POVs Marina

Acordamos cedo no dia seguinte (umas 07h00min), nos arrumamos e descemos para tomar café da manhã. (A “loira” levantou mais cedo q eu, Júlia e Rose para poder se arrumar.)

Quando chegamos ao salão (por volta das 08h00min) os meninos já estavam lá, sentados conversando e comendo. Albus estava comendo uma torrada, Frankie uma maçã, Connor pelo visto já tinha terminado e Charlie estava comendo ovos mexidos. Eu, loira, morena e Rose nos sentamos perto deles.

–Bom dia! – Disseram os quatro garotos ao mesmo tempo.

–Bom dia! – Nós quatro respondemos juntas.

Olhamos um pra cara do outro e começamos a rir.

Eu comecei a comer ovos mexidos que nem Charlie, a Loira comeu cereal com leite, morena um misto-quente e Rose não comeu nada, pois disse que estava sem fome. (Apesar de a gente ter tentado empurrar comida pra ela).

Estávamos tomando café, quando do nada um monte de corujas entraram pelo castelo e foram voando para seus donos. Loira começou a berrar e todos nós começamos a rir.

–CORREIO! – Gritou um garoto do terceiro ano da Lufa-Lufa.

Percy veio voando em minha direção com uma carta amarrada na pata. Peguei a carta e a desamarrei. Percy deu uma bicadinha carinhosa no meu dedo. Abri a carta que era da minha mãe.

Oi Marina,

Eu, Olívia e seu pai estamos com muitas saudades de você. Espero que esteja tudo bem, que esteja se divertindo muito e tenha feito muitos amigos. Torcemos por você ter entrado na Grifinória (que era a casa que você tanto queria) e que consiga entrar para a equipe de Quadribol, já que você gosta tanto de esportes. Muitos amigos seus ligaram aqui pra casa querendo saber de você, depois escreve para eles. Estude muito e aproveite bastante.

Beijos,

Mamãe.

PS: Escreva-me sempre!

Terminei de ler a carta e a guardei no bolso. Parecia que todos os meus amigos também haviam ganhado cartas parecidas dos pais. Alguns pegavam as cartas e guardavam enquanto outros ficavam vermelhinhos e jogavam a carta fora. Um garoto da Corvinal recebeu uma carta vermelha, meio estranha. Depois percebemos que era um berrador.

–Vai Scorpius, abre logo isso! É melhor abrir agora que depois as consequências podem ser horríveis! – Disse um dos meninos na mesa da Corvinal.

–Não, eu não quero ouvir a voz do meu pai berrando comigo!- Respondeu Scorpius.

–Abre logo se não essa porr* explode! – Berrou o outro garoto.

Scorpius pegou a carta, fechou os olhos e a abriu.

–NÃO ACREDITO QUE VOCÊ FOI SELECIONADO PARA CORVINAL! – Berrava a voz de Draco Malfoy, 100 vezes ampliada, por todo o salão. – VOCÊ É UMA DESONRA PARA A FAMÍLIA! DEVERIA TER IDO PARA A SONSERINA SEU IDIOTA! NÃO TENHO ORGULHO NENHUM EM TE CHAMAR DE FILHO! VOCÊ CONSEGUIU QUEBRAR UMA CORRENTE DE MAIS DE UM SÉCULO! ESTOU MUITO BRAVO CONTIGO MOLEQUE! DEPOIS CONVERSAMOS MELHOR.

Quando terminou de gritar, a carta explodiu, deixando só um pó vermelho para trás. Scorpius começou a chorar desesperadamente.

–EU SOU UM IDIOTA! -Berrava ele. – MEU PAI ME ODEIA!

Rose virou pra mim e disse:

–Tadinho!

–É verdade, Draco Malfoy é um verdadeiro retardado. Tratar o próprio filho desse jeito! – Eu respondi.

–Eu vou falar com ele. – Disse Rose determinada.

–Rose, é melhor não, nossos pais nos avisaram para não mexer com os Malfoy, eles podem ser perigosos. – Disse Albus.

–Draco é uma pessoa ruim, o Scorpius pode ser diferente!

–Então tá, você que sabe. Depois não diz que eu não avisei...

Rose se levantou, toda confiante e foi falar com Scorpius. Todos ficaram olhando para ela enquanto ia se sentando ao lado do garoto. Não consegui ouvir nada da conversa, pois a mesa da Corvinal era um pouco longe, mas pelo que pareceu eles se deram bem. Rose falou alguma coisa que animou Scorpius um pouco. Depois de toda aquela conversa, os dois se levantaram. Scorpius deu um beijo na bochecha de Rose e agradeceu pela ajuda. Albus, eu, Morena, Loira, Frankie, Connor, Charlie e o resto das pessoas ficaram de queixo caído. Rose veio saltitando em direção à mesa da Grifinória e se sentou ao meu lado toda corada.

–AÊÊÊ Rose, já conseguiu um namorado! – Disse Loira.

–Aff, não enche... – Disse Rose revirando os olhos.

–Mas o que vocês conversaram? – Perguntou Albus antes de mim.

–Nada demais, só tentei consolar ele, dizer que ia ficar tudo bem, que o pai dele ia acabar aceitando e que não era tão ruim assim... E que pra qualquer coisa que ele precisar, é só me chamar. E ele me agradeceu.

–Ele agradeceu de um jeito muito estranho hein... -Disse Connor.

–Estranho nada gente! Foi mesmo muito fofo! – Disse morena.

–É verdade, para de encher o saco dela! – Eu disse.

–Obrigada vocês duas!

Depois de terminarmos de comer, fomos para a aula de Defesa contra as artes das trevas. O novo professor se chamava Klaus Thompson. (nome que eu achei particularmente engraçado) Era alto, corpulento, até dava medo. Ele era um antigo Auror, mas não muito conhecido.

–Meu Deus! – Cochichou a Loira no meu ouvido. – Que homem feio!

Entramos na sala de aula. Tínhamos aula com os alunos da Corvinal. Eu, Albus e Rose sentamos em uma mesa e Loira, Morena e um garotinho da Corvinal sentaram em outra.

A aula passou voando, o professor era muito legal, eu estava entendendo tudo, Rose também.(apesar de de vez em quando ela dar umas olhadas para o Scorpius). Albus ficou a aula todo com uma cara tipo: WTF?! As Júlias ficaram a aula toda conversando enquanto o menino da Corvinal que estava do lado delas, que eu descobri que se chamava Jonathan, ficava querendo prestar atenção.

–Rose, Marina, depois vocês me emprestam suas anotações? Eu não entendi quase nada... – Perguntou Albus.

–Aham, tudo bem. – Eu e Rose respondemos.

–Eu também vou precisar não tô entendendo M nenhuma... – Disse Loira.

–Claro! Vocês duas ficaram falando que nem uma matraca a aula toda – Disse Rose apontado pras Júlias. – Coitado do Jonathan.

Loira e Morena ficaram vermelhas e foram pedir desculpas pro garoto por terem atrapalhado ele a aula toda.