Capítulo 6

Capitulo 6

- Vocês deviam ter visto o rosto dele quando eu falei que ele estava sobre a proteção da casa da Sonserina!- Harry estava rindo quando contava para os irmãos o que tinha acontecido na sala do diretor.

- Cara! Você é doido!- riu também Jake

- Bom, pelo menos temos a certeza que ele vai ser confiável. Mas é sério Harry, você tinha que se mostrar um pouco, não?- Lizie revirou os olhos, mas não conseguiu segurar um sorriso

- Só um pouco Lizie... Mas pensa pelo lado positivo, ele está sobre a proteção de uma casa que ele tem alguma conexão, então tem um certo valor sentimental...

- Ok, que seja... Mas o que você sabe sobre as pessoas que irão para Hogwarts? Já tem os nomes das pessoas que irão?- perguntou Lizie curiosa

- Bem, eu não sei exatamente, mas acho que Victor irá com certeza, e tem o Ivã Shalamanov, ele tem 17 anos e é um dos melhores da sua turma, acho que Yan Simeonov é uma boa aposta também, tem... Anjuta Naydenov...

- E você. A gente vai poder ir junto? Quer dizer... a gente não tem 16 anos nem nada, mas seria realmente um saco ficar nessa escola e perder toda a ação que rolaria!- perguntou Jake

- Acho que vocês vão comigo, porque acho que casa aluno tem direito a um familiar lá. Bem, pelo menos os campeões, mas os familiares ficam hospedados em Hogsmead, não no castelo... Mas vocês irão de qualquer jeito, mesmo que eu tire vocês de Drumstrang...

- O quê?! Sem estudar?- Perguntou Lizie horrorizada arrancando risadas dos irmãos, e em resposta a isso ela deu um tapa no braço dos dois

- Se você quiser você pode estudar em Hogwards, somos os herdeiros, lembra?- brincou Harry

- Ah, e verdade... Tinha esquecido desse detalhe...- falou Lizie envergonhada que tinha perdido o óbvio, eles eram os herdeiros de Hogwarts, então eles tinham um certo domínio da escola, e isso incluía quem podia se hospedar no colégio- Mas Harry, e se algo acontecer com você? Quero dizer, eu sei que você é competente e tudo, mas... Esse torneio é suposto ser mortal... – perguntou Lizie com medo

- Hey, Lizie... Olha pra mim... Eu sei que você está com medo, mas nada vai me acontecer... Você sabe disso, eu tenho algumas habilidades que podem me ajudar quando eu precisar- começou Harry olhando Lizie nos olhos enquanto pegava a mão dela.

Eles estavam no dormitórios dos meninos que era ocupado por Harry e Jake. O quarto estava uma bagunça, mas era de se esperar como era um quarto de garotos. Eles podiam ser qualquer coisa, mas organizado não estava na lista.

- Mas Harry, você melhor do que ninguém sabe que você não tem controle sobre essas habilidades, elas simplesmente aparecem quando querem. Isso não vai te impedir de ser...morto-os gêmeos vacilaram com a escolha de palavra de Lizie, somente Harry pareceu inabalável.

- Lizie, todo mundo corre o risco de ser morto. Esse torneio não foi aberto por um acaso, tem um motivo por trás disso. Há sinais por toda a parte, a minha cicatriz doendo, a marca do diretor ganhando cor... Voldemort esta se reerguendo, e eu preciso estar lá, para fazer o que eu puder fazer

- Você está errado, irmão.- Disse Jake saindo da sua cama para apertar o ombro de Harry- Nós precisamos estar lá, para fazermos o que pudermos fazer.- corrigiu Jake com um sorriso

Harry riu aliviado que os irmãos tinham entendido, ele não estava preocupado com eles lutarem numa guerra, eles eram mais capazes que muitos bruxos por ai, e o próprio Harry não ia deixar eles se machucarem.

Harry e Jake olharam para Lizie que nada tinha falado ainda, ela estava olhando para a sua mão conectado com a de Harry. E quando olhou para cima, apesar de haver umas lágrimas que ela não deixava cair, os dois puderam ver determinação pura nos olhos dela.

- Estou com você é claro, mas isso não quer dizer que eu goste disso tudo. Não posso conviver com a idéia de perder nenhum de vocês, mas sei que não podem me prometer ficarem vivos, mas quero que me prometem uma coisa... que pelo menos vão tentar ficar vivos- pediu

- É claro, pequena!- disse Harry abraçando Lizie

- E sabe por que Lizie?-falou Jake

- Porque somos imbatíveis? Maravilhosamente lindos?- brincou

- Também.- riram os três- Mas é por que temos uma coisa para lutar.- disse Jake

- Ai meu Merlin! Harry, ele cresceu, ta ficando sábio, falando palavras bonitas!- brincou Lizie fazendo Jake corar

- Viu? Não pode ficar sério que você zoam!- reclamou Jake

- Não fica sim Jake, você sabe que a gente só esta brincando...- pediu Lizie abraçando cada um com um braço- Mas você está certo, nós temos uma coisa que muitas pessoas não tem consciência da importância, nós temos uns aos outros. Temos uma família.

********** Em Hogwarts *************

James Potter estava com uma dor de cabeça. Bem forte. Mas isso era costume, ele tinha dor de cabeça durante anos, e nunca parecia que diminuía, só aumentava. Ele já tinha feito de tudo para ver se melhorava, os médicos trouxas e mágicos falavam que ele sofria de enxaqueca, e por isso era só tomar remédios que a dor diminuía. Mas quem dera fosse só isso! Diminuía sim a dor, mas ela não desaparecia.

Enquanto dava ronda pelo castelo para ver se tinha alguma pessoa andando fora do horário, ele pensava sobre a sua vida.

Ele era feliz, não tinha como negar. Tinha um filho que era tudo para ele ( ele pouco se importava com a fama, que na verdade era um pouco irritante), uma esposa maravilhosa que ele amava com todo o coração, e agora ele tinha uma garotinha a caminho, o que fazia tudo ficar mais brilhante para ele. Ele sempre quis ter uma menina.

Como se não bastasse ter a família que ele sempre desejou, embora ele não se importasse de ter mais filhos, talvez mais uns três... ele tinha amigos que ele sabia que podia confiar. Pads e Moony. Teve um tempo em que a relação entre eles estava abalada, um pouco depois do dia que Voldemort atacou a sua casa, ele sabia que eles brigavam constantemente sobre alguma coisa, embora ele não conseguia se lembrar...

A dor de cabeça voltou. Ele resolver mudar o ramo dos seus pensamentos.

Ele estava animado com o ano escolar. Eles estavam hospedando o torneio Tribuxo! A chance era única, ele estava animado para mostrar Hogwarts para os alunos estrangeiros... As coisas que ele podia fazer sendo um professor de DCAT... Quem sabe até um clube de duelos? Seria uma experiência boa para todas as escolas, e os alunos iriam amar a idéia.

Apesar de tentar se concentrar nos seus planos de aula, James não podia deixar de pensar que estava deixando passar uma coisa muito importante...

Pense. O que é?

A dor de cabeça voltou com força total, mas mesmo com a dor ele tentou pensar.

James viu Alice sentada no corredor da sua casa. Ele estava aos prantos. Ele tinha subido para pegar uma blusa para Henry que Lilly tinha pedido, por achar que estava ficando frio.

- O que houve Alice? Esta tudo bem? Por que você não esta lá em baixo com todo mundo almoçando?- perguntou James sentando ao lado dela.

- Odeio... Como vocês... não consigo...- Alice não fazia sentido nenhum e James falou isso para ela, e ela ficou furiosa com ele- Como você consegue? Porque eu não consigo. Tem dias que eu simplesmente não funciono, tem dia que eu só preciso do meu filho, ali do meu ladinho, para me abraçar forte e dizer que esta tudo bem. Você não precisa disso, Potter? Você não gosta de saber que os seus filhos estão bem, saudáveis?...E tão bom ouvir um "eu te amo", não é? Eu ouvia isso muito. Eles eram tão adoráveis! – Alice estava falando coisa com coisa, mas James não se atrevia a interromper a mulher que estava realmente abalada. Mas ele não deixou de ficar curiosa para saber sobre quem ela estava falando. E foi ai que ele notou uma coisa.

- Eu só tenho um filho Alice.- ele tinha certeza disso, pois ele nunca tinha traído a sua Lilly e nunca ia fazer. Então ele tinha certeza que ele não tinha nenhum Jamesinho espalhado por ai.

Mas o que ele disse fez Alice definitivamente subir um patamar de fúria, e o pior, dirigida a ele.

- Ahhhhh!- gritou Alice e no próximo segundo ela estava lhe dando uns socos, que se ele fosse sincero doía um pouco.- Seu idiota! Burro! Você. Não. Os. Merece. Que raiva!- e pontuava cada palavra com um soco.

Foi aí que Frank apareceu parecendo surpreso por ver a cena em frente a ele

- O que houve?

- Você acha que eu sei?! Ai Alice!... Ela está fazendo nenhum sentido. Ow, que mão forte! ...A única coisa que eu entendi era que ela estava falando sobre...

- Crianças.- Interrompeu Frank entendendo a situação. Ele pegou os braços de Alice para ela parar de bater em James e segurou ela para perto de si, abraçando apertado. Ele em seguida olhou para a porta como se ela fosse uma coisa muito interessante, mas o seu rosto estava impassível. Depois de alguns segundo ele olhou para James e respondeu a pergunta não formulada que parava no ar- Nossos afilhados.

O rosto de James mostrou preocupação, ele nunca tinha ouvido falar desses afilhados, mas estava óbvio que os dois sentiam falta deles.

- O que foi que acon...- Mas James parou quando percebeu que essa podia ser uma pergunta muito pessoal, e Alice já estava abalada como estava, ele não precisava saber disso agora, quem sabe um dia eles lhe contavam a história.- Sinto muito.- ele falou solene e virou para buscar a blusa de frio para o seu filho.

Se ele virasse ele iria ver que Frank tinha os dentes trincados, em uma fúria silenciosa.

Quando saiu do quarto com a blusa, os dois não estavam mais no corredor. E durante o almoço nenhum dos dois encontraram os seus olhos. James achava que era porque eles estavam envergonhados pelo lapso de controle de Alice. Então nada perguntou. E nem contou para Lilly sobre os afilhados de Alice que ela perdeu. Pois era uma coisa que ela que tinha que contar.

-Que merda é essa?!- pensou James em voz alta, segurando a cabeça como se ela fosse explodir- O que foi isso?

James tentou pensar mais, ele sabia que estava quase descobrindo algo...

- Boa noite James. Você está bem?

James levou um susto e olhou para frente. O diretor estava com uma toca e um pijama roxo. Ele teria rido se não fosse a situação.

- Sim, diretor. É... só uma dor de cabeça.- disse retirando a mão da cabeça

Algo cintilou nos olhos do diretor. Decepção talvez?

- Se for só isso meu menino, bom, eu vim dar uma passadinha no banheiro.- explicou Alvo

James deu licença para o diretor passar, apesar do corredor ter espaço mais que suficiente para Alvo passar do seu lado.

- Boa Noite- disse James continuando a andar.

Mas espera... O diretor não tem um banheiro privado em seus aposentos?

E assim que esse pensamento surgiu na sua cabeça, um flash de luz lhe atacou pelas costas.

- Ah James... Por que não tenta parar de lutar? Seria tão mais fácil... Não sei quantas vezes mais você aguentará... Tente não lutar meu menino...- Disse o diretor tristemente quando viu o efeito da maldição alcançar de novo James Potter. E logo em seguida desapareceu do corredor.

Os olhos de James estavam voltando a ter foco.

Eles estavam hospedando o torneio Tribuxo! A chance era única, ele estava animado para mostrar Hogwarts para os alunos estrangeiros... As coisas que ele podia fazer sendo um professor de DCAT... Quem sabe até um clube de duelos? Seria uma experiência boa para todas as escolas, e os alunos iriam amar a idéia...

James não se lembrava mais da memória.

*0*0*0*0*0*

Hermione olhava o fogo crepitar na lareira. Estava sentada no sofá, com uma manta cobrindo as suas pernas, e claro, com um livro na mão. Mas apesar de tudo, ela não conseguia se concentrar na leitura, e isso vinha acontecendo muito ultimamente. Ela se encontrava num estado apreensivo, com um sentimento no fundo do estômago que ela não sabia explicar, e isso a dava assustava. A ultima vez que ela sentiu-se assim foi no seu 2º ano, quando foi petrificada. Arrepiou-se com a memória... nunca tinha se sentido tão impotente na sua vida, era como se ela tive consciente mas sem ser capaz de completar um pensamento, e de vez em quando ela sentia se claustrofóbica, querendo mexer o corpo e não conseguia...

Não. De novo não. Isso é passado, não precisa ficar relembrando disso. Já basta seus pesadelos.

Mas apesar de tudo, Hermione reconhecia a importância daquele ano na sua vida. Foi um ponto de virada, a partir daquele dia ela tinha encontrado novos amigos. Pessoas com quem ela confiaria a própria vida.

Henry e Neville estavam em seu primeiro ano, ela tinha ouvido falar deles claro, quem não tinha? Os pais de Neville, Frank e Alice Longbotton, eram renomados aurores, e James e Lilian Potter lecionavam em Hogwarts. E Henry, bom, ela duvidava que existia uma pessoa no mundo mágico que não sabia o seu nome, afinal ele tinha derrotado Você-sabe-quem .

Ela se lembrava carinhosamente da cena que se passava na sua cabeça. Henry e Neville foram os seus primeiros verdadeiros amigos na escola, apesar de Hermione já estar no seu 2º ano. Depois de ser petrificada, ela forçou se a ficar mais retraída do que antes, era vista sempre com um livro na mão, até mais que o normal. Não queria contato com as pessoas, um simples aperto de mão já a deixava com a sensação de estar presa, sem saída, sem poder se mexer... Foram 2 semanas que se transformaram na pior de sua vida, onde olhava via olhos amarelos. Sabia que os seus colegas a chamavam de paranóica pela sua costas. E ela realmente estava.

Até o dia que o Neville e Henry se aproximaram dela. Ela tinha entrado em pânico, mas conseguiu agir naturalmente, apesar do seu corpo estar todo tenso. Ela tratou os dois muito rudemente todas as vezes que eles tentavam uma aproximação. Mas eles pareciam que não sabiam o significado da palavra não. Depois de algum tempo, ela encontrou-se não ligando para eles, os dois conversavam com ela, porém de início ela não respondia, então os dois conversavam entre si como se ela não falando com eles fosse normal.

Eles a perseguiam toda hora, então ela começou a se sentir relaxada ao redor deles, suas companhia não faziam ela querer fugir e enrolar se em uma bola. Ela já estava começando a se curar do seu trauma. Então depois de mais um mês com os dois insistindo com ela, ela sem perceber, respondeu uma pergunta de Neville. Ela não se lembra o que era, provavelmente uma coisa aleatória, mas ela lembra da reação deles e a dela própria. Não se sei quem estava mais surpreso, eles ou eu.

Rindo das suas lembranças, ela se levantou para colocar mais uma madeira para alimentar o fogo e voltou para o sofá. Já era muito tarde, não tinha ninguém no salão comunal, todos tinham ido para cama cedo, ansiosos para o amanhã chegar. Amanhã era o dia em que as delegações chegariam.

- Mione, o que você ainda está fazendo aqui?- a voz de Rony a pegou de surpresa, a fazendo levar a mão pro seu peito

- Que susto, Rony!- ela exclamou tentando acalmar as batidas do seu coração.

Rony riu enquanto se jogava no sofá ao lado de Hermione.

- Estava lendo- Mione respondeu a pergunta de Rony- E você?

- Sem sono.

Eles caíram num silencio confortável.

- Você conversou com ela?- perguntou Rony

- Com Gina? Sim, hoje no trem. Mas ela me parece legal Rony, tem certeza que você não está exagerando? Já faz tanto tempo...

- Não... Mione, você não conhece a Gina como eu conheço... ou conhecia. Depois daquele ano ela nunca mais foi a mesma, alguma coisa aconteceu... eu sei disso! Eu só não sei o quê!- Rony falou apertando o pulso, fazendo com que os seus braços se tencionarem, mostrando os seus músculos... que músculos... Hermione, concentre-se!

- Ela nunca me contou nada, talvez ela só é quieta mesmo, ela cresceu Rony. Hogwarts muda as pessoas, todo mundo fica diferente depois que vem para cá.

- Esse é o problema, devia mudar para melhor. Não devia ficar... assim... – seu olhar ficou nostálgico. Rony amava sua irmã, era óbvio. Era uma coisa impressionante de se ver, Hermione desejava que tivesse um irmão para ter uma conexão assim- Gina era fogo, desde pequena sabe... Não parava quieta, sempre aprontava alguma, com seu olhar inocente e pidão ela conseguia tudo o que queria. Lembro de morrer de inveja de como ela era, se bem que eu também tinha inveja de tudo- Ele riu sem homor- Ela mesmo com 10 anos me dava medo e olha que eu era mais velho. Mas hoje, ela esta tão diferente... É como se faltasse uma parte dela, a parte que inflamasse ela para ter aquele fogo. Eu a amo muito, e me dói vê-la assim. Todos nós nos preocupamos com ela, sentimos saudades do calor nos olhos dela. De ver ela sorrir o tempo todo...

- Shh, calma Rony. Tudo vai ficar bem no final, você vai ver.- Hermione arrastou-se para perto de Rony para dar um abraço reconfortante. Rony a abraçou fortemente em troca. Esse era um assunto delicado para ele. Ela queria saber por que Gina ser calada e tímida incomodava os Weasley tanto. Gina parecia normal para ela. Uma menina que ficava na dela. Mas Rony estava certo, ela não conhecia Gina tão bem quanto a família dela, apesar de se considerarem melhores amigas.

- Hum... Obrigado...- Rony falou baixinho no ouvido dela, a fazendo arrepiar

- N-Não é nada.- ela deu um sorriso sem graça se afastando um pouquinho, mas ao mesmo tempo que Rony. Fazendo que os seus rostos ficassem centímetros de distancia. Os dois se olharam para o que parecia um bom tempo, e sem perceber se aproximaram mais...

- D-desculpa!- guinchou uma menina do 1º ano quando deixou o seu copo cair no chão, quebrando.

Rony e Hermione se separaram, cada um indo para um lado do sofá, como se tivessem levado um choque.

Hermione se perguntou quem estava mais vermelho, eles ou a pobre menina que parecia que queria estar em qualquer outro lugar, menos ali.

- Deixa eu te ajudar- Hermione falou rapidamente saindo do sofá- Reparo! Prontinho!

- Obrigada!- a menina já tinha disparado escada acima

- Hum... acho que já vou indo.- Hermione disse pegando a manta e o seu livro rapidamente, sem fazer contato visual com Rony- Boa noite!

- Boa Noite...- desejou Rony também seguindo em direção ao seu quarto.

Droga Hermione! Se apaixonar por Rony, seu melhor amigo, sério?! Isso é tãooo cliché!

Mas como os grandes nomes dizem, não se manda no coração...

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No dia seguinte...

- Cara! Isso é muito maneiro!- balbuciava Jake olhando ao redor freneticamente.

Eles estavam no navio que os levariam para a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, dizer que eles não sabiam o que sentir era um eufemismo. Uma parte deles estavam animados para rever algumas pessoas que eles se importavam, conhecer a renomada escola de Hogwarts... Mas a outra ainda estava receosa sobre o reencontro com o passado. Passado esse que eles tinham deixado para trás durante 10 anos.

- É mesmo! Nossa, vocês precisam ver o meu quarto! É com uma cama dossel, parece de princesa!- riu Lizie descontraída

- Só faltava o meu wii!- desejou Jake

- Você e suas bugigangas trouxas!- Lizie rolou os olhos

- Não vire os olhos! É wii, quem não gosta de wii?- indignou-se Jake

- Vou nem comentar o seu comentário!- brincou Lizie

- Ok, agora que os dois estão acomodados e tudo, temos que discutir alguns pontos importantes- começou Harry trazendo a atenção dos gêmeos para si

- Que pontos? Achei que a gente já tinha tudo resolvido. Você vira o campeão de Drumstrang, entra no torneio e ganha. E logo depois a gente volta como se nada tivesse acontecido. Eu sei que a gente tinha combinado de usar os nossos nomes, mas vocês acham que é realmente uma boa idéia? Depois disso a gente não vai ter sossego, a mídia vai pirar... Argh! Imagina o Profeta Diário?- balbuciava Jake

- Jake, para!- interrompeu Lizie- Não é assim tão fácil... Eu estava lendo sobre esse torneio em alguns livros e descobri que não é fácil virar o campeão da escola. Não verdade a única coisa que você tem que fazer é escrever o seu nome e colocar no cálice.

- Cálice?- perguntou Jake

- Sim. O cálice do Fogo. Ele é um juiz imparcial. Cada um que coloca o nome nele é julgado, o papel utilizado para escrever descobre a sua assinatura mágica, e ao colocar no cálice o mesmo descobre algumas coisas relevantes como potência de feitiços, poder bruto... Enfim, o cálice atua como uma força viva...

- Como assim uma força viva?- perguntou Jake curioso

- É difícil explicar...- Lizie estava tentando pensar numa comparação- Pense na magia por si só... não, pense no próprio castelo de Drumstrang, algumas partes do castelo são perigosas pois alguns feitiços vem de qualquer lugar, correto? Isso é a mágica do castelo, um ser inanimado tendo mágica... é mais ou menos isso... O cálice não fala ou algo do tipo, mas tem uma essência mágica que reconhece magia, sendo assim apto a escolher o melhor campeão de cada escola.- concluiu olhando para os irmãos, ao ver que eles entenderam continuou – Enfim, depois de escolher os campeões de cada escola vem as tarefas, normalmente são 3 grandes tarefas, mas tem alguns relatos de 5 apesar de não ser muito comum... O problema é que as tarefas não são fáceis, tem que ter um controle incrível, pois você literalmente encara a morte, um erro, uma hesitação e você... morre.- Todos estremeceram na ultima palavra, parecia que tudo estava ficando mais real, Lizie continuou mesmo assim – não vou negar, o número de mortos assusta, cerca de 75% dos participantes morrem, é por isso que o torneio foi declarado cancelado. E voltar com ele agora... Harry tem razão, tem alguma coisa por trás disso

- Voldemort.- declarou Jake

- Sim. De uma forma indireta, mas sim... Pense, é a chance perfeita para se reerguer, depois da final da capa de quadribol, não resta dúvidas. A marca negra estava no céu, é um aviso. Não é uma brincadeira de mau gosto que puxaram para cima do ministério britânico. Voldemort, sendo ele mesmo, não podia deixar de se mostrar um pouco. Aposto que ele se diverte com o pânico que causou no dia... Mas agora ele precisa de alguma coisa, algo que ele só vai conseguir com o torneio, só nos resta saber o quê...- refletia Lizie em voz alta

- Talvez ele quer a distração que o torneio pode causar, afinal ninguém vai estar procurando por ele...- Jake pensou

- talvez...- A voz de Harry soava duvidosa- Tem que ter alguma coisa a mais...

- Eu posso pesquisar, mas não acho que vou conseguir sozinha...- ofereceu Lizie

- Acho que é uma boa idéia, mas você sabe como eu e o Jake somos com pesquisas...- falou Harry envergonhado

- Verdade. Acho que eu não preciso de bolinhas de papel voando me atrapalhando, não é?- lembrou Lizie

- Sim, acho que você não precisa, né?- falou Harry coçando a nuca, com uma leve vermelhidão nas bochechas

- Mas eu acho que a gente não vai descobri nada com as pesquisas – Jake falou brincando com um pomo de ouro – Tipo, a gente sabe que ele é um espectro, pelo menos é o que a gente sabe ou acha que sabe... mas de qualquer maneira, temos que descobri muitas coisas antes, como ele ta vivo afinal, como e porque ele é um espectro... o que a marca negra realmente faz, porque a gente sabe que ela é uma ligação de lealdade, mas ela está ligada a força vital? Voldemort tem mais força a partir de seus seguidores?- Deixando o pomo de lado e sentando mais rigidamente na cama, com uma cara séria Jake declarou – Acho que a resposta que procuramos está do dia 31 de outubro.

Os três ficaram em silencio absorvendo o que Jake havia dito.

- Eu posso saber exatamente o que aconteceu naquele dia, mas eu não acho que faz muita diferença... É tudo muito confuso... – Harry falava com um fio de voz, nenhum deles gostava de falar naquele dia, mas Harry reconhecia que o era o momento de falar – Voldemort chegou e estuporou Lilian, e logo em seguida olhou para nós... Algo deve ter o feito escolher me matar primeiro, eu me lembro dele falando a maldição da morte – os três estremeceram como se estivessem ouvindo a voz de Voldemort em seus ouvidos e como se estivessem vendo a luz verde que durante muito tempo esteve presente em seus pesadelos – Mas logo em seguida veio uma luz branca, acho que era ma bolha...

- Um escudo.- sussurrou Lizie

- Acho que sim... mas eu não conjurei nada, não faz sentido- Harry pegou as mãos e cobriu o rosto, cansado e confuso. Sempre que lembrava naquela noite nada fazia muito sentido. Por que Voldemort não havia matado James e Lilian, não batia com o personagem que ele era conhecido. Porque escolher ele e não Henry? Os dois haviam nascido em setembro.

- Você acha que isso tem haver com as nossas cicatrizes?- perguntou Jake

- Acho que sim...- falou Harry tentando lembrar de todos os tipos de escudos que conhecia

- Não sei, meninos... Talvez até seja, mas as nossas cicatrizes são diferentes. A nossa Jake é na mão e a do Harry é na testa, e também são marcas diferentes. A do Harry é um raio, e a nossa, bem, é alguma coisa...- Falou Lizie tocando inconscientemente na sua cicatriz.

- Ahh! Isso não está dando em nada!- falou Jake frustrado se levantando na cama e dando um soco na parede do quarto.

- Não me diga!- Ironizou Lizie deixando o corpo cair para trás, batendo na cama, passando a mão no rosto em frustração.

- Acho que é melhor irmos dormir, não vai adiantar em nada ficar pensando agora, só estamos rodando em círculos... – apaziguou Harry

- Sim, acho que é o melhor a se fazer mesmo.- disse Lizie se levantando da cama – Pelo menos dizem que a biblioteca de Hogwarts é a 3ª maior do mundo, assim eu posso fazer uma pesquisa decente e talvez descobrir alguma coisa sobre a marca, o escudo... – disse se aproximando de Harry para se despedir- Boa noite, Arry.- deu lhe um beijo na bochecha que foi retribuído

- Boa noite.- Jake abraçou Harry e puxou Lizie para fora do quarto

- Você acha que a biblioteca vai ter algo?- perguntou Lizie andando no corredor que dava para o seu quarto

- Não sei. Acho que não sabemos o que procurar ainda, e mesmo se soubéssemos não sei se você conseguiria achar sozinha.- falou Jake

- Eu sei, mas não tenho ninguém mais para pedir ajuda

- Eu sei,, mas você sabe que eu e Harry vamos te ajudar, então calma- falou Jake

- Eu até agradeço a oferta, mas eu sei que vocês dois não conseguem se concentrar nos livros. A não ser que seja de quadribol e de transfiguração se for você e defesa se for Harry.- Disse Lizie com um sorriso

- Mas a gente vai ajudar de qualquer jeito.- falou Jake a abraçando e dando um beijo no rosto – Te deixo por aqui, o meu dormitório é por esse lado, depois a gente conversa mais, mas não fica esquentando a cabeça com isso não, tenta pensar em outra coisa. Boa noite, maninha.

- Pensar em quê? Hum... acho que Tom Cruise...- brincou Lizie já se afastando

- Sim, Tom Cruise... O quê?! Ele não é muito velho não?

- Boa noite Jay!- Rindo Lizie entrou para o quarto

- Ainda bem que você chegou!- sussurrou Lizie para Jake que era o ultimo a chegar na sala principal do barco onde todos estavam reunidos e prontos para chegar em Hogwarts.

- Tava dormindo- resmungou Jake abafando um bocejo

- Sim. Percebe-se.- Falou Lizie olhando para o irmão que estava com cara de quem acabou de sair da cama. Fazendo um feitiço para que a roupa não fique mais amassada virou para o irmão e pediu- Arruma esse cabelo pelo amor de Merlin! Ta pior do que o do Harry!

- Tá bom!- reclamou Jake passando a mão pelo cabelo para ver se ficava melhor, e olhando para os alunos que estavam todos ali reunidos, cerca de 10 alunos contando com eles, cada um conversando animadamente e olhando freneticamente para o relógio, obviamente ansiosos, perguntou- Falta muito?

- Não. Apenas 5 minutos. Daqui a pouco vamos subir para a superfície e ai vai dar para ver a escola.- Lizie estava um tanto ansiosa para ver o castelo, dizem que é tão lindo que palavras não descrevem. E além disso, a escola é conhecida por ser a melhor do Reino Unido. Mas o nervosismo do que poderia acontecer dali para frente a fazia ter vontade de voltar e deixar a curiosidade de ver Hogwarts para trás. Tudo podia mudar dali para frente. Ela não tinha certeza se estava preparada para as mudanças possíveis.

- Vocês estão sentindo alguma coisa?- perguntou Harry girando a varinha nos dedos para se distrair da sensação de nervosismo.

- O que?- perguntou Jake conjurando um espelho para ver se estava apresentável.

- Não sei, um sentimento... um formigamento- Harry deu de ombros- Deve ser loucura minha.

- Não... Eu acho que estou sentindo também...- falou Jake admirado pela sensação

- Meninos, acho que isso é Hogwarts...- sussurrou Lizie maravilhada sentindo a sua magia palpitar, a ponta da sua varinha brilhar.

- ESTAMOS SUBINDO! – gritou alguns alunos animados. Em questão de segundos todos foram para a frente do barco, onde um enorme vidro ficava mostrando todo o mar.

Esplêndido. Lindo... Mágico.

Não havia palavras que se adequassem ao castelo de Hogwarts. Situado numa colina, o castelo era majestoso, parecia que tinha saído de um conto de fada. A arquitetura dele era incrível, Lizie só podia imaginar quantos segredos o castelo escondia. E ela não esperava para poder desvendá-los. Ela sentia sua magia ir no pico, tinha certeza que seus olhos estavam mais brilhantes que nunca, assim como os dos seus irmãos. De repente a sensação de estar em casa a bateu com força, fazendo ela cambalear par trás

- É-é...- Lizie não conseguia formar palavras.

- Eu sei...- disse Harry quando a ajudou a se firmar nos seus pés.

- É incrível...- Jake estava com a boca aberta, literalmente.

Embalados nos sentimentos, os três podiam jurar que tinham ouvido uma voz sussurrar para eles " Bem-Vindos de volta".

O navio estava atracando, os três irmãos se entreolharam. Lizie respirou fundo e foi para a fila de garotas que ela tinha que ir. A sensação já tinha passado, mas outra começou a se instalar em seu estômago, o medo, ela tinha certeza que tudo iria mudar a partir de agora. E ela não sabia se era para melhor.

Ao sair do barco e seguir a fila dos meninos, Harry não podia se lembrar de quando tinha ficado tão a vontade, mas ao mesmo tempo tão sem lugar. As coisas nunca tinha sido fácil na sua vida, nunca fora uma criança normal isso ninguém podia negar, mas a situação que se encontrava era simplesmente impossível. Começava a pensar que voltar para o Reino Unido foi uma péssima idéia, que ele devia simplesmente arranjar um jeito de pegar os seus irmãos e voltar para sua casa na Austrália, onde passavam a maior parte das férias escolares. Mas se arrependeu na mesma hora em que começou a cogitar a idéia, não era mais só sobre ele e seus irmãos, por mais que não quisesse admitir as conseqüências de suas ações não era só dele mais. A profecia ecoava na sua mente.

"Aquele com o poder de vencer o lorde das trevas se aproxima... nascido dos que o desafiaram três vezes, nascido ao terminar o sétimo mês... e o lorde das trevas o marcará como o seu igual, mas ele terá um poder que o lorde das trevas desconhece... e um dos dois deverá morrer na mão do outro pois nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver... aquele com o poder de vencer o lorde das trevas nascerá quando o sétimo mês terminar..."

Apertando os punhos, seguiu os seus colegas. Todos eles estavam com capas, que protegiam do frio, mas que também tinham capuz, de tal forma que seus rostos estavam parcialmente cobertos. Revirando os olhos, Harry se perguntou se Karkaroff queria aumentar os rumores que Drumstrang era uma escola das trevas, porque se esse era objetivo ele tinha conseguido. Os alunos de Hogwarts estavam cochichando entre si enquanto olhavam os alunos de Drumstrang, com suas vestes pretas e rostos cobertos.

Harry observou os diretores se cumprimentarem, e depois viu o diretor de sua escola olhar avaliativamente o corpo docente de Hogwarts. Karkacoff deve ter encontrado algo interessante pois seu corpo ficou rígido por uns instante, mas pela posição em que estava, não deu para Harry descobri quem é que Karkacoff estava olhando. Depois de observar o diretor, Harry ficou tenso, agora ele estava querendo achar uma outra pessoa.

Olhou para Jake e Lizie, e por um segundo os seus olhos se encontraram. Harry ficou preocupado, pois Lizie estava um tanto quanto pálida. Os três assentiram, em um acordo silencioso eles começaram a procurar pelo seu irmão.

O problema era que eles não sabiam como Henry era e não sabiam com quem andava. Será que ele era amigo dos Weasley? Porque desse jeito era mais fácil, era só procurar uma cabeça vermelha e rosto com sardas, características típicas de um Weasley, que Henry estaria por perto. Mas Harry não teve nenhuma sorte.

Apertando o casaco no seu corpo para se aquecer melhor, Jake olhava a multidão que dispersava rapidamente. Um sentimento de desapontamento estava no seu estômago, não tinha encontrado um traço de Henry. Mas talvez isso fosse uma coisa boa, assim ele poderia controlar melhor as suas emoções, que estavam um tanto um quanto caótica de ver o castelo. E ele também estava com medo da reação de Henry, será que ele se lembra deles? Será que ele vai os reconhecer? Qual será a sua reação? As perguntas eram tantas!

A delegação de Drumstrang começou entrar no castelo. Os cochichos de admiração era um coisa que Jake podia identificar, o castelo era realmente incrível. Não havia comparação com Drumstrang, que era fria e escura, um enorme contraste com a atmosfera acolhedora que Hogwarts proporcionava.

O diretor liderava caminho, parecendo conhecer o caminho. Era fácil para Jake esquecer que ele já foi um aluno dali, KarKaroff parecia totalmente fora de lugar para Hogwarts, parecia que ele nunca pertenceu ali.

Quando parecia que estavam chegando no lugar desejado, Jake viu um grupo de meninas vestidos de azul. Seu primeiro pensamento foi que elas deviam estar morrendo de frio, quem usa vestido de seda na Escócia? Mas quando chegou mais perto suas perguntas foram respondidas: Beauxibaton.

Jake tinha certeza que estava corando. Praguejando baixinho, tentou fazer o rosto voltar a cor normal. A delegação de Beauxibaton parecia estar se preparando para entrar, mas tinha nos visto chegar. Ele só viu um vulto azul chegando perto dele e de seus irmãos

-Je ne peux pas croire que vous êtes ici! Mon dieu! C'est trop cool! Mais que faites-vous ici? Es-tu fou? (Não acredito que vocês estão aqui! Meu deus! Isso é tão legal! Mas o que vocês estão fazendo aqui? Vocês estão malucos?)- Fleur falou isso numa velocidade só, esquecendo de mudar para o inglês, mas não fazia diferença, pois os Potters sabiam um pouco de francês.

- Respira loira!- brincou Lizie a abraçando

- Ah Lizie, quanto tempo não te vejo ruiva!- Fleur falou mais contida, em inglês com um ligeiro sotaque francês.

- Nós não estamos malucos não, Fleur. Drumstrang está participando do torneio.- respondeu Harry dando um abraço em quem ele considerava uma amiga.

- Mas, Mon dieu! Vocês sabem o que pode acontecer- falou mais baixinho, apertando o braço de Harry. Respirando fundo ela virou para Jake e lhe disse com um sorriso malicioso – Gabrille vai ficar decepcionada que ela não pôde te dar oi antes de mim. Mas tenho certeza que ela iria te mandar um beijo, inventé( cunhado)

Jake tinha certeza que estava corando de novo quando ouviu as risadas dos três.

-Fleur, revenons à votre place, puis vous parlez à vos amis!( Fleur, de volta para o seu lugar, depois você conversa com seus amigos!)- gritou Madame Maxime

- Oui, Madame Maxime! ( Sim, Madame Maxime) - revirando os olhos ela voltou para os seus amigos. Depois a gente se fala. Bisous!( beijos)- com um beijo no rosto dos três ela voltou para o seu lugar na fila, como se estivesse desfilando.

- Acho que você vai poder ver a Gabi depois de tudo! Só cuidado com a competição, porque você sabe maninho, ela muito bonita e não é só você que pensa assim!- brincou Lizie

- Ah, ta bom! Você não tem que voltar para o seu lugar não? Daqui a pouco a gente vai entrar- resmungou Jake

Ainda um pouco corado, Jake refletiu. Ele tinha uma quedinha por Gabrielle desde que ele se lembrava, Gabi era da mesma idade dele, só uns meses mais nova. Ela e Fleur eram irmãs, filhas do Ministro da Magia da França, e como se isso não bastasse para que elas tivessem um monte de olhares invejosos lançados em seus caminhos, eram também um terço veela. Esses dois fatores faziam com que elas tivessem muitas poucas amizades, afinal ainda havia um certo preconceito com as veelas, o que era a maior besteira da opinião de Jake.

Eles se conheceram por um acaso quando Jake e seus irmãos estavam passando o recesso escolar há três anos na França. Eles estavam num shopping, pois Lizie os tinha arrastado para lá para fazer compras ( uma tortura na sua opinião), e dentro da loja ele esbarrou em Gabi, dizer que ele havia se encantado com ela era um eufemismo. Os dois não deixavam de corar, eles ficaram olhando um para o outro durante algum tempo até que Lizie apareceu. Dizer que ela quase tinha matado Gabi era pouco, ela quase enfeitiçou a pobre menina por causa de ciúmes. Mas ai Fleur chegou e tentou acalmar a situação e depois Harry apareceu para ver o que era toda a comoção. Fleur já tinha chegado a maturidade, então ela emitia uma áurea compulsiva que fazia todos os homens, em poucas palavras, uns idiotas perto dela. Dizem que é como se você estivesse tentado sempre a fazer o que ela quer, sempre satisfazê-la, é como um charme de compulsão. O pior é que algumas vezes ela não tem controle sobre isso. Mas o que fez os cinco ficarem amigos foi o fato de que Harry e Jake não estavam nem um pouco afetado por Fleur. De acordo com ela, é raro achar alguma pessoa do sexo masculino imune aos seus poderes, e só os bruxos são capazes disso, é por isso que Fleur constatou que os três eram bruxos.

Os cinco conversaram a tarde inteira, foi um ar fresco conhecer pessoas novas. Mas Harry ainda estava muito suspeito para se soltar completamente. Naquela mesma noite os três Potters foram convidados para a casa das meninas para um jantar, a mãe delas, Senhora Delacour estava extasiada que suas filhas tinham trazido novos amigos, coisa que nunca tinham feito antes. Mas o pai estava dando olhar inquietante para os novos visitantes. Como ministro ele conhecia muito outros países, entre eles a Inglaterra, e isso estava fazendo um Harry de 13 anos muito inquieto.

Não demorou muito para que o senhor Delacour pedisse para que Harry o acompanhasse até o escritório, respirando fundo Harry o seguiu. Chegando lá, o senhor Delacour perguntou onde os pais dos três estavam, no que Harry respondeu que estavam em casa.

" Qual é o seu nome mesmo?"- Alan Delacour perguntou depois de um minuto de silêncio

" Harry, senhor." com o olhar que o mais velho estava lhe dando, Harry começou a planejar, ele não tinha como lutar com o homem, fora que ele tinha realmente gostado das meninas para machucar o pai delas em algum grau, além disso ele não tinha certeza se iria ganhar em luta, o cara era um Ministro, pelo amor de Merlin! Sem contar com o fato que Alan estava em sua própria casa, o seu território. Vendo que não havia outra saída, ele confirmou o seu sobrenome " Harry Potter"- respondeu depois de algum tempo

Harry sabia os riscos que estava correndo, mas em sua mente não havia muito o que o ministro pudesse fazer, ele era emancipado, ninguém tinha controle legal sobre ele. O problema eram os seus irmãs, mas ele tinha certeza que os gêmeos não iam deixar barato se alguém quisesse fazer eles voltarem para a Inglaterra. Ele tinha certeza que eles poderiam escapar antes que o Senhor Delacour contatasse o ministério britânico. E eles podiam a qualquer hora contatar Missy e sair de lá. Sim, eles estavam seguros de certa forma, suspirou Harry aliviado.

" Eu já ouvi falar desse nome antes... Sabia que só existe uma família com esse sobrenome em toda a Inglaterra?"

"Sim, senhor. E sei"- não tinha o porquê negar.

Harry não abriu toda a sua historia para os Delacour de primeira, eles sabiam sim que eles eram os irmãos que a muito ninguém ouvia falar. Eles não pressionaram, o que Harry ate hoje era muito grato. Eles sabiam que tinha uma historia por trás de tudo isso, mas confiavam nos três o suficiente para saber que não era nada ilegal ou algo do tipo. Só ficaram sabendo dos detalhes depois de um ano. Dizer que os Delacour estavam ultrajados é pouco, eles queriam ir para a Inglaterra e acabar com os seus parentes com as próprias mãos.

Desde então eles se consideram amigos, Fleur é a única garota da idade de Harry com quem ele se da bem de verdade, mas apesar de todo o companheirismo eles nunca cogitaram a idéia de namorarem ou algo do tipo.

A relação entre Gabrielle e Lizie era um pouco conturbada no inicio. Seus irmãos nunca tinham mostrado nenhum interesse no sexo oposto na sua frente, e ela não sabia o que fazer com isso. Mas Lizie e Gabrielle tinham 11 anos, não estavam interessadas em meninos naquela época, então depois de algumas conversas Lizie declarou que Gabrielle não era uma ameaça para ela, pelo menos não imediata. Mas Lizie sabia que Gabi tinha uma quedinha pelo se irmão gêmeo, como um dia Gabi confessou numa noite de pijamas que elas organizaram. Honestamente, Lizie preferia Gabi com Jake do que qualquer outra garota. Gabi era bonita, inteligente e leal. Era fácil gostar dela.

Jake começou a seguir os seus colegas, a delegação de beauxibaton já tinha entrado, agora era a vez deles. Respirando fundo passou o portão que dava entrada para o salão principal. Primeira coisa que ele notou foi o teto. Como isso era mesmo possivel?! E tinha quatro mesas gigantescas. As quatro casas, constatou.

Aquela sensação incômoda que eles estava sendo vigiado percorreu todo o seu corpo, até quando ele teria que suportar os olhares? Tudo bem que eles eram novidade, mas sério? Olhando para os seus colegas de escola, viu que alguns estavam tímidos, mas outros estavam claramente gostando da atenção, como era o caso de Yan Simeonov. O cara era simplesmente um idiota na opinião de Jake. Era um garoto metido a bad boy que contava as suas conquistas todo dia para os seus amiguinhos.

Jake percebeu que Beauxibaton já tinha se sentado numa mesa com alunos com uniforme azul, certamente corvinais. Seguindo os seus colegas eles foram para a mesa mais afastada, com a cor verde predominante. Ótimo, sonserina. Não era que ele não gostava da casa, mas tinha uma história com ela que não era a das melhores. Só esperava que não conhecesse ninguém ali, não precisava de mais complicações.

Sentando e cumprimentando silenciosamente os alunos da sua mesa, ele ficou quieto esperando o diretor de Hogwarts começar o seu discurso

- Chegou o momento- disse Dumbledore sorrindo ao mar de rostos erguidos – O Torneio Tribuxo vai começar...

Sim, sem complicações... Jake sorriu para a sua própria ingenuidade.

N.A:

Eu sei, eu sei, vcs querem me matar e tudo, mas em minha defesa a minha vida ultimamente não está mil maravilhas, mas resolvi continuar escrevendo...

Queria muito prometer caps fresquinhos todos os dias se pudesse, mas infelizmente não posso... mas prometo que não vou abandonar essa fic e nenhuma outra minha, é como um objetivo pessoal agora concluí-las.

Enfim, mais uma coisinha: eu não sei nem um pouco de francês, então me desculpem pelos erros cometidos, aquilo era Google tradutor, e eu sei o tanto que ele é falho, mas não tinha outra saída. Se você achar um erro, por favor me avise que eu dou uma corrigida!

Comentem o que acharam, é muito importante a opinião de vcs!

Bjss e até o próximo cap!

Mary

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