O casamento

Havia chegado o grande dia. Harry e Rony haviam saído logo cedo e foram pra casa de Neville. Sr. e Sra. Granger haviam chegado ontem a tarde, e agora, estavam arrumando a tenda para receber os convidados.

As horas passavam mais rápidas do que o normal. Os convidados foram chegando aos poucos e Sr, Sra Granger e Jorge recebiam os convidados.

Gina e Hermione estavam se arrumando no quarto. Estavam tão felizes que gastaram horas se maquiando.

- Já era de se esperar que tia Muriel me fizesse usar sua tiara. – murmurou Gina, calçando os sapatos.

- Tia Muriel não poderia vir ao nosso casamento sem antes falar que ainda continuo a garota da canela fina. – Hermione disse imitando a voz de Muriel.

As duas riram e nem perceberam que haviam batido na porta. Sra. Weasley abriu a porta e entrou seguido de Sr. Weasley.

- Meu Deus, vocês estão lindas. – Disse Sra. Weasley com lágrimas nos olhos. – Ah, Arthur, olha só.

- Obrigada. – Disseram as duas.

- Ah, Hermione. Queremos te dar uma coisa. Bem, tia Muriel emprestou a tiara pra Gina e resolvemos te dar um presente. – Sra. Weasley enxugou as lágrimas, abriu uma caixinha veluda e continuou. – Isso ai era da minha mãe. Nós e seus pais trocamos essa pérola por uma safira.

Dentro da caixinha havia uma presilha prateada. No meio lá estava uma safira azul muito bonita, reluzindo.

- Jorge deu a idéia de colocarmos um “W” na safira, já que você será da nossa família em menos de uma hora e... – Continuou Sr. Weasley

Hermione não conteve as lágrimas e começou a chorar antes mesmo do Sr. Weasley terminar de falar.

- Gente... Muito... Obrigada... na-não sei...

- Não diga nada minha querida, só faça o meu Roniquinho feliz.  E filha, não poderia me esquecer, temos um presente pra você também. Seu pai que escolheu.

Dentro de outra caixinha havia um colar muito bonito e nela havia um símbolo um tanto quanto desconhecido.

- Os trouxas dizem que esse símbolo é do infinito. Então, é pra lembrar que o nosso amor por você também é infinito minha filha.

- Pai, meu Deus. O- obrigada. – gaguejou Gina.

Hermione ainda estava chorando. Gina abraçou a amiga e juntas choraram mais um pouco.

-Por Merlin, olha só a maquiagem de vocês. Calma, vou pedir para Fleur vir arrumar ajudar. – Disse Sra. Weasley, pegando o blush e entregando a Gina. – Querido, vá ver se Harry e Ron chegaram, eles precisam ir ao altar.

Estava tudo pronto. Harry e Ron já se haviam chegado e estavam prontos para entrar. A procissão estava deslumbrante: Sra. Granger entrou com Rony, em seguida, Sra. Weasley entrava com Harry. Os convidados aplaudiram e em seguida, houve um breve silêncio. A marcha nupcial soara suavemente e todos os olhares que estavam no altar seguiram para o fim da tenda.

Gina estava lá, junto com Sr. Weasley. Estava com um vestido tomara que caia, com um véu de renda. Seus cabelos estavam presos, com algumas mexas soltas.

Logo após Gina, Hermione entrou com seu pai. Também estava com um vestido tomara que caia com flores de contas e com o véu, maior que o de Gina. Tia Muriel, ergueu sua varinha e conjurou pássaros para segurar as caldas do vestido de Hermione e Gina.

O casamento ia chegando ao fim. Os noivos já havia trocado as alianças, Sra. Granger e Sra. Weasley estavam chorando desesperadas.

Depois do famoso clichê “pode beijar a noiva” os casais foram se ajeitando para receber os comprimentos. Neville e Luna, Jorge, Minerva, Tia Muriel, Fleur e Gui, Elifas Doge, Hagrid, Simas, alguns parentes dos Weasleys, etc. Havia muitas pessoas no casamento, então, os comprimentos demoraram um bom tempo. Só depois, que todos cumprimentaram os noivos, é que a festa começou.

- Pessoal, Jorge quer falar com vocês lá na sala. – Disse Sr. Weasley, dando umas batidinhas no ombro do Harry. 

- Vamos. – Disse Gina.

Os quatro saíram em meio à multidão que dançava e seguiram para sala. Jorge esperava lá, com uns papéis na mão, todo impaciente.

- Olá pombinhos. – Murmurou Jorge irônico. – Sou uma pessoa tão adorável, que decidi dar um presente a vocês. Eu e Fred, quando a Gemialidades Weasley estava dando muito dinheiro, guardamos um pouco para quando vocês juntassem as escovas de dente, nós déssemos um bom presente.

- Espera aí, isso ai é brincadeira? – Murmurou Rony rindo.

- Não Roniquinho, não é. Continuemos. Então, achei que vocês mereciam uma viagem. Então, reservei um bom hotel no Brasil, pra vocês ficarem uns dias.

- Brasil? Perai, você ta falando sério? – Perguntou Gina, erguendo a sobrancelha.

- Desde quando... Sério? Você ta falando sério? Por Merlin. – Replicou Harry

- Cara, posso desmarcar aquilo num piscar de...

- NÃO! – Disseram os quatro.

- Nós aceitamos Jorge. E ficamos muito felizes por isso. Foi o melhor presente de casamento que nós ganhamos. – Murmurou Hermione, dando um meio abraço em Jorge.

- Pode ter certeza irmãozinho. – Disse Rony dando uns tapinhas nas costas de Jorge. – Estamos muito felizes.

- Quando partimos? – Perguntou Harry.

- Não sei o que vocês vão fazer pra chegar lá. Isso não é problema meu. Vou deixar tudo que vocês precisam aqui na mesa. Fique a vontade. – Disse Jorge, saindo todo apressado atrás de uma moça que havia passado por eles.

- Até agora não to acreditando nisso. – Disse Rony meio assustado.

- Ainda tenho um pouco do dinheiro trouxa. – Murmurou Hermione, colocando seus braços nos ombros de Rony. – Acho que dá pra gente passar os dias.

- Vou levar galeões também. – Sussurrou Harry.  – Lá no Brasil deve ter algum lugar pra trocar por dinheiro trouxa.

- Pouco provável. Acho que o Brasil é um país totalmente trouxa. – Disse Gina.

- Não sei. Enfim, como vamos para o Brasil? Vassouras? – Perguntou Harry, agora sentando no sofá da sala.

- Não, de jeito nenhum. Imagina só, irmos pro Brasil de vassoura. O que os trouxas pensariam? Não, de jeito nenhum. – Respondeu Hermione irritada.

- Estou dando sugestões Hermione.

- Acho que deveríamos ir de avião. – Disse Hermione indo para cozinha. – Fiz um passaporte pra vocês caso um dia precisássemos. Amanhã cedo vou ao aeroporto e compro nossas passagens. Agora vamos voltar pra festa.

- Preciso ir ao gringotes para pegar um pouco de dinheiro. – Murmurou Harry. – Agora vamos, deve estar sentido nossa falta.

Os quatro seguiram para fora, em direção a tenda. Sra. Weasley já estava impaciente esperando por eles.

- Merlin, todos estão esperando vocês para os discursos. Vamos Harry, vá você primeiro querido.

- Eu? Mas... não... Gina...

Todos sentaram, enquanto Harry subia no palco, que antes tinha sido o altar. Estava desesperado, suava frio e suas mãos estavam tremulas.

- É... Enfim... Quero dizer que estou m-muito feliz. E que vou cuidar e proteger Gina pra sempre. – Gaguejou Harry, ainda nervoso. – Eu te amo Gina.

As palmas envolveram os convidados e o lugar em que estavam. Gina chorava bastante e Harry todo desengonçado voltava para a mesa que os noivos estavam. Sentou-se, entrelaçou os seus dedos nos de Gina, e deu um beijo rápido e terno.

- Roniquinho, agora sua vez. – Disse Sra. Weasley, meio emocionada.

- EU? MÃE, EU NÃO. PORQUE EU? MANDA A GINA. – Gritou Rony, com uma cara irritada.

Hermione olhou furiosa para Rony e deu um forte chute em sua canela. Não precisou de nenhuma palavra e Rony já ia se levantando para começar o discurso.

- Bem... É... Hermione, você é muito importante pra mim e você sabe disso. Sempre te amei e sempre vou te amar. E olha como é a vida, não faz muito tempo que você estava me corrigindo porque eu estava falando um feitiço errado. “É leviôsa, não leviosá” – Disse Rony, imitando um pouco da voz de Hermione. – Estou muito feliz, você está linda e eu te amo.

Hermione não se conteve e desabou no choro. Rony saiu meio envergonhado do palco por causa das palmas e voltou para mesa. Sentou-se ao lado de Hermione e quando percebeu, estava num beijo intenso e carinhoso.

- Eu te amo Rony, sempre te amei. – Sussurrou Hermione, no ouvido de Rony.

Sra. Weasley estava tão emocionada quando Hermione. Demorou um pouco para se estabilizar e chamou seu marido para os dois falarem um pouco também. Arthur foi meio contrariado ao palco, mas não queria magoar a esposa, por tanto, aceitou falar um pouco.

- É... Estou muito feliz pelos meus dois filhos. Não imagino um genro e uma nora melhor que Harry e Hermione. Sei que Harry vai fazer minha Gina feliz. – Disse Sr. Weasley, meio tímido. – Aliás, ele tem que fazer minha Gina feliz. Ouviu Harry? Conheço uns feitiços que você não conhece e...

Sra. Weasley olhou furiosa ao marido e ele achou melhor encerrar o discurso. Harry estremeceu, mas deu um grande sorriso ao Sr. Weasley.

- Minha Gina, meu Roniquinho, estou tão felizes por vocês. E Harry, Hermione, façam felizes os meus dois tesouros. – Completou Sra. Weasley em lágrimas. – Enfim, a festa continua.

Todos se levantaram para dançar. A festa continuara agitada e animada. Com o passar das horas, os convidados já estavam cansados e indo embora; Rony estava em uma mesa comendo uns doces, Hermione e Gina estavam conversando e a viagem para o Brasil e Harry estava despedindo de alguns convidados.

- Obrigado por ter vindo Hagrid. – Disse Harry, dando um abraço meio desengonçado em seu amigo.  

- Imagine Harry. Estou muito feliz por vocês. – Murmurou Harry, com lágrimas nos olhos. – Ah, espero que gostem do meu presente.

- Não precisava se incomodar com presentes Hagrid. Mas me conte como está Hogwats?

- Está indo muito bem. Ainda estão reformando algumas partes do castelo, mas fora isso, está tudo na mais perfeita ordem.

- Sinto tantas saudades de Hogwarts. Qualquer dia iremos te visitar. – Sussurou Harry.

- Estarei esperando. Agora preciso ir, esqueci de alimentar o Canino. Mande lembranças a Gina, por favor.

- Mandarei sim. Até mais.

Hagrid saiu meio apressado pela tenda, onde ao se desviar de Jorge, acabou quebrando uns vasos de flores que estavam na entrada. Hagrid se desculpou com Sra. Weasley e passado algum tempo, Harry o perdeu de vista.

Harry se aproximou de Gina, que permanecia conversando com Hermione.

- Gina. Vamos subir? – Sussurrou Harry, sentando-se numa cadeia que estava vazia ao lado de Gina.

- Vamos Harry. Hermione, amanhã preciso de sua ajuda pra arrumar as malas.

- Claro Gina, assim que eu comprar nossas passagens eu te ajudo. É... Boa noite. – Disse Hermione, meio tímida.

Harry e Gina iam se afastando abraçados; Hermione estava sentava massageando os pés doloridos, já que havia dançado muito com Rony.

- Rony? – Chamou Hermione, meio zangada. Ro... Será que você nunca para de comer?

Hermione acabara de ver, Rony engolindo vários docinhos seguidos.

- Que é Hermione? Estou com fome.

Hermione riu.

- Vamos subir? Meus pés estão doendo.

- Vamos. – Disse Rony com a boca cheia.

- Ah Rony, precisamos abrir nossos presentes. Tem muitos lá no seu quarto e... – Começou Hermione

- Hoje? Ah não Hermione.

- Ah tudo bem então. Mas amanhã precisamos levar esses presentes pra nossa casa. Quando chegarmos do Brasil, nós arrumamos. – Sussurou Hermione, sentando-se perto de Rony. – Meus tios trouxas mandaram vários presentes, como não cabia mais aqui, seu pai os levou para nossa casa.

- Por falar em casa, quando vamos nos mudar?

- O mais rápido possível, espero.

 - Faz o seguinte, enquanto você vai comprar essas passagens, eu aproveito e levo essas coisas pra lá.

- Certo então. – Disse Hermione, se levantando e puxando Rony, que ainda estava comendo. - Vamos Rony.

Os dois subiram as escadas depressa. Ao chegar à porta do quarto, Rony pegou-a no colo e a levou pra dentro. Rony quase derrubou Hermione ao ver a quantidade de presentes que estavam no seu quarto.

- Por Merlin – Disse Rony colocando-a no chão. – Como vamos dormir nessa bagunça?

- Seu quarto vive bagunçado e mesmo assim você consegue dormir nele. Calma, vamos tirar esses presentes da cama e pronto.

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