Não mexa com o que não conhece
Capítulo 67 - Não mexa com o que não conhece
- Qual é a má notícia? – perguntou Lílian, quando os Marotos se reuniram.
- Como você sabe que é má notícia? – perguntou Sirius, que havia ido até o ministério depois de um chamado de Kim.
- Nós tivemos que aturar três poderosos oráculos irritados o dia todo. – disse Remo recebendo um olhar raivoso de Tiago. – Viu o que quero dizer.
- Eles estão revoltados pra conseguir falar. – disse Tonks.
- Tivemos que manter eles juntos, para evitar ondas de calor e frio pelo castelo. – disse Mel. – Pelo menos assim mantivemos o castelo um pouco mais fresco. Nem todos podem suportar tanto frio. Tem dias que ameaça nevasca e ela não cai.
- Vamos deixar o clima de lado, e solta logo a bomba para eles, Almofadinhas. – disse o auror de óculos.
- Os comensais sumiram de Azkaban. – disse ele.
- Como assim sumiram? – perguntou Mary.
- Num instante eles estavam lá, no outro não.
- Como isso pode acontecer. Lá tem mais feitiços de proteção que Hogwarts.- disse Remo.
- Essa é a maior preocupação no QG. – disse Sirius. – A primeira fuga dos comensais, antes de ser recapturado por Harry e Logan, foi com ajuda dos comensais livres. Mas dessa vez nada foi percebido.
- Demônios. – disse Lílian. – Eles tiveram ajuda dos demônios.
- Não sabia que eles podiam fazer isso. – disse Tonks.
- O especialista é o Logan, mas eles podem ter os mais variados poderes. Nem mesmo sei quais ele tem. – disse a ruiva. – Mas com certeza algum tipo deve poder penetrar as defesas da fortaleza e resgatar os comensais. Eles devem precisar de recursos humanos.
- E o que impede que um deste entre aqui, e de cabo no plano de levar uma ruiva? – perguntou Sirius.
- As runas. – disse Tiago.
- Você está louco, Pontas? Que runas? – perguntou Remo.
- As que estão sobre as saídas de Hogwarts, isso incluindo as passagens secretas. – disse ele. – Na casa de todos nos tem um desta. Vocês nunca repararam?
- Não. - responderam eles.
- Nem sabia que você conhecia runas. – disse Sirius.
- Saber o que significam eu não sei, mas consigo reconhecer uma quando eu vejo.
- Logan fez de forma que nenhum demônio pudesse entrar. Deu uma melhorada nas proteções que ele tinha colocado nas casas e aqui, durante as férias.
- Se nenhum demônio pode entrar, como ele consegue? Digo, se ele pode, como os outros não saberão o mesmo truque. – Perguntou Remo, que não conhecia um feitiço que pudesse fazer algo assim.
- Ele usou um elemento mágico para isso. – disse Lílian. – Ele as escreveu com seu próprio sangue, o que reforça as proteções.
A nevasca que ameaçava cair desde o dia do jogo finalmente caiu, durante a noite da sexta seguinte. Agora os terrenos da escola tinham uma grossa camada de neve. Ela só parou de cair, quando os primeiros raios de sol surgiram no horizonte. E neste momento, várias pessoas estavam acordadas se preparando para o café da manhã.
Os filhotes de marotos da Grifinória estavam sentados no salão comunal, esperando Cris que havia ficado a noite vendo a neve cair, e agora estava atrasada por demorar acordar, tomando banho.
- Quem é o louco que está sentado no meio da neve? – perguntou Fernanda.
- É o seu cunhadinho. – respondeu a irmã, com um binóculo na mão.
- Como você sabe? – perguntou Neville, tentando ver algo que identificasse.
- Ele é o único com tatuagem nas costas. – disse a menina.
- Ei, e eu? – perguntou Harry indignado.
- Você está ai. – disse Flávia – Cansei de ver ela.
- Como é que é? – perguntou Tony. – Onde você anda vendo a tatuagem do Logan?
- Deixa de ser ciumento, lobinho. – disse a menina. – Bem que Tonks me disse para tomar cuidado com isso, você se parece com seu pai. Mas, a Cris tem uma foto apenas da tatuagem, que mostra o humor do nosso amigo. Está bem no meio da cabeceira dela.
- É bom mesmo. – disse Tony.
- Não seria muito mais fácil só olhar para o cabelo dele? – perguntou Mione, que não estava usando nada para ver melhor. – Ou quem sabe a Firecat dele, que está ao seu lado.
- Bom, seria. – disseram as gêmeas. – Mas pra que fazer as coisas do modo fácil.
- Sem contar que posso imaginar com é o irmão dele. – disse Fernanda tomando o binóculo da irmã.
- Espera um minuto. – disse Rony. – Se vocês estão vendo a tatuagem das costas, isso quer dizer que ele está sem camisa, nesse frio todo?
- Isso é obvio. – disse Gina. – Esqueceu que ele gosta de frio.
- Eh mesmo. – disse o ruivo corando. – Não consigo acreditar ainda que alguém possa gostar de sair esse frio ao invés de continuar na cama.
Todos riram dele.
- Essa alegria toda é por causa da neve? – perguntou Cris que chegou radiante de felicidade.
- Só mesmo você e seu namorado para ficarem assim por um pouquinho de água congelada. – disse Gina. – Ele está lá fora meditando.
Cris sem pensar abriu a janela para ver Logan, fazendo todos tremerem de frio. Harry abraçou mais Gina que parecia pior.
- Fecha isso é vai atrás dele. – disse a menina.
- Boa ideia. – disse ela se preparando para pular da janela.
Harry agiu rápido, se soltou de Gina, conjurou um cobertor sem varinha, não se importando se alguém além de Gina percebesse. E jogou nas costas da irmã.
- “Fada.” – disse ele pela mente para ela. – “Faça qualquer coisa, aparate, corra até ele, mas não resolva bater suas asas. Não importa se são de fada ou grifo”.
Ela olhou para ele, por um momento, confusa. Até que percebeu o que o moreno queria dizer.
- Nos vemos mais tarde. – disse ela correndo para fora da sala comunal, o cobertor parecia uma capa, até que caiu quando ela passou por Agnes.
- Isso não é justo. – disse Rony. – Me acordaram, fizeram esperar pela única pessoa que não vai comer, e fico sem entender nada,
- Não foi o único. – disse Mione, que também não entendia o que tinha acontecido com os irmãos Potter.
- Você tem que aprender a gerar seu próprio calor, Foguinho. – disse Harry somente para a ruiva em seus braços. – Não pode ficar dependendo sempre de mi9m.
Eles seguiram até o salão principal. Quando passaram pela porta de entrada do castelo, viram o casal de namorados correndo pela neve, como se fosse um belo dia de sol na primavera. Pumyra e Ice, a fada do gelo de Cris, estavam por perto.
No topo da escada, estava Dani, com um prato de comida na mão, comendo.
- Eu não vivo de frio como vocês, Ti. – disse ela. – E não vou entrar em guerra de neve com você. Rafa já me avisou de que não tem como ganhar.
Durante o almoço de Domingo, três corujas entraram no salão, carregando um pacote fino e longo. Muitos acreditaram que pudesse ser uma vassoura.
As corujas se direcionaram para a mesa da Sonserina, sob o olhar atento de todos na mesa dos professores. Pousando na frente de Malfoy.
Ele desembrulhou o pacote e revelou uma espada. Ele colocou na cintura e partiu para a mesa da Grifinória, que hoje tinha a presença de Logan, Cris e Luna. Antes que os aurores o paraseem ele falou.
- Como você pode ver não é o único com uma espada aqui, Caçador. Como um sangue-puro, fui apreciado com o ensino da arte da esgrima. Portanto, Eu Draco Malfoy, pertencente a Casa do Malfoy, desafio, você filho de Caçador a um Duelo de Espadas. Pela nossa honra e a exclusividade do porte da espada para nosso grupo.
O Loiro queria vingança, pela expulsão que aconteceu no ano passado e pela humilhação que ele fez o pai passar na escola e no ministério. O seu pai nunca falou sobre o que aconteceu na sua segunda prisão, nem mesmo para sua mãe. Os novos amigos de seu pai o tinham instruído a agira assim, o desafiando.
- Hora e local. – disse Logan aceitando o desafio, chocando muitos, preocupando as ruivas.
- Três horas, campo de Quadribol. – disse o sonserino.
- Professor Lupin será o juiz. – disse Logan.
Por essa Malfou não contava. Um juiz era opcional, e pouco o exigiam.
Malfoy se virou e saiu.
- Algumas pessoas têm que aprender a mexer com o que não conhece. – disse Rony. – Então vamos aproveitar e ganhar dinheiro com isso. Quem me ajuda com as apostas?
- Eu. - disseram as gêmeas.
- Acho melhor você se preparar, Logan. – disse Cris. – Tem um bando de mulheres atrás de você.
Ela tinha razão. Lílian, Mary, Tonks, Minerva e Poppy estavam logo atrás dele.
- Eu prometo não mata-lo. – disse ele com um sorriso sedutor.
- Eu não sei faço com você. – disse Lílian.
- Eu não tenho culpa. – disse o brasileiro. – Não posso simplesmente fugir de um desafio. Você devia saber. Seu marido e filho são assim.
O Clima tenso que se formou quando Malfoy apresentou a espada foi desfeito quando a ruiva saiu puxando o menino pela orelha, para fora do salão principal.
Quinze minutos antes do horário, Logan já estava posicionado no campo de quadribol, assim como Remo. Os outros Marotos e os filhotes estavam nas arquibancadas, juntamente com os outros alunos e professores. Porém, Cris, Dani, Lílian, Minerva e Poppy estavam no banco de reservas.
Malfoy chegou exatamente as três, seguido por vários colegas de casa. Estes seguiram para as arquibancadas, com exceção de Crabbe e Goyle, que permaneceram atrás dele como guarda-costas.
O sonserino olhou pra seu banco e o encontrou vazio, esperava que pelo menos a professora Sinistra, de sua casa, estivesse ali, ou algum de seus amigos. Mas a professora estava no meio da torcida do adversário. E ninguém mais seria louco de ficar ao seu lado tão abertamente, seus cologas de casas estavam com ele por orgulho, não por quererem.
- Mostrem as armas. – disse Remo quando o loiro se posicionou.
Malfoy sacou a sua espada com um floreio elegante. Logan fez um movimento prático. A espada era simples, sem nenhum adorno, o que frustrou o sonserino, que gostaria de requer a espada do adversário quando vencesse.
Logan estava usando aquela espada de treinamento, pois não queria se exibir muito, e por ter recebido um sermão de Lílian, Mel, Minerva, Poppy. Molly apareceu na lareira para “coversar” com ele, assim como sua mãe que entrou em contato telepático. Sua orelha ainda estava vermelha por causa dos puxões.
- Agora, me entregue a varinha, Malfoy. – disse o Professor.
- Minha varinha? – perguntou assustado o solicitado. – Por quê? E ele?
- Esse é um Duelo de espadas, conforme você desafiou. Varinhas não são permitidas. Quanto ao Logan, você já o viu com alguma?
- FINITE ENCANTATEM. – disse o professor, apontando para Malfoy e depois para Logan.
- O que você fez? – perguntou Malfoy tremendo de frio.
- Magia não é permitida. Nem mesmo estar sobre efeito de alguma. – disse o juiz. – Foi você quem decidiu o lugar, devia ter levado em conta as consequências de sua escolha.
- Se preparem. – disse Remo.
Malfoy empunhou a espada, enquanto Logan embainhava a sua. Ele então retira sua camisa e seus sapatos, ficando apenas com a calça. Desta vez ele permitiu que suas tatuagens ficassem a mostra, o que dava uma ar mais perigoso a ele.
Malfoy tremeu mais, seu adversário não se importava com o frio que os assolava, era um mau sinal, o que diminiu consideravelmente a confiança dele.
- COMECEM. – disse Remo.
O loiro tentou aproveitar que Logan ainda mantinha a espada na bainha para tentar surpreende-lo, mas foi inútil, seu golpe foi interceptado no meio do caminho e ele arremessado para trás com o choque entre as lâminas, enquanto o outro não se moveu.
Logo uma sequência de golpes foram trocados, onde o brasileiro usava o jeito e o inglês a força, mas resultando nele os ferimentos.
- O que esse menino está fazendo? – perguntou Sirius. – Ele é bem melhor que isso, já devia ter deixado aquela doninha albina no chão a muito tempo.
- Só posso imaginar que ele queira ver como Malfoy e os comensais lutam. – disse Mione, usando a lógica
- Sim, Mione. – disse Tiago. – Ele está aprendendo o estilo de luta dele.
- Essa tática é muito comum. – disse Mel. – Ela é ensinada na Academia, apesar do Sirius ter esquecido isso.
- Não é isso. – disse Mary. – E picuinha contra a família dele.
Com um movimento rápido, Logan desarma Malfoy, e enconta a espada no queixo dele.
Malfoy percebeu que não poderia fazer mais nada, sua espada caiu muito longe, e sabia que se fosse a outra espada do caçador, ele estaria com o metal perfutnado até a sua língua.
- FIM DE COMBATE. TIAGO VENCE. – disse Remo
Logan coloca um dedo na testa de Malfoy. E recita uma ladainha em diversas línguas.
- Agora, nem você, nem ninguém pertecente ao mesmo grupo que você, voluntariamente, poderam portar ou usar uma espada.
- O que foi aquilo no final? – perugntou Rony.
- Apenas uma maldição, para que ele respeite os termos do duelo. – disse o menino.
- Então você realmente retirou a capacidade dele de usar uma espada. – disse Tony.
- Ele é qualquer comensal em Hogwarts.
- Pelo menos estamos livres deles aqui. – disse Flávia.
- Mas você fez mais que isso. – disse Gina.
- Sim, apaguei qualquer vestígio da luta da memoiria dele, assim ele não pode passar essa informação para ninguém. E como sempre é mais confiável, quem participa do duelo do que quem assite.
Quais línguas você usou? – perguntou Cris – Eu identifiquei o Português e o Latim.
- Além deles, usei o Grego, uma língua africana, e a língua dos demônios.
- Língua dos Demônios? – perguntou Flávia.
- È a língua corrompida dos anjos. – disse o caçador. – Somente os demônios a escutam, e alguns anjos.
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