Visitas Inesperadas
02 - Visitas inesperadas
Depois da hora do almoço, Harry já havia esquecido um pouco daquela história que lera de manhã. Tinha muito mais com o que se preocupar. Um pouco depois da tarde, Harry resolvera dar uma volta por aí. Precisava pegar um ar para refrescar as idéias, e quando se dera conta já estava próximo ao parque que Duda depredava junto com seus amigos. Pulou a grade e se sentou perto do banco de areia, já que o último balanço que havia restado estava quebrado como os outros. Harry pensava em quando poderia ir para o quartel general da ordem da fênix, a antiga mansão Black, onde hoje não há mais Black algum para contar história. Sabia que não seria logo, pois se lembrava perfeitamente do que Dumbledore havia lhe dito. No mínimo uma semana longe de seus amigos... O que ele achava que sem dúvida, era muito tempo. Estava ficando tarde, e Harry tinha que chegar em casa antes de Duda. Quando estava saindo, foi barrado por um grupo de Comensais da Morte. Harry, assustado e surpreso recuou alguns passos, buscando ganhar tempo, enquanto tateava o bolso da calça em busca de sua varinha. Mas foi em vão, pela primeira vez em meses saíra sem ela. Os comensais avançavam lentamente em sua direção, Harry achava que agora seria seu fim. Um deles avançou na frente dos outros e estendeu a mão para pegar Harry. Com certeza o levariam até Voldemort para que este o matasse. Mas um barulho chamou a atenção de todos, alguém havia pulado o portão do parque. Trajava um manto negro e um capuz cobria metade de sua face:
- Tristes são os tempos em que seres nefastos encurralam pobres jovens.
- Vá embora antes que envolvamos você nisso! – disse um dos comensais
- [Gargalha divertidamente] – Me envolver nisso? Vão fazer o que, me matar?
- Na melhor das hipóteses. – respondeu o que estava mais perto de Harry
- Acho que não vão conseguir, pois ninguém pode me matar, e...Ah! esqueci de avisar, vocês vão morrer primeiro. – conjura uma bola de fogo a tira em direção aos comensais, enquanto desparatava e paratava ao lado de Harry para tira-lo do trajeto da bola – Tudo bem com você, Sr. Potter?
- Acho que sim. – Harry notou que a figura negra parecia bem mais alta que antes, tipo um 1,75 e ficou se perguntando porque ninguém poderia mata-la...
- [Tira o capuz, revelando os enormes cabelos negros e olhos azuis bem profundos] – Meu nome é Victória Smit, o pessoal da ordem pediu para que protegesse você até que fosse para o quartel general.
- Espere... você é a nova vizinha!
- Isso mesmo. – Victória parecia bem mais pálida pessoalmente
- Mas e aquilo?
- Fala da magia? Uma coisinha que aprendi com uma amiga. – ajuda Harry a levantar – te levo até a porta de casa.
- Obrigado. Mas não percebi que estava atrás de mim.
- A idéia era exatamente essa.
- [Harry notara que os caninos de Victória eram ligeiramente pouco mais longos do que dos outros seres humanos, “Será que ela tem algum problema...?” se perguntou Harry; “mas mesmo que eu simpatize com ela, isso não é da minha conta, e também, pra que eu me importo?”] e por fim perguntou: – Dumbledore pediu para que me protegesse?
- Sim...- e pouco antes de saírem da sombra para a pouco luz do sol que ainda restava, ela põe no dedo um anel prata com uma pedra vermelho-sangue – mas por pouco não consigo te achar, à algum tempo venho observando você, sei que gosta de vir aqui durante a tarde perto da noite, ainda bem que hoje cancelaram aula lá na facul...quase que não consigo impedi-los.
- Faculdade?
- É. Tenho que me garantir entre os trouxas de algum jeito. – para à frente do número quatro da rua dos Alfeneiros – agora vá logo, antes que apareçam mais comensais aqui.
- Tá. – vai em direção à porta
- Harry!
- [Se vira para ver] – o que?
- Toma mais cuidado da próxima vez.
- Tá.
Harry não conseguia acreditar no que presenciara esta tarde, uma pessoa (e que não era Dumbledore) fora capaz de acabar com um grupo de comensais sozinha! Quando voltou, notou que Duda ainda não chegara e aproveitou para subir para o quarto sem ser importunado. Tudo ainda estava um pouco confuso...comensais...uma garota que surge do nada e o salva...(e essa garota ainda afirma que ninguém pode mata-la; e não se pode esquecer seus caninos afiados) muito estranho mesmo. Instantes depois, uma coruja adentrou seu quarto, era uma carta de Lupin, dizia que iriam busca-lo daqui três dias. Harry nem imaginava como faria para conseguir para sair da “guarda” dos tios, lembrava-se que no ano anterior fora sem nem ao menos avisar, e ainda foi voando em sua tão querida Firebolt (que havia ganhado de Sirius no terceiro ano)....boas férias aquelas (apesar do tempo que passara sem notícias nenhumas sobre nenhum dos seus amigos). Harry ainda não conseguia confiar totalmente em Victória, ainda não esquecera das figuras que vira indo até sua casa na noite anterior. Começou a mexer em seu malão procurando pelo diário de sua mãe, queria lê-lo. Em um certo momento, cortou o dedo em um dos cacos do espelho que Sirius lhe dera no ano anterior. O espelho que ele atirara dentro do malão sem cuidado algum...o espelho que podia Ter usado para se comunicar com Sirius naquela noite e ver se estava tudo bem com seu padrinho. Harry por fim encontrou o tal diário que recebera de alguém que não se identificara, e o abriu. Algumas páginas estavam faltando, alguns dias estavam incompletos. Harry começou a ler um dia do quarto ano, o primeiro dia de aula:
“Querido diário, hoje foi o primeiro dia de aula do quarto ano. Não esperava que tantas coisas pudessem acontecer num dia só, mas vamos lá. Pra variar o babaca do Potter e os outros implicaram com o Malfoy e os outros amigos babacas dele. A Laurinha e a Anne estavam comentando comigo sobre a aula de poções quando o Drew apareceu. É incrível como apesar de ser irmão do Sirius ele é completamente diferente. Ele é quem menos implica com os outros...pena que já está no sétimo ano...eu e as meninas vamos ficar sem alguém para Ter uma conversa decente...uma pena mesmo. Acho que ficamos desde o final da última aula até a hora de ir dormir conversando na Biblioteca. (e a Madame Pince ficava olhando pra gente com uma cara....hehehehehe...), realmente ele é muito diferente do babaca do Sirius. Também foi anunciado que esse ano haverá uma espécie de competição com os alunos de várias casas...uma competição de feitiços, encantamentos e poções. Profª. Minerva disse que serão formadas duplas mas os alunos não precisam ser necessariamente da mesma casa, só do mesmo ano...ainda não sei com quem vou fazer par...A Laurinha e Anne acharam melhor fazermos um sorteio entre nós três pra ver quem vai Ter que arrumar alguém para formar o par...ainda não decidimos nada.
Também teve uma aluna transferida da França, parece ser alguma coisa do Potter, mas não sei bem o quê...só sei que a menina é muito gracinha, se for mesmo parente do Potter, não tem nada a ver...Bom, por hoje foi só isso de novidade, até.”
Harry ficara abismado, uma aluna transferida da França e que era alguma coisa de sei pai? E um irmão mais velho de Sirius que ele nunca lhe contou? Quase tão estranho quanto o fato da existência dos Vampiros...
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