Uma nova fase
Capítulo 21
Uma nova fase
Os braços do príncipe sonserino a envolviam possessivos, a trazendo para si com desejo e desespero, ela poderia sentir as batidas poderosas do coração do loiro contra o seu, o perfume dele a inebriava e o calor do seu abraço trazia reações em cadeia por todo seu corpo. Ginny sabia, aliás, sempre soube... ela pertencia à ele, ela pertencia àqueles braços, àqueles lábios, àquele homem, àquele destino, e mais um vez, entregava-se completamente ao seu grande, primeiro e verdadeiro amor, de corpo e alma.
Aquele momento trazia mais do que revelações e declarações de amor eterno. Draco sentia isso no lado mais profundo de seu ser, ele experimentava essa nova magia aquecer e libertar seu coração, o sonserino conseguia encontrar pequenos traços dessa magia que aprendera a chamar de amor, em cada parte de sua existência ao lado da grifinória.
O herdeiro Malfoy não estava apenas confessando “amar” sua princesa, algo completamente inesperado para um príncipe tão egoísta criado com todo o luxo e arrogância que seu reino poderia oferecer, além do passado sombrio de guerras, escravidão e mortes sustentado pelos seus pais, mas revelava em seus pequenos atos e declarações toda sua admiração, devoção, encantamento e mais puro respeito, por ela, pela plebéia que tornou-se valiosa em sua vida.
Draco aprendera a respeitar as escolhas de Ginny, assim como sua honestidade, coragem, determinação, força de vontade, compaixão e toda sua história. A forma como ela sempre esteve ao seu lado, como apesar de todos os motivos que tinha para afastá-lo e rejeitá-lo, ela perseverava, ela jogava palavras duras obrigando-o a abrir os olhos, apontava seus maiores erros e o derrubava literalmente ao chão até que conseguisse aprender a lição.
Ele a amava por completo e estava lutando com todas as suas forças, com a sua vida para proteger esse sentimento, não apenas por Ginny, mas pelo que seria de sua vida sem ela. Aquele momento que trazia desabafos, tensão, medos, perigos, dor, tristeza e um sentimento sublime de plenitude e paixão, ele também sabia, que para sempre estaria destinado a amar a pequena ruivinha grifinória, independente do que seu sobrenome, seu reino ou o resto do mundo viesse a questionar.
Seria inacreditável para muitos, mas, Draco Malfoy aprendera a respeitar limites, a pensar em alguém antes de si mesmo, a esforçar-se apenas para fazer alguém sorrir, a apreciar o pôr-do-sol, a ler um livro em um dia de chuva, a cozinhar, ou ao menos a tentar empunhar uma panela corretamente quando tentara surpreender sua esposa, aprendeu a passar horas fitando as estrelas segurando a mão pequenina e quentinha da sua ruivinha, a controlar sua mania de grandeza e ambição quando fazia planos com ela, chegaria até mesmo a desistir de sua vingança se isso a fizesse abandonar de vez dessa idéia insana de deixá-lo.
E acima de tudo, ele aprendera o verdadeiro significado de se ter um coração, um coração humano, que padece e ao mesmo tempo regozija-se em glória ao ser presenteado com o sorriso de seu grande amor. Capaz de enxergar no outro, não alguém inferior à ele, mas um igual, digno não apenas de existir, mas de realmente viver, livre e em paz. Pois cada um tem um valor especial, e ele pode perceber quando Neville salvou a vida de Ginny na noite do baile.
Tudo isso fora despertado no sonserino por Ginny e agora, sem que nenhum dos dois percebesse, a maldição que condenava o jovem príncipe dissipava-se numa corrente mágica poderosa que se espalhou por toda a residência de Batilda Bagshot numa explosão calorosa e carregada de vibrações elétricas, assim como os sentimentos dos dois, como o encontro entre o fogo e o gelo, o certo e o errado, o bem e o mal, o sol e a lua, entre Draco e Ginny existia uma conexão além do impensável, mas assim como o amanhecer, quando o sol levanta das profundezas do mar, essa união estava destinada a acontecer, palavras da própria Batilda horas mais tarde.
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Daphine continuava a cavalgar numa velocidade insana, seus olhos ganharam uma tonalidade vermelha profunda, não enxergava mais nada a sua frente, as lágrimas, as malditas e insistentes lágrimas continuavam a escapar de seus olhos assim como os soluços presos em sua garganta.
Não estava certo, não conseguiria viver sem ele, seu desejo era dar meia volta e morrer ao lado de Nott, mas seu cavalo seguia impiedosamente adiante, quase que em transe. Porém Daphine estava abalada demais para perceber isso. Seu coração estava dilacerado dentro do peito, na sua cabeça, lembranças de sua despedida dolorosa com Theodore Nott. Seu cavaleiro, seu herói, seu grande amor.
Ela ainda ouvia os sons de lâminas de espada digladiando entre si, ouvia a voz de Nott bradando feitiços de ataque e minando todo o caminho que poderia levar até ela, evitando que os homens de Greyback a seguissem, ele estava dando tudo de si por ela...
Uma nova onda de lágrimas a tomava quando aproximou-se de um penhasco, a duquesa mal percebera que aproximava-se de sua morte até que trotes violentos de um cavalo cruzaram seu caminho e um homem alto de olhos quase dourados a arrancou de sua montaria no ultimo instante.
O cavalo que a loirinha cavalgava atirou-se do penhasco numa visão assustadora. A Greengrass apenas se deu conta do verdadeiro perigo ao sentir um par de braços a envolverem e livrarem-na de uma morte certa. Engolindo em seco a duquesa volta-se para seu salvador, temendo encontrar um dos homens de Greyback, e surpreendeu-se ao perceber um pequeno lenço estendido em sua direção pelo cavaleiro de armadura dourada e capa negra.
Seus olhos piscaram confusos antes de aceitar o lenço e enxugar suas lágrimas, suas mãos tremiam violentamente e Daphine obrigou-se a retomar o controle de seu corpo novamente, antes de fitar o rosto do desconhecido que a salvara.
-Estás bem Lady Greengrass!
Ela ofegou, a voz grave do rapaz assim como suas feições e o brasão em sua armadura, revelavam que ela estava diante de um nobre, e de alta linhagem a julgar pela armadura de ouro, mas ela não esperava encontrar um duque do condado Lufa-Lufa em plena fronteira grifinória.
-E-estou bem, agradeço-vos Lord Diggory!
Responde ainda fortemente abalada, no entanto não poderia evitar fitá-lo com certa desconfiança, algo lhe dizia que Cedric não a encontrara por acaso e isso a preocupava, afinal seu plano original a levaria a fugir para seu condado com seu amado Nott, e ninguém além de sua velha amiga Susan Bones saberia disso.
-Alguém enfeitiçou o cavalo para levá-la ao penhasco!
Diz Cedric estreitando os olhos para o lado por onde Daphine havia percorrido, buscando alguma presença ou sinal que denunciasse o autor do feitiço de imperius sobre a montaria da jovem duquesa.
-Os homens de Greyback!
Diz com amargura a corvinal apertando a varinha em sua mão livre, aquele nome estaria gravado em sua memória eternamente.
-Vamos!!! Estamos sobre uma fronteira em tempos de guerra! É melhor evitarmos mais riscos!
Anuncia Cedric passando um braço pela cintura de Daphine e segurando as rédeas com a outra mão levando-a até seu acampamento militar.
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-Ficaste louco??? Perdeste o juízo???
Ronald Weasley estava em choque. Seus olhos azuis mais amplos que um par de pires e seu queixo literalmente no chão diante da determinação de Harry.
-Hermione pelo amor de Merlin! Diga ao Harry que isso é suicídio! Ele não pode seguir em frente com esse absurdo!!!
Implora o ruivo para a morena que balança a cabeça negativamente ao general grifinório.
-Rony, é nossa melhor chance!!! Estamos nessa guerra contra a Sonserina há gerações, agora que temos o apoio dos elfos refugiados teremos uma chance real de derrubar os Malfoy de uma única vez!!!
Defende-se Harry ao que Rony esfrega os olhos freneticamente não conseguindo processar a informação de que estariam partindo para a Sonserina e não à um passeio ao vilarejo de Hogsmead como o casal anunciara. Sua cabeça iria para a guilhotina assim que seus superiores (leia-se Reis e amigos mais íntimos como o rei Sírius, Lord Lupin e a sua assustadora esposa e comandante da tropa de guerreiros de defesa, Tonks) descobrissem que ele estava apoiando essa idéia!
Harry e Hermione planejaram fazer uma surpresa ao ruivo, levariam apenas uma carruagem simples e poucos pertences, apenas o essencial, nos limites da fronteira já esperavam por eles uma pequena diligencia disfarçada para entrarem na sonserina como escravos capturados para o condado, e ao chegarem lá escapariam e retomariam a loja de livros de Hermione onde reuniriam seus aliados e levariam seus planos adiante.
O problema seria convencer o ruivo a seguir com eles, como general o Weasley mantinha-se sempre em batalhas e recusava-se a deixar a linha de frente a não ser para proteger seu grande amigo o príncipe Harry ou Hermione que retornara a pouco tempo. No entanto ambos sabiam que esta seria a oportunidade perfeita para Ron encontrar seu pai e possivelmente Ginny, além de permitir ao general rever Luna Lovegood, por quem alimentava uma paixão desde Hogwarts.
-Harry, seus pais vão colocar Gallzar de cabeça para baixo se não os encontrarem no castelo até o anoitecer!!!
Ameaça o Weasley estreitando os olhos para os amigos, mas Harry ignora tomando as rédeas da carruagem por conta própria enquanto Hermione se encarregaria de convencer o general. Com um suspiro cansado a morena empurra literalmente o ruivo para seu assento e colocando-se frente à ele o encara seriamente.
-Rony, nos conhecemos a tempo demais para perceber que o que planejamos não é uma brincadeira inofensiva, estamos lutando contra esse mal desde nosso primeiro ano em Hogwarts e não pretendemos permitir que essa guerra perdure até mais uma geração, temos que proteger o futuro de nossos filhos!!!
Falava com firmeza a grifinória levando a mão suavemente até seu ventre, estava decidida a colocar um ponto final em toda essa batalha, não permitira que seu filho vivesse em tempos tão sombrios como os que passara ao lado de Harry e Rony até agora, essa pequenina vida que crescia dentro dela, era a sua maior motivação para lutar.
-Durante os últimos meses que estive no condado sonserino observei de perto como tudo gira em torno das vontades do rei Lúcius que obedece cegamente ao mesmo bruxo das trevas que tentou matar o Harry desde que nascera... aquele bruxo esconde-se em algum lugar na sonserina e com a ajuda dos elfos pude traçar alguns pontos de intersecção que me levam a três possíveis localizações dele! No entanto seria quase impossível o exercito grifinório chegar até eles sem cruzar as fronteiras!
Explica Hermione apontando para os mapas que ela desenhara durante o tempo que passou com Dobby.
-Isso é loucura! Não há como quebrar a resistência deles e chegar até esses pontos com vida!
Desespera-se Rony que começa a balançar a cabeça negativamente.
-Mione, Harry... nós três sozinhos não seremos suficientes para encontrá-lo mesmo que nossas opções se restrinjam à três possíveis esconderijos! Quem sabe ele ainda possa locomover-se para outro lugar enquanto conversamos agora!
Dessa vez Harry pára a carruagem abruptamente voltando-se para o seu melhor amigo.
-Ele não tem como locomover-se mais Ron, porque sua alma não está completa! Sua magia ainda esta severamente condenada depois da grande batalha que teve contra Dumbledore e depois disso conseguimos pistas de que ele busca soluções de imortalidade em sacrifícios de criaturas mágicas e poções proibidas!!! Ele está fraco Ron, e pela primeira vez em três décadas temos a chance de alcançá-lo enquanto está vulnerável!!!
A voz de Harry era grave e carregava um tom definitivo.
-Mas Harry e toda aquela historia sobre a profecia e ...
Ronald insistia que seria tolice continuar com o plano, mas dessa vez o príncipe não se permitira ficar escondido num castelo enquanto as pessoas que mais amava lutavam por sua vida, ele não era nenhuma donzela em perigo para passar incontáveis dias preso numa torre de castelo aguardando uma solução milagrosa cair dos céus. Ele era um grifinório de verdade e iria lutar por seu povo de igual para igual.
-Somente eu poderei matá-lo Ron! E será exatamente isso que farei, mas não consegurei sozinho, apenas preciso saber se estarás ao meu lado ou não!
Um silencio inquietante pairava entre eles.
-O Harry não conseguiria se quer alcançar a fronteira sem a minha companhia!
Desafia Ron balançando negativamente a cabeça, mas o brilho maroto nos seus olhos denunciavam o seu apoio aos amigos.
-Estás vendo Hermione! Depois me acusas de ser uma má influencia sobre ele!
Prefere o ruivo fazendo-se de indignado levando a grifinória a suspirar aliviada pelo clima amigável ter retornado à normalidade.
-Oras gerenal Weasley! Não desfaça de vossa majestade de forma tão leviana, esquecestes do incidente dos hipogrifos no quarto ano? De quem foi a idéia brilhante de pegar uma garra de hipogrifo para presentear a Lovegood???
Provoca Harry deixando Rony extremamente envergonhado.
-Ah, mas foi a Mione que nos salvou e não vossa “majestade”!
Responde o Weasley.
-Nunca imaginei que ela chegaria a petrificar todos eles bem a tempo!
Responde Harry sorrindo largamente com a lembrança enquanto Hermione concentrava-se em escrever uma mensagem aos reis Potter.
-Mas voltando ao que realmente interessa, quem mais sabe sobre nosso “plano”?
Questiona Ron.
-Duas pessoas na verdade, Cedric Doggory e a outra eu não posso revelar a identidade agora ou a Mione me arranca a cabeça!
Responde Harry tomando as rédeas novamente diante de um olhar desconfiado do ruivo.
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Bellatriz sorria triunfante ao sair da velha cabana entre as montanhas e tomar seu cavalo em direção ao esconderijo de seu adorado Lord das Trevas. Um sorriso cruel nos lábios e os cachos ébanos esvoaçantes sobre o vestido negro a faziam lembrar uma feiticeira maligna de contos de fada. Levantando habilmente sua varinha ela lança a si mesma um feitiço de desilusão antes de adentrar por um caminho tortuoso com inúmeros pedregulhos e fendas.
As feições gélidas da Lestrange nada recordavam a beleza da bruxa quando ainda era uma menina e tinha os homens mais poderosos do país aos seus pés. Toda sua beleza e encanto se perderam quando ela conheceu as magias das trevas pelas mãos do seu poderoso mestre que anunciava a criação de um novo mundo, onde eles teriam todo o poder sobre qualquer criatura mágica da face da terra, onde poderiam imperar sobre a vida e a morte.
Estava satisfeita que até o momento ninguém fora em sua procura, com certeza o rei Lúcius impediu que os guardas do castelo a seguissem. Agora ela não teria de se preocupar com más notícias ao seu Lord. As coisas caminhariam em seu fluxo ideal novamente, certamente dentro de poucas horas ela teria seu plano concluído, afinal Goyle fora bem recompensado por seus serviços e ainda esta noite ela esperava a prova de que sua missão fora bem sucedida.
Lembrança... “Quero que seqüestres a concubina de meu sobrinho, o príncipe Draco Malfoy” exigia Bella.
“Mas que interesse tens numa mera cortesã Bellatriz?” questiona provocativamente o homem de aparência grotesca diante de um olhar fulminante da morena que altera a voz furiosa.
“Nada que vos interesse, deves-me um grande favor e ainda o recompensarei por isso” A voz estridente da Lestrange levou Goyle a fazer uma careta em desgosto.
“Será arriscado adentrar o castelo e tirá-la de lá! Quanto tempo terei?” questiona Goyle encarando intensamente os olhos de Bellatriz.
“Dois dias, e não me importa quais artimanhas tenha de usar conquanto me traga a maldita grifinória” vociferava a mulher com os olhos faiscando em ódio.
“Será que poderei aproveitar-me da pobre mocinha? Pergunta maliciosamente Goyle, mas Bellatriz aponta a sua varinha para sua garganta ameaçadoramente. “Eu a quero viva, para que o Lord das trevas seja o único a tirar-lhes a vida da forma mais dolorosa possível! Não tocarás nela além do necessário Goyle” a voz da morena soara mortal e o homem balançou a cabeça em concordância, conhecia Bella bem demais para ir contra sua ira.
“Traga-a para a cabana e envie-me um sinal” e depois desse aviso a mulher desaparece... Final da lembrança.
-Bella... trouxe-me boas noticias?
Questiona o bruxo de olhos rubros.
-Creio que sim meu Lord! Vossos planos irão concretizar-se dentro de poucos dias!
Responde de joelhos a morena sem esconder o sorriso de satisfação.
-O que guardas de mim Bella?
Pergunta em um tom de voz tão suave quanto ameaçador.
-Trarei ao mestre uma boa distração para suas noites... em breve!
Revela a Lestrange com um olhar ousado diante do sorriso amargo na boca do bruxo das trevas.
-Aguardarei esta companhia ansiosamente!
Responde perverso com os olhos faiscando em maldade.
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O casal encontrava-se em perfeita sintonia, tão entregues, mal percebiam que aquele momento acabava por selar o destino dos dois. A magia transbordava daquele contato, daquela entrega e verdadeiro amor. Envolvidos num turbilhão desenfreados de sentimentos e cegos pela necessidade um do outro não notaram a luz que os cercava naquele momento... uma explosão de poder que levou todos os itens mágicos daquela casa vibrarem perigosamente. Batilda e Zabini levantaram-se alarmados adentrando a sala onde estava Draco e sua princesa, e com expressões impressionadas presenciaram algo que nunca esperavam ver... finalmente Draco livrara-se da maldição!
-Pelas barbas de Dumbledore!!!
Murmurava a senhora Batilda com os olhos assombrados. Zabini estava ao seu lado parecendo tão estupefato quanto à senhora. Nunca presenciaram a dissolução de uma maldição com uma reação tão poderosa como esta.
Sentiam seus próprios núcleos mágicos resistirem à vibração intensa do feitiço quebrado naquela pequena ante sala. O elfo doméstico chegara logo em seguida fitando o herdeiro sonserino com olhar mais assustado do que sombrio, apertando ferozmente a bandeja de prata em suas mãos calejadas.
Ginny afastou-se de Draco apenas o bastante para esconder seu rosto no peito do sonserino que beijava o topo de sua cabeça carinhosamente, ainda não dando-se conta da presença de mais três indivíduos a observá-los.
Permaneceram assim até que o broche em forma de rosa trinca rachando-se ao meio, acompanhado de um som agudo que chamou a atenção dos dois. Os olhos de Draco ampliaram-se preocupados até que Ginny levantando o rosto angustiada, encontra as feições do príncipe tão perfeitas quanto antes.
-Draco, estás livre!!! Estás livre da maldição!!!
Revela a grifinória levando uma mão ao rosto do sonserino com um sorriso iluminado e os olhinhos brilhando.
-Meu amor, estás livre da maldição!
Repete Ginny pulando no pescoço dele num abraço emocionado ao que o Malfoy a toma nos braços a tirando do chão sem esconder a felicidade que sentia. Mas a comemoração dos dois fora interrompida por um breve ataque de tosses de Zabini que esforçava-se para chamar a atenção dos dois.
-Será que alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui??? Vocês quase levaram a casa da Lady Bagshot ao chão!
Reclama Blaise estreitando os olhos para o casal, Ginny ficara mais vermelha que seus cabelos enquanto Draco sorris de lado passando um braço pela cinturinha da princesa e voltava sua atenção ao amigo antes de responder.
-Creio que finalmente poderemos enfrentar o rei Lúcius de igual para igual!
Responde o Malfoy com um tom misterioso. Horas mais tarde, Draco, Ginny e Zabini despedem-se de Batilda com a promessa de retornarem em breve e seguem para onde o ex-general escondera seus companheiros de cela.
Uma vez na casa em ruínas, o príncipe sonserino explica os detalhes essenciais de seu plano assim como também ouvira atentamente os motivos de cada um para participar da vingança contra o rei Lúcius e o temido bruxo das trevas, ainda assim Draco ainda precisou de muita paciência, pois muitos deles não demonstravam confiar no filho do rei, acreditando que tudo não passaria de uma armadilha cruel.
Depois de muito trabalho para ganhar o mínimo de confiança dos fugitivos, Draco, Ginny e Zabini preparavam-se para a segunda parte do plano do príncipe, o retorno ao castelo Malfoy! A ruivinha não escondia o semblante preocupado ao montar o cavalo com seu marido, já que o seu ficara com Zabini que retornaria como escolta para a princesa.
Draco apertou seu abraço na cintura da princesa antes de liderar o caminho, ambos usando capuzes para não chamar tanta atenção. Já era tarde avançada quando os três chegaram aos muros do palácio e o Malfoy finalmente no controle de seus poderes estendeu a espada mostrando o brasão da família real para reconhecimento dos guardas que abriram os imensos portões.
Ginny ofegou ao perceber mais adiante a carruagem real da Corvinal e toda sua comitiva real. Era clara a presença do soberano Severo Snape. Ela envia um olhar angustiado ao marido.
-Draco o rei Snape está aqui! Será que já descobriu sobre a duquesa Greengrass?
Pergunta a ruivinha sentindo o coração apertar, coisas muito ruins estariam para acontecer, ela poderia sentir isso.
-Provavelmente sim! Deve estar agora a discutir com meu “pai” a melhor forma de me fazer casar com a próxima na linhagem da coroa Corvinal!
Responde Draco impassível ao que Ginny estreita os olhos irritadiça.
-Astoria Greengrass!
Murmura furiosa a grifinória recebendo um olhar divertido de Zabini, o ex-general ansiava por conhecer a mulher que segundo a Weasley tentou roubar seu marido desde o primeiro dia que chegaram ao castelo.
-Ela ainda não será nossa principal preocupação Ginny!
Explica Draco calmamente na tentativa de tranqüilizar a sua princesa e chegando próximo as escadarias de entrada ao castelo ele desce do cavalo antes de auxiliar Ginny a fazê-lo, era realmente difícil equilibrar-se com todas aquelas inacabáveis camadas de saias e babados e a grifinória agradecia por seu marido ser tão cavalheiro ou ela teria ido direto ao chão.
Ainda com os braços na cintura delicada da ruivinha, Draco aproxima seu rosto ao dela e sussurra baixinho:
-Tomes cuidado com qualquer aproximação de meus pais, ou qualquer membro da comitiva real de Snape! Zabini estará contigo todo o tempo que estarei ausente!
Explica o loiro fitando os olhos angustiados da princesa.
-Draco não quero que o enfrentes sozinho!
Diz a grifinória agarrando com força as mangas de sua capa como se temesse que ele a deixasse.
-Nada de mal poderá me acontecer!
A tranquiliza antes de beijar-lhe o templo do rosto e voltar-se para Zabini.
-Sabes bem o que fazer Zabini! Mantenha Ginny em segurança, em todo caso deve levá-la até o Longbondon da grifinória para estar a postos caso o desgraçado do veneno volte a agir!
Ordena Draco ganhando um semblante sombrio.
-Serei como uma sombra de vossa princesa!
Responde Zabini com uma reverencia formal antes de acompanhar Ginny e dizer baixinho.
-Cuidarei para manter senhores como o Conde Creevey distantes!
Os olhos da grifinória ampliam-se em choque, como ele poderia saber sobre o desagradável incidente com Colin Creevey??? Ela piscou os olhos por alguns segundos até lembrar da forma como ele varreu sua mente com magia negra e estremeceu ao recordar novamente os momentos de terror com o conde esta manhã.
-Agradeço-vos!
Responde baixinho ao ex-general seguindo com ele para a ala real.
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Draco separou-se de Zabini e Ginny e seguiu para a biblioteca onde sabia que encontraria seu pai. E fora lá na grande poltrona adornada com veludo esmeralda e esculpida em detalhes em ouro que encontrou Lúcius e nada mais nada menos que Severo Snape.
Ambos os reis apresentavam semblantes entre repugnância e desprezo. O príncipe sonserino teve de se esforçar para manter o controle, agora estava diante dos dois reis mais cruéis de toda Gallzar, não seria prudente desafiá-los sozinho.
-Esperava uma reunião privada... “papai”! Não sabia que precisava de uma testemunha para intimidar seu único filho!
Profere Draco com ironia controlada levando Lúcius a estreitar os olhos em sua direção e Snape trincar os dentes diante da ousadia daquele príncipe fedelho.
-Draco... não me desafies!
Alerta o soberano da Sonserina num tom mortal, mas Draco ainda não tinha começado.
-Não há desafio algum Lúcius Malfoy!
Responde friamente ao seu pai antes de reverenciar exageradamente o rei corvinal.
-Oh rei Snape... creio que não ficou satisfeito diante dos últimos fatos, mas não vos perturbeis, arranjarei um bom partido para desposar sua sobrinha! Um legítimo sonserino, só não vos ofereço a mão de meu pai pois ainda não está viúvo!
A declaração do príncipe fora o estopim. Lúcius e Snape já estavam de pé apontando a varinha para o herdeiro sonserino que continuava imóvel, sem expressar qualquer sinal de arrependimento ou temor.
-Se minha mãe está viva é por um milagre! Bastaria uma ordem do maldito bruxo das trevas e cortaria sua garganta e a descartaria assim como pensou em fazer comigo e “minha esposa” noite passada”!!!
Agora o loirinho cuspia cada palavra com ira seus olhos eram perfurantes como aço e suas mãos fechadas em punhos furiosos denunciavam que o sonserino não estava apenas provocando seu pai. Ele estava o colocando em seu lugar.
Snape estreita os olhos na tentativa de identificar algum sinal de leviandade ou vacilo por parte de Draco, o jovem herdeiro mostrava-se transtornado e este seria o momento ideal de desvendar algumas verdades e tomá-las a seu favor.
-Que estas a dizer?
A voz arrastada e desdenhosa do rei snape se faz ouvir, no entanto os olhos de Draco não moviam-se de seu alvo, o rei Lúcius.
-Ele descartou-me como escória no momento em que fui amaldiçoado, pretendia enganar a duquesa Greengrass apenas para ter o acordo de união dos condados nas mãos do que ele chama de Lord das Trevas!
Draco agora gritava ferozmente, alguns guardas ouvindo a discussão adentraram a biblioteca, porém Draco fora mais rápido.
-Expeliarmos!!!
Gritou arrancando as varinhas dos dois e voltando-se para a entrada ao ver dois guardas reais se aproximarem.
-Incenddiare!
Bradou apontando a varinha para a porta e um muro de fogo repeliu a entrada dos subordinados do rei.
-Ainda não terminamos! Até onde o senhor seria capaz de ir para alimentar sua ambição por poder? Já enganou seus aliados, escravizou seus próprios soldados e agora sacrificaria seu único herdeiro para isso!!!
Anuncia o príncipe diante dos olhares estupefatos dos dois reis.
-Vossas palavras podem condená-lo a uma morte dolorosa Draco!!!
A voz de Lúcius estava carregada em veneno.
-Não mais dolorosa que ouvir do próprio pai que sua existência é inútil! Não mais dolorosa do que saber que era apenas uma peça de xadrez nas suas mãos!!!
Acusa o loiro com ira antes de voltar-se à Snape.
-Se esperava assistir de primeira fileira a destruição de um voto perpétuo! Prepare-se!
Draco seguiu a passos firmes até o bureau onde descansava inofensivamente o pergaminho. Os olhos de Lúcius ampliaram-se em alarme, Snape encontrava-se congelado sobre seus pés quando o herdeiro tomando uma penas de sangue com sua mão direita assinou sem hesitação alguma a ultima linha vazia do pergaminho.
-Agora esta feito!
Ironiza Draco quando runas vermelho sangue começaram a brilhar perigosamente sobre o papel. A energia negra contida naquele pergaminho liberava raios negros em todas as direções como um circuito elétrico muito volátil e o bureau começou a tremer violentamente diante dos três homens ali presente.
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Ginny adentrou seus aposentos seguida pelas criadas de Narcisa, que ansiavam por sua chegada. Zabini como o próprio Draco instruiu permanecera vigilante na porta do quarto da princesa enquanto as criadas contavam-lhe tudo o que ocorrera em sua breve ausência.
A ruivinha escutava horrorizada a forma como Astoria manipulou a fuga de Daphine ao seu favor e sentiu um desejo insano de quebrar a cara de pau da corvinal tamanha sua raiva.
-Ela planejava tomar o lugar da irmã desde o começo!
Murmura a grifinória estreitando os olhos ameaçadoramente.
-Lady Malfoy temo que ela possa ser a culpada pelo veneno em seu vinho tinto!!!
Diz a mais velha com pesar enquanto ajudava a ruivinha a prender o laço do espartilho do vestido vermelho sangue que ela usaria para o jantar.
-Ela não tinha o direito de mentir tão cruelmente sobre o caráter da própria irmã! Tomar as roupas dela, se anunciar duquesa e ainda desfilar sorrisos aos convidados como se nada tivesse acontecido... ela não tem coração???
Ginny não se continha mais.
-Creio que a inveja a levou a perder qualquer sentimento de piedade... ela não pareceu esforçar-se muito para dissimular diante do seu tio... ela é tão traiçoeira que tenho medo de servi-la. Mais parece uma cópia mais jovem de Lady Narcisa!!!
Comenta a mais nova enquanto terminara a trança que tomava todos os longos cabelos ruivos da princesa até a cintura entrelaçando fitas de cetim pretas e douradas.
-Obrigada pelas fitas Lenora! Mas quanto a “duquesa Astoria” creio que em breve ela retornará ao seu devido lugar o mais breve possível!!!
Os lábios seguiam levemente rosados e os olhos ganharam um brilho dourado sobre os olhos. As criadas capricharam ao máximo para que Ginny surpreendesse a todos, especialmente para que superasse Astoria Greengrass.
-Agradecemos minha senhora, mas sabemos que quem deve encontrar o seu lugar aqui somos nós!
Responde temerosa a senhora levantando-se com dificuldade e sendo ajudada pela mais nova que não conseguia aceitar passivamente os maus tratos de seus senhores.
-Lady Ginevra, sei que seria deselegante e até ofensivo, mas não posso aceitar mais isso, a Olga não suporta mais tanto trabalho, esta manhã a Greengrass a castigou por não conseguir segurar uma bandeja apinhada de xícaras sem tremer, ela está em idade avançada!!! Sei que é ousadia que não passamos de escravas dentro desse castelo, mas não posso suportar mais tanta humilhação!!!
Ginny levantou-se rapidamente da penteadeira e seguiu até a criada de cabelos prateados.
-O que ela lhe fez?
Pergunta com um olhar sereno, que cativou a criada a revelar seu sofrimento, após quase meia hora, uma Ginevra furiosa explodia pelas portas de seu aposento quase matando Zabini do coração.
A grifinória estava tão possessa que se que notou a presença do ex-general e seguiu diretamente até o salão de festas onde Astoria encontrava-se a distribuir sorrisos na companhia da rainha Narcisa Malfoy.
Assim que adentrou o salão seu olhar cruzou com os olhos pretensiosos de Astoria, uma atmosfera tensa instalou-se e faíscas elétricas eram trocadas entre as duas jovens. A grifinória seguiu a passos determinados até as duas e todos os olhares voltaram-se de imediato para a princesa.
Zabini chegara pouco depois ainda confuso com a reação da Weasley e para seu desespero Draco Malfoy ainda não encontrava-se lá.
-Como vou defendê-la da rainha na frente de toda a nobreza do reino?
Praguejava o ex-general impressionado com a ousadia da ruivinha.
No entanto as coisas realmente ficaram piores no momento em que Ginny desferiu uma tapa escandalosa no rostinho arrogante da Astoria silenciando a todos os convidados e até mesmo os quadros e pinturas mágicas que tocavam uma melodia suave.
Ninguém ousava se que respirar, a rainha Narcisa tinha os olhos amplos em choque e Astoria mal conseguira reagir, congelara com a mão sobre a face dolorida numa expressão apavorada.
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OMG!!!! Demorei uma eternidade maaaaaaaaas postei huaauhauhauhauhauhauahuahua!!!!
O que acharam do capítulo??? Finalmente o Draco está oficialmente livre da maldição!!! Mas será que ele vai se livrar do voto de destruição depois de enfrentar seu pai desse jeito???
Harry e Hermione praticamente seqüestraram o Rony para a sonserina e ainda guardam mais surpresas para o ruivinho, como será que ele vai reagir quando encontrar a Luna??? E quando descobrir que sua irmãzinha casou-se com um sonserino... especialmente “o sonserino” que o Harry e a Mione desconfiam...???
Daphine escapou por pouco de uma morte certa graças ao Cedric, o que será que ele estava fazendo por lá hein??? Alguém desconfia???
E finalmenteeeeeeeeeeeeeeee a Ginny deu um belíssimo tapa na cara de pau da Astoria *-* hauauhauhauahuahuah será mostrado em mais detalhes próximo capítulo “Eu Prometoooo”!!!!
Ray Mafooooooooooooooooooooyyyyyyyyyyyyy!!! Menina que saudadeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeees de seus comentários!!! Eu sabia que você não abandonaria a fic *_________________* hauauhauhauahuahuahau!!! Sinto-me honrada em saber que gostou do capítulo anterior!!! Deu um trabalhão pensar no reencontro da Ginny com o pai dela e ainda mais a dúvida sobre separar o Draco da Ginny ou não!!! Mas depois de algumas ameaças que recebi nos capítulos anteriores preferi não me arriscar (me escondendo dos avadas)!!! Nãaaaaaaao me matee Ray, eu tenho planos para a Daphine, ela não vai ser a sofredora da fic!!! Palavra que ela vai surpreender você em breve!!! Luna e Zabini foi a parte mais divertida que escrevi no capítulo!!! XD é bem engraçada a reação dela ao ex-general, maaaaaaaaaaaas agora me diz o que achou do capítulo, o que pode melhorar, o que mais gostou, o que acha que pode acontecer????? Comenta pleaseeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee!!!
Angeline G. McFellow!!! Por onde você anda meninaaaaaaaaaaaaa????? Não me abandona naaaaaaaaaaaaaaaaaaaooo!!! Sinto falta dos seus comentários eles me deixavam tão feliz *-* pleasee aparece, comenta, dá um sinal de vidaaaaaa!!!
Nakka (tia gaby)!!! Estou enviando um exercito de aurores para encontrá-la!!! Onde você está??? Porque não comentou mais??? Não gosta mais da fic??? T_T não me abandonaaaaaaaaa!!!! Seus comentários são importantíssimos para o futuro da fic!!!
Beijinhuxxxx
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Comentários (2)
COMO OUSAS PARAR NESSA PARTE?(quem é vc pra falar alguma coisa Tia Gaby)Bom menine pare de graça, como para numa cena como essa? xezuis....to nervosa aqui.Tatinho do zabini, tenho realmente dó do pobre coitado.Adoro a Gina quando o fogo Weasly chega... realmente ela fica d+O que vai acontecer com o pessoa? A Narcisa vai ficar brava? O negocio lá de destruição vai acontecer o que com ele? COMO PODE PARAR NO MEIO DE CENAS TÃO IMPORTANTES???????Estou morrendo aqui....eu sei que sou uma fã desnaturada, mas não precisa fazer isso comigo né!!!CONTINUA VAI!!To esperando post novo!!!Me add no Face : Gabriela Nakaoka... ai a gente vai conversando e eu não perco a data de atualização... sou uma pessoa perdida e cheia de coisa pra fazer... assim eu fico feliz por voltar a ser a primeira fã a postar coments pra vc... bjinhus
2012-03-28Serio.. eu sinto vontade de matar vc!!! vc sempre para nas melhores partes!!! como assim eu nao vou ver o barraco no castelo?? kkkk Adorei o sequestro do Rony... e fiquei muuuuito curiosa sobre tudo o q aconteceu na fic.. pelo amor de merlin poooosta logo menina!!nao me mata de curiosidade!! Bjoooos
2012-03-24