O EXÉRCITO AUMENTA
Harry agarrou a mão de Hermione e correu para fora da sala! O barulho dos bisbilhoscópios das outras salas era ensurdecedor e o corredor ficou insuportavelmente lotado de apitos.
Hermione gritava para que Harry a ouvisse!
-- Harry, é impossível que seja um ataque! Hogwarts é extremamente protegida. Nem Voldemort pode entrar! Você viu como ele fez para me pegar.
Mas Harry não ouvia o que ela dizia! Estava por demais atordoado com os zunidos em seu ouvido. Só quando alcançaram o Salão Principal é que Harry divisou algumas das palavras de Hermione. A garota porém calou-se instantaneamente ao entrar.
O enorme salão estava tomado por um mar de pequenos homenzinhos vestidos com tweed verde musgo, que falavam ao mesmo tempo em que tapava os minúsculos ouvidos indignados com os apitos. Mais ao fundo, Dumbledore e alguns alunos de Hogwarts, dentre eles Rony, Neville, Gina e Simas, tentavam acalmar os visitantes com copos d´água, enquanto diziam que os Professores Snape e McGonagol haviam ido desenfeitiçar os bisbilhoscópios.
-- Harry! Graças a Merlin! – Rony disse correndo até ele. – Você tem mais jeito para calar a boca deles do que eu! – Rony o puxou e conseqüentemente Hermione foi junto, uma vez que ainda estava de mãos dadas à Harry!
A menina o soltou rápido, mas continuou a seguí-los, sempre olhando para o oceano verde á sua esquerda.
-- Com licença, professor! O que está havendo?
Dumbledore, que tentava manter um diálogo com um dos homenzinhos, que Harry finalmente pôde notar ser um Leprechaun, se voltou para Harry.
-- Ah, Harry! Eles vieram se juntar à nós! Não é maravilhoso? São muito fortes e espertos, os Leprechauns, mas normalmente só se interessam por ouro! – O diretor gritava para ser ouvido. – Mas eles acham que se Tom ganhar, não será um bom negócio para eles e decidiram nos ajudar.
-- E porque essa barulheira com os bisbilhoscópios? – Harry gritou.
-- Ah... é por que, os Leprechaus são astutos e um pouco bardeneiros, o que acaba causando desconfiança em muita gente! – o diretor sorriu jocoso, mas justo nessa hora o som cessara e a cara dos Leprechauns que os ouvia não foi nada amistosa!
-- Finalmente! – Dumbleodore sorriu sem nem demonstrar constrangimento por sua gafe. – Como eu ia dizendo, Ginks, estamos gratos pela sua presença e iremos acomodá-los agora mesmo. – Este é nosso estrategista, Ronald Weasley, e ele saberá entregar-lhes papeis importantes nessa guerra.
O homenzinho olhou para Rony como se ele não fosse capaz de cumprir tal tarefa, mas concordou austivamente com a cabeça. Sem falar mais nada, virou nos calcanhares e saiu voando atrás de outros Leprechauns que eram escoltados.
Harry ouviu Hermione dizer baixinho para Rony em meio a risinhos:
-- Não liga para cara deles. Eles gostam de se mostrar superiores
-- Meu problema não são eles, é o que eu vou fazer com eles! – o ruivo olhava desanimado para alguns pergaminhos onde nomes sobrevoavam planícies e florestas, enquanto pezinhos andavam sorrateiramente por entre moitas desenhadas. – Vou ter que refazer a estratégia tudo de novo! E nem sei o que eles fazem de bom!
-- É para isso que você tem o professor de história e a Mione com você. – Harry suspirou desanimado. Hermione logo notou porque! Mais uma semana sem poderem se ver direito...
-- Então é melhor esperar, Sr. Weasley! Veja quem chega no momento! – Dumbleodore indicou um desajeitado ser tropeçando pelo corredor enquanto corria.
-- Professor Dumbledore! – guinchou uma voz esganiçada que Harry tão bem conhecia. – Dobby já falou com os elfos... sim, senhor! Falou como o senhor me pediu... Harry Potter, meu senhor! – de repente o elfo gritou e agarrou Harry pela cintura. – Dobby não pôde vê-lo, antes, não quis atrapalhar o trabalho de Harry Potter... – Os olhos marejados de lágrimas. – mas Dobby está feliz por ajudar...
-- Hum ,hum, Dobby? – ouviram Dumbledore dizer
-- Ah, sim! Dobby falou com os elfos. Eles disseram que farão o que Dumbledore ordenar!
-- Então diga que eu não ordenarei nada, mas peço que se juntem à nós! Dobby, você será o líder deles e seguirá ordens de Rony!
Dobby quase caiu para trás, tal foi seu arrebatamento de felicidade. Com uma expressão que beirava o ridículo, embora tentasse ser mais brava do que outra coisa, Dobby estufou o peito e disse:
-- Dobby seguir ordens do poderoso bruxo Weasley (nesse momento Harry ouviu algumas risadas que percebeu serem dos gêmeos) e irá comandar os elfos com coragem, vai sim! Falarei para os elfos agora mesmo...
E falando isso, saiu tropeçando na meia excessivamente folgada no pé direito, que Harry notara, tinha sido entregue à ele por Rony como presente de natal no quarto ano. Harry segurou uma risada com dificuldade, ao ver o desespero da expressão se intensificar com a nova notícia. Mas logo sua expressão se tornou sombria. Ele de repente se deu conta de que não só ele, mas todos estava encarando essa guerra muito levinamente. Pareciam não ter medo, já apostarem na vitória. Ninguém parecia se lembrar que a única coisa que sobra após uma guerra era PERDA.
Harry sentiu, então, a mão de Hermione tocar a sua discretamente e dizer ao seu ouvido:
-- Não é maravilhoso? Todas as raças de bom coração se unindo contra os poderes do mal?
Harry sentiu a emoção na voz de Hermione e imaginou que a amiga estivesse chorando. Ele a amou um pouco mais pelo seu otimismo e se sentiu mais confiante para salvar o mundo à que pertencia.
Próximo capítulo – Guerra com hora marcada
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