O reino da Sonserina



Faziam pouco mais de dois anos que Arthur e Ginny tinham partido do pequeno vilarejo da Grifinória para a vila Malfoy na Sonserina. As coisas estavam cada vez mais difíceis, nos primeiros meses os Weasley mandavam uma pequena quantia em dinheiro para Ginny pagar o casebre onde morava com o pai na cidade, o tratamento era muito caro e as poções para aliviar as dores do velho Arthur custavam pesos em ouro.



Com muito sacrifício os filhos mandavam moedas de ouro para ajudar, principalmente por parte de Carlinhos que agora trabalhava com dragões, mas ao final do primeiro ano as correspondências pararam de chegar, o reino da Sonserina havia entrado em Guerra com os demais reinos e nada nem ninguém dos outros condados entravam nas terras da família Malfoy, aqueles considerados “forasteiros” eram feitos prisioneiros ou escravos servindo a família Malfoy.



O medo se instaurou na vida dos dois Weasley, estavam sempre se escondendo dos guardas e passavam a maior parte do tempo isolados de todos depois que Arthur conseguiu uma pequena casinha há poucos quilômetros da cidade, completamente isolada entre uma floresta proibida e o campo que circundava o palácio Malfoy. O patriarca voltara a trabalhar na construção de suas máquinas e Ginny cuidava de uma pequena horta especial de onde tirava os ingredientes para fazer as poções do pai, dessa forma sempre ia à cidade disfarçada pegar livros para auxiliar na produção de suas poções.



Com o tempo as pessoas passaram a procurá-la para fazer suas poções já que o tratamento com o curandeiro local era muito caro e em tempos de guerra ficava mais difícil conseguir dinheiro. As únicas pessoas que sabiam que Arthur e Ginny eram da Grifinória, era Hermione Granger, a jovem dona da livraria que ensinava muitas coisas para a ruivinha e a sonhadora Luna Lovegood filha do dono de um pequeno jornal que denunciava as crueldades dos Malfoys, mas ninguém dava crédito ao jornal ou temiam serem vítimas das maldades dessa poderosa família, na realidade Hermione também viera da Grifinória há poucos anos enquanto Luna nascera no condado da Corvinal e veio para Sonserina com o pai após a morte da mãe.



Foi numa manhã de segunda-feira quando Ginny seguia para a cidade para fazer as entregas das suas poções e devolver um livro à Hermione quando um acontecimento iria mudar sua vida para sempre.



A ruivinha seguia andando pela estrada vazia que dava para a cidade, usando uma grande capa azul com capuz e uma bolsa grande de couro onde carregava o livro e as poções. O céu estava limpo com poucas nuvens, os pássaros cantarolavam tranqüilos e a brisa soprava suavemente o capuz libertando os longos e brilhantes cabelos ruivos. Era inicio da primavera e nessa época do ano pequenas flores brotavam pelo caminho deixando o caminho menos sombrio e assustador.



Ginny adorava a primavera, o perfume das flores no ar, lembravam da Grifinória, das festas e da família unida, ela sentia muita falta dos irmãos e da mãe, mas não se deixava entristecer, afinal logo logo seu pai estaria bom e fugiriam daquele condado sombrio.



E foi quando chegou ao limite entre a estrada de terra e a floresta proibida que a ruiva ouviu um grito desesperado. Assustada ela parou sua caminhada e olhou em volta, mas não avistou ninguém apenas o som do farfalhar das folhas das arvores com o vento, ainda desconfiada ela retorna ao caminho, mas dessa vez o grito fora mais alto e agonizante.



Decidida Ginny larga a bolsa no chão e parte adentrando um caminho precário pela floresta proibida, a passos apressados, perseguindo unicamente seus instintos, pulava raízes expostas, desviava dos galhos mais baixos, ignorava as pedras pontiagudas do caminho, sua capa enroscava em espinhos, mas a garota não parava de correr seguindo os gritos de socorro.



Havia algo dentro do seu coração que a obrigava a agir, ela sentia que deveria chegar lá o mais rápido possível. E quanto mais se aproximava da origem da voz mais e mais escura e densa se tornava a floresta. Foi quando chegou à uma clareira onde encontrara uma pequena criatura trajando farrapos como roupa e completamente machucada, havia muitas marcas em suas costas e feridas profundas. Estava amarrada pelas mãos à uma grossa corrente de ouro puro e um cavaleiro a chicoteava ferozmente gritando e a chamando de monstro.



Com um grito abafado de terror que a ruivinha percebeu que a criatura torturada pelo cavaleiro da Sonserina era na verdade um pequeno elfo doméstico, escravizado como tantos outros no reino. Levando as mãos à boca e sentindo o coração bater descompassado no peito a garota corre ao encontro dos dois empurrando com toda a força o cavaleiro o obrigando a se afastar da criaturinha. O pequeno elfo levanta fracamente os olhos verdes encarando a menina, que mesmo tremendo de medo enfrentava o grandalhão que o machucava.



O cavaleiro desequilibra-se por um rápido instante e seus olhos ganham um brilho maligno ao fitar a ruivinha. Tomado pelo ódio o cavaleiro segura o braço da garota com força a jogando no chão sobre o elfo, a criatura gritou com o impacto enquanto bradava.



-Sua plebéia miserável, terá o mesmo destino desse monstro!!!



Ginny apenas se encolheu no chão ao lado do elfo o cobrindo com sua capa entrega-lhes um pequeno frasco com uma poção de cura antes de soltar-se da capa e levantar correndo pela floresta. O cavaleiro furioso puxa o chicote e parte em direção à ruivinha que procurava desesperada por uma saída, mas nada encontra, estava cercada de arvores por todos os lados.  



Só existia uma única forma de sair daquele lugar, ela teria que enfrentar perigoso cavaleiro para poder libertar o pobre elfo das correntes, mesmo que não tivesse idéia de como o fazer. Mas, antes que tomasse qualquer decisão o cavaleiro a puxa pelos cabelos a jogando novamente no chão, Ginny cai ao lado de um galho de madeira grosso, determinada ela o segura com força em direção ao homem que se preparava para acertá-la.



A ruiva se encolheu esperando a dor que nunca chegou, pois o elfo lançara um poderoso feitiço sobre o cavaleiro o jogando contra uma enorme árvore, fora um raio amarelo certeiro que atingiu o oponente no peito, a armadura estava perfurada, fora um feitiço mortal.



Com os olhos agora amplos de choque ela voltou o olhar para o pequeno elfo que estava livre das correntes e completamente curado apontando uma pequenina varinha em direção ao inimigo. A passos lentos o pequeno elfo se aproximou da ruivinha e curvou-se em sua direção numa reverencia nobre que chocou a garota que mal conseguia piscar os olhos.



-Você foi a única humana que teve piedade de um pobre elfo escravo... Dobby presenteia a garota de alma bondosa...



O pequeno elfo entrega à Ginny um pequeno broche em forma de uma belíssima rosa e logo depois desaparece deixando a capa azul da garota ao chão. A ruiva só chegou à cidade horas mais tarde, estava visivelmente distraída, não falava com ninguém, apenas seguiu diretamente para a livraria ao encontro de Hermione.



-Você salvou um elfo???



Questionava perplexa a morena sentando-se em frente a amiga ruiva, Hermione ofereceu um chá para acalmar a menina que estava em choque.



-Sim Mione, foi tudo muito rápido e... assustador...



A ruivinha fitava os próprios pés, estava apavorada. Nunca vira um elfo doméstico antes e principalmente nunca vira como eram tratados escravos, o que conhecia era o que lia no jornal dos Lovegood.



-Esses Malfoys mereciam a forca!!! Aquele cavaleiro tentou mesmo te atacar??? Ah eu não sei o que eu teria feito se encontrasse esse maldito sonserino...



Brada furiosa Hermione, sempre fora contra a escravização dos elfos, eram criatura mágicas poderosas e mereciam respeito.



-Mione...



Chamou a ruivinha timidamente.



-Ele me entregou isso...



Ela estende a mão mostrando a pequena jóia em suas mãos, os olhos de Hermione ficam amplos em choque ela perde a fala. Diante da reação da amiga Ginny puxa a jóia para si.



-Gi-Ginny você não pode mostrar esse broche a ninguém!!!



Anuncia desesperadamente Hermione.



-Mas por que...



A pergunta de Ginny não chegou a ser completada, pois o barulho de cavalos e gritos por toda a cidade assustaram as duas. Os cavaleiros reviravam as casas e lojas em busca de um elfo que amaldiçoou o príncipe da Sonserina e atacou um cavaleiro na floresta proibida. As duas trocaram olhares de pânico. O que poderia acontecer agora?


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Segundo capítulo on =D estou gostando muito de escrever a fic apesar de ninguém comentar nadinhaaaa T_T


A partir do terceiro capítulo as coisas vão se encaminhar para um encontro entre Draco e Ginny *-* e como podem ver agora a Mione e Luna também fazem parte da historinhaaacom muitas surpresaaas XD


Bem Feliz Natal e atéee o proximo post!!!


 

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Comentários (1)

  • Rayza

    estou adorando mesmo, muito boa, eu comecei a ler achando que seria praticamente igual o desenho, mas você me surpreendeu com a escrita diferente do desenho *_____________*

    2013-07-16
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