Jogos Radicais.



Capítulo 86 – Jogos Radicais.


 


Com a guerra aberta agora, seria necessário intensificar os treinamentos para combater demônios. Então as reuniões passaram a conter mais pessoas. Todos os Weasley, menos Percy, assim como Frank e Alice.


- Vocês já tem uma boa técnica de combate com espadas. – disse Rafael. – Mas agora as coisas vão começar a mudar. Em uma batalha real as coisas são diferentes de um combate um a um.


- Aqueles que já participaram de batalhas sabem disso. – disse Logan olhando para os aurores. – Sejam elas mágicas ou físicas. Mas demônios são especialistas em procurar sempre uma vantagem. Então temos que estar preparados para tudo.


- Uma coisa que sabemos é que eles podem enxergar no escuro. – disse Rafael novamente. – Eles gostam muito de ataques em lugares pouco iluminados ou com muitas sombras. Temos que ter a capacidade de lutar sem enxergar. Faremos uma demonstração disso.


Logan se posiciona no meio da sala com uma venda na mão e a coloca sobre os olhos de forma a que todos tenham certeza de que ele não enxergava nada.


- Quem quer participar da demonstração? – ele perguntou.


- Nós. - disseram os gêmeos, ainda se lembrando da surra que levaram na última vez, acreditando que agora poderia ir a forra, já que estavam melhores.


- Eu passo. – disse Sirius, quando todos olharam para ele. – Só de ver um caçador com uma espada de treinamento na mão, meu corpo doe. Prefiro acreditar que poderia vencer, que ter certeza que perdi.


- Vamos fazer isso direito então. – disse Rafael se posicionando na frente do irmão.


Os gêmeos se posicionaram mais para os lados de Logan.


Rafael foi o primeiro a se movimentar, mas o primeiro golpe foi de Fred. Habilmente defendido pelo brasileiro. George tentou um golpe, mas passou no vazio.


Rafael então atacou o irmão, sendo bloqueado. Sutilmente, ele pediu para os ruivos atacarem juntos. Logan deu um pulo para trás, o que quase fez com que eles se acertassem.


O sorriso no rosto do garoto de cabelo azul, fez com que os gêmeos ficassem nervosos. Decidiram uma tática agressiva. Se afastaram de Rafael, e correram para perto de Logan. O que fez o caçador balançar a cabeça.


Logan deu um passo na direção de George e o desarmou com um golpe com o punho da espada. E o girou colocando o ruivo entre ele e o outro gêmeo.


Fred perdeu a oportunidade do ataque. Na confusão, eles não perceberam o próximo movimento de Logan. Ele agarrou George e jogou contra o Fred. Derrubando os dois e partindo para cima do irmão.


Até aquele momento ele só se defendia. Mas precisava mostrar para todos que era necessário também atacar.


A luta era quase a mesma que aconteceria se Logan enxergasse. As maiores diferenças eram a postura, que ele tentava manter mais fixa e reta, e a sua velocidade de reação, tanto para ataque quanto para defesa. Mesmo assim, ele mantinha um duelo equilibrado com o irmão.


Fred percebeu uma coisa, ao analisar o que tinha acontecido com eles, e percebeu que fez muito barulho correndo. Sacou a varinha e produziu um estampido muito forte, capaz de deixar todos surdos por um tempo.


Todos os espectadores gritaram de dor nos ouvidos. Mas os dois combatentes, mal deram sinal de que foram afetados, continuando a duelar. Fred teve a sensação que num movimento Logan virou para ele e disse “Boa”, mas como estava surdo também, não pode ter certeza.


Lilian passou curando a surdez de todos. Menos dos dois combatentes.


Depois de cinco minutos, eles pararam o duelo.


- Acho que vocês puderam ter uma ideia. – disse Logan. – Espere um instante.


Ele aparatou e surgiu depois de cinco segundos.


- Bem melhor. – disse ele.


- O que você foi fazer? – perguntou Mione.


- Eu podia esperar a surdez passar, mas ler muitos lábios é cansativo. – disse ele.


- Bom vamos às explicações. – disse Dani assumindo a palestra. – Se deixar para esses dois, eles vão enrolar. O que o Ti fez, foi usar seus outros sentidos. Temos cinco sensoriais, e outros dependendo de com quem conversamos. Vamos nos ater aos sensoriais. Visão, Audição, Tato, Olfato e Paladar. São poucos os que utilizam o paladar, mas ele é importante junto com o olfato.


- A visão é normalmente o sentido mais usado. – disse Logan. – E o que mais engana, pois somos dependentes dele.


- Seguido pela audição. – disse Rafael. – Como Fred mostrou, ao estourar a bomba. Dependendo do que causa sua perda pode causar problemas no equilíbrio, que é muito importante durante a luta.


- Mas como você conseguiu lutar? – perguntou Rony.


- Tato. – disse Logan. – Posso sentir movimentos de ar sutis. Assim como variação de temperatura. Tive muito treino para ter essa habilidade.


- Sem contar o olfato.  – disse Tiago. – Animagos tem os sentidos aguçados. Além dos reflexos.


- Isso quer dizer que se fossemos animagos, lutaríamos melhor? – perguntou Fred.


- Ou voaríamos melhor? – perguntou George.


- Com certeza. – disse Logan. – Sinceramente não sei como vocês não tentaram.


- Tínhamos outros planos. – disseram os dois.


Ninguém percebeu que Carlinhos e Gui se olharam apreensivos.


Logos os brasileiros passaram a explicar como cada sentido era usado e como aprimora-los.


Antes que eles pudessem começar a praticar, um pequeno exercício para que eles percebessem a dificuldade, Fleur expira. E Carlinhos, Tony e Neville caíram desacordados.


A francesa leva a mão a boca surpresa.


- O que aconteceu? – perguntou Flavia. – Nunca vi algo assim antes.


- Não se preocupem. Eles só estão dormindo. – disse Logan. – Foram bombardeados por uma carga muito grande do poder de veela. Um descontrole comum para a atual situação. Provavelmente isso vai acontecer com todos os homens que estiverem por perto. Ou melhor quase todos. Eu sou imune, Gui e seu pai foram imunizados por receberem constantemente cargas disso.


- Mas o que esta acontecendo? – perguntou Sirius.


- Eu estou grávida. – disse Fleur.


- Meu primeiro neto. – disse Molly a abraçando.


Os homens cumprimentaram somente Gui, com medo de acabarem no chão babando.


 


As nevascas chegaram junto com o inicio do campeonato de quadribol. O primeiro jogo foi entre Corvinal e Lufa-lufa. O time de azul ganhou o jogo, mas foi apertado. 


Harry cometeu o erro de dizer que o apanhador da corvinal não era bom como Cho, a antiga ocupante do cargo. Gina ficou três horas sem conversar com ele. Só voltou quando disse que a namorada do Cedrico nunca chegaria aos pés dela.


Na semana seguinte seria o jogo entre Grifinória e Sonserina.


- Ainda bem que aqueles sádicos deram um tempo por causa do jogo. – disse Gina, enquanto ela e Harry esperavam o restante do time no vestiário para o jogo.


- Achei que você estivesse gostando dos treinos. – disse Harry. – Nunca te vi tão feliz derrotando seus irmãos.


- Eu não tava falando dos treinos.  – disse a ruiva. – eu me referia aos professores. Como os jogos são perto um dos outro, eles maneiraram para todos. Sem contar que ganho mais agilidade neles. Uma pena que doí tudo depois. Você podia pedir para o Logan te ensinar a massagem que ele faz na Cris.


- Posso até pedir, mas ele usa o negócio do frio. – disse o moreno. – Você pode pedir para ele a massagem. Ele é seu irmão adotivo mesmo.  Só não sei se a Cris vai deixar ele encostar em você.


- Ela pode assistir se quiser. – disse Gina.


Harry riu da cara da namorada. E a puxou para o seu colo. Onde iniciou um beijo.


De repente, eles ouviram um barulho grande do lado de fora do vestiário.


- Por que isso? – eles escutaram Fernanda reclamando.


- Os dois estão lá dentro, não quero ver nada que me fariam apanhar dos meus irmãos por não cuidar da nossa irmãzinha. O que os olhos não veem meu coro não sente.


- Não estamos fazendo nada. – gritou Gina lá de dentro. – Nada que você não tenha visto antes. Eles também.


O time entrou, e Rony fez questão de ignorar as roupas amassadas dos dois.


Harry esperou todos entrar e começou o discurso incentivador, que foi pequeno e direto e logo eles foram para o campo.


O jogo começou mais ou menos como Harry previra, seu time usando a velocidade e agilidade, e sendo recebido com violência.


Mas uma coisa estava diferente, ele não tinha sua sombra. Malfoy não o seguia como ele fez nos outros jogos contra o moreno.


Harry chegou a pensar que o loiro finalmente percebeu que essa tática era desfavorável, mas pensando melhor, se depois de tantos anos ele não havia percebido isso antes, por que agora.


Percebeu o motivo quando o balaço que acabara de passar por ele, deu meia volta e estava novamente em rota de colisão com ele, sem que algum batedor adversário estivesse por perto.


- Ora, ora. – disse para ele mesmo. – Essa coisa é velha.


Ele não se intimidou com isso, continuou procurando o pomo eu quando o balaço se aproximava, ele desviava.


No momento que percebia que o balaço ia demorar um pouco mais, parava para dar uma olhada para o jogo. As garotas já haviam conseguido marcar oito gols, e Rony estava inspirado naquele dia, nada passava por ele.


- Gostando do jogo? – perguntou Malfoy a uma boa distância dele.


- Como sempre, estamos ganhando. – disse ele.


- Não por muito tempo. Ainda posso pegar o pomo e vencer. – disse o sonserino.


- Se você acha que enfeitiçar um balaço para me perseguir vai te ajudar, você está mesmo desesperado. – devolveu ele. – Essa jogada suja é antiga e não funciona muito bem.


- Pare o jogo e prove que fui eu. – disse Malfoy com um sorriso vitorioso.


- Se eu quisesse poderia fazer isso, mas esse jogo está muito interessante e vou continuar nele. Agora para você pegar o pomo e vencer, você vai ter que fazer isso antes que a nossa vantagem aumente mais. – disse ele mandando um beijo para Gina que marcara mais um gol. – e antes de mim. Quer apostar uma corrida?


Ele mal perguntou, e saiu em disparada para o meio dos outros jogadores.


Malfoy acreditou que ele havia avistado o pomo e foi atrás. Sem perceber que havia algo seguindo eles.


Harry se mantinha na frente de Malfoy, mas não aumentava a distância, e não permitia que ele tivesse uma visão do que estava a sua frente. Esperava que o desespero dele afetasse o seu raciocínio.


Deu certo. O grifinório se dirigiu para a sessão da arquibancada em que estava a torcida verde estava. Poucos metros antes de chegar até ali, ele deu uma virada forte para a esquerda, abrindo caminho para Malfoy bater contra ela.


O Loiro conseguiu, a muito custo subir a vassoura e escapar de um choque mais violento, apesar de ter acertado um dos pés na cabeça de um torcedor.


Mas a torcida teve menos sorte, uma vez que o balaço encantado não é tão manobrável e colidiu contra a arquibancada.


- Isso é para eles pensarem melhor antes de interferir num jogo. – disse ele.


Agora a diferença de pontos era tão grande que mesmo que Malfoy pegasse o pomo, ele não venceria o jogo. Ainda mais agora que eles haviam perdido um artilheiro.


As gêmeas usaram uma jogada difícil, mas que dava grandes resultados. Elas conseguiram bater no balaço normal, juntas o que aumentou a potência do golpe, e derrubou o adversário.


As duas perceberam que Harry estava sendo perseguido, mas pela cara que ele fez quando elas colocaram as vassoura na direção dele, fez com que elas desistissem.


Harry conseguiu uma breve pausa, parando perto do goleiro sonserino. Ele parecia nervoso. Mas também era o seu primeiro jogo. E não estava se saindo bem. Era um garoto tranquilo, que não demonstrava as más qualidades atribuídas a sua casa. Harry quase sentiu pena dele.


Como aquele era um jogo, ele não podia fazer nada. Então saiu dali. Sem reparar que o balaço já havia o encontrado, mas desviando dele assim mesmo.


A trajetória da bola passou perto do goleiro, que se assustou, e se desequilibrou caindo da vassoura, porém, conseguindo se segurar no aro, ficando sentado ali, inútil para o jogo, já que sua vassoura voara para longe, e sabia que nenhum dos seus companheiros de time o ajudaria.


Sem um goleiro atuante, a Sonserina não pode fazer mais nada além de assistir ao passeio vermelho. Que terminou com um belo mergulho de Harry, para pegar o pomo, deixando Malfoy parado no meio do estádio sem saber o que fazer.


 


- Eu não acredito que isso está acontecendo de novo. – disse Lilian ao perceber que o balaço não saía da cola do filho. – não sei de onde ele tira essas coisas de fazer as coisas da forma mais radical possível.


- Do pai. - opinou Sirius.


- Exato. – disse a ruiva batendo no marido. – A culpa é toda sua.


- Você sabia que ele era assim antes de casar comigo. – disse Tiago.


- Isso não serve de consolo. – disse a ruiva.


- Você sabe que tem coisas que são cíclicas. – disse o moreno de óculos. – Um dia Harry vai ver um filho fazendo o mesmo.


- Mas eu não precisava de ver isso duas vezes.


- Tecnicamente, você não sabia que ele era seu filho na primeira vez.  – disse Mary.


- Mas ele era. – disse Lilian. – E mesmo não sabendo, sofri do mesmo jeito. No próximo jogo, vou recolher as varinhas de todos.


- Isso vai ser difícil. – disse Remo. – sem contar que vai causar mais confusão que se não fizermos nada.


- E se continuarmos com o treinamento dos caçadores. Metade do time vai poder voar sem enxergar nada, e ainda assim não vai fazer diferença. – disse Mel.


- Você não vai se meter com vassouras. – disse Tonks para a barriga.


- Espero mesmo. – disse Sirius. – Se ele puxar a mãe, teremos que o visitar constantemente na ala hospitalar.


Todos riram e voltaram para o jogo.


Assim que a arquibancada foi acertada, Lilian geme.


- Ele ganha o jogo e eu tenho que ir fazer o meu trabalho. – disse ela.


- Como se você fosse gastar mais de cinco minutos arrumando tudo. – disse Sirius.


- E só deixar a Madame Promfrey lá, cuidando deles depois e vai para a festa. – disse Remo.


- Vou ver. - disse a ruiva.


Assim que Harry pegou o pomo, todos desceram para cumprimentar o time.


- Belo jogo. – disse Tiago para o filho.


- Mas nunca mais faça isso. – disse Lilian.


- Peça para eles não enfeitiçarem um balaço contra mim, então. – disse Harry.


- Tá bom, eu estou exagerando. - disse a ruiva. – Mas precisava me dar trabalho?


- As nossas ações tem consequências. – disse ele. – Eles têm que aprender que não podem fazer algo sem pagar por isso.


- Enquanto você cura os feridos, os aurores podem fazer o seu trabalho. - disse Logan segurando o balaço, como se ele não fosse nada. – E só identificar o autor do feitiço nisso.


Tiago se adiantou e tocou com a varinha o balaço. Uma fumaça cinza saiu do balaço e começou a ir na direção da torcida sonserina que saía. E rodeou um deles.


- Temos nosso vilão da vez. – disse o Maroto.


Ele e os outros seguiram na direção da fumaça para resolver esse problema.


- Eu não queria estar na pele dele. – disse Cris. – Eles são piores que a tia Mimi.


 

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Comentários (2)

  • Evandro Bernardi

    Por onde eu começo??   sugiro que pelo começo   não vou voltar ao incio da historia que eu li ontem só pra agradar o mago.   mas que a historia esta boa isto esra   1- vc trabalha????   2-se trabalha como aranja tempra fazer tantos capitulo em tao pouco tempo???   e sobre as fic's do Kawa com Jewel sáo maravilhosas, mas faz um tempo que nao atualizam

    2012-02-19
  • Natascha

    ótimo! tem certas coisas q nunca mudam.........

    2012-02-18
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