Nas sombras do calabouço

Eu realmente sinto muito muito mesmo pela demora pra postar este capítuo e foram meses. Mas obrigado a todos que continuaram visitando e fizeram a fic chegar aos 100 visitantes semana passada.

Mary Potter Granger

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Harry e Hermione saíam juntos da sala precisa naquele sábado de manhã, Já era quase hora do almoço e estavam esgotados.

Haviam passado a madrugada inteira pesquisando na biblioteca e quando resolveram voltar já passava das 05h00min da manhã. Iam atravessando o castelo com cuidado, mas talvez por causa do sono não colocassem a capa da invisibilidade e ao virarem um corredor deram de cara com Filche Snape paradosem frente o quadro que dava para a Torre da Grifinória. Num reflexo rápido Harry puxou Hermione e se esconderam atrás de uma armadura.

─ O que é isso?- ela perguntou alarmada ─ Porque eles estão ali?

─ Não sei, mas não poderemos entrar lá. - ele confirmou as suspeitas dela

─ Como assim e onde vamos dormir?

Harry pensou um pouco e se voltou para ela sorrindo ─ Sala Precisa.

Por isso se encontravam completamente mortos agora enquanto se dirigiam para o banheiro dos monitores fazer sua higiene matinal.

─ Todos já estão no salão principal comendo. – afirmou Hermione quando juntos eles começaram a seguir para lá.

─ Acredito que sim. Sabe estranhei muitas coisas ontem. – começou Harry.

─ Que coisas? – ela perguntou

─ Quando estávamos voltando para a torre da grifinória não vi nenhum casal de alunos se agarrando pelos corredores e além disso porque Filch e Snape montariam guarda no corredor que leva a nossa Torre?- perguntou confuso

─ É realmente estranho, eu também notei que não tinha ninguém fora dos dormitórios, e parece que hoje tambémnão tem ninguémperambulando por aí. – ela respondeu

Estavam chegando pertodo salão principal e não havia nem sinal de alunos pelos corredores nem nos jardins o que era bem estranho para um sábado. “As pessoas devem estar mesmo com fome hoje” – pensou Harry e por via das dúvidas se aproximou mais de Hermione e checou sua varinha no bolso, pode ver que a morena também estava assustada e que sorriu quando o sentiu mais perto dela, estavam quase em frente à enorme porta quando ouviram a voz de Dumbledore e parecia estar fazendo um comunicado, entreolharam-see abriram as portas do salão principal fazendo barulho e interrompendo Dumbledore.

Todos os olhavam com apreensão e Minerva exclamou se levantando ─ Graças a Merlin! Senhor Potter, Senhorita Granger onde diabos se meteram? Espero que tenham uma boa explicação para não terem comparecido a contagem de alunos hoje de manhã...

Hermione travara e olhava desesperadamente para Harry como se pedisse que por Circe ele respondesse a pergunta por que ela não poderia. Olhou para a mesa da grifinória e viu todos os amigos sentados juntos, até mesmo Draco e Rose, todos permaneciam espantados. ─ Vamos, estou esperando. – disse Mc Gonnagalcom os braços cruzados.

─ No-nós dormimos demais... – respondeu ele simplesmente tentando passar convicção.

─ Então porque seus companheiros de quarto não os acordaram para que descessem? – perguntou mais uma vez cética.

Estava sem saída, não sabia o que alegar a professora sem que ficassem encrencados. Porque tínhamos que perder a hora mesmo ein? AH já sei talvez porque tenhamos ido dormir quase na hora de acordar!

─ Não passamos a noite nos dormitórios professora. – respondeu Hermione de repente e Harry olhou pra ela como se estivesse vendo um extraterrestre rosa. De longe viram Rony bater a mão na testae Gina socar a cabeça na mesa enquanto o resto das pessoas sibilava comentários maldosos.  Uma menina da Sonserina falou em alto e bom som tentando provocar “Essa Granger ein? Está mais saidinha do que pensávamos, nem esperou o Potter terminar direito o casinho com a Chang e já está dormindo com ele.”Todos os Sonserinos riram e Harry virou-se irado para a menina que se assustoue se encolheu ao ver osolhos dele queimarem de raiva.

─ Não ouse nunca mais proferir uma palavra que seja sobre o caráterde Hermione! Lave essa sua boca suja antes de falar dela. – disse enquanto chegava mais perto olhando ameaçadoramente para a garota. As pessoas no salão continuavam apreensivas esperando que uma confusão se desenrolasse.

─ Harry, por favor, se acalme! Aprecio que me defenda mais não quero que arrume confusão por minha causa, já estamos bastante encrencados.  – olhou com superioridade para a garota e disse por fim ─ Além do mais não vale a pena sujar suas mãos com essazinhaai, nada do que ela diz pode me afetar. – a garota parecia querer gritar e lançar um Avada Kedrava em Hermione se não estivesse ainda com tanto medo de Harry, que se afastou dela e se virou novamente para Mc Gonnagal.

─Professora Minerva, sentimos muito por termos preocupado a senhora, mas estávamos estudando para as primeiras provas desde muito cedo o que não nos permitiu comparecerao jantar também. No fim estávamos completamente cansados e adormecemos sobre os livros na sala precisa. – Hermione disse e sua voz estava calma e passava total confiança e Harry não teve dúvida alguma que ninguém naquele salão duvidava da palavra dela, nem podiam afinal ela era Hermione Granger, a certinha de Hogwarts e nunca faria nada assim tão imprudente e pervertido na Escola.

─ Muito bem senhorita Granger, acredito na senhorita, mas também notei algo ontem e gostaria de esclarecer minhas dúvidas. – Mc Gonnagal disse agora mais condescendente. ─Os senhoresMalfoy e Wesley, as senhoritas Wesley e Lovegood  também não compareceram ao jantar ontem e me pergunto se estavam em sua companhia...

Aquela pergunta era um teste!

Harry teve certeza assim que ela terminou de falar, mas Hermione não percebera e estava prestes a responder quando Harry a interrompeu procurando escolher muito bem as palavras e tentando falar com certeza para não permanecerem suspeitas e também para tirar os amigos do meio da confusão.

─Combinamos todos de estudar juntos sim professora, mas como a senhora já deve ter sido informada Gina passou mal ontem à noite e Rony foi nos avisar de que ficaria no salão comunal cuidando dela. – olhou para Hermione rapidamente e ela parecia ter entendido naquele momento a armadilha da professora com relação ao mal súbito da amiga, e rapidamente, pois se a concordar freneticamente com a cabeça em tudo que Harry dizia. Ele prosseguiu ─E Draco e Luna estavam conosco sim, mas se cansaram mais cedo e voltaram aos dormitórios. – finalizou e olhou para os amigos que pareciam completamente aliviados.

Agora a professora parecia bem satisfeita com a resposta dele e disse em tom conclusivo ─ Pois bem, acho que esse assunto se encerra aqui, mas terei e retirar 10 pontos da Grifinória pela falta de juízo de vocês ao ficarem fora de seus salões comunais além do horário permitido, tendo acontecido algo tão grave, se bem que acredito que ainda não estejam a par dos fatos recentes. – ela manteve uma expressão mortífera no rosto ao se sentar novamente no lugar dando a chance de Dumbledore prosseguir com sua fala.

Só agora Hermione e Harry pararam para observar a expressão no rosto das pessoas no salão, todos pareciam extremamente tristes e assustados menos os Sonserinos que se mantinham impassíveis. Sem perceber continuaram ali em pé perto da entradaenquanto Dumbledore retomava de onde tinha parado:

─ Sabemos que todos estão inconsoláveis por seus amigos e que o medo deve assolar a todos os presentes aqui nas atuais circunstâncias, mas não posso deixar que ninguém volte para casa até que o senhor Longboton e o senhor Finnigan sejam encontrados em segurança. – Os dois morenos se entreolharam apavorados e Dumbledore continuou ─ Pode não parecer, mas Hogwarts continua sendo o lugar mais seguro para todos, não duvidem disso. Os comensais conseguiram penetrar esse castelo mas tiveram ajuda de alguém aqui de dentro. – um burburinho se formou forçando Dumbledore a pedir silêncio e Harry e Hermione continuavam atônitos. ─ Há aurores espalhados pela escola e os melhores bruxos do país estão procurando pelos nossos garotos. As aulas serão suspensas até segunda ordem e todos os alunos devem permanecer em seus salões comunais saindo apenas para as refeições, em grupos e acompanhados por professores ou monitores. Além disso todos os portões e saídas do castelo serãotrancados, e as correspondências não serão enviadas nem mandadas para a escola, não se preocupem seus pais e responsáveis já foram avisados da situação e que estão bem. Por fim eu só peço a todos que obedeçam às regras citadas e que permaneçam tomando todo o cuidado possível e também a calma, mantemos o controle de tudo e logo as coisas voltarão ao normal.

─ ESPERA AÍ! –Harry gritou chamando a atenção do diretor que voltava a se sentar e de todosque estavam no salão Principal, seu rosto mantinha uma expressão chocada e Hermione já imaginando o que tinha acontecido o encarava com pena e deslizava a mão ao longo de seu braço tentando acalmá-lo mas ela via a raiva crescendo dentro dele e soube que ele estava tentando se controlar quando fechou os olhos e se desvencilhou da mão dela andando até mais à frente.

─ O que aconteceu com Neville e Simas? – perguntou em voz baixa mas ameaçadoramente, e todos no salão seguiam apreensivos.

 Dumbledore continuava em silêncio e Harry se irritou mais perguntando novamente─ Onde eles estão?

Só então ele pareceu perceber uma garota na mesa da Lufa-lufa chorando copiosamente, ela se levantou e olhou para Harry que a reconheceu na hora, aquela era Camille a namorada de Simas, ela era muito bonita mas naquele momento seus olhos estavam inchados e vermelhos e o rosto também.

─ Eles foram seqüestrados por comensais da morte ontem à noite na hora do jantar. – ela disse se dirigindo a Harry ─ E... – soluçou-... podem estar mortos agora.

Harry paralisou ao ouvir as palavras da menina, não, não, não! Neville e Simas eram tão bons com todos não podiam estar mortos. Olhou para trás e viu que Hermione ainda se encontrava parada olhando-o assim como todos no Salão. Permanecia em choque e a raiva crescia dentro de si cada vez mais.

Deu alguns passos para trás e depois se virou recomeçando a andar rapidamente para fora daquele lugar, passou por Hermione e ela o chamou mas não queria falar com ninguém agora estava descontrolado e podia falar coisas quea magoariam muito, então a ignorou e saiu em silêncio.

As pessoas do salão continuaram assustadas umas olhando para as caras das outras sem ação. Segundos depois ouviram a voz de Harry do corredor se distanciando. ─ MALDITO! EU O MATAREI SEU DESGRAÇADO! – e um estrondo de coisas se quebrando.

Hermione permanecia estarrecida, Santo Merlin Harry estava sofrendo pelos amigos e ela tinha de ajudá-lo. Olhou para a mesa da Grifinória e chamou-o ─ Ron! –em voz alta.

Rony a olhou e assentiu com a cabeça levantando-se rapidamente e indo ao encontro dela parou ao seu lado notando que as pessoas os olhavam. Entrelaçou sua mão na de Hermione e juntos correram atrás de Harry.

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─Finite Incantatem – ele ouviu uma voz grave dizer, mas estava tudo escuro e o ambiente em que se encontrava era frio e úmido, sentia dores por todo o corpo e um cheiro fétido vinha de algum canto da sala.

De repente em um gesto brusco a luz voltou e seus olhos puderam focar o que acontecia em seu redor. Percebeu que o que atrapalhava sua visão era uma venda preta que agora se encontrava nas mãos de um homem de rosto deformado e ameaçador.

E tudo se clareou em sua mente... ele e Neville saindo do jantar e depois sendo atacados por comensais da morte, onde se encontrava agora provavelmente devia ser o esconderijo deles.

Tinha sido petrificado e Neville estuporado, vasculhou a sala com os olhos e encontrou o amigo o canto da sala, ele estava amarrado e tinha sangue escorrendo de um corte na testa. Simasse preocupou imediatamente com o amigo e tentou se levantar e ir de encontro ao outro, mas foi empurrado novamente ao chão pelo mesmo homem que lhe tirara a venda dos olhos, viu Neville levantar os olhos para ele e reparou que no rosto do amigo não havia medo e sim dor, ele devia estar lutando contra as dores musculares por todo o corpo por conta do feitiçoque recebera. Então algo os assustou e os fez olhar para a frente. O homem deformado agora falava com outro comensal que viera lhe trazer alguma noticia.

─ Aproveitem as últimas horas de vida fedelhos, porque o Lord chegará logo e assim que ele chegar vai dar um jeito em vocês. – o homem riu com escárnio sendo acompanhado pelo outro. Eles saíram e trancaram a porta de madeira, que era a única saída do local a não serpela pequena janela com grades de ferro.

Levantou-se com esforço e correu pra ajudar o amigo que parecia estar totalmente sem forças, desamarrou as mãos dele e perguntou:

͞Neville – chamou – Você está bem?

͞Sim acho que sim só com um pouco de dor, onde estamos?

͞Não tenho a mínima idéia. Mas precisamos achar um jeito de sair daqui, pelo que ouvi daquele comensal aquele-que-não-deve-ser-nomeado vai chegar logo e está louco pra nos ver mortos. – respondeu aflito

͞Mas porque nós? Quer dizer eu até entendo que ele se lembre que eu estive no Departamento de mistérios no ano passado mas porque ele iria querer fazer mal a você?- perguntou Neville

͞Eu não sei. – respondeu Simas – Mas ele é o Lord das Trevas não é, ele não precisa de motivos para fazer mal a alguém.

͞Tem razão – disse se levantando devagar e soltando uma exclamação de dor – Precisamos achar uma forma de voltar a Hogwarts.

Simasfoi até a porta de tentou a maçaneta mesmo sabendo que estaria trancada, olhou e viu uma pequena portinhola , abriu-a e olhou, segundos depois viu Neville perguntar o que ele via.

͞Estamos no final de uma corredor escuro e tem uma escada no final que leva a um lugar de onde vem uma luz, mas... o estranho é que não tem comensais em lugar nenhum.

͞Estamos trancados, eles não precisam se preocupar  conosco aqui. – explicou Neville – Ok, vamos ver se entendi, estamos trancados em um porão sabe se lá onde, sem nossas varinhas e sem sabermos aparatar, se bem que eu acho que mesmo que soubéssemos esse lugar deve ter feitiçosanti-aparatação.

Simas escorregou até o chão encostado na cabeça e começou a rir, Neville o olhou espantado então ele levantou a cabeça e disse ainda rindo   ͞A gente vai morrer cara – e continuou rindo

Neville o olhava incrédulo e perguntou – Sim, e porque está rindo disso? Era pra estar chorando.

͞É que a uma semana atrás eu reclamava que nada de emocionante acontecia comigo e agora estou aqui, esperando a morte chegar na forma de Voldemort e puxar meu pé.

Neville riu também e foi se sentar ao lado do amigoe os dois puseram-se a pensar em silencio.

͞Você falou o nome dele. – disse Neville der repente quebrando o silencio.

Simas olhou para ele e assentiu se levantando logo em seguida e pondo-se a falar   ͞Nós vamos sair daqui e eu já sei como.

͞Então me diz porque eu não faço a menor ideia de como vamos conseguir isso. – respondeu Neville.

͞Precisamos de algo bem forte, para bater. Aqui... acho que isso serve. – falou voltando com um osso enorme nas mãos.

͞Is-iss-isso é um fêmur hu-hu-hu-humano? – perguntou Neville assustado

͞Sim, acho que sim, deve estar aqui já há algum tempo, se fosse recente esse lugar estaria todo cheirando a putrefação. – respondeu com um pouco de nojo.   ͞E antes que você pergunte, não, o resto do esqueleto não está aqui, devem ter retirado e esqueceram esse aqui.

͞Agora deite-se aqui e se finja de morto.

͞O QUE? – perguntou Neville que não estava entendendo nada do que o outro fazia

͞Você ouviu bem o que eu disse, deite-se logo ai... ahhh e faça um morto bem morrido viu, capriche na cara de dor. – finalizou Simas

͞Primeiro se é pra ser morto é claro que vai se bem morrido, afinal ELE ESTÁ MORTO! – gritou um pouco a última parte. Colocando as mãos na têmpora continuou   ͞E segundo eu ainda não entendi nada do que você planeja fazer, mas eu vou me fingir de morto porque realmente não adianta discutir com você e já que estamos prestes a morrer de verdade assim eu já vou treinando para o inevitável. – Falou Neville se arrastando mais para frente, deitando e fechando os olhos.

͞Logo, logo você vai enteder. – disse guardando o osso do lado da porta e cobrindo com terra.

͞SOCORRO! SOCORRO! ME AJUDE POR FAVOR! – começou a gritar pela portinhola e bater desesperadamente na porta.   ͞ALGUÉM... POR FAVOR O MEU AMIGO NÃO ESTÁ RESPIRANDO! POR FAVOR ME AJUDE. – Simas esmurrava a porta e gritava com tanta força que Neville achou que se alguém aparecesse ali seria para dar-lhe um AvadaKedavra e calar-lhe a boca, não para checar se ele estava mesmo morto.

Vendo que ninguém lhe dava ouvidos preparou os pulmões e começou:   ͞SEU LORDE NÃO VAI GOSTAR DE SABER QUE UM DOS GAROTOS MORREU ANTES DELE CHEGAR E FAZER ISSO ELE MESMO. – silêncio e então passos começaram a ser ouvidos no começo das escadas e Simas bateu na porta mais algumas vezes – POR FAVOR, POR FAVOR ME AJUDE.

O rosto do homem deformado de antes apareceu na portinhola e Simas se afastou, o homem olhou para Neville no chão e Simas tinha de admitir ele parecia mesmo morto. – Grrr – o homem grunhiu em desaprovação e Simas ouviu um barulho de chave e na fechadura e segundos depois a porta se abriu dando espaço para o homem se aproximar.

O coração de Simas disparou e ele teve de respirar fundo para falar   ͞Ele não reage, precisa ver se ele está morto. – procurou fazer uma voz desesperada e inconsolável e percebeu que o comensal acreditou porque segundos depois ele se aproximava de Neville e se abaixava, estendendo os dedos para checar a pulsação no pescoço do garoto.

Foi essa a deixa de Simas para se afastar sorrateiramente e num movimento rápido pegar o osso e acertar em cheio e com muita força a cabeça do comensal que caiu desmaiado em cima de Neville que abriu os olhos e se esforçou para sair de baixo do homem. Simas correu para ajuda-lo a se levantar.

͞Meu Merlin! – exclamou Neville – Não acredito que você fez isso, agora nunca mais pode reclamar que nada de emocionante acontece na sua vida. – riu-se

Simas também sorriu e se abaixou para o olhar no bolso do comensal a procura da varinha do homem. Encontrou-ae se ergueu mostrando – a ao amigo que assentiu.   ͞Agora vamos sair daqui.

Quando já se encontravam no corredor deram de cara com mais dois comensais que Simas reconheceu como sendo Rodolfo Lestrange e o outro ele não sabia dizer de onde mais já tinha visto antes em algum lugar, provavelmente nos cartazes de procurado.

͞Ora, ora, ora...o que temos aqui... acho que os garotinhos pensaram que podiam fugir. – ironizou Lestrange.

Os garotos estacaram no lugar vendo os homens sacarem suas varinhas e Neville gritou ao ver Rodolfo lançar a maldição Cruciatos em Simas fazendo-o cair e se contorcer no chão largando a varinha.  ͞NÃO!

͞Não o que garoto? Fique quietinho e espere a sua vez.

O outro comensal avançou na direção de Neville e o empurrou no chão chutando sua barriga e socando-o no rosto. O homen se agaixou e disse   ͞Tão fraco, fica até sem graça capturar garotos como vocês. Mas se o mestre quis assim e são amigos do Potter , devem morrer.

͞Vou ser misericordioso com você garoto e mata-lo de uma vez, já o seu amigo ali não vai ter a mesma sorte, o Lestrange gosta de torturar os prisioneiros até a morte. Deve ter aprendido com a esposa. – riu

Neville viu o homem erguer a varinha e percebeu que os gritos de Simas haviam cessado, e que Rodolfose distraia olhando para a cena a sua frente com um sorriso, pronto para ver o colega mata-lo.

Mas então ouviu-se   ͞   Estupefaça – e o homem vou para longe batendo em uma parede e caindo inconsciente. Eras Simas que aproveitara a distração de Rodolfo e conseguira pegar a varinha que tinha deixado cair com o resto das forças que tinha.

Lestrange se sobressaltou e se voltou para Simas com raiva e lançou outra maldição Cruciatos no garoto que já se encontrava no chão e agora urrava de dor novamente.

Neville estava um pouco mais atrás de Lestrange por isso o homem não notou quando ele levantou com esforço e foi até a varinha do outro comensal desmaiado, pegou-a e apontou para ele. “ Por favor, dê certo”   ͞   Estupefaça – acertou as costas de Lestrange que caiu no chão também desacordado.

Neville ofegou e se aproximou de Simas no chão. ͞Simas – chamou – Fala comigo cara! – sacudiu-o e viu o amigo abrir os olhos.

͞   Ne-ne-ville meu corpo todo dói. – ele respondeu

͞Tudo bem cara, vai passar, vai passar.

͞Não... ahhhh – soltou uma exclamação de dor e Neville percebeu que deveria  estar muito difícil até mesmo para o amigo falar – E-eu não vou conseguir sair daqui, de um jeito ou de outro eu morrerei hoje, seja pelas mãos de Voldemort ou nas mãos de Lestrange.

͞Não vai não, você vai sair dessa, ou melhor NÓS vamos sair dessa, juntos. Vamos voltar para Hogwarts pro nosso dormitório junto com Harry, Dino e Rony, pra você poder fazer mais poções explosivas e duvidosas na aula do Snape pra ele tirar pontos da Grifinória. – Neville finalizou emocionado colocando a cabeça do amigo no colo com cuidado, seus olhos se enchendo de lágrimas. Pegou a varinha e murmurou “Lumos” levou a luz até perto dos dois, iluminando o rosto do outro.

 Um sorriso saudoso nasceu nos lábios de Simas que tinha uma lágrima escorrendo no rosto ͞Obrigado, amigo... – fez uma pausa puxando o ar com sofreguidão – obrigado por tudo.

͞Eu é que agradeço, você nos tirou de dentro daquela sala, não pode desistir assim. – dizia Neville balançando a cabeça freneticamente em negativa e agora chorando também.

͞Diga a Ca-ca-camile ... cof-cof – tossiu e Neville viu sangue sair de sua boca - ... que eu sinto muito.

͞Tudo bem, mas você mesmo vai poder dizer isso.

͞Você foi muito bom pra mim. Adeus.- e fechou os olhos . Neville se desesperou mais, ele que já estava chorando desabou abraçando o amigo uma vez e depois se pôs a sacudir Simas, e chamar seu nome repetidamente mas não recebia resposta.

O corpo do amigo ficou inerte e pesado... sem vida. Começou a fazer massagem cardíaca no peito do amigo chorando e dizendo ao mesmo tempo  ͞Simas! Simas! Não! Por favor  volta, você tem que voltar. – então parou colocou a cabeça no peito do amigo e viu que seu coração já não mais batia e também não tinha mais pulsação. Ficou sem ação der repente e então largou o amigo e encostou-se à parede abraçando os joelhos e chorando.

Só foi despertado quando ouviu o som de alguém reclamando de dor e resmungando sem parar enxugou os olhos e concentrou a visão embaçada a frente para ver Lestrange tentando se sentar e colocando as mãos na cabeça provavelmente tentando apartar a dor.

Neville encheu-se de uma fúria nunca imaginada, seu amigo estava morto e o homem que o matou estava ali vivo. O homem olhou em sua direção e sorriu com escárnio levantando-see ao olhar para Simas no chão e o rosto de Neville inchado e vermelho por conta do choro ele riu alto e debochado, aquilo pareceu aumentar a raiva de Neville cada vez mais.

Der repente Lestrange se virou com calma e foi até sua varinha, Neville aproveitou para pegar a que estava no chão ao lado do corpo de Simas, voltou para a posição que estava antes escondendo a varinha quando Rodolfo voltou-se de frente para ele.

͞ Pena que não vi isso... – disse chutando o corpo de Simas e se referindo ao momento da morte dele  ͞teria sido divertido. – dizia rindo alto. A raiva de Neville aumentava cada vez mais.

Lestrange apontou sua varinha para ele e disse  ͞Mas não se preocupe garoto, você já vai se juntar ao seu amiguinho. O mestre não vai gostar de saber que matei os dois prisioneiros dele mas vocês realmente pediram por isso. -ele levantou mais a varinha e se preparou para lançar um feitiço , Neville apertou mais a varinha contra si rezando para se lembrar  do feitiço que Harry havia ensinado nas aulas da AD.

͞AvadaKedavra – lançou Lestrange. E Neville ao mesmo tempo gritou com todas as suas forças   ͞PROTEGO. – pensava em como aquele homem torturara seu amigo sem dó nem piedade e parecia assim seu feitiço de proteção se tornara mais forte. Ele viu o um escudo se formar em sua frente e barrar o feitiço de Lestrange que ricocheteou e acertou próprio comensal, fazendo-o cair morto no chão.

Neville ainda olhava perplexo para o corpo do homem a sua estirado no chão a sua frente, levantou-se ofegante e se aproximou de Rodolfo checando se ele estava mesmo morto, sim estava. Não podia acreditar, momentos antes realmente o feitiço se virara contra o feiticeiro, que grande ironia.

Chegou perto do corpo de Simas mais uma vez , com os olhos marejando e se ajoelhou.   ͞A justiça foi feita meu amigo. Agora eu vou achar um jeito de nos tirar daqui, e você vai ser lembrado como um herói.

Empunhou a varinha novamente e depois se aproximou do outro comensal que ainda se encontrava desacordado apontou para ele e disse   ͞Ennervate – o comensal abriu os olhos e imetiadamente estacou ao ver Neville armado.  ͞Você vai me tirar daqui, junto com o corpo do meu amigo.

O comensal ao ouvir isso sorriu sarcástico e disse   ͞Acha que me assusta garotinho?

͞Eu não sei você mais eu no seu lugar teria medo, muito medo, mas... acho que não sabe do que sou capaz, se quiser ter uma idéia é só olhar mas a frente e  ver ali o que eu fiz com o seu parceiro que torturou meu amigo. – disse Neville com uma coragem nunca antes imaginada.

O comensal olhou e viu ali a frente o corpo de Rodolfo. ͞Vo-vo-você matou Lestrange? – perguntou em choque

͞Digamos que ele subestimou minhas abilidades. – respondeu    ͞Agora responda, como saímos daqui ou quando Voldemort chegar aqui vai encontrar não só um mas dois dos seus comensais mortos.

O homem pareceu levar a sério o que Neville disse e depois de alguns segundos respondeu.   ͞Tem uma passagem. Que leva aos arredores de Hogsmead. Mas o caminho é longo.

Neville pensou rápido e concluiu  ͞Muito bem. Você vai me mostrar essa passagem. Levante-se e acho melhor não fazer nenhuma gracinha ou já sabe.

O comesal assentiu amedrontado e foi andando a frente com Neville em seu encalço apontando a varinha para suas costas. Ao passarem por Simas Neville mandou o comensal parar, se abaixar e carregar o corpo do amigo no colo. O homem protestou mas Neville logo o cortou apontando a varinha para sua garganta e ameaçando.   ͞Vocês nos trouxeram para cá agora vai nos levar de volta a mim e ao meu amigo.

O homem concordou lentamente e se abaixou pegando Simas no colo e andando até o final do corredor do calabouço onde só o que tinha era uma parede. Neville o olhou interrogativo e o homem apontou com a cabeça para o chão onde Neville se abaixou lentamente e sem tirar a varinha de sua mira no homem , tocou o chão e limpou a areia e sujeira com a mão revelando um alçapão que ele abriu rapidamente e entrou com o comensal indo a sua frente.

Desceram uma escada e Neville fechou o alçapão se assustando logo em seguida com a luz de tochas se ascendendo ao longo do caminho. Eles andaram em silêncio por uns 30 minutos quando o homem quebrou o silêncio e desbabou ajoelhando –se  no chão e largando o corpo de Simas. Neville imediatamente perguntou:

͞O que foi?

͞Ainda temos aproximadamente mais uma hora de caminhada e o seu amiguinho é pesado.- disse o comensal

͞Tudo bem, vamos parar por alguns minutos. – Neville finalmente concordoue viu o homem largar Simas no chão e deitar-se ofegante.

Sentou-se escorado na parede descansando um pouco, a varinha sempre à postos na mão, então ele viu o homem enfiar a mão no bolso do casaco e retirar de lá um cantil pequeno de prata provavelmente com Wiskey de Fogo.

͞Accio Cantil – disse fazendo o cantil voar direto para suas mãos. Sob protestos do homem que se sentou indignado, Neville apontou a varinha mais uma vez para ele e disse   ͞Não vai conseguir levar o meu amigo se estiver bêbado. – falava enquanto abria o cantil e esvaziava-o jogando todo o líquido no chão. – Aquamente – depois encheu o cantil com água bebendo logo em seguida e depois passando para que o comesal pudesse beber também. O Homem esvaziou o cantil depois passou para Neville que o encheu de novo depois deitou-se novamente no chão.

Neville também tentou relaxar pois a caminhada ainda era grande mas simplesmente não podia já que tinha o corpo do amigo de anos a um metro de distância de si e estava ameaçando um comensal da morte para ajudá-lo. O que diria a todos quando voltasse com o corpo de Simas? Provavelmente havia equipes de busca por todo o mundo bruxo atrás deles e ele precisava levar o corpo para a família de Simas que ficaria desolada. Como diria a Camille a namorada de Simas o que ele pedira?- passou mais algum tempo pensando e depois decidiu que já era hora de recomeçarem a caminhar levantou-se e obrigou o comensal a levantar também o que o homem fez a contragosto, pegando Simas no colo novamente voltando a andar.

͞Quanto falta para chegarmos? – perguntou após mais meia hora de caminhada

͞Acho que uns 5 km.

Tiveram somente mais uma parada de descanso para depois andarem mais 20 minutos até Neville conseguir ver uma escada e outro alçapão por onde saíram.

Parou para olhar em volta e quando voltou a cabeça recebeu um soco no rosto, fazendo-o cambalear para trás mas recuperou-se a tempo de lançar um feitiço  ͞   PetrificosTotalus – e petrificar o comensal.

Massageou o rosto e chegou perto do homem puxando-o pelo braço e levando-o até a árvore mais próxima, pondo-o sentado e depois conjurando cordas invisíveis para amarrar suas mãos para trás do tronco. Afastou-se e depois disse   ͞FiniteIncantatem- o homem voltou a se mexer e logo depois falou com ódio  ͞   SEU GAROTO MISERÁVEL!

͞Me diga qual é o caminho para hogsmead daqui. – pediu Neville

͞Não direi enquanto não me desamarrar moleque

͞E eu o matarei se não disser. – finalizou Neville tentando passar coragem ao falar, afinal sabia que era mentira.

O homem vacilou e disse:   ͞Tudo bem, é só andar mais 20 metros por essa trilha e vai ver as primeiras casas do povoado.

Neville se mostrou aliviado e recomeçou a andar apontando a varinha para o corpo de Simas e usou um feitiço de levitação para carrega-lo pelos últimos metros,quando já faltava pouco e ele já podia ver algumas casas ao longe, sentiu sua cabeça começar a latejar e depois a dor ficar mais forte. Parou um pouco e segurou a cabeça nas mãos tentando amenizar as dores fortes, der repente viu tudo ao seu redor girar e o chão foi parecendo cada vez mais perto até sentir o impacto.

Ainda permaneceu de olhos semicerradosa dor era tanta que ele já não mais se contorcia, agora uma instantânea letargia instalara-se pelo seu corpo e a ultima coisa que se lembrara de ter ouvido antes de perder a consciência foi uma voz familiar dizer:   ͞ Encontramos eles!

***************;*

Rony voltava do jantar com Hermione eles tinham ido atrás de Harry mais cedo só que o moreno alegara querer ficar sozinho e Rony entendia o amigo, por isso retirara Hermione da porta do dormitório masculino e tentara entreter ela o dia todo, mas sem sucesso já que Rony sabia que ela pensara na infelicidade de Harry o dia todo, todos estavam rezando para que Neville e Simas fossem encontrados logo e para que Voldemort não tivesse feito nada a eles.

͞Mione- chamou-a – Tem certeza de que está bem? Não comeu nada no jantar e está incrivelmente alheia a tudo.

͞Sinto muito por deixar você preocupado Ron mas eu estou sem fome, tem muita coisa acontecendo e eu estou muito preocupada com o Harry para pensar em comida.

Ele assentiu levemente, e os dois pararam ao ouvirem uma voz feminina chamando o nome de Rony.

Era Luna que vinha correndo ofegante de encontroaos dois ela parou de frente a eles e sorriu. Então Hermione falou :  ͞  Bem então Ron eu acho que já vou indo viu, nos vemos na sala comunal. Foi muito bom te ver Luna, até amanhã. – despediu-se sorrindo matreira.

Rony estava em choque, suas mãos suavam e ele estava se achando um pateta por não ter conseguido falar nada até aquele momento. “Ela está tão bonita hoje” – pensava e quase se bateu por isso, como poderia se concentrar se não conseguia parar de pensar em beijá-la?

͞Ron, eu sinto muito. – ela disse

͞Sente pelo que? – perguntou franzindo o cenho, muito confuso.

͞Por demorar tanto para dar uma resposta para algo que no fundo eu sempre soube. – ela começou novamente  ͞É obvio que você percebeu que me afastei de você, mas eu nunca fui boa em tomar decisões rapidamente. Desde aquela noite eu não paro de pensar em você e tudo o que aconteceu com Neville e Simas me fez ver que o perigo está em qualquer lugar e quequalquer tempo é precioso. – ela parou para ver a reação dele que continuava atento a cada palavra dela  ͞O que estou tentando dizer é que não quero mais ficar longe de você quando sei que posso ser feliz do seu lado.

Ron sorriu abertamente e se aproximou mais dela colando seus corpos e a beijando mais uma vez com fervor. Como era bom sentir o gosto dos lábios dela outra vez, só Deus sabe quese controlara muito para não ir atrás dela e exigir uma resposta. Ela colocou as mãos em volta do seu pescoço e retribuía o beijo com ânimo. Se separaram sorrindo e ele falou:   ͞   Então quer dizer que aceita ser minha namorada?

͞Depende da sua definição de sim ou não. – riram – Mas o meu sim foi esse beijo e os muitos outros que daremos.

͞Merlin sabe como gosto do seu sim. – riu e a beijou novamente.

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MUITO OBRIGADO AQUELES QUE NÃO DESISTIRAM DA FIC.

AMO VOCES

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