Encontro de Professores
Capítulo 75 – Encontro de Professores
- O que Dumbledore queria, Foguinho? – perguntou Tiago quando a esposa retornou para o quarto.
- Não vai me dizer que temos problemas com aqueles filhos de chocadeira de novo. – disse Sirius.
- Claro que não. – disse Remo. – Se fosse assim ele chamaria algum de vocês, ou todos.
- Será que eu posso falar? – disse a ruiva, quando percebeu que Sirius ia retrucar. – Bom, não tem nada de errado. Ele me chamou para perguntar sobre o Logan. Ele anda meio descontrolado, e sempre tem uma onda de frio pelo colégio, especialmente durante a noite. Acho que vou ter que conversar com ele.
- Ele anda meio triste mesmo. – disse Mary. – Ele precisa de colo.
- Não se atreva. – rosnou Sirius.
- Ele é só um filhotinho machucado. – disse Tonks. – Não tem problema nenhum.
- Um filhote de gato. – foi a vez de Remo reclamar.
- Como se ele tivesse olhos para alguma de nós. – disse Mel brincando.
- Essa discussão é inútil. – disse Tiago chamando atenção para si. – Quer queiramos ou não, elas vão consolar o Logan. Se não deixarmos, só vai fazer com que elas o façam o tempo todo. E não vai adiantar, só teremos paz e calor no castelo, quando ele acertar com a Fada. Eu não gosto de ver a minha menina triste, mas eles têm que se resolverem sozinhos, não estaremos sempre por perto para resolver os problemas deles.
- O Ti tem razão. – disse Lílian. – E não foi só por isso que o diretor me chamou. Haverá um encontro de antigos professores aqui em Hogwarts. Eles aproveitaram e participaram de algumas aulas.
- Por que eu não fui informado? – perguntou Remo.
- Está sendo agora. – disse a ruiva, revirando os olhos, eles poderiam ser adultos, mas continuavam crianças quando juntos. – E não será você quem ciceroneará o Slughorn. Ainda mais que ele fez questão de ser o primeiro a vir, para passar mais tempo no castelo.
- Reclama ao que você bem que gostava da atenção que o Slug dava pra você. – disse Mary.
- Isso era na época da escola, onde eu precisava provar pra mim e todos que era uma grande bruxa. – disse a professora de poções. – Agora ter que aguentar ele lembrando os velhos tempos e dos alunos influentes dele não é muito legal. E eu não era a única que era do Clube dele.
- Eu fui expulso quando fugi de casa. – contou vantagem Sirius. – O que mais me espanta foi o Slug não ter tentado alistar o Fenrir.
- Você não percebeu que ele e a Gi eram os primeiros a sair da sala? – perguntou Tiago. – Eles contaram que pertenciam ao Clube antes de viajarem. Não gostaram e não queriam repetir a dose.
- Ainda bem que eu não fui chamada, sempre fui um desastre nas aulas dele, apesar de ter conseguido notas pra ser auror. – disse Tonks.
Lílian estava na porta do castelo esperando pelo antigo professor. Mary tinha razão, ela gostava da atenção que o professor dava para ela, já que era uma das poucas coisas que ela se destacava mais que os marotos. E também pelo professor não se importar com sua origem.
- Não esperava uma recepção assim. – disse o Slughorn ao descer da carruagem. Ele estava mais gordo e careca que ela se lembrava, mas o olhar era o mesmo, o de orgulho.
- Podemos mandar vir o coral de sapos cantantes. – disse Lílian.
- Não será necessário. – disse ele. – Fico feliz de ver você aqui. Fiquei sabendo que você assumiu o meu posto.
- Sim. Tivemos problemas com o antigo professor e como já estava na escola, como medibruxa, assumi a cadeira de Poções.
- Eu tinha tantas esperanças no Severo. – disse ele. – Pelo menos não se envolveu com os comensais.
- Na verdade ele se envolveu sim, mas quando foi expulso do colégio, acabou sendo afastado pelos comensais, já que ele tinha uma posição boa aqui dentro. – disse Lílian levando o professor para o quarto que ele ocuparia. – Eles também esperavam que ele assumisse o seu cargo, assim teriam alguém perto de Dumbledore.
- Ele realmente tentou matar seu filho?
- Sim. – disse ela triste. – Parece que ele não se recuperou de seu passado.
- Uma pena. Ele tinha tanto potencial. – disse o professor entrando no seu quarto.
Slug estava se encaminhando para o salão principal, para o jantar, quando cruzou com um grupo de grifinórios. Ele teria passado por eles se não tivesse reparado em um casal.
- Mas é impossível. – disse ele para si.
- O Senhor está bem? – perguntou Mione ao ver que ele ficava pálido.
- Estou. – disse ele. – E que vocês são idênticos a uns alunos que eu tive há alguns anos.
- A família Potter tem essa característica. – disse Harry entendendo perfeitamente o que o professor quis dizer. – Somos muito parecidos, chegando até a sermos considerados clones. Sem contar nosso gosto por ruivas.
- Então você é Harry Potter? – perguntou ele. – O filho de Lílian com o Tiago inglês.
- Sim sou eu. – disse ele. – E essa é minha namorada Gina Weasley.
O professor não acreditava no que estava pensando, eram muitas coincidências para ser mentira.
- Tiago inglês? – perguntou Cris.
- Sim, durante o último ano dos seus pais aqui, um primo do seu pai, veio num intercambio maluco, e por coincidência também se chamava Tiago. E para distinguimos os dois, era pela nacionalidade que os chamávamos, até que ficamos conhecendo alguns apelidos. O do seu pai era Pontas e do outro era algo relacionado a Mitologia.
- Fenrir. – disse a menina, que sabia a historia toda, mas estava fingindo.
- Esse mesmo. – disse o professor. – Parece que além da beleza de sua mãe, tem também a inteligência. Gostaria de conhecer vocês melhor. Que tal uma pequena comemoração na sexta a noite. Claro que vocês estão convidados também, Meninas Black, Sr Lupin. E todo o grupo.
- Não será possível. – disse Harry. – Temos um jogo no sábado e precisamos estar descansados.
- Você é apanhador, e essa menina ao seu lado é artilheira? – perguntou o professor para confirmar as coisas.
- Sim. – disse Harry.
- Entendo. – disse Slug. – Preciso conversar com o diretor. Podemos tentar outra data.
- Sim claro. – disse Harry vendo ele se afastar. – No dia que Voldemort ressuscitar e começar a trabalhar em um orfanato trouxa.
- Que isso, Harry. – disse Mione. – Dizem que as festas do Professor são maravilhosas.
- Não sei. – disse o moreno. – Algo me diz que não é bem assim. Papai nunca gostou.
Outros professores foram chegando durante a semana, em algumas aulas chegaram a ter três professores. As únicas aulas, que não tiveram professores extras foram Transfiguração, cujo antecessor da Minerva foi Dumbledore, Feitiços e Trato de Criaturas Mágicas.
Defesa apesar de ter tido uma alta rotatividade até a queda do Lord das Trevas, tem poucos representantes vivos. Somente John Thompson confirmou a presença.
Ele chegou quando todos se dirigiam para o campo para assistirem a partida entre Grifinória e Lufa-Lufa.
- Que bom que você chegou a tempo, John. – Cumprimentou Minerva. – Achei que ia perder o jogo.
- Nunca. – disse ele, e percebendo quem estava presente continuou. – Os Cavaleiros estão aqui? Pensei que era só boato.
- Sim eles estão. – disse Minerva. – Inclusive metade do time da Grifinória é constituída pelos filhos deles.
- Fiz bem em chegar pro jogo então. – disse ele.
Harry estava preocupado com a irmã. Ela estava meio desanimada, nem o clima do jogo ajudou.
- Ele está na arquibancada, torcendo por você. – disse ele para a menina.
- Ele sempre vem aos jogos. – rebateu ela.
- Sim, vem por você. – disse Gina. – Ou torcendo pra você ou com você. Ele me falou isso um dia.
- Você sabe que ele não gosta de não poder jogar. – disse Harry. – Nem veio ao jogo entre Corvinal e Sonserina na semana passada.
- Acho que precisamos conversar. – disse ela.
- Se eu fosse você, não falava nada, só ia atrás dele. – disse Flávia.
- Sim, Rafael me disse que ele não é chegado neste negócio de DR. – disse Fernanda. – Se está tudo bem com vocês, só demonstre que ele entenderá.
- Vamos vencer logo esse jogo, então. – disse a ruiva.
O time acabou ganhando moral com a decisão dela.
E mal começou o jogo e Cris já havia marcado três dos seis gols da equipe. O que fez com que Zacarias Smith pedisse tempo com menos de cinco minutos de jogo. O capitão esbravejava com o time, já que até aquele momento ele não tinha sequer visto a bola vermelha.
- Ainda bem que ele não é nosso parente. – disse Fernanda, se referindo ao capitão adversário. – Seria uma desilusão tão grande. Já basta a Doninha falante.
- O sobrenome da mamãe é Smith. – disse Flávia ao ver a cara de desentendido de Rony.
- Nada é perfeito. – disse Gina.
Cris estava distraída e deu um pulo ao ouvir o apito da Madame Hooch para o retorno do jogo. Harry se virou para ver o que ela tanto olhava ali, e viu dois pontos azuis no meio do mar vermelho e dourado.
O pedido de tempo, pouco ajudou, já que o time dos leões continuava inspirado.
Depois de ver uma espetacular defesa de Rony, a primeira que ele teve que fazer no jogo, Harry nota o pomo voando para o outro lado do campo. Sem se importar em esconder o movimento do adversário, o moreno estava mais perto da bolinha, ele dispara para agarrar a fujona.
Pouco mais de trinta segundos depois, Harry elevava a mão com as pequenas asas prateadas se debatendo inutilmente tentando se livrar dele.
Os jogadores pararam no ar. Os Grifinórios em jubilo e os amarelos tristes. Todos esquecidos que os balaços ainda estavam voando. Foi justamente um deles que derrubou Katie Bell de sua vassoura, sem que algum batedor dos texugos o lançasse contra ela.
Antes mesmo que qualquer pudesse reagir, alguém já estava com a menina nos braços.
Tiago sentiu que algo errado ia acontecer, mas procurou por algo no chão ou na torcida, em especial a da Sonserina. Mas parou quando escutou um barulho temido por todos os jogadores de quadribol, exceto pelos batedores mais violentos, o barulho de um balaço acertando em cheio alguém. Ele se virou para o barulho, assim como todos, e viu a artilheira da Grifinória sendo lançada no ar.
Nos poucos segundos que ele levou para decidir entre usar a sua magia, ele sentiu que a menina estava salva.
Logan assim que percebeu o ocorrido, aparatou ao lado da menina. Ele pensou em pular, mas sabia que encontraria a menina em velocidade diferente da dele e poderia machucar mais ela. Então, providenciou também que o local onde estava em pé se quebrasse dando a impressão que foi o salto dele que fez isso.
Envolveu o corpo da menina em um casulo que evitaria que ela se machucasse quando acertassem o chão.
Katie não havia desmaiado quando o balaço a acertou, certo que ela ficou sem reação. Mas assim que sentiu alguém a segurando, ela passou os braços pelo pescoço dele, se segurando o máximo possível, mesmo não conseguindo perceber como se salvaria. Até que sentiu algo a envolver como um cobertor gigante.
Os dois se aproximavam do chão, e a colisão parecia inevitável. Mas para surpresa de todos, o chão pareceu se deformar ao contato dos dois como se fosse uma cama elástica impulsionando os dois novamente para cima, pelo menos uns três metros. Quando caíram novamente o chão estava normal, o que levantou muito poeira.
Professores, alunos e jogadores correram para os dois.
- Você está bem? – perguntou Logan para a garota.
- Sim, estou. – disse ela aliviada por não ter virado panqueca. – Bom, acho que quebrei algumas costelas, mas foi o balaço.
Ele a colocou no chão, gentilmente. Mas logo os dois foram separados. Ela levada para perto da Madame Promfrey, que achou melhor acompanhar os jogos para facilitar alguma cura. Ele foi rodeado por meninas.
- Você foi fantástico. – disse uma menina.
- Nunca vi ninguém pular assim. – disse outra, o deixando feliz por alguém pensar assim, sem que ele precisasse falar nada.
- Você é um herói. – disse mais alguém.
- Sim, ele é o MEU herói. – disse uma voz que ele esperava ouvir a algum tempo.
- Fica fora disso, Potter. – falou a primeira menina. – Você teve a sua chance, mas terminou com ele, agora que temos interesse nele, você quer voltar.
- Nós brigamos. – disse a ruiva. – mas NÃO terminamos.
- Isso é verdade? – perguntou uma se fazendo de frágil para ele.
- Claro que é. – disse ele indignado. – Que outra razão me faria vir ao jogo, a não ser ver a minha Fada jogando.
Algumas meninas suspiraram pelo romantismo dele, enquanto outras bufaram por perder mais uma chance.
- Ei, Cris, você me acompanharia a festa? – perguntou um menino do sétimo ano.
- Você não ouviu nada do que foi falado aqui não? – perguntou Logan parecendo rugir. – Ela é minha namorada e vai comigo.
O rapaz realmente não havia percebido o clima entre os dois, e ficou com medo. Tinha ouvido os rumores sobre a separação dos dois, que agora pareciam mentira. Saiu correndo dali.
- Estamos ciumentos hoje. – disse a menina lançando os braços sobre o pescoço do caçador de forma que suas bocas ficassem bem perto.
- Coisa de Grifo. – disse ele antes de beijá-la.
Dois professores não prestaram atenção em nada disso, ou melhor, dois ex-professores. Estavam embasbacados por causa de dois jogadores. Potter e Weasley.
- Eu juro que já vi dois jogadores assim. – disse John.
- Sabia que eles se pareciam demais com os dois para serem meras coincidências. São eles mesmos. – disse Slug.
- Se os senhores puderem me acompanhar, eu explicarei tudo. – disse Dumbledore. – Claro depois de entregar a taça ao capitão vencedor.
Assim que Harry levou a taça para dentro do castelo, o diretor levou seus antigos companheiros para sua sala.
- Não sei muitos detalhes. – disse Dumbledore depois de servir uma rodada de whisky de fogo para eles. – Tiago “Fenrir” Potter nunca confiou em mim. A ruiva que o acompanhava me disse algumas coisas, mas ela parecia não saber de muita coisa.
- Eles viajaram no tempo. – verbalizou o antigo professor de DCAT.
- Sim. – disse Dumbledore. – Só ainda não sei se a saída deste tempo já aconteceu.
Ele parou para uma breve explanação sobre viagens temporais longas. E depois sobre alguns fatos que ele pode deduzir no passado e ao longo dos anos.
- Pelo que me parece estamos melhor que se Voldemort permanecesse vivo. – disse John.
- Sim, estamos. – disse Slug. – Se aqueles poucos anos, já foram tenebrosos, imagina viver mais alguns anos com a sombra dele sobre nós. Quantas vidas seriam perdidas, e as que não nasceriam.
- Por isso mesmo que peço que não contem a ninguém. – disse o diretor. – Alguém pode ter a ideia inversa e querer atrapalhar tudo.
- Não contaremos a ninguém. – disse Thompson.
- Eu já tive a minha consciência pesada por muito tempo. Não quero estragar tudo. – disse o mestre em poções.
Slug não era homem de desistir facilmente. Ele acabou seguindo um jovem casal pelos corredores do castelo.
- Que surpresa encontrar vocês por aqui. – disse ele, tentando parecer que era uma coincidência eles se encontrar.
- Sim. – disse Harry, mas seu olhar dizia claramente que ele sabia que foram seguidos.
- De convidar vocês dois para tomar um chá comigo e meus convidados este sábado, antes de terminar esse encontro de professores aqui. – disse o professor. – Na minha festa vocês não puderam ir, e pude ver o resultado no jogo.
- Gostaríamos de ir, mas... – disse Gina, tentando arrumar uma desculpa.
- Teremos que cumprir uma detenção no horário. – disse Harry. – Já falei que não é nada para se envergonhar. Estávamos no quarto dos meus pais, e acabamos perdendo a hora e quando voltamos fomos pegos pelo Filch, sabe como ele é com as regras.
- Uma pena. – disse o professor. – Vocês poderiam repassar o convite para a Srta Potter e seu namorado. Não consigo encontrar os dois pelo castelo.
- Pode deixar. – disse a ruiva, e depois que o professor se afastou continuou. – Então é por isso que o Logan anda aparatando o tempo todo agora.
- Sim. Ele não vê sentido nenhum para ele estar neste grupo. E não gosta de ser usado para atrair os outros, se não for para uma armadilha.
- Ele tem razão. Devemos começar a fazer o mesmo. – disse ela. – Ou usar a tática das gêmeas, que andam com um kit Mata-aula dos gêmeos no bolso e sempre passam mal quando ele aparece perto delas.
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