizer isso ao garoto, ele era um garoto tão legal, focado e inteligente. Por isso apenas respondeu:

- Claro Quim.

Caminharam calmamente até o bar, ao longe Gina viu duas pessoas entrarem pela porta, não conseguiu definir quem era, desejou intimamente que ainda tivessem mesas a disposição quando eles, Gina e Quin, chegassem. Entraram no bar e ele varreu o lugar com os olhos, a procura de uma mesa, e disse para ela:

- Hey, Aquele não é o seu amigo, o Potter? – Quim então avistou Maria e Rony. – E aqueles não são a Mcdonald e o seu irmão? – Mas Gina já não mais ouvia, estava olhando nos olhos de Harry.

O garoto aproximara sua cadeira da de Ashley assim que vira a ruiva chegar e, ainda sem tirar os olhos dela passou um dos braços por cima dos ombros da acompanhante. Gina segurou a mão de Quim e conduzi-o, sem parar para pensar, a única mesa vazia no bar, em frente à mesa de Harry. Botou a mão, que ainda segurava a mão de Quin, sobre a mesa enquanto este fazia os pedidos, olhou rapidamente para Quim, que a olhava confuso, e falou, em alto e bom tom:

- Sabe Quin, o passeio está sendo ótimo, não poderia ter sido melhor mesmo que eu tivesse vindo com qualquer outra pessoa.

- Ahn, você também é uma ótima companhia, Gina.

- Você é uma das garotas mais bonitas, bonita não linda, de Hogwarts, sabia Ash? – Harry falou, gritou da outra mesa para a Lufa. A garota agradeceu corada.

- Tem gente, Quim, que desconhece o que é beleza, sabia? Como você, você sim é muito bonito. – Eles agora se encaravam mesmo falando, supostamente, com seus acompanhantes que ainda preservavam a expressão confusa.

- As garotas da Grifinória não são tão bonitas quanto você, Ash, além, é claro, de algumas delas ouvir a conversa dos outros e ainda querer dar opinião. – Harry, ainda gritando, começou a brincar com as pontas dos cachinhos de Ashley, mas continuou encarando fixamente Gina.

- Tem gente, Quin, que é tão superficial que só enxerga a beleza dos outros, eu não, sabe por quê? Por que eu sei que você além de muito bonito, é também carinhoso, simpático, inteligente, cavaleiro... Além de ter estonteantes olhos ve... Castanhos, estonteantes olhos castanhos. – A garota aproximou sua cadeira de Quim e o abraçou de lado, não sabia o que tinha na cabeça para fazer isso só que a raiva e o ciúme eram tanto que já a comandavam, percebeu que Quin não a abraçou de volta, mas não deu atenção a isso.

- Você é uma garota interessantíssima porque além de não sair com o primeiro cara que aparece na sua frente, você é leal, linda, corajosa, divertida sem falar que eu sempre gostei de rui... De loiras eu sempre gostei de loiras.

- Eu acho Quin...

- JÁ CHEGA! – Gritou Quim levantando-se. – Eu não vim até aqui para isso se era para ficarem jogando indiretas um para o outro em tão que viessem juntos, e não ficassem nos usando. – Disse apontando para si mesmo e para Ashley, que balançava a cabeça afirmativamente. Foi em direção a ela e convidou, - que acha de darmos um passeio?

- Acho ótimo.

Depois que eles saíram pela porta do bar e Gina saiu do “transe” virou-se para Harry e acusou:

- VIU? É TUDO CULPA SUA, HARRY POTTER, É SEMPRE CULPA SUA, SEMPRE. – E dizendo isso saiu pela porta, rapidamente, atraindo vários olhares curiosos para si.

 

 

*****

 

Sirius e Hermione estavam comprando doces na, dedos de mel, quando conversavam sobre o futuro, não o futuro de Hermione, o futuro profissional de cada um.

- Você quer ser auror, então? – Perguntava Hermione a Sirius.

- É, pois é, mas quero sei lá fazer umas coisas antes de me jogar de cara em um emprego, me divertir. – Respondeu enquanto pegava uma bala que mudava de sabor a cada cinco segundos. – E você?

- Quero tentar algo no ministério da Magia, alguma coisa como o departamento Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas, entende?

 - Por quê? – Perguntou confuso. – Quem gostaria de ter um emprego tão monótono, deve ser uma chatice. - Caçoou rindo.

- Bobo. – Disse batendo de leve no ombro do maroto. – É que eu queria defendê-los, as criaturas mágicas, principalmente os elfos domésticos, você já viu as situações precárias em que eles se encontram e os pobrezinhos nem sabem se defender. Em minha opinião eles tinham que receber um salário fixo, ter feriados e férias, boas roupas e horário, eles não tem que trabalhar 24 horas por dia 7 dias por semana e 30 dias por mês. São como escravos dos bruxos.  Isso é um a-b-s-u-r-d-o. – Sirius bufou, indignado, e respondeu:

- Absurdo é o que você está falando, Hermione, eles gostam de ser assim, escravizados, como você mesma disse, eles não querem a liberdade, eles querem trabalhar, quanto mais trabalho, melhor. Desculpe Mione, mas se for pra isso que você pretende entrar no ministério acho melhor tirar seu hipogrifo da chuva.

- É por pessoas como você que isso não muda nunca. Quando eu estava no meu quarto ano montei um movimento chamado F.A.L.E., Fundo de Apoio à Liberação dos Elfos, algumas pessoas participaram como Harry Rony, Neville Lon... Neville.

- Neville Lon... O que?

- Neville, só Neville.

- Londran? Lonan? Lon… Lon… Longbottom?... – Hermione olhou apavorada para Sirius, sabia que agora o garoto só iria desistir até saber o sobrenome de Neville, e, por incrível que pareça, isso poderia pôr tudo a perder.

Então ela avistou uma cabeleira conhecida entrando pela porta não tinha certeza se era Lily ou Gina, então viu que ela ria descontroladamente e então um rapaz de cabelos negros entrou, também rindo, Hermione percebeu que se tratava de Tiago e Lílian, pois Harry e Gina haviam vindo com outras pessoas. Sirius ainda falava sobrenomes que começavam com “Lon”, quando ela chamou:

- Hey, Lily, Tiago aqui! – Sirius olhou-a, enquanto os outros vinham na sua direção, como se dissesse “você vai me explicar isso” Mione ignorou-o completamente. – Do que vocês estão rindo? – Perguntou sorrindo divertida, mesmo estando nervosa por dentro.

- Dos foras... Cômicos, que eu... Já dei nele. – Explicou Lílian entre uma risada e outra. Sirius riu também.

- Foras? – Hermione fez-se de desentendida enquanto pegava uma caixa de feijõezinhos de todos os sabores e colocava na saca, que logo levaria ao caixa para pagar.

- É, pois é antigamente não se via Tiago Potter andar por aí, sem ter um Lírio na mão, ou uma caixa de bombons... Ou até mesmo a marca de cindo dedos na cara. – Explicou Sirius rindo.

- Lembra aquela vez que você despejou suco de abóbora na minha cabeça no café da manhã? – Perguntou Tiago a Lílian.

- Clássico! – Concordou a garota. – Ou aquela vez que você me convocou com um feitiço convocatório, eu estava no meio de um encontro.

- Passei o resto daquele mês cumprindo detenção. – Hermione riu. “Harry daria tudo para estar aqui agora”, pensou a garota.

- Teve a vez dos N.O.M.S., - comentou Sirius. – Em que você, Lílian, disse que preferia sair com a Lula Gigante à com o Tiaguito aqui.

- Tiaguito, Almofadinhas? Tiaguito? – Perguntou Tiago incrédulo, Sirius iria responder, mas Hermione foi mais rápida:

- Acho que a ruiva mudou de idéia, né?

- Como assim? – Perguntou Tiago.

- Bom, eu acho que ela ainda não saiu com a Lula Gigante. Não é mesmo Lílian?

- Uhum, as coisas mudam, não é mesmo? – Respondeu a menina que, nesse momento, achou realmente interessante um pacote de tortinhas de abóboras, enquanto suas bochechas, que os outros não conseguiam ver, coravam intensamente.

- E o que tem isso? – Cochichou Sirius no ouvido de Hermione, para que os outros não ouvissem.

- Isso é quase admitir que Tiago cresceu, amadureceu e que bom, ela gosta dele assim, ele não é mais tão desprezível, agora, para Lílian, ele é uma pessoa digamos que... Interessante, se é que me entende. – Sirius sorriu, era verdade, Tiago havia dado mais um passo.

 

 

*****

 

 

Alice e Frank estavam sentados, abraçados, a um canto no Café Madame Puddifoot, o local onde a maioria dos casais frequentava quando iam a Hogsmead, tomavam chocolate quente Alice bebeu um gole do seu e quando baixou o copo Frank disse:

- ‘Tá sujo aqui, Lice. – E apontou o canto de sua boca, Alice limpou-o e Frank lhe deu um selinho e continuou, - Lembra que eu disse que tinha algo de estrema importância para falar com você?

- Disse, disse sim Frankie, - Alice adorava chama-lo assim. – Aconteceu alguma coisa? – Perguntou, agora, estava preocupada.

- Não precisa se preocupar, Lice, não é nada de ruim. – Alice sorriu encorajando-o a continuar. – Você sabe que estou fazendo o curso de auror. E se recebe para fazer o curso de auror. Bem, eu vou, e digamos que eu vou ganhar, durante o curso, bem, e mais uma boa parte da herança que meu pai me deixou quando morreu. – Comentou tristemente. – Eu comprei uma casa, Alice. – Disse rápido.

- Como?

- Eu juntei dinheiro, mesada, apostas, não que eu aposte muito, mas sabe como é, né? Marotos, que eu ganhei durante meus anos em Hogwarts e mais, metade da herança, de como eu já tinha dito, do meu pai.

- Pra que? – Perguntou Alice, ansiosa, sempre sonhara com esse momento durante toda a sua vida.

- Praentemordepodgwarts. – Respondeu enrolado, e com as mãos tremendo, não sabia dizer isso e se ela dissesse não? O Que faria?

- Como disse?

- Eu disse: Praentemordepodgwarts. – Enrolou-se novamente, quando iria deixar de ser assim? Ora ele era um Grifinório estava virando Auror não podia ficar com medo de fazer um simples pedido, podia?

- Frank Longbottom, Diga de uma vez está me deixando nervosa. – Repreendeu-o Alice mesmo que na sua voz contivesse um tom divertido.

- Certo. - Disse Frank, ele levantou-se se ajoelhou em frente à Alice tirou uma caixa de veludo vermelho, a cor preferida de ambos, abriu-a, e disse, - Alice Miller, você aceita casar comigo?

As lagrimas vieram aos olhos de Alice imediatamente, durante toda a sua vida sonhara com esse momento e agora percebia que nunca imaginara seu pedido de um jeito tão especial e único por que era, sem dúvida nenhuma, impossível. Era impossível imaginar, e, acertar uma coisa dessas. E se alguém dissesse que foi meloso, demais, ou simples, demais, Alice, com toda a sua veemência, discordaria por que, para ela, estava tudo na medida certa. Atrapalhado, por mais que fosse estranho, na medida certa, romântico na medida certa, no lugar certo, na hora exata. Estava tudo perfeito. E então com um fio de voz, mesmo que embargado, ela respondeu:

- Mas é claro que eu aceito Frankie! – Frank a olhou abobalhado por um instante e depois, esquecendo-se das alianças, a pegou no colo e tentou dar um pequeno giro no ar, o que não deu muito certo já que havia mesas ao seu redor, mas mesmo assim quando ele a pousou no chão novamente beijaram-se ouvindo os aplausos do resto dos ocupantes do bar. A vida de mais um casal estava se encaminhando.

 

 

*****

 

Todos estranharam não ver Alice na volta para o castelo, mas imaginaram que ela já estivesse no próprio, ou que ela simplesmente estava numa carruagem separada. Estavam em uma carruagem Lílian, Tiago, Sirius, Hermione e Gina. Os outros? Não se sabia. Estavam em silêncio até ali, quando Lílian lembrou-se de perguntar algo a Gina.

- E o Shacklebolt, Gina?

- Ãh? – Perguntou saindo de seus devaneios. – Ah, sim, é que eu e Quin nos separamos no meio do passeio. – Respondeu com a voz zangada como se, se lembrasse de algo.

- Sem querer me meter, mas por quê? Por que você e Quin se separaram no meio do passeio?

- Encontramos o imbecil do Potter no meio do caminho. – Respondeu simplesmente como se aquilo esclarecesse tudo.

- E?

- E que ele estragou tudo, está certo confesso que ele também acabou se ferrando por que o meu acompanhante chamou a acompanhante dele para continuarem o passeio, mas de qualquer forma a culpa foi toda dele. E foi só isso. – Gina voltou seu olhar para a janela e emergiu-se novamente em seus devaneios, nenhum dos amigos falou mais nada para a ruiva até chegarem ao castelo.

Enquanto a carruagem andava Gina se perguntava por que Harry fazia aquelas coisas? Porque tudo na vida dela estava relacionado a ele? Por que tudo que ele fazia acabava-a atingindo e fazendo com que tudo virasse culpa dele? Por que, sim quando ela disse que era tudo culpa dele era mesmo, ela começou a gostar dele quando seu pai lhe contou a história do “menino-que-sobreviveu.” Mas isso deixou de ser uma paixonite quando o conheceu de verdade o Harry corajoso, tímido, simpático... E era culpa dele ser assim. Era culpa dele. Foi culpa dele, também, quando ficou com Cho Chang. Foi culpa dele. Foi culpa dele quando ela terminou com Miguel Córner por que não parava de pensar em Harry. Foi culpa dele. Era culpa dele que não conseguisse falar nada na frente dele até o ano passado. Era culpa dele. Era culpa dele, seu encontro ter-se tornado um tremendo desastre. Era culpa dele. E principalmente era culpa dele não tê-la notado antes, se é que ele a havia notado. Era tudo culpa dele, Harry Potter, o único garoto que um dia Gina Weasley amou de verdade.

Quando chegaram a Hogwarts todos se encontraram novamente, todos menos Alice, então eles deduziram que a menina viera mais cedo e, com esse pensamento, todos se encaminharam ao salão comunal da Grifinória. Remo disse a mulher gorda à senha (leão), quando entraram e viram Alice admirando alguma coisa na própria mão, quase pulando de excitação, nem ao menos percebeu quando eles entraram.

- Lice?! – Hermione chamou a sua atenção enquanto os outros a olhavam com estranheza.

- Ah, vocês chegaram. – Cumprimentou-os animada levantando-se de um pulo do sofá onde estivera sentada e desatando a falar, - vocês não vão acreditar no que aconteceu. Frank. Me. Pediu. Em. Casamento. – Ela falou tudo pausadamente como se não fosse aguentar a emoção de falar rápido e logo depois deu um guincho de prazer e abraçou as meninas rapidamente para logo sair pelo salão cantarolando e dançando. – Eu vou casar... Estou noivaaa... Vou casar, casar, Casaaaar... – Alice abraçou dois segundanistas um grupo de primeiranistas e algumas pessoas que estavam voltando do passeio.

- Lice! – Exclamou Lílian alegre. – Você vai casar, eu não acredito... Parabéns, amiga... – Hesitou por um momento, mas depois completou, - Mas agora será que dá para parar de ficar abraçando todo mundo e vir aqui receber os parabéns de seus amigos.

Alice caminhou até eles, ainda quase pulando, e deu um abraço em todos enquanto recebia os parabéns.

- Ai. É tão mágico saber que vai casar e... E... – Mas pareceu que ela não encontrou palavras para demonstrar sua emoção, pois começou a rodar de braços abertos no meio da sala comunal, os amigos a deixaram se “divertir” rindo de sua animosidade.

Depois de acalmarem Alice, na medida do possível, e ela contar como fora pedida em casamento pondo detalhes do tipo “ah, ele foi tão fofo”, “romântico isso, vocês não acham?”, mas dessa parte da conversa os meninos não participaram e sim se envolveram numa magnífica discussão sobre seu esporte favorito: Quadribol. Depois de algumas horas foram subindo um a um para o dormitório sobrando apenas os viajantes na sala.

- Então, já decidiu qual vai ser a próxima Horcruex, Hermione? – Perguntou Gina depois de verificar se todos haviam ido dormir.

- Deixamos o paradeiro do medalhão e do anel, já que nem fazemos idéia de onde esteja o diadema, mais ou menos visto na nossa última “reunião”, não é mesmo? – Haviam se reunido durante várias noites para descobrir a próxima Horcruex e agora estavam bem perto. – E eu decidi que por enquanto o mais fácil ainda é o anel. Então, qual vocês preferem: o mais fácil ou o mais difícil?

- Acho que se formos atrás do anel primeiro, já que ele é o mais fácil, vai servir como uma espécie de treinamento para o medalhão. – Opinou Harry sabiamente.

- O mais fácil, então? – Perguntou Hermione aos outros.

- É. – Concordaram Rony e Gina, pensativos.

- Boa noite, então. – Disse Hermione bocejando. – Eu não sei vocês, mas eu estou podre de cansada.

- Eu também vou subir com você, Mione – Disse Gina.

- Nós também, já estamos indo. Boa noite. – Despediu-se Rony educadamente.

- Noite. – Harry acenou com a mão.

 As garotas subiram as escadas em caracol e, quando Hermione abriu a porta do quarto, perceberam pelos cortinados fechados que as outras já dormiam, por isso tomaram um banho rápido e deitaram-se também. Mas o que elas nem sabiam é que uma outra ruiva tinha na cabeça certa maroto dos olhos castanho-esverdeados, e pensava como aquele “encontro” em Hogsmead fora esclarecedor ou apenas a deixou mais confusa, por que agora ela tinha certeza que ele mudara, durante o passeio não se gabou, não azarou ninguém e não tentou nada com ela. Tornara o tipo de garoto perfeito, mesmo com seus defeitos. Mas ela, Lílian, não sabia que sentimento estranho era aquele que crescia dentro de si.   

 

 

N/A: Estou ficando surpreendida com a rapidez a qual estou escrevendo, Deus do céu. Mas eu acho que é por que agora a fic ‘ta entrando num momento mais emocionante de se escrever, e os comentários também ajudam muito e falando nisso obrigada por estes. Ah outra coisa talvez o próximo capitulo demore a sair, mas acho que os dois últimos saíram tão rápidos que talvez compense. Beijos e até a próxima!

 

N/B: ola, pessoal! Tudo bem? Estou adorando a fic... Ta desculpa, acho que sou suspeita de falar isso, mas é minha opinião... Esperamos comentários!

Beijinhos, até mais :D

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