Promessas
Os olhos do sonserino pareciam hipnotizar a ruivinha que mal percebeu quando um anel dourado marcado em runas antigas materializou-se em seu dedo anelar esquerdo.
-Retornarás ao palácio do rei Lúcius... como Lady Ginevra Weasley Malfoy!!! Princesa do condado da Sonserina!!!
As palavras de Draco ecoavam sonoramente em seus pensamentos. “Lady Ginevra Weasley Malfoy! Princesa da Sonserina!” As mãos congelaram em choque e seus lábios abriam-se em surpresa absoluta, ela estaria sonhando???
O impossível acontecera? Pela primeira vez em séculos desde a existência da linhagem mágica, um Malfoy unir-se-ia a uma Weasley. O sonserino segurou delicadamente a mão esquerda da ruivinha a levantando à altura de seu rosto e beijou-a demoradamente roçando o polegar na jóia de ouro que agora encaixava-se perfeitamente no dedo anelar de Ginny.
-Uma aliança?
Ofegou a Weasley “Gravadas em runas?” pensou sentindo todas as suas terminações nervosa reagindo de forma significativa àquela carícia do loiro. Ele parecia tão devotado à ela naquela noite, cuidando de cada detalhe para surpreendê-la...
-Sim, nossas alianças foram esculpidas com magia antiga, minha princesa...
Draco explica diante da expressão confusa da menina.
-Ma-mas... Malfoy eu não...
Balbuciava a ruivinha completamente impressionada.
-Shhh!!! Deixe-me convencê-la Ginevra!!! Só vos peço uma chance!
Pede ele a guiando por uma escadaria lateral que dava pra o jardim. Apertando a mão pequena da Weasley com firmeza transmitindo uma segurança tão realista que Ginny deixou-se guiar sem protestos. Eles caminharam lentamente sob a luz de archotes que estavam presos nos pilares que circundavam uma pequenina fonte onde a ruivinha sentou-se.
-Naquela noite que me recusastes quatro vezes... fora uma das noites mais difíceis da minha existência... foi também a mesma noite que passei a enxergá-la como verdadeiramente és... genuína, corajosa, pura de coração, forte, geniosa, independente e posso garantir, extremamente indócil!!!
Os olhos de Ginny ampliaram-se em choque a cada palavra do sonserino que com um meio sorriso continuou a falar.
-Estaria a mentir se não afirmasse que também encontrei em ti, uma beleza rara, o sorriso mais espontâneo da minha vida, as palavras mais verdadeiras, os sonhos mais altruístas, os gestos mais graciosos e mesmo em tão pouco tempo... alguém a quem poderia confiar a própria vida!
Ele diz ganhando uma expressão mais séria.
-Naquela tarde de tempestade, quando me vi na eminência de perdê-la... foi o mesmo dia que percebi que somente por você me colocaria numa batalha homicida com as mãos vazias apenas para mantê-la viva...
-Malfoy... poderias estar confundindo as coisas, és um nobre!!!
Interfere a ruiva aflita.
-Por Mérlin, Ginevra, eu posso suportar as dores dessa maldição, posso lidar com um reino inteiro a me perseguir, posso perder completamente a magia que existe em mim e permanecer com a aparência de um trasgo repugnante sem temer se você estiver do meu lado, por que eu sei que só você conseguiria olhar no fundo dos meus olhos e dizer quem realmente eu sou!!!
Defende-se o loiro impaciente, perdera toda a calma, não costumava falar sobre o que sentia e esta estava tornando-se uma missão impossível ao que Giiny parecia não permitir-se acreditar nele. Mas, Como poderia culpá-la??? Olhou nos olhos dela buscando desesperadamente um sinal para desistir de tudo, mas apenas encontrou medo, não medo dele, mas medo de machucar-se.
O coração do sonserino amoleceu diante da expressão da garota que ainda segurava sua mão com força, buscando novamente aquela segurança que transmitira ao levá-la até a fonte.
-Tinhas toda razão!
Começa o loiro com um sorriso ao notar a expressão de Ginny mudar de temor à completa confusão.
-Um dia e meio não fora o bastante para apaixonar-me por ti!!! Um dia e meio fora o suficiente para deixar-me encantado, enfeitiçado pela tua presença, pela tua voz, teu perfume, pela forma como teus olhos brilham quando falas da tua família e das pessoas que são importantes para ti!!!
Ginny levava uma mão à boca em surpresa.
-Não lembro o nome de todos, mas creio que “As aventuras de Alvo Dumbledore”, “Dragões e Miotologias”, “O reino de Orion” e “As crônicas de Morgana” são vossos livros favoritos, ao menos enquanto estivemos na biblioteca da mansão... sem comentar seu recente desejo pelos volumes de traduções de runas antigas!!!
A Weasley tinha os olhos rasos d’água neste momento e carinhosamente o sonserino levava a mão ao seu rosto.
-Vossas flores preferidas são lírios, rosas e jasmins, esta ultima tem o mesmo perfume que teus cabelos de fogo... a cor preferida é vermelho, a cor dos grifinórios, apesar de preferir vê-la de branco, não posso negar o quão deslumbrante ficastes!!! O nome de teus irmãos começando pelo sem cérebro do Ronald, Fred e George, Percival, Charlie, e Bill... e se faltar algum creio que terei de chamá-lo de Weasley, que seria a mesma coisa!!!
O mundo de Ginny pareceu parar de girar. Seu coração pulava em batidas frenéticas dentro do peito, sua respiração trancou-se na garganta e sua voz desaparecera completamente.
Ela escutara corretamente? Ele lhe fizera uma declaração sincera do quanto precisaria dela ao seu lado? Levara em conta seu conselho e optara por enfrentar seu pai, o rei da Sonserina, o bruxo das trevas e toda a corte real apresentando uma Grifinória como esposa???
A ruiva sorriu pulando no pescoço do sonserino num abraço possessivo e deixando as lágrimas caírem quando sente os braços de Draco a envolverem pela cintura.
-Eu aceito!!! Eu vos aceito príncipe Draco Malfoy!!!
Ela responde entre soluços e o nobre sente-se imensamente feliz. Como uma explosão de sentimentos escapasse de seu peito e a única coisa que desejava era manter a ruivinha em seus braços para sempre.
-Agora és a minha esposa, Lady Weasley!!! A partir desta noite, és minha, Ginevra!!!
Ele diz com a voz rouca encarando os olhos da menina com um misto de sentimentos que nem mesmo ele conseguiria explicar. Havia um tom de satisfação ao anunciar que aquela menina de cabelos de fogo, gênio indomável e sardas sobre o nariz lhe pertencia.
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Narcisa estava em êxtase absoluto após a chegada da sua coruja real. Andava de um lado a outro do castelo dando ordens aos seus escravos preparando a grande cerimônia de casamento, que não sabia como aconteceria na ausência de seu filho.
A chegada da noiva corvinal e sua irmã a deixara seriamente angustiada, pois dentro de poucos dias toda a corte do condado vizinho estaria lá para presenciar a união dos Malfoy aos Greengrass que marcaria a nova era de reinado da família Malfoy por toda Gallzar.
A rainha guardara o pergaminho de Draco em um baú no seu quarto, enquanto recebia elegantemente a duquesa Daphine e sua irmã Astoria.
-Sejam bem vindas queridas!
Diz cordialmente Narcisa numa reverencia acentuada.
-Meus cumprimentos rainha Narcisa!
Diz com altivez a Greengrass mais velha retribuindo a reverencia.
-O rei e meu filho deixam suas solenes desculpas, mas em tempos de guerra a presença dos soberanos da Sonserina tornam-se decisivas em batalhas...
Complementa Narcisa guiando as duas até o salão de entrada.
-Entendo perfeitamente, como meu tio diz, as obrigações reais estão acima de qualquer coisa!
Diz Daphine sem vida, seus olhos estavam vagos e ela parecia distante, abanando-se com leque freneticamente.
-Nossa família está em polvorosa com a união de Daphine e Draco, lady Malfoy!!!
Interrompe Astoria tentando desviar a atenção da rainha.
-Sim, creio que será o casamento do século!
Responde Narcisa com um pequeno sorriso de lado. Sabia muito bem fingir.
-Mas, no trajeto ouvimos muitos comentários acerca da ida repentina do príncipe à campo de batalha e de um suposto trasgo à solta na floresta proibida...
Comenta a mais nova com curiosidade, esperando mais detalhes por parte da rainha, Daphine no entanto não parecia tão interessada assim, desviando os olhos a cada janela que passavam como se estivesse a procura de algo ou alguém nos jardins reais.
-Não ouvi tais rumores, creio que sejam comentários de mau-gosto da plebe!!! Coisas que não devem ter nossa atenção!!!
Responde com naturalidade ao que Astoria cerra os olhos em desconfiança, mas logo retorna as feições suaves de antes.
-Parecem indispostas, foram bem escoltadas em nossas terras?
Questionou a rainha ao perceber o semblante fechado das duas irmãs.
-Pelo contrário alteza, fomos escoltadas bem demais eu diria...
Anuncia Astoria lançando um olhar de soslaio para a sua irmã que fingiu ignorar a ironia contida nas palavras dela. Tal troca de comentários não passara despercebida pela Malfoy que ostentando um sorriso forçado indicou-lhes a criadagem para seguirem até seus aposentos.
-Essas duas estão escondendo alguma coisa...
Pondera a rainha levando a varinha ao queixo.
-Kiara!!!
Exclama a rainha e rapidamente a pequenina elfa doméstica aparece com a cabeça baixa.
-Sim minha senhora?
-Fiques de olhos nas irmãs Greengrass, acredito que algo muito estranho aconteceu na viagem da Corvinal até aqui...
Exige a loira e a elfa curva-se em reverencia antes de retirar-se.
-Ninguém fica debaixo do meu teto e esconde segredos de mim!!!
Depois de algumas horas a rainha tranca-se em seus aposentos e abre a carta de seu filho. Seus olhos ampliam-se em surpresa, Draco anunciara que desejava retornar ao castelo, que conseguira livrar-se da maldição e traria uma grande surpresa para a sua família. Pediu também que preparassem o melhor quarto do castelo para ele e ansiava para encontrar-se com seu pai.
Os olhos da rainha enchiam-se de lágrimas e seu coração mergulhou num mar de alívio. Seu bebê estava bem e a salvo da maldição. Agora ela deveria cuidar para que tudo estivesse em perfeita ordem para seu retorno, e não permitiria que nada desse errado.
No instante seguinte Lúcius entra no quarto furioso. Batendo a porta com força, enquanto praguejava aos quatro ventos.
-Lúcius tenho ótimas notícias!!!
Anuncia Narcisa com ansiedade ao que seu marido lança-lhe um olhar cético.
-Nosso Draco retornará em três dias para o casamento com a Greengrass!!!
-O que disseste?
Responde com uma expressão sombria.
-Draco, nosso filho, voltará para casar-se!!! Ele disse que livrou-se da maldição!!!
Explica Narcisa aproximando-se do marido com olhos cheios de esperança.
-Então é melhor ele preparar-se para enfrentar o Lord das trevas!!!
Diz o loiro com indiferença, dando as costas à esposa que o fitava preocupada.
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Ainda no jardim, tendo a lua e todas as estrelas como testemunhas daquele momento mágico. Draco levantou-se puxando Ginny pela mão de volta ao salão principal com um sorriso discreto, mas sincero em seus lábios.
Os dois corriam como duas crianças que acabaram de aprontar alguma travessura, trocavam olhares cúmplices e tinham os rostos ligeiramente corados. Parecia uma cena de contos de fadas, ele a girou no ar antes de fazer a caixinha de musica voltar a tocar, dessa vez uma música diferente, mais rápida e com tons mais festivos.
A ruivinha sorri balançando a cabeça negativamente.
-Não imaginava que eras um pé de valsa Malfoy...
Comenta com um olhar maroto.
-E não o sou, mas a ocasião o impõe, é a valsa dos noivos!!! E por favor, agora podes chamar-me de Draco!!!
Responde o sonserino levantando uma sobrancelha em falso tom de ofensa, antes de girá-la no meio do salão.
-Apenas se me chamares de Ginny!!!
Desafia a ruivinha ao retornar aos braços do príncipe com um sorriso iluminado.
-Como desejar minha querida!!!
Ele responde sedutoramente beijando-lhes a face deixando a grifinória sem reação. A ruivinha ficara mais vermelha que seus cabelos nesse momento. Draco não esconde a satisfação pela reação da garota, ela ficara linda corada.
Lentamente os rostos foram aproximando-se mais e ao som daquela linda valsa, os olhos fecharam-se e os narizes roçaram suavemente contrastando a pele fria do sonserino com o calor da pele da ruivinha. Estavam perdidos nos braços um do outro, fora um momento de entrega, quando seus lábios tocaram-se hesitantes e ao mesmo tempo tão cheios de desejo.
Os braços de Draco envolveram possessivamente a cintura da garota a puxando mais para si enquanto Ginny levava as mãos ao rosto do sonserino o puxando mais e mais para si, aprofundando o beijo. Fora mágico, sentiam como se alcançassem as estrelas e mergulhassem sem temor num mar revolto. Como se todas as forças da natureza explodissem em magia ao seu redor e o mundo parasse de girar.
Afastaram-se lentamente, ainda com os olhos fechados e agora respirando com certa dificuldade. Draco segurava um sorriso único em seus lábios e Ginny completamente corada esconde o rosto no peito do loiro balançando lentamente no ritmo da música. Fora seu primeiro beijo, e fora a experiência mais extraordinária da sua vida.
Mas algo parecera errado, ela parara no meio da dança. Se quer piscava os olhos, e estes agora enchiam-se de lágrimas assustando o loiro que a fitava angustiado.
-Ginny? Ginny o que está acontecendo???
Ele segurava seu rosto com uma das mãos e com a outra sacuadia levemente seu ombro com todo cuidado para não machucá-la.
-Eu nunca estive tão feliz Draco... mas... mas eu ainda...
Ela começa a falar num sussurro fraco que o sonserino só conseguira entender por estar muito próximo à ela.
-Eu sinto muito, mas, eu não consigo!!!
Ela diz abruptamente soltando-se dele e correndo para as escadarias e trancando-se em seu quarto. Ao fechar a porta jogou-se contra a mesma ofegando e permitindo que as lágrimas corressem livres de seus olhos.
O príncipe permaneceu paralisado em choque antes de bater a mão na testa com força.
-Como eu fui idiota!!!
Gritara consigo mesmo antes de correr atrás da ruivinha, subira as escadarias como um raio e em segundos estava batendo na porta do quarto dela.
-Vá embora Draco, por favor!!!
Pedia a garota com a voz embargada. O loiro sentiu uma dor lacerante no peito, mas não desistiu.
-Ginevra abre logo esta porta!!!
Exigia exasperado.
-Não!!! Vá embora, não quero ser um objeto que usarás para provocar a ira de teu pai!!!
Grita Ginny entre soluços.
-Ginny abre essa porta e me deixa explicar!!!
Ele pede atormentado forçando a maçaneta.
-Já disse para ir embora!!! E pares de me dar ordens!!!
Esbravejava furiosa.
-Não irei embora Ginevra, se não abrires a porta posso derrubar a parede inteira se for preciso e sabes que sou capaz de fazê-lo!!!
A voz de Draco era ameaçadora e a ruiva rapidamente desviou o olhar para o buraco que existia entre a parede do seu quarto e o dele. Respirou fundo antes de responder.
-Então digas o que tem a me explicar daí mesmo!!!
Draco fecha os olhos em fendas assassinas e fechando as mãos em punhos tenta contar mentalmente até cem para não explodir ali mesmo.
-Ginny, sejas razoável, estamos casados...
Ele começa pacientemente, mas sua frase morre ao ouvir um gritinho abafado do outro lado da porta.
-O que fizestes a esta aliança??? Ela recusa-se a sair do meu dedo!!!
Grita Ginny novamente agora num tom de voz furioso e um sorriso malicioso forma-se nos lábios do sonserino.
-São os anéis de casamento da família Black!!! Depois que a desposei e que me aceitastes as runas os manterão eternamente em nossos dedos!!! Não há saída, és minha esposa agora e nada pode mudar isso!!!
Ele diz calmamente encostando-se na porta com os braços cruzados, seria questão de tempo para a grifinória dar-se por vencida e saísse por vontade própria, ao que a ruiva joga o sapato contra a porta o fazendo afastar-se bruscamente.
-Não podes estar falando sério!!!
Choramingou a ruivinha com a voz afastada da porta e finalmente Draco percebeu que estava aberta o tempo todo. Cautelosamente o príncipe abre-a colocando a cabeça dentro do quarto hesitante para encontrar Ginny jogada na cama como uma garotinha abraçando o travesseiro com força.
O loiro ficara sério e se aproxima a passos lentos da cama. Chagando perto ele ajoelha-se deixando seus olhos na altura dela e carinhosamente tira uma mecha do cabelo que pairava sobre o rosto vermelho da ruivinha.
-Não imaginei que se arrependeria tão rápido!
Ele diz forçando um sorriso. Ela apenas chora mais com as palavras do sonserino que começa a sentir-se desesperado.
-É tão difícil assim ser minha esposa?
Ele pergunta sentindo-se magoado, mas Ginny balança negativamente o rosto, mantendo-se em silencio.
-Ginevra, que inferno, me diz por que estas assim!!!
Pede o loiro a fitando com desesperança.
-Eu estou com medo Malfoy...
Ela diz baixinho ganhando um afago gentil de Draco em seus cabelos a fazendo relaxar e fechar os olhos.
-Medo de mim?
Ele pergunta calmamente, temendo a resposta.
-Não! Eu não sinto medo de você, não mais!
Ela responde colocando sua mão sobre a dele delicadamente.
-Tens medo do meu pai? Do bruxo das trevas? Da família do Snape? Ginny eu te dou a minha palavra que ninguém, absolutamente ninguém irá machucá-la...
Defende-se Draco com uma expressão angustiada.
-Não é isso... eu apenas... eu nunca beijei ninguém... e eu também não... eu não sei como agir como... como uma mulher casada!!!
Diz extremamente rubra.
-Somente isso?
Questiona o loiro com um meio sorriso.
-Bem eu... eu sempre sonhei que...
Ela diz timidamente e Draco sorri de canto a incentivando a continuar.
-Eu... eu só irei contar se prometeres não rir de mim!!!
Ela retruca com um muxoxo ao que o sonserino balança o rosto negativamente. A garota fica furiosamente vermelha antes de continuar.
-Certo... eu sonhava em encontrar um príncipe encantado... num cavalo branco... e quando ele me salvasse de um perigoso dragão nos casaríamos e viveríamos felizes para sempre...
Draco escutava tudo com atenção.
-E depois disso eu teria toda a minha família reunida num imenso jardim neste dia e meu pai estaria curado e Bill, Charlie, Percy e Rony não precisariam estar longe ou em batalhas perigosas... mas, tudo isso parecia tão distante da nossa realidade até mudarmos para este condado e... e agora eu tenho medo de abrir meus olhos e...
-E perceber que fez a escolha errada?
Ele a completa com pesar, mas Ginny senta-se bruscamente na cama largando o travesseiro longe e o puxando pela mão para sentar-se ao lado dela, confuso o sonserino senta-se ao lado dela.
-Não!!! Draco, tenho medo de abrir os olhos e tudo isso não passar de uma ilusão, de uma mentira cruel... de entregar meu coração e acabar sozinha no final...
Ela diz com os olhos marejados.
-Eu não vou deixá-la sozinha!
Responde o loiro franzindo as sobrancelhas, não estava entendendo onde Ginny queria chegar, já deixara claro que ele não era seu príncipe encantado e que não conseguiria reunir sua família para comemorar uma união feliz de contos de fada, mas se havia algo que ele poderia prometer é que estaria ao seu lado para sempre, mesmo que nunca chegasse a merecê-la.
-Dizes isso agora, és um nobre, nascido em berço de outro cercado de riquezas e pessoas finas... eu sou uma mera plebéia Draco... em algum momento vai comparar-me à sua noiva Greengraas e perceber que cometera um erro!!!
-Fazê-la minha esposa não foi um erro!!!
A interrompe com uma voz recriminadora.
-Será que não percebes??? Somos diferentes demais!!! Posso atrapalhar mais que ajudá-lo!!!
Ela responde desviando o olhar.
-Acreditastes mesmo que a levaria para a batalha sem te dar as armas necessárias para lutar, Weasley?
Questiona furioso o loiro levantando-se da cama e a deixando sozinha por alguns instantes seguindo até seu quarto e pegando uma caixa retangular de madeira e entregando-a.
A ruiva o encarou assustada, mas, ele com um gesto do rosto a incentivou a abrir. Os olhos da grifinória ampliaram-se em choque...
-Uma varinha!
Ela anuncia fascinada com o singelo objeto de madeira.
-Mas eu não sei como usar uma...
Seus olhos brilharam de emoção e Draco a encarando seriamente responde.
-Naquela noite quando os dementadores nos cercaram, a magia que existira em mim já encontrava-se selada pela maldição... apenas consegui lançar o patrono por sua causa... tens a magia em seu sangue e a partir de agora, eu a ensinarei a usá-la!!!
Os olhos da ruivinha o fitaram com admiração.
-Este é o meu presente de casamento Ginny... e quando tudo isso acabar eu vos prometo, que farei a festa de casamento mais fantástica de toda Gallzar e mesmo que tenha de colocar todo meu exército a caçar seus irmãos um a um, trarei sua família inteira para comemorar conosco!!!
Promete Draco de joelhos diante da Weasley que ainda estava sentada na cama. Com o coração transbordando de felicidade pela promessa do loiro Ginny joga-se nos braços do príncipe novamente e desta vez o derrubando no chão, mas, antes que ele tivesse a chance de reclamar ela unira seus lábios aos dele apaixonadamente.
Sem quebrar o beijo, Draco inverteu as posições colocando-se acima da ruivinha e depois de afastarem-se ofegantes trocaram olhares cúmplices, com cuidado o loiro com a ponta dos dedos traçou todo o perfil do rosto de Ginny em adoração, memorizando em sua própria pele cada traço seu.
Queria guardar para sempre o calor e a maciez de sua pele, a imagem de seus cabelos vermelhos como fogo, caídos em montes de cachos pelo chão, suas bochechas rosadas, lábios vermelhos e inchados, ofegando ansiosamente e o fitando com a mesma adoração em seus olhos castanhos.
Lentamente ele retirou a gargantilha de rubis revelando o seu pescoço e colo alvo, entregando-se ao desejo ele distribuiu beijos cálidos em toda sua extensão fazendo a grifinória estremecer com as novas carícias. Draco então a pegou em seus braços lavando-a para a cama onde voltou a beijá-la.
E naquela noite os dois tornaram-se um, entregando-se ao outro de corpo e alma.
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Ginny abriu os olhos preguiçosamente aquela manhã e levantou-se da cama esticando os braços para o alto, notou estar vestindo sua camisola branca como de costume... piscou alguns instantes antes de voltar os olhos para a aliança em sua mão.
-Não foi um sonho?
Ela pergunta com um pequeno sorriso em seu rosto. Rapidamente seus olhos percorrem toda extensão do quarto a procura do sonserino, mas ele já não encontrava-se lá, levantando-se da cama Ginny encontrou na mesinha de cabeceira estavam suas jóias, a caixinha com a varinha e uma rosa.
-Draco...
Ela sorri e veste-se rapidamente, desta vez escolheu um vestido branco, como ele disse que gostava. E prendeu os cabelos no alto deixando apenas algumas mechas caindo em cascatas nas costas, desejava estar linda para seu marido.
Cantarolando a ruivinha desceu as escadas.
-Draco?
Ela seguiu até a biblioteca onde encontrou-o na companhia de um pequeno elfo doméstico. Curiosa Ginny ficou escondida observando a forma como Draco tratava o elfo.
-Aqui esta a chave da mansão Black mestre Malfoy!!!
O elfo entrega uma chave de ouro para Draco
-Agradeço a ajuda!!! E não esqueças, ninguém deve saber a localização desta mansão e desta chave!!!
O elfo fez uma reverencia e desapareceu num ruído muito esquisito para Ginny.
-Porque não entra logo Ginny?
Questiona o Malfoy ainda de costas para a ruiva enquanto guardava a chave de ouro.
-Eu... err... estava...
Começa a garota nervosa, mas é surpreendida quando o sonserino sorri de canto cruzando os braço ao encará-la.
-Estava a me espionar?
Pergunta o loiro levantando uma sobrancelha e Ginny fica vermelha de vergonha desviando olhar.
-Não o encontrei quando acordei e...
Começa Ginny sem jeito, mas Draco a puxa em seus braços protetoramente.
-Ginevra, não precisa ficar com medo... não existem segredos entre nós, eu apenas não queria revelar sua presença aos servos do meu pai!!!
Diz o sonserino seriamente olhando em seus olhos.
-Estavas preparando o nosso retorno ao reino?
Pergunta Ginny prendendo a respiração por um instante, a idéia de ser apresentada à nobreza da Sonserina como esposa de Draco a assustava. Mas o loiro sabia exatamente como fazer sua esposa esquecer-se disso.
-Não quero que penses nisso agora, lembre-se que hoje a ensinarei como usar uma varinha!!!
Ele diz tranqüilizando-a e os olhos da ruiva brilham de ansiedade. Draco a fitou longamente, sentia-se o homem mais afortunado da terra por tê-la ao seu lado, docemente ele acaricia o rosto da menina a fazendo fechar os olhos entregue ao gesto do sonserino.
-És tão preciosa para mim Ginny...
Ele diz com uma expressão séria em seu rosto.
-Como também és para mim Draco...
Ela responde abrindo os olhos lentamente para fitar o marido. O loiro aproxima seu rosto ao da ruivinha selando aquele momento com um beijo apaixonado, cheio de carinho. Nada poderia estar mais perfeito na vida do casalzinho.
Naquela manhã até o final da tarde Draco e Ginny ficaram na biblioteca cercados por livros e objetos que o sonserino escolhera para as primeiras lições de magia da sua esposa. Fora uma tarefa árdua, exigindo muita paciência do loiro que na grande parte das vezes fora alvo de feitiços de levitação e estuporação.
Mas por mais que tivesse que desviar de feitiços da própria esposa, Draco tinha que reconhecer que a grifinória aprendera tudo rapidamente e fazia sua magia fluir de forma brilhante, demonstrando muita vontade de aprender mais e mais.
-Agora chega Ginny!!!
Diz o sonserino levantando-se e esticando a mão para a ruivinha.
-Mas ainda faltam muitos feitiços...
Choramingava agarrando um livro de defesa contra artes das trevas.
-Mas estes feitiços são mais avançados, posso ensiná-los outro dia, agora que quero ensinar-lhes outra habilidade!
Insiste o loiro até que Ginny segurou sua mão deixando-se guiar pelo marido. Subiram vários lances de escada até alcançar o sótão. Draco o preparara para parecer um salão de treino, afastara as caixas e baús liberando um grande espaço no centro.
-Eu nunca entrei aqui...
Murmura Ginny observando com curiosidade todo o local. Mas Draco a surpreende entregando-lhe uma espada de ouro.
-Agora vou ensiná-la a usar uma espada!!!
Ele anuncia envolvendo seus braços ao redor da garota, por trás mostrando como segurar a espada desferindo movimentos e golpes suaves e lentos, aos quais a grifinória marcava com detalhes em sua memória.
E assim passaram-se os dias, Draco ensinando tudo o que sabia a sua esposa e Ginny progredindo a cada aula e treino de espada que muitas vezes eram interrompidos por beijos apaixonados do casalzinho. Ao final do ultimo dia, os dois tinham grandes baús preparados com roupas, jóias e alguns itens mágicos.
Draco vestia-se elegantemente com um traje formal preto, estava como uma verdadeiro príncipe, seu semblante tornou-se frio e seus olhos perderam todo o brilho, Ginny sentia-se desconfortável, mas sabia que era necessário, seu marido agora teria que enfrentar pessoas muito perigosas e toda sua vida estava em jogo.
Ansiosa a ruiva aperta o braço do sonserino. Ela estava deslumbrante, usava um vestido verde esmeralda e seus longos cabelos vermelhos presos num coque alto por uma tiara de diamantes. Usava jóias de ouro e brilhantes o que destacava sua aliança dourada, os lábios levemente vermelhos e o nariz empinado como ensinara Draco.
-Estou pronta!
Diz com determinação para o loiro que beija-lhe o rosto antes de pegar a chave de ouro em suas mãos e apartar.
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Demoreeeii pakas, mas aqui está mais um capítulo super especial XD
Ray Malfoyyyyyy!!! O que achou deste capítulo??? Tão bom quanto o anterior??? Alguma dica ou sugestão??? Alguma ideia das próximas surpresas??? O que será que aconteceu com as irmãs Greengrass??? Proximo capítulo será mega emocionante, Ginny finalmente vai conhecer os sogros hauauhauhauahuahuahuahua!!!
Beijinhuxxxxx
Comentários (1)
Ok, ok... Eu disse que ia ler tudo rapidinho, mas... Não dá!! Eu leio, releio, leio de novo, volto pra ler outro pedacinho... *-*INCRÍVEL!!Merlin, como eu tô ansiosa pra ver a cara do Lucius quando ver a Ginny!! xD
2012-11-13