My Heart Is...

My Heart - Paramore

I am finding out that maybe I was wrong
Eu descobri que talvez eu estivesse errada
That I've fallen down and I can't do this alone
Que eu caí e, não posso fazer isso sozinha. 

Quando era pequena, sempre achei que meus pais fossem eternos...

 

Doce ilusão...

 

Havia acabado de receber a noticia da morte deles.  E uma semana atrás, foi minha amiga Dorcas Meadowes que se foi... Tudo graças a essa maldita guerra e o cara de cobra... Ah, se eu encontrasse aquele maldito... Mataria aquele ser preconceituoso do modo trouxa mesmo... Não antes de torturá-lo, do mesmo modo que ele vem fazendo com as pessoas que eu amo...

 

Esquecendo que era uma bruxa e podia muito bem aparatar, sai correndo. Sem direção certa, só queria fugir... Fugir da guerra, das mortes, de tudo... Quando finalmente parei, estava na porta da casa dele.

 

Sirius Black não devia estar em casa, devia estar aproveitando que ainda estava vindo, pegando milhares de mulheres, como sempre fez... E me machucando por sempre ter esse maldito sentimento por ele... Por meu coração ser dele...

 

Me aproximei da porta da casa. Ele não esta ai, vá embora! Uma voizinha me dizia, mas a ignorando bati na porta.

 

Stay with me, this is what I need, please?
Fique comigo, isto é o que eu preciso, por favor?

 

-Já vai! –Meu coração deu um salto ao ouvir aquela voz rouca e macia... OK, isso é muito clichê, mas continuando... Ele abriu a porta. Usava uma calça jeans escura de um jeito que ficava perfeito nele, e uma camiseta preta, demarcando o porte físico pouco invejável dele. Os cabelos desarrumados e um pouco mais compridos desde a ultima vez que o vi, e aqueles lindos olhos azuis acinzentados me encararam, preocupados. –O que aconteceu, Lene?

 

-Ah, Sirius... –Eu não agüentei e o abracei, deixando as lágrimas caírem livremente dos meus olhos e encharcarem a camiseta dele.

 

-Shhh... Calma! –Ele beijou o topo da minha cabeça e ouvi o barulho da porta se fechando atrás de nós. –Vem! –Ele me puxou pra cozinha e colocou chá em uma xícara pra mim. –Toma!

 

-O-obrigada...  –Tomei um pequeno gole e senti o olhar dele sobre mim. É foda ser apenas a “irmãzinha” dele...

 

-O que aconteceu? –Ele perguntou novamente.

 

I am nothing now and it's been so long
Eu nem sou nada agora e faz muito tempo

Since I've heard the sound, the sound of my only hope
Desde que eu escutei o som, o som da minha única esperança

 

-M-meus pais, Sirius... –Eu disse, colocando as mãos no rosto e voltando a chorar.

 

-Eles... Foram pegos? –Sirius tirou as mãos do meu rosto e segurou meio queixo, fazendo o encarar.

 

-Mortos... –Sirius me abraçou. Segurei na camiseta dele, e voltei a chorar.

 

-Eu... Sinto muito, Lene! Eu adorava seus pais... Não tinham preconceitos...

 

-E-e me deixa-xaram sozinha!

 

-Ei, não fala assim... Eles não tiveram escolha e você não esta sozinha... Não enquanto eu estiver vivo! –Levantei os olhos, ele deu um beijo na minha testa e eu tentei sorrir.

 

This time I will be listening.
Desta vez eu estarei escutando

 

-Não me abando, por favor!

 

-Nunca, minha morena!

 

-Me promete que você não vai morrer... E se for, terá que ser depois de mim... –Ele ficou em silêncio. –Me promete! –Eu levantei os olhos, que ainda derramavam lágrimas molhando meu rosto.

 

-Não posso... –Ele limpou minhas lágrimas.

 

-Por quê?

 

-Porque eu não posso viver sem você...

 

-E você acha que eu posso?

 

-Você não entende, morena... Sem você, eu não tenho mais ninguém! –Eu me soltei dele.

 

-E eu tenho? Mas, que droga, Sirius! As únicas pessoas que eu tinha eram a Dorcas e meus pais, eles estão mortos, a Lily e o James têm muitas coisas com se preocupar, um filho chegando... Não podem me ajudar do jeito que você faz... E você pode muito bem ter milhões de garotas em um piscar de olhos e aquela sua prima... E eu? Hein, Sirius?!

 

-Minha prima esta longe, aquelas garotas pouco me importam, não da pra conversar com elas... –Ele se aproximou novamente. –Eu não quero viver sem você, morena! Preciso de você e das suas loucuras, das conversas sem sentidos, das conversas maliciosas que eu nem devia ter com uma garota, das suas idéias sem pé e cabeça, das musicas que você canta... –Ele escondeu o rosto na curva do meu pescoço, passando uma mão pela minha cintura, e a outra brincando com a ponta dos meus cabelos.

 

Sing us a song and we'll sing it back to you

Nos cante uma música e nós cantaremos de volta pra você.

We could sing our own, but what would it be without you?
Nós poderíamos cantar sozinhos, mas o que isto seria sem você?

 

-Sirius...

 

-Sim? –Ele levantou o rosto e me encarou.

 

-Me promete!

 

-Não...

 

-Me promete! –Senti as lágrimas voltarem a cair dos meus olhos. Ele suspirou cansado.

 

-Marlene...

 

-ME PROMETE!

 

-Por que você é tão teimosa, hein?!

 

-Me promete, por favor!

 

-Eu. Prometo. –O abracei fortemente.

 

-Sirius...

 

-Sim? –Eu me afastei um pouco e o encarei.

 

-Sabe por que meu coração ainda está batendo?

 

-Não...

 

This heart, it beats, beats for only you

Este coração, bate, bate apenas por você
This heart, it beats, beats for only you...Oooh!
Este coração, bate, bate apenas por você...Ooooh!

 

Peguei a mão dele e coloquei no lugar onde fica meu coração, que no momento estava descompassado por culpa dele.

 

-Ele bate apenas por você! Eu não agüento mais viver assim... Mas, ele ainda esta batendo porque eu te amo! –Vi um sorriso bobo aparecer em seu rosto. Ele pegou minha mão e colocou no lugar onde fica seu coração, estava descompassado como o meu.

 

-Sabe... Seu coração não é o único... –Eu sorri e o abracei. Ele me levantou e girou. Quando me colocou de volta no chão, não me deu tempo para fazer qualquer coisa, e me beijou.

 

 

Começou calmo e lento, mas assim que ele aprofundou o beijo, se tornou quente e intenso. Quando me dei conta, estava sentada na mesa, minhas pernas em volta da sua cintura e ele sem camisa, beijando meu pescoço.

 

-Sirius...

 

-Sim?

 

-Eu te amo!

 

-Eu te amo mais, morena!

 

This heart, it beats, beats for only you, my heart is yours

Este coração, bate, bate apenas por você, meu coração é seu.
This heart, it beats, beats for only you, my heart is yours

Este coração, bate, bate apenas por você, meu coração é seu.
(My heart, it beats for you)
(Meu coração, bate por você)

 

-Não cansa não, garota? –Eu sorri, virando a panqueca na frigideira.

 

-Não tenho culpa se você esta ficando velho e cansa fácil...

 

-Como é? –Eu me virei, ele estava quase sentando na cadeira e parou, me encarando com a boca ligeiramente aberta.

 

-Você ouviu... –Dei de ombros e desliguei o fogo. Coloquei as panquecas em um prato, em cima da bancada.

 

-Ah, morena... Vai se arrepender de ter dito isso... –Antes que eu pudesse fazer alguma coisa, senti suas mãos em minha cintura, me virando bruscamente e me beijou. Rapidamente, ele tirou a minha camiseta, na verdade era dele, mas enfim, e a calça que ele usava.

 

Coloquei minhas pernas ao redor da cintura dele. Ele segurou minhas coxas e me levou pro quarto, beijando meu pescoço. Depois de encontrões com alguns moveis, finalmente chegamos ao quarto e ele me jogou na cama, deitando sobre mim rapidamente.

 

This heart, it beats, beats for only you, my heart is yours

Este coração, bate, bate apenas por você, meu coração é seu
(It beats, beats for only you. My heart is yours)

(Bate, bate apenas por você. Meu coração é seu)
This heart, it beats, beats for only you, my heart...
Este coração, bate, bate apenas por você, meu coração...

 

-Como era aquilo que você me tinha falado na cozinha…?

 

-Cala a boca, Black! –Eu puxei a coberta sobre a cabeça e ouvi sua risada que mais me lembrava um latido.

 

-Olha que mulher carinhosa que eu fui arrumar...

 

-Quem disse que eu sou sua mulher? –Tirei a coberta até a altura dos meus olhos e encarei o moreno deitado sobre mim.

 

-Hum... Ninguém, mas sempre foi minha, é minha, e será minha!

 

-HÁ-HÁ-HÁ! Faça-me rir, Black!

 

-OK! –Ele começou a fazer cosquinha em mim.

 

-PARA... IDIOTA... EU... ME... VINGAR... BLACK... RETARDADO... SAI...

 

-O que eu disse sobre minha mulher carinhosa?

 

-I... Idiota! –Disse recuperando o fôlego.

 

-Também te amo, morena! –Dito isso, ele me beijou.

 

(Please don't go now, Please don't fade away)

(Por favor não vá, por favor não desapareça)
My heart is yours

Meu coração é seu.
(Please don't go now, Please don't fade away)

(Por favor não vá, por favor não desapareça)

-Ah, Six... Por favor!

 

-Não, Lene!

 

-Chato! –Me joguei na cama, cruzei os braços e emburrei a cara, fazendo bico.

 

-Ah, Lene, você sabe o porquê de eu não quero te levar... E eu vou voltar logo! O Tio Dumbie só quer o relatório da minha ultima missão... –Ele saiu do banheiro e entrou no quarto. Usava uma calça jeans escura, e abotoava uma camiseta branca. Os cabelos molhados e bagunçados compridos. Ele me olhou e eu encarei a porta. –Ah, não faz assim... –Ele engatinhou sobre a cama, parando na minha frente. –Desse jeito eu gamo! –Ele mordeu meu lábio inferior.

 

-Rumpf!

 

-Ah, Lene! Para vai! Eu sei muito bem que você entendeu... –Continuei do mesmo jeito. –OK, quem sabe quando eu chegue lá eu não encontro a Emmeline Vance lá, e converso um pouco com ela...

 

-Fica lá com a senhorita loira-oxigenada-gostosa, eu ligo pro Amos me ajudar com a minha carência excessiva! –Ele levantou uma sobrancelha e eu voltei à mesma posição de antes.

 

-Merlim, o que eu fiz pra merecer essa mulher, me diz! Deixa eu explicar de novo: Eu só vou entregar um relatório pro Tio Dumbie e vou voltar, não quero que você vá junto porque assim que você vir a Lily vão ficar falando, falando, falando, falando... E eu acho arriscado... Temos um traidor lá, e... Vai que é a mesma pessoa que matou seus pais e te quer morta também? –Ele colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha. Não me movi. –Pelo jeito terei de tomar medidas drásticas... –Ele puxou meu queixo e me beijou.

 

No começo, eu fiquei imóvel, mas... Como resistir a Sirius Black? Ele me puxou pra mais perto, enquanto eu puxava seus cabelos. Assim que ele aprofundou o beijo, se tornou intenso e quente, rapidamente abri sua camiseta e ele se afastou.

 

-Não vai não... –Disse com a voz manhosa, beijando seu pescoço.

 

-Bem que eu não queria ir... Mas... –Ele se levantou. –Quando mais rápido eu for, mais rápido eu volto! –Fiz um bico e ele riu, abotoando novamente a camiseta. –É sério! –Ele me deu um selinho. –Se cuida! –Ele saiu do quarto. Ouvi o barulho da porta do andar de baixo abrindo e fechando...

 

Me aconcheguei na cama, estava com sono... Ouvi o barulho da porta se abrindo de novo e depois de um tempo sendo fechada.

 

-O que você esqueceu? –Perguntei alto o suficiente para ele ouvir.

 

-Acho que o Black largou a namoradinha dele sozinha...

 

My heart is yours

Meu coração é seu
(Please don't go now, Please don't fade away)

(Por favor não vá, por favor não desapareça)
My heart is yours

Meu coração é seu
(Please don't go now, Please don't fade away)
(Por favor não vá, por favor não desapareça)

 

-Ei, morena, eu sei que demorei, mas... –Olheiem volta. Acasa estava revirada. Os móveis que não estavam quebrados estavam de ponta cabeça, as paredes tinham buracos, uma parte do teto estava caído... –LENE! –Corri para o andar de cima, entre os destroços do que horas atrás tinha sido a minha casa... Minha e da minha morena...

 

Entrei no quarto, ou o que talvez tenha sido um quarto e ali estava a minha morena... Deitada na casa, pálida, com os olhos fechados... Dormindo... Doce ilusão...

 

-S-S-Six... –Ela me chamou, abrindo lentamente os olhos.

 

-Lene... Me perdoa, eu não devia ter ido... Eu sinto muito... –Eu me ajoelhei do seu lado, sentindo as lágrimas rolarem pelo meu rosto.

 

-Cala a boca... Idiota... Eles me... Deram um veneno... Daqui a pouco... Eu encontro meus pais... A Dorcas... Você... Sabe que... Eu te... Amo... Não é?

 

-Sei, morena... –Eu disse passando os dedos pelos seus cabelos negros.

 

-Quando eu... Morrer... Vê... Se não... Vai... Atrás da Vance... Qualquer uma... Menos a Vance!

 

-Nenhuma vai me fazer sentir as coisas que eu senti com você, Lene... Eu só amo você! –Ela deu um sorriso tremulo.

 

-Cuida do... Futuro... Mini-cervo... E do... Crianção... Do James... E... Me promete... Não fazer besteira...

 

-Não, Lene! Ainda da tempo! Eu vou te levar pro St. Mungus, você não pode me abandonar! –Eu a peguei no colo.

 

-Não da... Mais... Tempo... Six...

 

-Da sim! –A levei até o carro trouxa que o James tinha me emprestado e rápido cheguei ao St. Mungus, graças ao bom Merlim morávamos perto...

 

-Six...

 

-Já chegamos, Lene! –A peguei no colo.

 

-Não... Tempo... Obrigada... Por tudo... Por manter... A promessa... De não morrer... E... Eu te amo... –Ela me deu um leve selinho e seu corpo ficou mole em meus braços.

 

-Não! Lene, olha pra mim! Você não pode me abandonar! Não pode! Eu te amo, Lene! Não faz isso comigo, por favor! –Entrei no St Mungus e a levaram para uma sala. Andei de um lado pro outro, com as mãos no cabelo, sentindo as lágrimas descerem pelo meu rosto. O médico apareceu.

 

-Sinto muito, rapaz...

 

-Não... Não pode ser... –Eu sai dali correndo, entrei no carro, soluçando, e dirigi o mais rápido que pude até a casa onde meus melhores amigos.

 

...

 

Eu não conseguia parar de olhar para a lápide de granito a minha frente com o nome da minha morena... Era simplesmente inacreditável... E a culpa dela estar ali, deitada naquele caixão embaixo da terra era minha... Por que diabos eu não a ouvi e fiquei em casa, ou a levei comigo?

 

-Cara... –Ouvi a voz de James ao meu lado e ele apertar meu ombro. –Acho melhor a gente ir... Esta tarde e só tem a gente aqui...

 

-Não... Eu vou ficar!

 

-Passa em casa depois... Não vai ser bom você voltar pra sua casa ou ficar sozinho... –Ele deu tapinhas nas minhas costas e saiu. Me sentei ao lado da lápide.

 

-Viu o que você esta fazendo? –Eu disse sentindo as lágrimas mais uma vez manchar meu rosto. –Nós dois temos culpa... Eu por não e ouvir e você por ter morrido... ‘Ta tudo uma droga, sabe? Eu não tenho ninguém mais pra provocar, pra dizer o quanto eu amo, pra me entender, pra me consolar... Por que você tinha que ir bem agora, no momento que eu mais precisava de você, hein?! Você foi à única que me fez entender o que é amor... Do jeito mais complicado, mas fez... Eu queria tanto estar aí com você, poder te abraçar, passar as mãos nos seus cabelos, olhar mais uma vez nos seus olhos... Que droga, Marlene, você me fez ficar pior que o James na época da escola! –Uma brisa leve tocou meu rosto e eu ouvi a risada dela. –Claro que você acha graça disso! Você esta feliz por eu ter comprido a promessa, não é? Mas, eu não estou! Já falei o quanto difícil esta sendo? Então, esta sendo tão difícil sem você... Eu só ainda não estou ai junto com você, porque você me pediu algumas coisas antes de morrer, e eu vou fazer tudo pra que você fique feliz daí onde esta... Eu te amo tanto, morena! –Eu beijei a lápide e levantei.

 

-E-ela vai fazer falta... –Ouvi a voz da Lily atrás de mim.

 

-E como vai...

 

-Vamos, Sirius, ela ia dar risada de te ver assim...

 

-E como ia... –Sorri levemente olhando a lápide. –Adeus, morena! –Acompanhei a Lily pra fora do cemitério. Eu sabia que ela nunca iria sair da minha mente, porque meu coração foi, é, e sempre será dela!

 

My heart is...
Meu coração é...

 

‘...’

 

N/A: No meio da tarde, ouvindo a musica My Heart do Paramore, deu um surto e eu comecei a escrever... Terminei ela a noite e nem sei por que estou postando, mas...

Só pra avisar, eu estou chorando muito aqui, não era pra terminar assim, não desse jeito trágico...

Comentem e me digam o que acharam!

‘Té mais!

Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.