Wonderful



N/A: bem, não conheço muuuuuuito bem a pessoa que eu tirei, e sofri pra fazer alguma coisa do que ela pediu lá no cadastro AUEHAEUEHAU coloquei até um pouquinho do q ela falou na Ginny porq realmente não sabia oq fazer D: e meu, é uma fic curtíssima e sem quase nada de nada, mas foi pelo pouco tempo que tive pra escrever, peço desculpas por isso. mas tentei fazer o melhor q pude e o mais próximo possível doq ela pediu (:





Wonderful


Eu cheguei com Moody e Shacklebolt ao largo Grimmauld após uma tarde maçante de trabalho no Ministério. Olho-Tonto estava sempre tenso e Kingsley sempre inacreditavelmente sereno, mas aquela atmosfera despreocupada do nosso local de trabalho havia tirado meu humor... era ridículo como todos simplesmente fingiam que não havia nada a se temer quando Você-Sabe-Quem estava solto por aí!


Moody entrou mancando pela casa com Kingsley em seus calcanhares e eu tive meu trajeto interrompido por uma colisão com uma massa de cabelos de um vermelho que combinava com a recente e maravilhosa decoração da casa dos Black. Estava irreconhecível, completamente diversa a casa mofada e deprimente que eu deixara pela manhã ao ir para o Ministério. Os lustres e os quadros não tinham mais teias de aranha e estavam enfeitados com guirlandas verdes, vermelhas, brancas e douradas. Havia uma enorme árvore de Natal ocultando a árvore genealógica dos Black, enfeitada com fadinhas vivas e bolinhas coloridas até a metade, com neve mágica caindo sobre ela e em alguns cantos da sala. O tapete estava de um verde tão vivo que parecia grama, e até as cabeças entalhadas de elfos tinham gorros e barbas de Papai Noel. Eu fiquei tão boquiaberta com o novo visual que esqueci de pedir desculpas à pessoa com quem eu colidi.


— Me desculpe, Tonks. — ouvi a voz de Ginevra dizer ao meu lado e me deparei com ela. Até a garota estava enfeitada de Natal com um gorro vermelho. — Ando tão distraída com a decoração...


— Er... foi você que fez tudo isso? — perguntei atônita.


— Não tudo. — ela sorriu.


Olhei mais uma vez pela sala e conclui que a casa poderia ser assim o ano todo.


— Você realmente gosta de Natal, não é? — perguntei, olhando o gorrinho sobre a cabeleira vermelha.


— Você não gosta? — disse enquanto terminava de decorar a enorme árvore levitando mais bolinhas e fadinhas.


— Não que eu não goste... — desabei em uma poltrona, cansada. — Mas nunca vi outra coisa legal nisso além da comida... — confessei fazendo-a rir.


— O Natal pode ter maravilhas maiores que isso, Tonks. — sorriu pra mim serenamente. — Bem, terminei.


— Ficou linda! Até você está combinando. — exclamei olhando pra ela, e era verdade, os seus cabelos acobreados se misturavam as cores da árvore de forma agradável aos olhos.


— Obrigada. — murmurou. — Está a fim de uma cerveja amanteigada?


— Claro. — não pude resistir, era a melhor coisa para meu atípico estresse.


Ela buscou duas garrafas e nos dirigimos à varanda, que estava enfeitada com fadinhas coloridas que lembravam aqueles pisca-piscas dos trouxas.


— Me diz... — conjurei duas cadeiras para nós e me ajeitei em uma. — qual é a maior maravilha do Natal? — ela riu e pensou um pouco para dizer:


— O Natal me faz lembrar que o ano está acabando... e isso me deixa animada de certa forma... — jogou os cabelos ruivos e lisos pra trás, pensando mais um pouco. — eu gosto de pensar de tudo que eu passei no ano e no que talvez eu vá passar no próximo... é isso! — disse rindo de um jeito bonito, tão bonito que não pude deixar de acompanhá-la. — E os presentes. Eu amo os presentes!


— Dessa parte todo mundo gosta! — ri e beberiquei a cerveja.


Ela deu um sorriso e um gole na bebida, então entramos em silêncio. Ouvi alguns passos pesados vindo do jardim mal-cuidado a nossa frente e apareceram de dentro do emaranhado de árvores e grama crescida Remus, Harry e Sirius, trazendo dois velhos baús.


Sirius parecia feliz como eu não o via há dias; Harry impassível, mas deu um sorriso sem graça à Ginny quando passou por nós e entrou com os homens na casa; e Remus que parecia abatido e cansado, me lançou um aceno de cabeça triste. Pude sentir meus olhos brilharem ao vê-lo e minhas mãos suarem levemente, era minha reação habitual quando eu estava perto dele.


Olhei para a garota ao meu lado e vi minha expressão espelhada no rosto dela.


— Harry foi seu primeiro amor? — perguntei sem me controlar, foi a primeira coisa que me veio em mente. Ginny corou.


— Não sei se posso dizer que foi um amor...


— Claro que foi... só pelo jeito que você olhou pra ele... — sorrimos. Ela ficava mais corada a cada segundo. — Parecia eu quando olho para Rem... — deixei escapar e ela me lançou um olhar divertido.


— Parece que não sou só eu que estou apaixonada! — foi a minha vez de corar. Senti meus cabelos mudarem repentinamente, alongando-se à altura dos cotovelos. — Foi. Foi a primeira pessoa que eu gostei... — pausa. — Remus foi o seu primeiro também?


— Não. — confessei. — Eu já fui apaixonada outra vez...


— Me conta. — ela apoiou o queixo nas mãos e o cotovelo na perna, como se estivesse pronta para ouvir uma longa história, com um sorriso que eu não pude resistir.


— Foi... — engoli em seco e a olhei um pouco mais séria. — foi uma garota na época da escola.


Ela, previsivelmente, pareceu surpresa, mas continuou calada como um convite para que eu continuasse.


— Ela era da Corvinal e eu da Lufa-Lufa... não faça essa cara de quem espera ouvir uma longa e linda história! — ela riu e desfez a pose, fingindo-se de decepcionada. — É, não aconteceu muita coisa, pois não tínhamos muita aproximação e... bem, ela não gostava de garotas.


— Como você sabe disso?


— Era tão óbvio... — eu contei, me lembrando.


— Nem tudo é o que parece... — ergueu uma sobrancelha de forma que eu pude classificar como insinuante. — Você ainda gosta de garotas?


A pergunta me pegou de surpresa e demorei um pouco para responder.


— Eu... talvez... — respondi gaguejando, pois o olhar dela estava um pouco perturbador.


Perturbador porque eu esperei que ela manifestasse aversão àquilo, e não interesse. Apesar de intimidada por ele, eu notei como era bonito o seu olhar castanho. Era um marrom tão forte que chegava a ser mais quente até que o vermelho dos seus cabelos.


O seu rosto não estava mais corado e parecia bem determinado agora. Em contraste o meu estava queimando e meus lábios estavam secos, como sempre ficavam quando eu estava nervosa. E era decididamente nervosa que eu me sentia com aquela garota me olhando daquele jeito. E se aproximando! Descaradamente se aproximando de mim e trazer um sutil perfume floral.


Ficando perto o suficiente para me beijar, ouviu-se um ranger de madeira e a porta da varanda se abriu abruptamente, revelando um Ronald arfante e despercebido do que estivera prestes a acontecer.


— Ginny, Tonks... a mãe mandou chamar para o jantar. — e logo se retirou.


Ela me lançou um olhar atrevido antes de sairmos dali, mas eu não me ousei a ir jantar com ela e os Weasleys, eu provavelmente ficaria nervosa entre o olhar dela e a presença de Remus, então subi para meu quarto.


Vencida pelo cansaço do dia, cai a sono solto. Pra ser perturbada com sonhos com cabelos vermelhos e olhos castanhos atrevidos. Pra acordar hora ou outra no meio da madrugada de Natal e ter a impressão de que a garota está ali no quarto, observando-me dormir com malícia no olhar.


Pra acordar com um som de madeira arrastando-se e passos cautelosos no cômodo no qual dormia e fingir-me de adormecida. Pra sentir um aroma de flores familiar e não resistir virar-se para fitá-la.


Ginevra não se assustou ao ver que me virei e me sentei na cama, continuou com seu andar e olhar determinados. E uma boca determinada, que capturou a minha antes que eu pudesse protestar. Não que houvesse algum motivo para protestar. E quem o faria? Com seus lábios friccionando-se deliciosamente com os meus e sua língua exigindo passagem, objetiva.


E eu tentando inutilmente pensar no que estávamos fazendo com seu cabelo arrastando em meus ombros despidos e seu perfume característico me embriagando. Com suas mãos delicadas envolvendo minha nuca, puxando-me em direção a ela e àquela perdição.


Quando eu estava a ponto de trazer seu corpo para a cama e trancafiar-nos no quarto, ela se separou de mim e me fitou com seus orbes de atrevimento castanho.


— Eu disse, — falou antes de me arrancar mais um beijo que quase levou minha sanidade junto e se retirar com a mesma determinação e o mesmo olhar e sorriso ousados. — que o Natal podia ser mais maravilhoso do que você pensava... Feliz Natal, Tonks.


 

N/A: espero que tenha gostado, Luiza *-* 

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Comentários (2)

  • Manoela Tempting

    super adorei a fic.....só queria que tivesse um final mior um pouquinho, ia ser bem interessante.....mas...naum seria má ideia se vc escrevesse outra com os mesmo personagens.....caso decida um dia estárrei bem atenta..... 

    2012-03-16
  • randomfairytail

    Eu sabia que seria difícil escrever para o que eu pedi. E você também sabia disso. Mentirosa u.u Mas adorei, cara!

    2011-12-25
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