Não Mexa com o Tempo
Capítulo 56 – Não Mexa com o Tempo.
Harry não estava conseguindo dormir, não era preocupação com os demônios. Simplesmente estava sem sono.
Pegou sua capa e resolveu que iria passear pelo castelo. Quem sabe assim ele se cansava e conseguia dormir.
Alguma coisa o levou até o quarto andar, provavelmente o fato de que tanto Filch e Madame Nor-r-ra estivesse patrulhando os corredores acima, e Pirraça estar colocando algumas armadilhas nos abaixo.
Ele escutou Vozes, e pensou em entrar em uma passagem secreta que ele sabia ter por ali, em uma sala mas achou muito arriscado entrar, já que veriam que ela se abriu. Então se aproximou o máximo que conseguiu da parede para evitar que alguém esbarrasse nele.
- Eu ainda não consegui encaixar a profecia nesse tempo. – era Dumbledore quem dizia. – Não havia nada relacionado com demônios.
- Nem sempre essas profecias podem ser lidas de forma direta. – disse Minerva. – Você sabe tanto quanto eu que Adivinhação é um ramo impreciso.
- Sei bem disso. – a voz do diretor pareceu ficar mais distante, indicando que ele entrara em sua sala.
Era a segunda vez que Harry presenciava algo relacionado com essa profecia. E ele sabia que não tinha nada com aquela que ele e Gina tinham escutado. Já que essa falava abertamente de um demônio.
Só tinha uma pessoa que poderia ajudá-lo a resolver isso. Fenrir.
Ele aparatou no seu quarto, torcendo para não acordar nenhum dos seus colegas, e se felicitando por não ter tido essa ideia antes, assim não teria escutado essa conversa.
Seguiu para o refugio dos grifos com o Livro.
- Fenrir, tenho uma pergunta para você. – disse Harry abrindo O Livro.
- Manda. – disse Fenrir.
- Eu ouvi agora a pouco Dumbledore comentando algo sobre uma profecia, você sabe algo sobre isso?
- Antes que eu nascesse uma profecia foi feita. Esse foi o motivo pelo qual Voldemort me perseguia. Com certeza outra foi feita depois que mudei o tempo. Ainda tem Adivinhação na grade?
- Sim, mas o que isso tem haver.
- Dumbledore estava pensando em acabar com essa matéria. Até que uma pessoa se ofereceu para o cargo, por ser descendente de uma profetisa famosa. Ele ia recusar, mas de repente, não mais que de repente, a mariposa cintilante fez a profecia que arruinou a minha vida e por conseqüente a sua. Dizia que somente eu poderia destruir o cara de cobra, não nestas palavras, mas são estas que valem. Voldemort ficou sabendo de parte da profecia e resolveu que deveria me matar logo, meus pais se esconderam, mas foram traídos e mortos. Quando ele foi me matar acabou recebendo de volta o feitiço e desapareceu por anos, até voltar no torneio.
- Então essa profecia deve unir nós dois.
- Acredito que sim, que alguma forma.
Um silêncio pairou por alguns segundo quando os dois pensavam.
- Essa foi a metade de conversa mais estranha que eu já ouvi. – disse alguém de um local que não era iluminado pela tocha que Harry havia acendido.
- Logan. – disse Harry.
- Quem mais conseguiria chegar aqui? – disse o caçador.
- O que você faz aqui? Está me espionando?
- Eu cheguei primeiro, logo depois do jantar. – disse o menino de cabelo azul, sem tirar os olhos dos jardins do castelo. – Eu estou de vigia para evitar outros ataques. Eles gostam muito da Lua Nova. Algo haver com os lobisomens. Acredito eu que a pessoa que você está conversando ai seja você mesmo estou certo.
- Sim e aposto que tem algo a acrescentar. – disse Harry de forma divertida.
- Tenho. Isso que está acontecendo é resultado da sua viagem no tempo. – disse Logan sem se abalar.
- Como você sabe?
- Li nos jornais da época da queda de Voldemort que um primo do seu pai participou, o mais interessante era que ele era conhecido pelo apelido de Fenrir. E ele esteve presente no mesmo período que apareceu Lord Gryffindor, os dois sumindo no mesmo período juntamente com Gina Weasley.
- Gina? – perguntou Harry para o Livro.
- Eu ia te contar quando fosse necessário. – respondeu o Livro.
- Boa ideia essa de guardar sua personalidade em um livro mágico. – disse Logan se aproximando.
- Você pode não vê-lo você só escutou o que eu disse. Como sabe disso?
- Mamãe tem um desses. Eu só consigo ler saindo de casa, mas isso é irrelevante. Eu posso identificar magias. Sem contar que eu tenho as lembranças da outra realidade, aquela que você enfrentou Voldemort ou seria sua versão que está no livro?
- Como? Nem mesmo Dumbledore se lembra.
- Você usou um item mágico para viajar no tempo, e eu estava em Hogwarts naquele momento, monitorando a batalha. Logo não fui atingido pela mudança do tempo de forma completa. Sem contar que mamãe tem visões sobre isso também, assim como Dani.
- Eu me lembro da Mione comentando que coisas terríveis aconteceram com quem mexeu no tempo. – disse Fenrir, e Harry repetiu para Logan, para que ele entendesse.
- Sim, neste caso é justamente o fato que com a queda de Voldemort abriu-se um buraco para que as forças das trevas crescessem. O que foi aproveitado pelos demônios, que expandiram seus domínios.
- Mas o que isso tem com a profecia.
- Pelo que eu entendi da meia conversa, há duas profecias. E na primeira vez tentaram roubá-la.
- É verdade. – disse Fenrir.
- Acredito que seja ela que eles tentaram roubar na invasão ao ministério meses atrás. – Disse Logan.
- Precisamos pegá-la antes. – disse Harry.
- Sim, mas antes temos os NOMs, e sua mãe me mata de forma bem dolorosa, se eu te ajudar a fazer qualquer coisa antes.
- Nem me lembra. Mione está no meu pé por isso. O pior é que Tony ajuda.
A Sala Precisa novamente parecia uma sala de estudos. Estavam todos espalhados pelo local em grupo ou duplas. Os alunos do quinto ano estudavam para os NOMs, que começariam na próxima semana. Enquanto as do quarto para os exames finais, assim como Dani. A loirinha estava sentada em uma mesa com o irmão e Cris.
- Eu não vejo a hora disso acabar e poder ficar com você mais tempo. – disse Harry para Gina, tomando cuidado para que ninguém mais ouvisse.
- Eu também não. Mas teremos dois meses para isso. – disse a ruiva. – O problema é que ano que vem é minha vez e no outro você fará os NIEMs e me abandonará aqui nesse castelo enorme.
- Eu nunca faria isso. – disse ele. – Sem contar que você vai ter a companhia das meninas para te distrair um pouco. E sempre que a saudade for mais forte, eu posso te visitar.
Os exames começaram e somente a parte teórica deu algum problema para eles, já que estavam mais que preparados. Hermione ficou inconformada por errar uma tradução na prova de Runas e Rony sabia que tinha ido mal na prova de Adivinhação.
- Pelo menos posso largar essa matéria agora. – disse o ruivo.
- Devia ter feito que nem eu e largado no terceiro ano, ou como o Harry que nem começou. – disse Mione.
- Você está certa, aquela aula era uma tortura e cada dia era um morto diferente.
- Aposto que se eu estivesse na aula o alvo sempre seria eu. – disse Harry.
- Mas claro, você é o único que se mete em confusões mortais. – disse Tony.
- Eu, e você que convidou Flávia para sair. – disse o moreno.
- Não, não tenho medo do Tio Si-Sirius. – respondeu.
- Quem está fazendo o Tony gaguejar? – perguntou a menina citada.
- Papai. – disse Fernanda chegando com ela. – ele sempre gagueja ao lembrar disso.
- Isso não tem graça. – disse o filho do lobisomem.
- Não se preocupe, vou sair com o Rafael no mesmo dia, então ele não vai pegar no pé de vocês. – disse Fernanda.
- Quando o tio Almofadinhas vai entender. – disse Cris. – O papai aceita o meu namoro muito bem.
- Vai ver porque Logan não tem medo dele, nunca teve. – disse Gina. – Agora o Tony.
Todos riram.
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