Treze anos.

-Que. Tédio. – Sirius disse, deitado de cabeça pra baixo na minha cama.

-Eu sei... – James respondeu, deitado no chão. – O que a gente vai fazer hoje, ó Mestre-Magnífico-das-ideias-Geniais-e-Magníficas-Lupin?

-Sei lá. – Remo respondeu sem nem tirar os olhos da tela da TV do meu quarto, enquanto jogava algum jogo que ele trouxe. – Liga pra ruiva, a gente podia sair... Sei lá.

-Ok. – Eu peguei meu celular e mandei uma mensagem pra Lily Evans, que tinha se juntado ao grupinho faziam três anos, e por acaso (ou não), morava duas ruas pra baixo da minha.

De: Lene McK.

Para: Lily Ev.

Vem pra cá agora que a gente tá morrendo de tédio. E não invente que tá estudando, senão nós vamos bater ai na sua casa e falar pro seu pai que você e o Potter tão se pegando escondido na rua de baixo toda noite e adeus Melhor Amigo do Mundo. Você tem 10 minutos. XX

Mandei a mensagem sorrindo. A Lily não vai recusar. Não depois de eu ter dito que a gente diria pro pai dela que ela e o Potter tão ficando... Mesmo isso sendo mentira. Hehe.

De: Lily Ev.

Para: Lene McK.

VOCÊ NÃO OUSARIA.

Sorri. Teclei rapidamente de volta, enquanto os meninos discutiam alguma coisa sobre o que era melhor: Basquete ou futebol...

De: Lene McK.

Para: Lily Ev.

Quer ver?!

Menos de 5 segundos depois ela respondeu.

De: Lily Ev.

Para: Lene McK.

Não se mexa, eu to chegando.

Eu ri baixinho. Chantagem envolvendo o Potter sempre funciona.

-Priminho mais gato e gostosão do mundo?

-Fala priminha que quer meu corpo nu na banheira.

-Posso correr lá na tua casa rapidinho? Posso né, beijos.

-FAZER O QUE MCKINNON? – Ele disse enquanto eu passava as pernas pela janela e subia no galho mais próximo.

-PEGAR O MEU CD DO PARAMORE QUE TÁ LÁ SEU LADRÃOZINHO MEDIOCRE.

-TE AMO LENE!

-EU SEI. – Gritei de volta, já escalando a janela dele.

Quando eu finalmente voltei depois de achar meu CD precioso debaixo de uma pilha de roupa suja, a Lily já tava em casa.

-LENE, A GENTE VAI À SORVETERIA TOMAR SORVETE! – O Sirius pulou em cima de mim depois que eu desci da janela.

 -NÃO! JURA?! Achei que na sorveteria só vendia carne! – Eu respondi e ele fez bico.

-Sem graça. – Belisquei a bochecha dele enquanto ele beijava a minha.

-Vam’bora negada, antes que a sorveteria feche. – James gritou, empurrando a gente escada abaixo.

Andamos civilizadamente (ou não) até a sorveteria que naquela hora estava ridiculamente lotada. Cada um se sentou em seu banquinho no balcão, na ordem de sempre: Sirius, eu, James, Lily e Remo. James fez os pedidos: Sundays pra mim, Remo e Sirius, Bananas Split pra ele e Lily. A gente tomava nossos sorvetes bonitinhos e felizes quando eu ouço a maldita voz do maldito Malfoy. Porra, cara chato!

-Ei, onde a loirinha pensa que vai? – Olhei pro lado de fora da sorveteria e aquele filho da puta tava enchendo o saco de uma loirinha baixinha.

-Me. Solta. – Ela respondeu com uma sobrancelha levantada. Olhei pro lado e o Sirius piscou pra mim. Saltei do banquinho e corri lá.

-Larga ela Malfoy! – Ele me olhou sorrindo.

-Agora qualquer um dessa merda é seu protegido? Que legal.

-Solta ela logo, porra. – Virei os olhos enquanto ele apertava mais ainda o pulso da loirinha.

-Hm... Acho que não.

Ele me provocou. Certo? Ele tava me provocando. O que eu fiz em seguida foi totalmente justificável. Totalmente. Claro, quebrar o nariz do cara foi totalmente justificável. Enfim. Eu joguei meu punho na cara dele, senti os ossos do nariz se quebrando nos meus dedos, virei pra loirinha e gritei:

-CORRE!

E nós corremos. Pra caralho. E mesmo com aquele narizinho de merda quebrado, o Malfoy foi atrás da gente. Sangrando. Imagina um filme de terror com um loiro oxigenado sangrando te perseguindo. Era tipo isso... Puxei a loirinha pra um beco que tinha por ali e nós nos escondemos atrás de um latão de lixo.

-Fica esperta McKinnon! Fica esperta que quando eu te achar eu vou te socar tanto que nem tua mãe vai te reconhecer. – Ele falou na direção do beco e saiu correndo. Idiota.

-Tá tudo bem? Ele te machucou? – Perguntei.

-Não... Tá tudo bem sim. E obrigada.

-Relaxa. Ele é um idiota, qualquer motivo pra bater nele seria bem aproveitado. – Ela sorriu. – Vem, é melhor a gente voltar.

A gente começou a andar de volta pra sorveteria em silencio.

-Sou Dorcas Meadowes... E você? – Ela sorria docemente pra mim. Sorri de volta.

-Lene... Marlene McKinnon.




(N/A: AEEEEEEEEEEEEEEEEEE! DEPOIS DE TRES MESES EU VOLTEIII! Com um capítulo de merda, mas voltei. Enfim, não tenho o que falar aqui, então obrigadinha Miiih McKinnon, Marauder Blood e Livia Lovegood-Almofadinhas por terem comentado :3 Se você leu, comente! Me faz escrever mais rápido sabia??? E você também pode ler minhas outras fics clicando aqui e tal. É só isso, eu acho... Tchau! :3 Ju B.)

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