A Christmas Day
Joanne praticamente desfilava em direção à cabana de Hagrid. Os olhos impiedosos.
- Hagrid. – Disse numa voz imponente enquanto via o gigante cuidando das galinhas.
- Jô! – Gritou o gigante feliz, em seguida, dando-lhe um abraço-quebra-ossos.
- Como vai grandão? – Perguntou simplesmente enquanto olhava para o galinheiro.
- Um pouco triste... Andam matando as galinhas e também tem aquela coisa de acharem que Harry é o descendente de Slytherin. – Joanne riu ao final dessa ‘observação’, sabia que o garoto não tinha sangue sonserino, a não ser que Lilian Evans tenha decidido trair seu príncipe encantado com o sonserino sonso e seboso do Severo.
- Ele nem tem, ao menos, sangue sonserino. O Chapéu Seletor é meio que muito rigoroso quanto à linhagem. Lembra-se quando eu adivinhei as Casas dos novatos? Era por causa disso... Linhagem.
Hagrid sorriu para Joanne. Era bom vê-la conversando tão abertamente e com aquele sorriso caloroso que o grandalhão não via há tempos.
- Ficou sabendo que eu trouxe Raven para cá? – Perguntou Jô, os olhos se virando para Hagrid.
- Devo ter ouvido algo. – Disse simplesmente.
- Não fique irritado por tê-la trazido... Mas não posso deixá-la a mercê dessas escórias aproveitadoras. – Disse Joanne com pesar. – Sei que você e ela não se dão bem, mas... Tente me entender.
- Não se preocupe Joanne. – Disse o guarda-caça. – Eu não me importo.
Joanne olhou fundo nos olhos do amigo e percebeu que ele se importava sim, mas deixou quieto.
- Então, falou com Alvo para colocar um feitiço de proteção sobre o galinheiro? – Perguntou Joanne casualmente com as mãos no bolso.
- Ainda não, iria ter falado ontem, mas... Bem... – Hagrid levantou os largos ombros e Joanne fez o mesmo, sem entender.
- O que acha que devo comprar de Natal para Dumbledore? – Perguntou Joanne, novamente quebrando o gelo.
- A cabeça do responsável pela abertura da câmara? – Perguntou sarcasticamente uma voz atrás dos dois, imediatamente sendo reconhecida por ambos.
- Raven... Por favor, volte para seu dormitório, está tarde. – Disse a grifinória olhando para a loira que continuava escorada na parede.
- Rubeo. – Disse Raven com um sorriso debochado recebendo apenas um aceno em resposta. – Se está tarde para que eu fique aqui, está tarde para você também G— Foi interrompida pela resposta brusca de Joanne.
- Certo, eu vou indo, mas vá na frente. – Disse rapidamente enquanto olhava nos olhos azuis da amiga. – Eu tenho assuntos particulares para falar com Hagrid.
- Então até mais, irmãzinha. – Disse Raven com um sorrisinho debochado enquanto ia em direção ao castelo.
- Então... Qual presente eu dou para o Dumbledore? – Perguntou Joanne de novo.
- Pense em alguma bebida... Você normalmente é boa com elas, e as suas são as melhores que o castelo já provou. Dumbledore mesmo confirmou isso.
- Oh! Eu estava pensando em dar um Martine Dourado, ou uma Tequila Dracônica. Ambas são bebidas antigas e especiais, não são fabricadas há séculos. – Disse Joanne. – Mas dizem que não faz muito bem a saúde, enquanto eu, particularmente, discordo. – Declarou Joanne, divagando.
- Ou poderia dar alguma daquelas luvas de pele de Dragão de Focinho-Curto Sueco.
- Boa! Ou uma bota! – Disse Joanne pensativa. – Que tal... Ah! Algum ser mágico! Ele adorou quando lhe dei Fawkes... – Disse Fiamma pensativa. – E ainda tenho que dar presentes para Hermione e o Potter, além do Firenze. – Disse Joanne cansativa.
- É uma lista extensa. – Disse Hagrid com uma risadinha.
- Não me esqueci de você, se é o que está pensando, grandão. Mas tenho de ir, de toda a forma. Até mais ver Hagrid. – Disse Joanne correndo até a Floresta Proibida.
- Ei! Joanne é proibido— Joanne não escutou-o e simplesmente sumiu floresta à dentro.
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Um falcão saiu pela janela do dormitório da Corvinal em direção à floresta e os olhos dourados da pantera negra, dentro da Floresta Proibida, seguiram-no com cautela.
O enorme centauro se aproximou vacilante, os olhos também presos no céu.
- Os astros estão se alinhando de forma perigosa. – Disse simplesmente o hipocentauro.
A pantera negra olhou para o rosto do centauro e deu meia volta enquanto o falcão pousava no ombro do metade humano.
- Pawnt. – A voz séria ecoou pela clareira e a figura loira encarou a pantera negra com seriedade e frieza indescritível. Os olhos se cruzaram e o animal negro simplesmente ignorou-a e voltou a andar.
- Ele não te ouvira. – Disse uma voz mais calma e serena. – Pawnt é um felino acima de tudo. – Disse a morena, seus olhos dourados seguindo a figura negra que sumia pelas sombras da noite.
- Falk. – Disse a loira estendendo o braço e recebendo o falcão em seu pulso enquanto fazia uma leve reverência para o centauro e depois para a garota ao lado. – Voltarei ao castelo. Durma bem. – Sussurrou a loira e a outra garota simplesmente assentiu, os olhos no mesmo local onde a pantera negra sumira.
- Firenze, acha que podemos convencer Pawnt a... Voltar? – Perguntou a morena enquanto se jogava contra o tronco de uma arvore, sentando-se escorada na mesma.
- Talvez. – Disse o centauro. – Se ele estiver disposto...
- Sabe que Pawnt é um dos elementares, não sabe? – Perguntou a morena ainda olhando para o mesmo lado.
- Sim... Assim como Falk e seu filhote, Fawkes...
- Basil, e sua orda de filhotes. - Disse a morena suspirando e fechando os olhos, cansada. – Texhin e... – Não completou a frase. Parecia que se dissesse tudo ficaria pior.
- É... Se Pawnt decidir...
- Por favor, nem sonhe nisso. – Disse a morena. – Já basta Basil e os filhotes, se Pawnt se juntasse ao outro lado, seria questão para que Texhin fizesse o mesmo. E teríamos um poder muito menor.
- E a batalha está para começar... Logo. – Disse Firenze, voltando-se novamente para o céu.
- Espero que demore o máximo possível. Precisaremos de tempo para convencer Pawntera a se juntar a nós. – Sentenciou a morena.
Firenze ficou em silêncio diante da fala dela. Sua garganta se fechou. Não, eles não tinham muito tempo.
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