Ansiedade
Capítulo 36 – Ansiedade.
Os dois caminhavam abraçados para o salão principal, depois que Harry conseguiu alcançar novamente a ruiva. Ele resolveu aproveitar os momentos que teria ao lado de Gina para essas demonstrações de carinho, para reafirmar a promessa.
No hall de entrada uma pessoa se aproxima deles. Era Fleur.
- Bonjour. – disse a loira. – Potter, preciso falar com você.
Ela parecia nervosa e não se importava com o que os outros falariam.
- Pode falar. – disse ele.
- Pode parrecer estranho, mas eu non sabia o que fazer. Madame Maxime contou da carta que você recebeu. Eu estou com medo. Do que pode acontecer agora. Gostaria de saber se você pode me treinar como você.
Gina ficou espantada com a proposta e não reagiu, já Harry pareceu ficar pensativo.
- Infelizmente, não vou pode te ajudar. Ou melhor treinar você. Não é nada pelo torneio, mas acho que os outros não gostaram mesmo assim. Posso te ajudar de outra forma. Tome pegue esse livro, ele poderá ajudar muito.
- Mas você non precisará dele? – perguntou a loira sem aceitar.
- Eu sei todos os feitiços dele, e o livro é da biblioteca, portanto nada de errado. – disse ele. – Me desculpe senhoritas, mas agora tenho aula, e o professor não gosta nada de mim.
Ele deu um beijo na bochecha da Gina e um acena para Fleur, saindo para as masmorras.
- Legal o seu namorado. – disse a loira.
- Ele não é meu namorado. – respondeu a ruiva, pensando ‘ainda’.
- Non, parece. Ele é ton joven, mas é poderoso. Vou contar uma coisa para você, por que eu gosto dele e de você. É um segredo. – disse a francesa se certificando que ninguém estava por perto para ouvir. – Depois que ele salvou Gabrielle, minha irmã, nós ficamos em um armário. Ele é um rapaz bonito, esperto e corajoso, normalmente, eu tenho que usar meus poderes de veela para ficar com um menino, mesmo que ele queira ficar comigo, Mas com Potter foi diferente, e ele non contou pra ninguém, como costuma acontecer.
- Por que está me contando?
- Para nada ficar entre vocês. Como disse gosto de vocês, principalmente juntos. – disse a menina saindo.
- Veja com a Madame Maxime se ela consegue com Dumbledore para conseguir uma sala para você treinar.
- Merci, Srta Weasley.
- Pode me chamar de Gina.
Gina pode ter aceitado a justificativa de Fleur e com isso sua amizade. O que não quer dizer que ela não vá colocar Harry contra a parede. Ela estava esperando que o moreno voltasse do seu treino do dia. O salão Comunal já havia esvaziado, restando apenas ela ali. Teve que aturar por muito tempo Dino dando em cima dela, mas foi só os gêmeos aparecerem que o garoto sumiu num instante.
Quando a porta se abriu, ela já estava de pé, sem se importar em marcar a página do livro que fingia ler.
Harry a olhou e logo levantou os braços.
- Sou inocente, não fui eu. Eles já estavam daquele jeito quando passei por eles. – disse ele.
- Foram Fernanda e Flávia. Mas não é sobre isso que quero que você fale, Potter.
- Ops! Que que fiz de errado?
- Você, Fleur DeLacour, segunda prova, armários de vassouras, amassos e beijos.
- Ela te contou. – afirmou ele com pesar. – Foi ela quem pediu segredo, mesmo porque quem iria acreditar em mim, eu sou ton joven. Ela estava feliz, e achou que era uma boa forma de retribuir. Acho que pelos poderes dela, ela não conhece outros meios de agradar os homens, uma pena. Foram somente beijos e amassos como você disse, mas não significou nada para mim nem para ela. Depois que voltei com a irmã dela do lago, ela passou a me olhar diferente, não mais como o menino mimado que conseguiu burlar o torneio, mas como alguém poderoso, você viu que ela veio me pedir ajuda para combater os comensais, caso seja necessário. Acho que agora ela me vê como um amigo. Bom essa experiência serviu para que eu percebesse que eu realmente gosto de você. Tive uma mulher bonita e poderosa nos meus braços, mas não senti nada por ela. Sinto por você, que também é poderosa, mesmo sendo mais jovem e com menos tempo de estudo, e muito mais bonita, sem precisar de recorrer ao seu encanto de veela, para conseguir o que quer.
Ela se segurou firme para não pular nele, e beijá-lo, mas ele veio se aproximando com essa intenção. Ele estava poucos centímetros dela, quando:
- Harry é você? – perguntou Rony das escadas que ligam ao dormitório.
Harry se afastou dela e virou para o ruivo, dizendo.
- Sou eu, já estou subindo.
- Tá legal.
- Melhor eu ir. – disse ele. – Sabe tem horas que eu odeio os seus irmãos. Boa Noite.
Ele voltou a se aproximar e deu um selinho. Para ela foi apenas um prêmio de consolação, mas para ele foi a promessa de mais.
- Boa noite. – respondeu ela frustrada.
O mês que faltava para a terceira prova passou voando. Harry só era visto durante as aulas e no café da manhã e almoço. Ninguém sabia onde ele estava apenas duas ruivas. Durante as refeições que ele fazia no salão com o resto da escola, ele passava o tempo todo paquerando Gina, que não perdia a oportunidade retribuía. Sempre que um dos dois saía da mesa, eles trocavam um singelo selinho, apenas para todos ficassem sabendo que eles estavam envolvidos um com o outro, mesmo ainda não se acertado.
Quem não gostava muito disso eram os irmãos Weasley. Que sempre fechavam a cara quando via o que os dois faziam. Mas não falavam nada, principalmente que estavam com as meninas do lado para apoiar o quase casal.
No dia da realização da prova os aurores estavam reunidos antes do café para ajustas a medidas de segurança para a tarefa.
- Alguém pode abrir a janela para essa coruja entrar, já tá me irritando. – disse Tiago. – Se for más noticias que venham logo.
Tonks abriu a janela e uma coruja negra entrou e parou na frente de Sirius.
- Estranho tem o brasão da família. – disse ele. – Deve ser do Régulos. Vou ler para vocês.
Querido Irmão
Sei que é estranho escrever para você depois de tanto tempo, mas acho que isso é mais importante que uma briga de família.
Você deve se lembrar que fiquei deslumbrado com as ideias do Lorde das Trevas assim como o resto da família, exceto você e a Andy. Mas depois que eu vi o que ele podia fazer, digo matar a todos os que eram contrários a ele, ou simplesmente diferentes dele, eu mudei de opinião, mudei quando vi você e seus amigos lutarem, vi vocês defenderem em Hogwarts aqueles que vocês gostavam e pararem de provocar os outros.
Bom naquela época eu havia sido sondado naquelas festas bestas que você e o Potter odiavam, e se tivesse idade teria aceitado, mas felizmente não tive tempo, ou teria me arrependido e com certeza seria morto.
O que quero dizer é que eles entraram em contato comigo de novo, me chamando para me juntar a eles, agora que tinham alguém que os liderasse como o Lorde. Me deram um tempo para pensar, e falaram que mostrariam seu poder em algo grande e que colocaria terror em todos os bruxos.
Acredito que seria algo relacionado com Hogwarts, onde eles foram derrotados, e sei que vocês estão aí para garantir que nada aconteça, mas acredito que eles conseguiram fazer algo.
Ficarei um tempo desaparecido, pois não aceitarei me juntar a eles. Espero um dia te ver de novo.
RAB.
- Você acredita nele? – perguntou Tiago.
- Sim. E também acho que ele esta se metendo em uma grande enrascada, mesmo fugindo deles. – respondeu o amigo. – Vou responder e mandá-lo para a mansão, assim terá a proteção de nossa família e algumas que eu acrescentei.
- Isso só confirma o que pensamos, eles atacarão na prova do torneio. – disse Mel.
- Sim teremos muita gente assistindo e será noticiado para toda a Europa. – disse Tonks.
- Então nada pode sair errado. – disse Tiago.
Harry acordou sentindo a tensão no ar. Sabia que parte daquela sensação era por conta da prova, mas tinha algo a mais. Pelo seu planejamento, hoje ele não treinaria, guardaria sua energia e seu poder para o labirinto e os comensais. Desceu para o café, sem esperar ninguém não aguentaria todos os amigos se preocupando com ele, queria que tudo acabasse logo.
Quando chegou ao Salão Principal, percebeu que muita gente já estava ali, parece que ele não era o único ansioso por ali, mesmo sabendo que parte disso tudo era por conta da provas que realizariam naquele dia.
Foi recebido por palmas e vaias, não se importou com aquilo, seguiu para a mesa da Grifinória, onde já estavam sentados Fernanda, Flávia, Gina, Fred e George.
- Bom dia, campeão. – disseram os gêmeos. – Como se sente, com sorte, preparado?
- Bom dia. – respondeu dando um selinho em Gina só para aborrecer os dois. – Vocês querem saber como apostar hoje.
- Devemos ter cuidado, mano. Ele pode ler mentes. – disse George.
- Não acho que ele nós conhece bem, só isso. – disse Fred.
- Só hoje eles descobriram isso. – disse Fernanda.
- Pensei que fossem mais inteligentes. – disse Flávia.
- Eu quero uma parte dos lucros. – disse Gina.
- Nada disso. – disseram os dois.
- Certo, então eu aposto contra vocês. – disse ela. – E conto para mamãe, tudo o que vocês estão planejando para esse dinheiro.
- Você não sabe de nada. – disse Fred.
- Nem vai ficar sabendo.
Harry estava se divertindo com aquela discussão e sabia que Gina aprontaria com os dois e conseguiria o que quer.
- Isso não importa, mamãe vai revistar vocês, e vai descobrir a verdade e acabar com vocês dois.
- Vinte e cinco por cento e você não pode apostar com ninguém. – disse Fred.
- E pegar ou nada feito.
- Tudo bem, eu ia pedir dez. – disse ela.
- Ela enganou vocês. – disse Harry. – deviam aprender a negociar.
- Agora nos diga o que fazer chefinho.
- Não aceite aposta apenas no campeão. Peça a colocação geral. – disse o moreno.
- Ótima ideia. Não tinha pensado nisso. – Disse George.
- Assim aumentam as possibilidades e diminui a quantidade de pessoas que acertaram. – disse Fred. – Brilhante.
- Eu vencerei. – disse Harry com toda a confiança, o que espantou a todos menos Gina, que sabia o que estava acontecendo. – Em segundo, ficará a Fleur, seguido pelo Cedrico e finalmente Krum.
- Tem certeza? – perguntou um deles.
-Sim. – disse Harry. – E se quiserem ajuda para as apostas, acredito que as meninas podem ajudar.
- Podemos mesmo. – disse Fernanda.
- Só pedimos descontos vitalícios para seus produtos. – disse Flávia.
- Aceitamos. – disseram os ruivos.
- Espalhem por ai que Fleur está com certos desconfortos femininos e que ouviram que o Vitor tem uma porção que aumenta seus poderes.
- Perfeito. – disseram todos.
- O que vocês estão discutindo? – perguntou Tony se sentando entre as gêmeas.
- Nada não. – disseram todos.
- É impressão minha ou vocês estão escondendo algo de nós. – disse Rony empurrando Harry para longe de Gina.
- Tem hora que é melhor não saber das coisas maninho. – disse Gina com olhar malicioso.
- Não se preocupe Rony, estávamos aqui desde o começo. – disse Fred.
- Eh Harry Potter, estamos de olho em você. – disse George.
- Sr Potter. – chamou Minerva. – As famílias dos campeões receberam a permissão para visitas.
- Mas, Tia Mimi, minha família já esta aqui. – disse ele apontando para a mesa dos professores, onde estavam Tiago e Lilian. – Só não vi a Fada, hoje.
- Ela tá decorando o livro. – disse Fernanda.
-Como se ela já não soubesse ele de cor. – disse Flávia.
- Eu insisto, Sr Potter. – disse a professora.
- Vejo vocês no almoço. – disse Harry.
- Sabe eu odeio o Harry e sua sorte para se livrar das provas. – disse Rony.
Harry seguiu a professora, tentando imaginar quem poderia ser. Entrou na sala, a mesma que foi usada depois da escolha. Antes mesmo de entrar ele viu em frente a lareira, Cedrico com seus pais, em um canto Vitor Krum, que conversava em búlgaro com um homem que pela cara só podia ser seu pai. Começou a entrar na sala e viu Fleur abraçada a irmã, conversando nervosa com os pais. As duas acenaram para ele, com sorrisos.
Mas a sua surpresa foi grande quando viu Molly, Gui, Carlinhos e Mary ali o aguardando.
- Achou mesmo que ninguém ia vir para você. – disse a ruiva. – Não é porque seus pais estão a serviço aqui, que você ia passar o dia sozinho.
- Realmente não esperava ninguém, mas ficou muito feliz que vocês vieram. – disse ele, assim que conseguiu se livrar do abraço de urso dela.
Passaram a manhã inteira andando pelo castelo, passearam no lago, visitaram Hagrid, só não puderam ir ao campo de quadribol, por causa do labirinto. Retornaram para o salão principal pouco antes do almoço.
- A Madame Gorda ainda está na entrada da Grifinória? – perguntou Molly, recebendo a confirmação do moreno. – Eu me lembro que ela me deu uma bronca uma vez por chegar tarde com seu pai.
- Parece que ela não muda. – disse Mary. – Ela fez o mesmo comigo e o Sirius.
Os ruivos preferiram não comentar nada, mas coraram dando indicação que ocorreu o mesmo com eles. Mesmo que eles tenham arregalado os olhos com a informação sobre a mãe.
- E você Harry? Já levou bronca dela. – perguntou Mary.
- E fácil passar pela Agnes, mas nunca me encontrei na situação de ser pego em flagrante, mesmo por que já se tornou um hábito chegar tarde. Não que eu tenha namorado muito. – respondeu o garoto.
- Filho de Tiago Potter não é namorador? Como pode?
- Minha mãe mora no castelo. – disse ele. – E a menina que eu gosto é da Grifinória, não preciso sair para namorar. Não pela porta.
Qualquer comentário dos irmãos Weasley foi abafado pela chegada dos alunos para o almoço.
- Mãe? Gui? Carlinhos? O que fazem aqui? – perguntou Rony, chegando com Mione e Tony.
- Isso é como se fala com sua mãe? Nem mesmo me cumprimenta antes. – disse Molly.
- Bom Dia, mãe, meninos, Tia Mary. – disse o ruivo mais vermelho que os cabelos.
- Nós somos a família de Harry. – disse a ruiva.
- Meus pais não podem se representar aqui, eles estão participando da organização do torneio. Então veio o resto da família, aquela parte que já não estava no castelo. Percy virá com Crouch e seu pai depois do serviço. – disse Harry.
Pouco depois chegaram Cris, Gina, Flávia e Fernanda. As duas ruivas sentaram cada uma de um lado do moreno. Nenhum ruivo gostou da proximidade entre Harry e Gina.
- Você está abusando, parceiro. – disse Fred ao se sentar com o irmão.
- E, cara, um dia o feitiço retornará ao feiticeiro. – disse George.
- Cris, sua mãe me falou do livro que você recebeu hoje de manhã. – disse Mary para mudar o rumo da conversa.
- Dei uma olhada rápida nele, ele fala da época de Merlin, como era a magia na época dele, ou melhor do mais famoso Merlin, aquele que aconselhou o reinado de Arthur.
- Depois você me empresta que eu quero ler, só sei a versão trouxa. – disse Hermione.
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