Fim
[...] Era incrível como o tempo passava rápido. Por exemplo, agora nós já estávamos em junho, fazendo as provas finais e nos preparando para as férias de verão. Fazia alguns meses que eu havia voltado com o Escórpio. Não como namorados, como amigos, apesar de nos tratarmos de uma forma bem, hm, namoradeira. Patrícia e Thiago finalmente assumiram o relacionamento sério, fazendo com que vários garotos e garotas de Hogwarts ficassem extremamente bravos e os tivessem ameaçados de morte. Mas não pensem que eles estão se tratando bem, porque eles continuam naquela de se tratarem como gato e rato. Lucas e Nina e Carol e Pedro continuavam namorando, perfeitamente, melosamente, e com o menor número de brigas possíveis. Rose e Gabriel tiveram uma briga feia, se separaram, ficaram fazendo manha durante uns dois meses, mas depois deixaram o orgulho de lado e agora já estavam juntos de novo. Roxanne e Dominique continuavam na mesma, pegando todos e não se apegando a nenhum. Will continuava gato e estava em uma amizade-colorida, assim como eu. Daniel tinha se tornado um dos meus melhores amigos, para desespero geral de Escórpio. Jack tinha sumido da escola e eu nunca mais o tinha visto. Alvo tinha ficado com Dominique e Roxanne e depois que elas descobriram, ele, bem, sofreu as consequências. Hugo havia se ajeitado e estava namorando uma garota da Lufa-lufa, muito fofa, apesar de ela ter ciúmes de mim. Thalita e Fred também assumiram o relacionamento, era o oposto do da Patrícia e do Thiago e estavam muito felizes. Mas não. Não pensem que só porque os meus irmãos e primos se acertaram que eles deixaram de pegar no meu pé. Continuavam a ameaçar o Escórpio e o Daniel (um dia este recebeu uma carta, onde dentro havia um liquido que queimava e acabou parando na enfermaria. Escórpio nunca riu tanto em toda sua vida), que demorou um pouco para se acostumar. E, o mais chocante, Luke Zabine e Layla estavam “namorando”. Pois é, não havia mudado tanto assim [...]
[...] Acordei e quando olhei no relógio percebi que estava atrasada para a prova de transfiguração. Era a última prova dos meus NOM’s. Vesti-me correndo e desci as escadas correndo mais ainda. Mas quando entrei na sala, ofegante, percebi que todos estavam rindo e conversando e não havia nem sinal da professora. Como de costume, sentei-me ao lado da Dominique.
- Pode, por favor, me explicar o que está acontecendo?
Ela se virou para mim com uma cara maléfica.
- Digamos que a professora passou um pouco mal e não pode vir aplicar a prova. Então, ela simplesmente resolveu que a nossa nota da prova seria dada pela média das notas dos nossos exercícios. Mas a única condição, foi que nós ficássemos aqui na sala, pelo menos enquanto estiver no horário de prova.
De repente, a ficha caiu. Ela tinha aprontado alguma. Olhei para ela e perguntei, espantada:
- Dominique, o que você fez?
- Nada. O tio Jorge apenas me emprestou uma balinha inofensiva que causava diarreia e fazia a pessoa ter alucinações. Foi fácil convencer a professora a não nos dar a prova depois disso.
- Você é louca! – disse, repreendendo-a, mas eu estava rindo com a ideia de imaginar a professora de transfiguração com diarreia.
- Não sou não. Nunca fui boa em transfiguração, então como copiei todas as tarefas de você e tirei total em todas, – ela deu um sorriso de agradecimento mais falso que um galeão prata. – vou conseguir, pela primeira vez, tirar uma nota boa em transfiguração.
Então nós duas começamos a rir descontroladamente, chamando a atenção dos outros alunos, que começaram a rir da nossa risada.
A sineta tocou e como, transfiguração seria a única prova do dia, fomos para o jardim, jogar conversa fora.
No meio do caminho, encontrei com Daniel. Ele era do sétimo ano.
- Princesa!!!
Fiz cara de nojo pra ele.
- Princesa? Não tinha nenhum apelido melhor não?
Ele pareceu pensar por alguns minutos:
- Bebê? Boneca? Pequena? Linda? Princessss? – nessa última palavra, ele fez questão de carregar no “s”.
Fiz cara de nojo novamente e revirei os olhos.
- Você é tão idiota.
- Eu sei, sua chata.
Dei um tapa no ombro dele. Passaram-se alguns segundos e eu senti aquela respiração pesada atrás de mim.
- A brincadeira já acabou?
- Escórpio.
- Daniel.
O cumprimento foi quase uma ameaça de morte, como se estivesse marcando o ponto de partida da terceira guerra mundial, de acordo com os trouxas.
Tentei mudar de assunto.
- As provas acabaram! Isso não é bom? E nós não tivemos a prova de transfiguração, que é melhor ainda.
- Com certeza. – Escórpio concordou atrás de mim.
- Bom, eu tenho que ir andando. Prometi me encontrar com a sua prima, Lily, a Roxanne.
- Tá bom então.
Ele sorriu se despediu de mim e saiu, me deixando a sós com o Escórpio.
- Educação. A gente se vê por aqui.
- Nunca vou ser educado com ele, Lily.
- Você é tão bobo que chega a me dar náuseas.
- Haha, realmente, muito engraçado.
- Não é pra ser engraçado.
- Bom saber.
Então ele sorriu e me pegou pela cintura e me beijou. E depois, nós fomos para os jardins, socializar. Dominique tinha ido embora, me largado, no momento em que o Escórpio chegou.
- Oi pessoas. Meu nome é Lilian Potter e este é Escórpio Malfoy.
- Prazer. – Dominique entrou na brincadeira.
- Estamos falando diretamente da escola de magia e bruxaria de Hogwarts! Senhor Malfoy, poderia, por favor, nos dizer por que é tão ciumento e não cumprimenta os amigos da sua melhor amiga? Se puder, por favor, responda-nos também o porquê de não gostar de ser educado com os meninos que conversam com sua melhor amiga? – disse, fingindo segurar um microfone.
- É mesmo senhor Malfoy. E como vocês podem perceber, o jornal de hoje será extremamente interessante, já que estaremos discutindo a vida amorosa e sexual reprimida do senhor Escórpio Malfoy.
- Como vocês são pessoas engraçadas, meu Deus. – Escórpio revirou os olhos.
- Estão vendo, espectadores? O senhor Malfoy nos considera pessoas engraçadas. Batam palmas para ele.
Todos os que estavam pertos e ouvindo a conversa, bateram palmas.
- Obrigada, obrigada. Eu sei que sou um objeto de estudo extremamente interessante. – Escórpio se curvou em agradecimento.
Nós continuamos a conversar e quando vimos, já era noite e cada um foi para seu respectivo salão comunal. [...]
O último dia de aula chegou mais rápido do que o trem que nos esperava na estação de Hogsmead. Arrumamos-nos, organizamos os malões, nos despedimos da escola e entramos nas carruagens. Chegamos em Hogsmead e eu resolvi dar uma passada na Dedos de Mel, junto com a Dominique, antes de embarcar. Assim que entramos no trem, Dominique disse:
- Vai ser foda encontrar uma cabine vazia. – e era verdade. O trem estava lotado, mas como eu sou uma Weasley, eu pensava em tudo.
- Mandei Escórpio guardar uma cabine para a gente. Vem. – e nós nos dirigimos a uma cabine no fim do corredor.
Lá dentro estavam Escórpio, Roxanne, Alvo, Thiago e Patrícia. Entramos e nos acomodamos, eu ao lado do Escórpio e Dominique, a contragosto, ao lado de Alvo.
A viagem para casa foi rápida e silenciosa. Quando desembarcamos, nossos pais estavam nos esperando. Cumprimentei os pais do Escórpio, que já estavam sabendo de tudo o que nos acontecera e me despedi dele, com um beijo caloroso, sob os olhares reprovadores dos homens da minha família. Prometi ligar para ele assim que chegasse à minha casa.
Depois, despedi-me do Daniel e de todos de Hogwarts que eram meus amigos e não pertenciam a minha família.
Depois, fui cumprimentar e matar a saudade da parte mais importante da minha vida.
- Mãe! Pai! – gritei e dei um abraço, que eu considerava de urso, neles.
- Lilian!!! Que saudade! – meu pai exclamou.
- Pai! To namorando, cara! – Thiago contou todo animado.
- Fiquei sabendo, filhão! Parabéns!!
- Meu filho! Namorando! Ontem mesmo era um bebê! E hoje, olha só o tamanho que tá. – e minha mãe começou a chorar.
Meu pai nos olhou com a cara cansada e nós entendemos. TPM.
Depois de chorar, matar a saudade, rir um pouquinho e receber algumas broncas, nós entramos no carro e fomos para casa. Só depois caiu a ficha de que meu aniversário e consequentemente o do meu pai, estava chegando. Sim, nós nascemos no mesmo dia, 31 de julho.
Entrei em casa e subi para o meu quarto, guardar o malão e ligar para o Escórpio. E aí eu vi a passagem para a França. E o uniforme azul. E a minha mãe falando atrás de mim:
- Nós precisamos conversar.
Comentários (1)
o que???? como assim ??? uniformr azul??? ela vai sair d hogwarts ... msm assim tou amando a tic
2012-04-15