Capítulo 7



Fiquei olhando, meio abobada, para aquele anel maravilhoso que eu havia ganho.


- Escórpio, eu...


- Não precisa dizer nada, Lily. – ele disse, tirando uma mecha de cabelo do meu rosto e colocando atrás da minha orelha.


- É lindo, mas eu não posso aceitar. – disse, olhando nos olhos dele.


- Não só pode, como vai. – ele falou, se aproximando mais ainda de mim e colocando o anel no meu dedo.


- Obrigada, loiro. Eu nem sei como te agradecer. – falei. Eu podia sentir a respiração dele e contar os seus batimentos cardíacos de tão perto que ele estava.


- Mas eu sei. – ele falou, enlaçando a minha cintura com os braços, fazendo toda a minha espinha arrepiar.


- Ah é? Como? – perguntei, tentando disfarçar a falta de ar.


- Assim. – ele respondeu e me beijou.


Foi um beijo diferente de qualquer um que eu já havia experimentado. Os lábios gelados dele, com sabor de menta, pareciam se encaixar perfeitamente com os meus. Era como se tivéssemos nascido um para o outro. Comecei a afagar os cabelos dele, enlaçando o pescoço dele com os braços. Ele me puxava para mais perto, para o mais próximo que nossos corpos nos permitiam ficar. Depois de um tempo, começamos a perceber que o ar estava faltando, estão nos separamos a procura deste. Ele encostou a sua testa na minha e me deu um selinho.


- Será, Lily?


- Será, o que? – disse, ainda ofegante.


- Que eles estavam certos, sabe. Sobre nós dois. – disse ele, me fazendo olhar em seus olhos.


- Provavelmente, sim, não é? Olha só o que acabou de acontecer. – eu falei, sorrindo.


- Ta arrependida?


- Não, de jeito nenhum.


- Nem eu.


- Mas, será que isso é o certo, Escórpio?


- Isso?


- É. Será que a gente vai dar certo? Porque eu tenho muito medo mesmo de perder a sua amizade.


- Não vai perder, ruivinha.


- Como pode ter certeza?


- Simples, Lily. Antes de qualquer coisa, nós seremos melhores amigos. Sempre.


- Está sugerindo uma amizade colorida?


- Quem sabe. – ele disse e me beijou de novo. E de novo. E de novo.


Até que eu o empurrei. (n/a: ai, Lily)


- Você não pode ficar me beijando assim, Malfoy. Não sem o meu consentimento.


- Vai dizer que você não gosta. – ele falou, cruzando os braços.


- Não é isso. É que você não pode me beijar assim de surpresa de novo. Eu tenho que estar preparada e...


Fui interrompida com um beijo.


- ESCÓRPIO HYPERION MALFOY. Vou lançar um Avada Kedavra em você, se fizer isso de novo entendeu?


- Vai nada.


- Como pode ter certeza? – perguntei, batendo o pé.


- Você me ama, baixinha. – ele disse me tirando do chão e me rodando. Senti os olhares das pessoas no shopping sobre a gente, tipo, “que dois malucos.”


- Me põe no chão, vai. Tenho que te falar uma coisa. – pedi, meu tonta e ele me pôs no chão.


- Fala, ruiva.


- Vamos manter isso em segredo, ok?


- Por que? – ele perguntou meio pasmo.


- Porque, caso contrário, eles vão ficar zoando da gente. Falando coisas do tipo “ah, eu sabia” “eu avisei.”


Ele pareceu pensar por um tempo, mas depois concordou com a cabeça.


- É, você tem razão.


- E eu também acho melhor a gente não manter um relacionamento sério, sabe. Tipo, com satisfações e coisas do tipo. Não até que tudo se resolva e a gente saiba que é isso mesmo que a gente quer.


Ele ficou meio chocado.


- Lily, mas ...


- Escórpio, é melhor assim. Sabe, vai que a gente assume um relacionamento e depois, saímos machucados. Nunca mais vamos ter a mesma amizade, entende? Lembra do que você disse? Antes de qualquer coisa, seremos ...


- Melhores amigos. É, você tem razão Lily.


- Eu sei. – falei, dando um selinho nele.


- Mas isso não nos impede de nos beijarmos ou fazermos coisas. – ele disse, sorrindo maliciosamente.


- SAFADO! – falei, dando um tapa no ombro dele. Mas depois, eu ri.


- Lily.


- Fala, Escórpio.


- Eu te amo, ta?


- Eu também te amo.


- Amigos? – ele perguntou, estendendo a mão.


- Amigos. – respondi e apertei a mão dele. Mas me arrependi. O doido me puxou para mais um beijo e eu simplesmente, me rendi. Puta merda. Que efeito era esse que ele tinha sobre mim?


Nos separamos, e eu acho que foi pura sorte, porque milésimos de segundos depois, Nina, Carol, Lucas e Pedro apareceram.


- Ô casal. A gente tem que ir pra casa, já passa das três. – exclamou Pedro, meio exasperado.


Concordamos com a cabeça, e começamos a agir normalmente. Ia ser meio difícil, mas tudo bem.


Fomos para o estacionamento, entramos no carro e fomos para casa. Quem diria que um passeio no shopping ia dar nisso, hein?

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