Quem é mais Poderoso?

Capitulo 88 – Quem é mais Poderoso?

 

Dumbledore aproveitou a visita ao vilarejo, e com isso a ausência dos marotos no castelo para receber uma visita inesperada.

Solicitou que a pessoa usasse a lareira de sua sala. Não queria que ninguém soubesse deste encontro. Por ser com alguém que não seria bem recebida ali, nem pelos alunos, nem pelos professores, menos ainda pelos aurores.

Não era costume dele atrasar, mas mesmo assim o diretor olhava para o relógio a todo instante. Estava ansioso desde que recebeu uma coruja solicitando o encontro há três dias.

Essa nova guerra o preocupava. Ele não estava à frente da batalha desta vez como na guerra contra Grindelwald ou no inicio da guerra contra Voldemort, até o aparecimento do Lord Gryffindor. Pior, ele mal sabia como lidar com demônios. Sempre fora um assunto pouco estudado, e deixado para que outros combatessem, já que tinham pouco interesse nos bruxos.

Seus pensamentos foi para como tinha perdido a confiança cega dos marotos, e não ter conseguido algo semelhante com os Filhotes, ou os caçadores. Foi quando o fogo da lareira se tornou verde e uma pessoa saiu de dentro dela.

- Alvo, desculpe marcar um encontro assim, com tamanha urgência. – disse a pessoa.

- Sem problemas, Severo. – disse o diretor. – Ultimamente tudo tem urgência e sempre devemos estar atento a isso.

Snape se sentou, e estranhou que Fawkes não tenha cantado nada quando ele entrou. A fênix sempre dera algum sinal quando ele visitava seu dono, mas agora nada.

- O senhor deve estar ciente dos recentes movimentos dos comensais. – disse o ex-professor.

- Sim. Estão realizando muitos ataques diretos. Muitos mercenários estão sendo avistados, assim como criaturas nunca antes vistas. Mas também há ações mais direcionadas e que ainda não consegui ligar com os fatos até então apresentados. Horácio foi atacado em sua casa, mas graças a presença de espirito dele, nada sofreu. Seu antigo mestre está atualmente escondido junto com John.

- Ele não foi o único mestre em poções que recebeu visitas. – disse Snape. – Alguns colegas de Hogwarts me procuram para providenciar uma poção extremamente difícil para eles. Essa para ser mais precisa.

Snape passou um pergaminho para Dumbledore.

- Eles permitiram que você ficasse com isso?

- Não. Consegui decorar. – disse o sonserino. – O mais interessante disso tudo, que essa é uma poção que não consigo fazer. Alguns destes ingredientes, quando juntos, aquecem as poções, como o senhor deve saber. O normal é uma pequena quantidade o que não atrapalha a poção, mas essa utiliza uma quantidade grande o suficiente para um aquecimento violento e explosivo dela. Teríamos que resfriar a poção ao invés de aquecer. Coisa que é impossível.

- Na verdade não. – disse o ancião. – Conheço essa poção, há relatos de bruxos escandinavos, da era Viking e alguns Siberianos da época de Rasputin conseguiram. Como você pode ver, eram bruxos que viviam em regiões extremamente geladas. Mas existem aqueles que podem conjurar o fogo gelado. Agora mesmo temos algumas aqui no castelo.

Snape não sabia como reagir a isso. Ele havia ensinado a quase todos os alunos e conhecia os professores e funcionários do castelo, e nenhum havia demonstrado isso antes.

Ele ia abrir a boca para reclamar. Mas alguém abriu a porta.

Tiago e Lilian entraram.

O Maroto olhou para Snape como se ele fosse parte da mobília. A ruiva o olhou com ódio, e por um breve instante, Snape viu o mesmo olhar que havia visto no filho deles.  

Mas nenhum dos dois reagiu, além disso.

- Fui atacada em Hogsmeade. – disse Lilian. – Tentaram me sequestrar.

- Aparentemente eles precisam de um preparador de poções. – disse Dumbledore. – Severo disse que o contataram para que ele preparasse uma poção para os comensais. Horácio também sofreu com uma tentativa de sequestro.

- Parece que não sou mais necessário. – disse Snape, que estava incomodado com a situação.

Ele foi até a lareira e sumiu no fogo verde.

- Um detalhe que parece que os comensais não perceberão é que essa poção necessita de um tratamento diferenciado do que é normal. Ela deve ser resfriada ao invés de cozida. Coisa que nem eu sou capaz de realizar. Já que a atmosfera que isso criaria mataria a maioria dos humanos.

Lilian saca a varinha e conjura duas velas, sem dizer nada. Depois acende uma com o fogo normal, e outra com o azul, que esfria.

- Temos um problema. Virei um alvo secundário. – disse ela.

- Mas como? – perguntou Dumbledore.

- Sou mãe de grifo do clã vermelho e de uma do clã azul. – disse ela. – E ninguém consegue entender os poderes dos Potter.

- Os demônios já perceberam isso. – comentou o diretor.

- Acho difícil. – falou Tiago. – Segundo nossos especialistas, os demônios odeiam frio. Com a exceção óbvia. Eles estão escondidos em algum lugar até a primavera. Os dois que atacaram hoje eram comensais comuns daqueles que já joguei inúmeras vezes na cadeia.

- Então não devemos ter mais problemas por hoje. Estão dispensados. – disse o diretor.

O casal saiu da sala deixando o ocupante pensativo.

- Não sei se isso é um problema ou uma arma. – disse Lilian fazendo uma chama azul aparecer em sua mão.

- Eles vão pensar muito em mexer com você, Foguinho. – disse ele beijando a esposa, mas fazendo o fogo se tornar vermelho. – Perto de mim é melhor esse.

- Bobo.

 

Mais uma vez os Filhotes de Marotos se dirigiam para a sala precisa.

- Esse pessoal não cansa não? – perguntou Rony. – Até parece que não temos aula.

- Reclama não, Rony. – disse Gina. – até parece que esses treinos não estão melhorando suas notas e até mesmo no quadribol.

- Sem comentários adicionais, Rony. – disse Mione corando.

O estranho era que Harry não estava com eles. Ele tinha sumido uma hora antes.

Encontraram com os adultos na porta da sala, desta vez ninguém de fora do castelo participaria, nem mesmo Rafael.

Quando todos entraram, viram mais uma vez Harry e Logan duelando.

- De novo. – reclamou Cris. – Esses dois não tomam jeito.

- A culpa é do seu irmão. – disse Dani que estava olhando para um cristal, que emanava cores diferentes e anotava algo em um pergaminho, com a Pumyra no colo e Vênus voando perto da cabeça.

- Ele não se irritou com o nosso namoro outra vez? – perguntou a ruiva.

- Não. Desde que seu cabelo mudou de cor, ele não liga mais. – disse a menina. – A questão foi o ataque a Lilian. Esse duelo é para avaliar o poder dele. Esse cristal mede poderes, ataques, defesas e outras coisas.

- E como ele está? – perguntou Fernanda.

- Duvido que tenha algum comensal que possa com ele. – disse Dani.

- Não é isso que queremos saber. – disse Flavia. – Queremos a comparação entre os dois.

- Isso não seria necessário se você escrevesse em uma língua legível. – disse Tony.

- São códigos que qualquer caçador identifica. Se escrever em inglês ou português, por exemplo, podemos ter problemas de compreensão, ou sermos descobertos por qualquer um.

- Misteriosos vocês. – Luna.

- Mas que tal voltar para a comparação entre eles. – disse Sirius. – Quero saber qual dos grifos é o mais forte.

- É meio complicado comparar esses dois. É o mesmo que comparar um lobo com um dragão. – disse a menina. – Teríamos que isso fazer isso analisando cada poder.

- Não vejo nenhum dos dois se sobressaindo. – disse Mary.

- Apesar de estarem usando quase toda a potência em seus feitiços, Ti não está usando feitiços reais, somente os que usamos no torneio.

- Mas os feitiços não fazem efeito sobre ele. – disse Tonks.

- Isso não quer dizer que ele não sofra impactos com isso. – disse Lilian. – lembro do Avada que ele levou do Malfoy, ficou um hematoma.

- Sim, o poder dos feitiços de Harry é maior, mas como fazem menos efeito, acabam iguais num duelo em ambiente magico. O Azulzinho teria vantagem em quase qualquer outro ambiente, desde que não esteja muito frio.

- Esse negócio do frio para um demônio é estranho. – disse Sirius.

- Ele era um grifo do clã azul, antes de se tornar um demônio. – disse Tiago. – E também uma maneira de ser diferente dos outros.

- Eu odeio esses poderes. – disse o auror.

- Não podemos comparar um dragão com um lobo. – disse a brasileira novamente. – Ainda mais que esses são míticos. E duvido que eles lutem nesta forma novamente, um contra o outro. Mas quanto ao grifo, a idade é o fator mais predominante. Harry é maior, mas Ti tem mais experiência em sua forma mais evoluída, hoje são iguais, mas logo Harry será mais forte, mas nunca chegará perto do pai.

- Eu sou o melhor.  – disse Tiago.

- Só como grifo. – disse Lilian. – Eles são anjo e demônio também.

- Sim, mais uma vez são iguais. – disse Dani. – Ti é um anjo caído, logo tem os mesmos poderes.

- E o fato do seu irmão ser um caçador? – perguntou Remo.

- Isso o torna melhor com lutas físicas, perseguição e se cansa mais devagar. Seu esqueleto o torna mais forte e resistente. Mas Harry é mais ágil, se defende melhor.

- Resumindo, Harry é o mais forte, mas não podemos subestimar Logan. – disse Cris.

- Sim. – disse Dani.

- Eu que não quero nenhum dos dois lutando contra mim. – disse Rony.

- Ainda quero descobrir quem gostaria disso. – Disse Gina.

 

Harry e Gina saíram andando depois do treino.

- E o Natal? – perguntou a ruiva.

- Parece que nossos pais estão conversando sobre isso. – disse ele. – Poucas pessoas estão querendo permanecer aqui esse ano, então parece que vamos ficar por aqui mesmo. Sua família já vive muito aqui.

- Vamos ter que fazer um esforço para ficarmos sozinhos. – disse Gina. – Eles podem ter aceitado que não sou uma boneca de porcelana, mas ainda sou a princesinha deles.

- Bom, o castelo é maior que a minha ou a sua casa. Eles vão ter que procurar muito. – disse ele com um sorriso maroto. – Sem contar que Logan está planejando um treinamento intensivo para eles.

- Me lembra de agradecer. – disse ela.

- Não será necessário. Não será ele quem vai ministrar. – disse Harry. – Não seremos a única família completa aqui.

- Tenho dó dos gêmeos. Se eles já apanham de Logan e Rafael, imagina dos pais deles.

 

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