Ninguém pode saber.
- Co-como assim me ama? - falou Hermione estupefata.
- Não sei, Granger. Não sei, eu só amo. Eu pensei que tivesse deixado claro, quando eu fui explicar porque eu estou aqui.
- Não, Malfoy. Você não pode pensar assim. Acredite, é doloroso de mais. Você um dia vai esquecer, eu vou ficar chorando pelo Ron, até ele me notar. E você... você vai se casar com a Parkinson. - Falou Hermione chorando ainda mais.
- Eu não quero me casar com a Pansy.
Ele a olhou com olhos de raiva e culpa, ela nunca havia se sentido assim. Era como se estivesse vendo a alma dela. Devorando-a com os olhos.
- Por que, Draco? Por que você, não quer se casar com ela depois? - perguntou ela com um olhar triste.
- Por que eu não sinto nada por ela, pelo menos nada significante. Como eu sinto por você. E porque ela é uma grande put*.
Hermione ficou bem surpresa. Pansy era meio louca, principalmente com seu amor doentio por Malfoy, mas, uma put*? Ela tinha que entender isso direito. Desejou que a sala se transformasse. Não ocorreram grandes mudanças, somente pediu que aparecesse uma grande cama de casal no centro do cômodo, para que eles pudessem conversar de uma forma mais confortável.
Ela foi em direção à cama, deitou-se e bateu a mão nela, chamando o garoto. Ele também se deitou e ficaram um olhando para o outro.
- Por que a Pansy é... O que você disse?
- Por que, uma garota que pede pra ir pra cama com o melhor amigo, aos 11 anos, não é exatamente uma santa.
- O QUE?! - falou Hermione surpresa.
- É... Meus pais estavam brigados, meu pai estava batendo na minha mãe mais do que nunca e, ela pediu para a mãe da Pansy para eu ficar na casa deles um tempo. A casa é realmente grande, só que os tios da Pansy estavam passando um tempo lá, e como nós éramos as únicas crianças, eles me fizeram ficar no quarto dela...
Flash Back on:
"Estávamos nós dois comendo um lanche quando a senhora Parkinson chamou a Pansy. A garota foi correndo atender a mãe. Ela ficou um tempo lá, até que a vi chegar correndo, com duas cartas de Hogwarts nas mãos.
- Draquinho! Nossas cartas chegaram. Eles devem saber que você está aqui, porque eles mandaram a sua também! Nós vamos para Hogwarts!
E eu fiquei muito feliz ao saber disso. Eu finalmente ia para Hogwarts. Não iria conviver com o meu pai, ou assistir ele batendo na minha mãe. Eu amei essa possibilidade de só precisar voltar para casa nas férias de verão. A única coisa que eu não gostei, foi que eu deixaria a minha mãe para trás.
Eu nada disse. Fiquei esperando que Pansy me desse a minha carta, para eu ler direito o que tinha lá. Afinal, isso poderia ser mais uma das coisas idiotas que ela inventa.
A garota foi se aproximando e ao invés de me dar a carta, ela capturou os meus lábios com os seus. Eu fiquei surpreso. Não que nós não tivéssemos nos beijado nenhuma vez, mas, só tínhamos dado uns selinhos. Nada mais do que isso. Enquanto o beijo acontecia, eu senti a língua dela invadir a minha boca, explorando cada canto dela. Sentindo o gosto. No começo, eu achei isso completamente nojento. Mas depois, eu comecei a gostar, e a retribuir. Nós ficamos assim um tempo, até nós termos que respirar novamente.
- Temos que comemorar, Draquinho. - disse Pansy com um tom malicioso, que me deixou surpreso.
- O... o que?
- Sente-se - falou ela apontando para uma cadeira. Eu me sentei. E ela colocou as cartas na escrivaninha dela.
Ela andou devagar, com as mãos na barra do seu vestido laranja, que não era muito longo. E,
quando ela chegou bem perto, ela se sentou no meu colo, virada para mim. E me beijou da mesma maneira ainda mais possesiva que antes. Ela colocou as mãos na minha camisa e foi desabotoando, quando ela já havia desabotoado quatro botões, eu interrompi o beijo e falei:
- O que você está fazendo?
- Nada, você vai ver, e tenho certeza que você vai gostar. Meus pais faziam isso todo o tempo, antes de eles se separarem. - ela falou com um ar safado.
Ela continuou me beijando, mas eu não deixei que ela tocasse na minha camisa. Afinal, aquilo era muito estranho."
Flash Back off.
- Eu fiquei me perguntando o que ela queria fazer, e quando descobri eu fiquei decepcionado com ela.
- Sério? - perguntou Hermione com o cenho franzido.
- Sim. Mas, chegou uma hora que eu cedi. - Ele disse olhando para o chão por dois segundos e, depois, voltando seu olhar novamente para a Castanha - Tínhamos 15 anos, e a minha mãe falou para eu ficar na casa dela, porque ela estava muito machucada. Dessa vez, eu fiquei com outro quarto, mas isso não nos impediu. Eu transei com a Pansy aos 15 anos, mas não antes de ela fazer isso com um terço da Sonserina.
- Você acabou cedendo depois, mas isso foi só quando vocês tinham 15 anos, e ela, pelo que eu entendi, não esperou nem isso. Isso é mais do que eu esperava de você.
Eles dois se olhavam, enquanto Hermione via dor, raiva e tristeza nos olhos de Draco, as únicas coisas que ele conseguia ver, eram admiração, e amor. Era tortuoso para ele, ver aquilo. Colocou a cabeça em cima de um travesseiro e fechou os olhos.
Ele pretendia ficar ali até a garota ficar cansada e ir para a sua sala comunal. Mas, foi "acordado" quando sentiu seus lábios serem capturados docemente pelos de Hermione. O loiro não acreditava que isso estava acontecendo. Muito menos a castanha.
Dessa vez, foi Hermione que pediu passagem com a língua. Ele deixou. Ficaram ali, aproveitando esse momento, como se fosse o último. O beijo começou tímido, mas, foi ganhando intensidade. Eles sentiram urgência em ficar mais perto um do outro. Foram se aproximando, e aprofundado o beijo, até que não havia mais espaço nenhum entre eles. Quando sentiram o ar acabar, eles se separaram. Mas continuaram com as testas e os corpos grudados.
O castanho encontrou o cinza e eles não resistiram, recomeçaram o beijo. Eles não conseguiam ficar separados, eles não tivessem mais consciência de seus atos. Quando deram por si, a capa de Hermione já estava no chão.
- Espera! Espera, Draco. Eu não quero fazer isso!
- Ok, Mione - falou ele com um ar responsável.
- Você não vai reclamar, nem nada disso? - perguntou ela surpresa.
- Por que eu iria?
- Porque eu te rejeitei.
- Você me rejeitou, mas você ainda está aqui. E, isso é mais do que eu esperava de você. - repetiu ele a frase que ela usara momentos antes.
- Está bem, Draco. - falou Hermione. - Já deve ser tarde... Que horas são?
Draco olhou para o seu relógio e falou:
- Três da manhã - ele fez uma rápida conta e completou - Isso quer dizer que estamos aqui faz 5 horas.
- A Mulher Gorda não vai me deixar entrar! - falou a garota preocupada. - Onde eu vou passar a noite?
- Aqui é claro. Tem uma cama.
Ela ficou automaticamente vermelha ao notar que teria que dormir na mesma cama que o Loiro. Mas voltou ao normal quando um pensamento lhe ocorreu.
- Essa é a Sala Precisa, ela nos daria duas camas se pedíssemos.
- É... Mas eu não quero duas camas, eu quero essa! - Insistiu o garoto.
- Mas, Draco, eu não vou dormir na mesma cama que você!
- E porque não, Hermione? Você não estava nada desconfortável agora a pouco, quando estava agarrada em mim.
Hermione enrubesceu ainda mais que anteriormente e descolou seu corpo do de Draco. Ela deitou em um lado da cama e murmurou de um jeito envergonhado.
- Mas eu tenho medo de dormir ao seu lado.
- Por quê? Por que eu sou um Comensal, é?!
- Não, eu tenho medo porque é você. Eu tenho medo de ficar fora do controle, como aconteceu agora pouco. - falou Hermione evitando o olhar do garoto.
- Vai dizer que não gostou...
- Não é isso, é que eu tenho medo que isso aconteça de novo. Não pode acontecer.
Ela ainda não havia olhado nos olhos de Draco, por medo do que veria. Mas ele deu um jeito nisso, pegou o queixo dela com a mão e a forçou a olhar para ele. Ele a olhou intensamente como se estivesse analisando a sua alma, e falou:
- Nós só nos beijamos, e eu prometi que não ria fazer mais do que isso, pelo menos não pelos próximos tempos, então vai ficar tudo bem! E não há nada de errado em me beijar. Eu te amo, lembra? Eu sei que você não me ama, mas se você se sente culpada por isso, tudo bem. - Disse olhando profundamente nos olhos da garota - Mas durma no chão! - Completou, secamente.
- Malf... Draco! Draco, eu não sinto culpa. O que eu sinto é medo, medo de sofrer, de pirar, medo de ter esperanças novamente.
Ela já estava chorando, e ele não aguenta ver lágrimas no rosto dela. Draco as limpou com o dedo e olhou, novamente, em seu olhos, esperando que ela continuasse.
- Mas... Mas acontece que eu já tenho esperanças. Eu já espero que o que você disse quanto a me amar seja verdade, e que você continue achando isso quando sairmos dessa sala, porque eu não consigo pensar em outra coisa. Eu tenho medo. Mas eu não consigo te evitar. - Ela fizera uma breve pausa e depois dissera docemente - Eu te amo, Draco Malfoy!
Draco nunca havia se sentido tão feliz. Ela realmente retribuía os seus sentimentos. Isso era maravilhoso! Os dois se olharam e, quando notaram, já estavam se beijando novamente. Mas era um beijo calmo e terno, sem pressa.
Quando se soltaram, Hermione se acolheu nos braços e dormiu ali pensando no quê havia acontecido naquela noite espetacular.
Draco ficou pensando como tudo foi tão rápido. Cinco horas atrás, ele estava fazendo a sua ronda no castelo, e agora, estava deitado em uma cama com Hermione Granger em seus braços, dormindo em um sono profundo. Como isso aconteceu, ele não tem certeza, mas, não queria que esse momento acabasse.
Ele fechou os olhos e pensou em como é que iriam agir a partir daquele dia. Provavelmente, não iriam conseguir agir normalmente. Na melhor das hipóteses, ela concordaria que eles teriam que se encontrar escondidos. "Mas, se ela não quiser que nós namoremos escondidos? O que eu faria?" se perguntou. Ele tinha duas escolhas: deixa-la, ou aceitar e ouvir as reclamações de seus amigos, e de sua família.
A decisão era difícil. As duas opções seriam insuportáveis. Deixá-la a disposição do Weasley ou encarar seus pais e seus amigos. A segunda opção tem certas coisas boas. Poderia ver a cara da Pansy quando ela descobrisse, e poderia ter Hermione em seus braços. Mas fora isso, seria terrível.
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Hermione estava tendo um sonho no mínimo, estranho. Até diferente do que ela estava tendo ultimamente. Mas mesmo assim, ele a incomodou:
Ela estava andando em um labirinto e não encontrava saída. Era desesperador, pois o ar era muito rarefeito, e lá era quase impossível enxergar alguma coisa. Ela estava quase desistindo. Então, ouviu uma voz a chamando. Reconheceu rapidamente. A voz de Draco.
Ela foi correndo em direção à voz e, quanto mais auto ela soava, mais iluminado ficava o labirinto. Finalmente chegou ao seu destino. Era uma sala com uma grande luz apontada para o centro.
Hermione foi adentrando a sala. Não via nada lá dentro até o momento em que chegou ao seu centro. Ela viu Ron encostado na parede, com um olhar decepcionado que, de repente, se transformou em um sorriso de lado. Ele andou, lentamente, em sua direção e a abraçou.
O abraço durou alguns segundos, mas, nesses segundos, o cabelo de Ron perdeu a cor, suas sardas já não existiam mais, a pele dele ficou gelada e os olhos, antes azuis vibrantes, foram perdendo o brilho e se transformando em um azul acinzentado. Era Draco Malfoy. Ele, em uma fração de segundos, finalizou o abraço e a beijou. Quando se separaram, Hermione escutou a voz de Ron sair da boca de Draco:
- Sua traidora! Ele é um Comensal da Morte!
A castanha ficou muda. Tentou falar alguma coisa, mas as palavras não saíram. Ela queria explicar que Draco havia mudado, mas não conseguiu. Ela viu Draco se transformar em Ron, em Harry, em sua mãe, em seu pai, até que ouviu Draco falar:
- Não importa o que você faça, você sempre será uma sangue-ruim. Você sempre será uma indigna. Um nada!
Lágrimas começaram a rolar pelo rosto da Castanha. Era muito doloroso ouvir palavras assim do garoto que amava. As lágrimas pararam quando viu Ron a sua frente novamente. Sem que ela pudesse ter tempo para uma reação. Ele havia a beijado. Não era, nem de perto, tão bom quanto o beijo de Draco, mas, era facilmente aceitável.
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Draco olhava fixamente para Hermione e acariciava o seus cabelos. A olhava... A admirava. Mas, no meio de suas carícias, viu tímidas lágrimas escorrerem pelo rosto da garota. Ele as secou com os dedos, imaginando o que ela devia estar sonhando para que essas lágrimas caíssem.
Não pretendia dormir. Ele só queria ficar olhando para a garota ao seu lado. Pensando, como será o dia de amanhã. Até que ele escutou ela murmurar:
- Ron! Ron, cadê ele? Cadê o Draco? O que aconteceu com ele?
Draco ficou imensamente feliz. Ela estava sonhando com ele. Ela estava realmente sonhando com ele. Mas essa felicidade se foi quando a escutou novamente:
- Ele é um Comensal da Morte. Eu sei, mas eu não ligo se eu vou correr perigo. Provavelmente, vão querer me matar. Mas vale a pena correr o risco.
Realmente, Draco não sabia como agir. Se descobrissem que ele realmente a amava, iriam matá-la, ou torturá-la até que ela ficasse louca. Ele não podia deixar que isso acontecesse.
Ele saiu da cama e escreveu uma carta para Hermione. No final da carta, Draco simplesmente assina:
"Ninguém pode saber,
Da sua barata nojenta, abominável e asquerosa."
Ele virou-se, deixou a carta no travesseiro. Foi andando até porta. Mesmo que isso doesse, ele tinha que fazer, afinal, era para a proteção dela.
Quando ele já estava quase na porta ele pensa. "E se eles usassem Legilimência nela? Eles com certeza tentariam, porque nós agiríamos muito diferente a partir de hoje. Eu me garanto. Estudei Oclumência quase a minha vida toda. Mas, e ela? Ela não conseguiria bloquear a própria mente, conseguiria?". Ele tomara sua decisão. Colocou a varinha em mãos, apontando-a para a cama, e caminhou lentamente até a Hermione. Ele se abaixou e a beijou lenta e delicadamente. Quando levantou, a olhou, apontou a varinha para ela, e disse:
- Obliviate.
Draco viu tudo o que aconteceu naquela noite. E apagou completamente, cada toque, cada palavra, cada acontecimento. Ele não tinha como modificar, pois não sabia o que poderia ter feito. Poderia causar sérios danos à cabeça dela. Então achou que só apagar tudo o que aconteceu já era o bastante. Hermione poderia ficar muito confusa, mas, mesmo assim, era melhor do que deixá-la ser morta pelos Comensais.
O loiro olhou para o rosto sereno da Castanha por alguns segundos, pegou a carta de cima do travesseiro e foi embora.
N/A: Então gente, demorou, mas está aí, o capitulo dois... eu espero que o terceiro eu consiga postar mais rápido... Obrigada pelos comentarios. A fic vai ter continuação! Então, tá eu espero que vocês gostem do proximo... Bjuus, e continuem comentando.
Comentários (2)
Oii A Pansy é put* mesmo. Mas o Draco é um querido e a Mione também. Chorei quando o Draco lhe apagou a memória e se foi embora. Mas gostei do cap. Quero mais, por favor por favorzinho. Bj*
2012-02-01AAAH chorei com esse cap. quero maais por favooor
2012-02-01