Unico



A versão de Gina


 


Eles não podiam estar fazendo isso com ela. Deixa-la na Sala Precisa, sozinha, para sua própria segurança? Isso não era certo. Eles precisavam de todas a varinhas que conseguissem! Mas eles queriam deixa-la lá, pois ela não era maior de idade e por que não queria que ela se machucasse. Com certeza, ela feriria mais do que seria ferida. Até Harry a abandonara! Ele permitiu que ela ficasse ali, sozinha, aflita com possibilidade de alguém de sua família ou algum amigo ser morto. Ele estava com medo de perdê-la, - o que era lindo da parte dele - mas mesmo assim, não era justo!


Ela ficou eufórica quando Harry apareceu com Ron e Hermione, pedindo para que ela saísse da sala para eles conseguirem transforma-la e achar o diadema. Ela saiu, e, assim que colocou os pés para fora da sala ouviu Harry gritar:


- Mas volte para cá depois que terminarmos, está bem?!


Harry, Harry, Harry... Tão fofo, mas tão ingênuo” pensara. Ele realmente achava que ela ia perder a agitação e a oportunidade de realmente fazer a diferença. Com certeza não o faria. 


Ela foi correndo passando por batalhas e graças a Merlin não encontrou nenhum conhecido.


Quando estava descendo as escadas para ir ao jardim, onde havia uma desvantagem dos Lutadores de Hogwarts, ajudar, ela encontrou Tonks subindo. Ao vê-la, a ruiva sentiu uma enxurrada de felicidade inundar o seu peito. “Pelo menos alguém estava bem...”.


Tonks não reparou em Gina na hora, então, a garota segurou seu braço e a abraçou de surpresa.


- Tonks, que bom que está bem...


- Fico feliz de vê-la inteira também, mas, temos mais o que fazer...


Elas subiram as escadas correndo, onde era mais fácil e seguro de se atacar, mas sempre paravam para ajudar alguém que estava com dificuldades em alguma batalha. Gina estuporou alguns Comensais e desarmou outros tantos, mas ainda tinha energia e estava determinada em usar até as suas últimas forças para encontrar e, se possível, ajudar sua família.


Quando chegou ao andar que havia deixado, viu Malfoy e um de seus mamutes sair correndo, não fez questão de atacá-los. Nem isso eles mereciam. Quando foi mais a diante, encontrou Harry, Ron e Hermione, e sentiu um enorme alivio ao perceber que eles estavam bem e que a Sala Precisa estava destruída. Ela não precisava mais ficar esperando, ela poderia agir.


- Gina foi brilhante! Estuporou vários comensais da morte e ajudou muitas pessoas. Não sei como pensamos que poderíamos ficar sem ela para nos ajudar. – Disse Tonks ofegante e animadamente.


O trio concordou. Todos sabiam que Gina era ótima, mesmo ela sendo muito inconsequente e não pensava muito mais do que no foco do no momento.


Gina observava atentamente as paredes e a porta da sala precisa, pensando no que poderia ter acontecido lá dentro. Quando virou-se, o trio já havia ido, nem dera tempo para perguntar se todos estavam bem.


Gina foi correndo com Tonks para a Torre de Astronomia, onde teriam uma visão mais abrangente. Ficaria mais difícil atacar as pessoas certas, mas seria mais fácil se livrar dos dementadores que rodeavam o local.


No caminho, encontraram Lupin. E Tonks, mesmo querendo ajudar Gina, deixaria o marido.


A ruiva foi correndo para a Torre. Mesmo sozinha teria que ajudar as pessoas. Ao chegar lá, viu que os dementadores eram um problema maior do que imaginava. Teria que fazer um Patrono Corpóreo, que era muito difícil.


Ela foi caminhando calmamente até a janela e pensou em uma de suas lembranças mais felizes e preciosas: Quando a Harry beijou no Salão Comunal da Grifinória.


Ela respirou fundo, concentrou-se em sua lembrança e no que sentiu quando a viveu. E então gritou:


- EXPECTO PATRONO!


Assim, ela viu o cavalo surgir na ponta de sua varinha, e sair cavalgando pelo ar, afastando os Dementadores que estavam por perto. Ela, neste momento, sentiu uma força que nunca havia sentido antes. Se sentiu mais confiante. Pronta para encarar qualquer que fosse o desafio.


Pensou em descer e ajudar mais pessoas, mas foi impedida por um homem vestido de preto, com uma varinha na mão e um sorriso maléfico no rosto. A garota estendeu sua varinha e lançou um feitiço mudo, não conseguiu distinguir qual era. Era como se tudo o que havia aprendido e toda a sua magia tivessem vida própria e fizesse o que fosse preciso para protege-la e guarda-la. Ela o atacou com tudo o que pode, e assim, venceu jogando o homem pela janela da torre mais alta do castelo. Se o homem não havia morrido, não teria condições de lutar por um bom tempo.


Ela desceu correndo e foi em direção ao pátio, quando chegou lá ouviu a voz de Voldemort falando em um eco:


"Vocês tem lutado bravamente, Lord Voldemort sabe valorizar a bravura. Entretanto, vocês têm enfrentado grandes baixas. Se continuarem resistindo a mim, vocês todos morrerão, um a um. Eu não desejo que isso aconteça. Cada gota de sangue mágico derramado é uma grande perda e um desperdício. Lorde Voldemort é misericordioso. Eu ordeno que minhas forças se retirem imediatamente. Vocês têm uma hora. Disponham seus mortos com dignidade. Cuidem de seus feridos.


Agora eu falo, Harry Potter, diretamente para você. Você tem permitido que seus amigos morram no seu lugar ao invés de você mesmo me enfrentar. Eu esperarei por uma hora na Floresta Proibida. Se, ao final de uma hora, você não tiver vindo até mim, não tiver se rendido, então a batalha recomeçará. Desta vez, eu mesmo entrarei na luta, Harry Potter, encontrarei você e punirei cada homem, mulher ou crianças que tentarem esconde-lo de mim. Uma hora.”.


Nesse momento, Gina gelou, como Harry teria que se entregar? Isso não podia acontecer, simplesmente não podia. Com certeza ele o faria. Aquele idiota metido a herói que adora fazer um sacrifício pessoal. Ele não podia, mas ele iria. Disso Gina tinha certeza.


Então ela saiu correndo em busca do Moreno, tentando impedir que ele fizesse essa besteira. Tentou abrir todas as salas em que passou, mas nada. Então ela decidiu descer de vez e ir ao salão principal, porque lá era onde eles planejariam tudo, e dariam destino aos mortos.


Quando chegou, ela ficou muito surpresa. Fred, Tonks, Lupin e muitos mais lá, estendidos ao chão. Mortos. Isso foi terrível para ela. Gina foi caminhando devagar. Ela chegou, e se curvou em cima do corpo do irmão, chorando e o chamando. Ela deve ter ficado assim por muito tempo, pois, quando se levantou, Ron e Hermione estavam lá chorando. Harry não estava junto, o que a preocupou muito. A ruiva virou-se para os dois e perguntou:


- Harry... Ele esta bem? Ele não vai se entregar, vai?


- Não Gina, ele não vai, ele está no escritório de Dumbledore, provavelmente conversando com seu quadro.


Ela sentiu um grande alívio. Pelo menos, Dumbledore o convenceria a fazer o melhor.


Ela, de repente, decidiu que eles tinham que parar de lamentar e chorar e começar a fazer alguma coisa, resgatar os corpos, limpar feridas, arranjar varinhas. Qualquer coisa, menos ficar ali chorando. Porque as lágrimas não resolveriam nada.


Ela se levantou. Foi andando e chamou Luna e Neville para ajudarem-na. Enquanto andava, recitava feitiços para os destroços saírem do caminho para, assim, conseguirem levar os corpos para dentro.


Todos começaram a ajudar, e levaram os corpos para dentro. Em uma câmara separada. Neville e Olívio Wood carregarem o copo de Colin Creevey. Gina se sentiu muito mal por Colin ser um de seu companheiro de classe, e era um de seus únicos amigos com a mesma idade que ela. 


A ruiva vira uma menina no chão, que começa a falar assim que a ruiva chegou perto:


- Eu estou muito machucada. Não aguento mais. Não dá pra lutar contra essas pessoas, eles são muito bons.


- Está tudo bem – dizia ela – Está tudo bem. Vamos para dentro.


- Mas eu quero ir para casa – sussurrou a menina. – Não quero lutar mais!


- Eu sei – disse Gina, e sua voz falhou - Vai ficar tudo bem.


Quando terminou de falar isso, e começou a levantar a menina e encaminha-la para dentro, Gina sentiu algo raspar em sua pele, e em suas roupas, como uma pequena brisa, leve e macia.


Ela levou a garota para dentro, e lá ela ajuda alguns amigos que estavam machucados. Deve ter demorado um pouco, pois quando voltou, para fora, viu o exercito de Comensais da morte juntamente com Voldemort se aproximar.


Ela saiu e teve um choque. Viu Hagrid caminhando, amarrado a um monte de cordas, carregando algo. Ela só percebeu o que era quando, a mando de Voldemort, Hagrid o coloca aos seus pés.


Era Harry. Ao ver a cara de susto e ouvir os gritos e lamentos de todos, Voldemort fala em alto e bom som:


- HARRY POTTER ESTÁ MORTO. E AOS MEUS PÉS, ONDE É O LUGAR DELE. ELE NÃO É PAREO PARA MIM. NUNCA FOI. E VOCÊS NÃO TEM COMO LUTAR CONTRA MIM SEM O SEU GRANDE HERÓI!


Ele estava certo, não havia chance de vencerem, sem Harry, era impossível. A morte era inevitável Ou era isso, ou era se render. Ela já estava quase dando um paço à frente, para se render, quando alguém, não reconheceu quem era, gritou algo como "Ele derrotou você!". Isso pareceu acender a chama da esperança no peito de todos, inclusive o dela. 


Neville deu um passo à frente e foi andando até perto de Voldemort. Ele foi devidamente apresentado por Bellatrix e apontado como sangue-puro. Foi convidado a virar um Comensal, mas quando isso aconteceu, ele gritou:


- Vou me juntar a você quando o inferno congelar. Armada de Dumbledore!


Todos gritaram. Foi uma confusão, até que Voldemort falou que Neville serviria de exemplo para mostrar o que acontece quando alguém tenta fazer uma rebelião.


Ele forçou o chapéu seletor na cabeça do garoto e ateou fogo nele. Mas, Voldemort ficou concentrado na multidão e, assim, o feitiço que prendia Neville passou. O que acalmou Gina um pouco, pois ele conseguiu tirar o chapéu de sua cabeça.


Flechas começaram a cair do céu acertado exclusivamente os comensais, Neville, aproveitando a oportunidade, arrancou a cabeça da cobra com a espada de Griffindor, que havia saído do chapéu nesse momento, em um só golpe. O que tirou a atenção de todos, inclusive da ruiva. Quando Gina voltou a prestar atenção em Harry, ele havia sumido. Mas não deu para procura-lo porque ela teria que lutar. 


Então ela foi correndo, na direção em que suas amigas estavam indo, atacando todos os comensais que podia. Chegou onde suas amigas estavam, e atacou quem mais queria matar: Bellatrix Lestrange. Ela não prestou mais atenção no que acontecia, só estava concentrada em acabar com aquela Mulher. Mesmo, ela, Hermione e Luna atacando com tudo o que tinham, não eram páreo para Bellatrix. Gina não prestou atenção e nada, até que a maldição da morte passou em baixo de seu braço.


Nesse momento ela escutou sua mãe falando:


- Minha filha não, sua vaca!


Molly empurrou a filha para o lado e lutou contra Bellatrix com tudo o que podia. Quando Bellatrix deu uma gargalhada, se desconcentrando, foi atingida pela maldição da morte.


Gina viu Voldemort avançar contra sua mãe, mas, ouviu uma voz conhecida gritar: 


- Protego Totalum


Ela se virou para onde a voz vinha e viu Harry despindo a capa da invisibilidade. Ela não conseguiu se conter. Gritou:


- Harry! Está vivo!


Mas ele fez um sinal com a mão pedindo para que todos parassem. Isso aconteceu, todos pararam, ele foi para frente de Voldemort com a varinha apontada, em posição de duelo. Eles falaram um com o outro. Harry esclareceu coisas que Gina nem suspeitava, ou pensava que existisse. No fim, Voldemort gritou:


- Avada Kedavra. 


Ao mesmo tempo, Harry gritou:


- Expelliarmus.


Mas, a varinha que Voldemort empunhava soltou de sua mão, e a maldição lançada pelo próprio o matou. Harry pegou a varinha, e todos foram em sua direção. Gian o abraçou e tentou beija-lo, mas não conseguiu.


Depois que o alvoroço passou um pouco, todos foram para o salão principal, onde se sentaram e ficaram conversando ou chorando de alegria e, as vezes, tristeza.


Harry, Ron e Mione, sumiram por um tempo, mas, depois somente o casal votou. Disseram que Harry foi para o salão comunal, pois ele pretendia descansar e comer um sanduiche. Gina se encarregou disso. Ela foi até a cozinha e pediu para Monstro fazer um lanche para o senhor Potter. Quando ficou pronto, ela mesma o levou para o quarto de Harry, onde ele estava deitado fazendo simples feitiços com sua varinha de pena de Fênix.


- Harry...


- Gina!? O que faz aqui?


- Vim falar com você, esclarecer as coisas. 


- Eu também, já que a guerra acabou, não há mais perigo... Mas, se você não quiser mais namorar comigo...


Gina o interrompeu, tomando seus lábios em um beijo, e falou em seu ouvido.


- Você realmente acha que eu iria desistir de você, senhor Potter? Eu sonho com você desde pequena, e eu NUNCA vou desistir. Eu te amo, e sempre vou te amar.


- Eu também te amo Gina. 


E assim, os dois se beijaram. E ficaram assim por um tempo. Dividiram o sanduiche e depois se apertaram na cama. Dormiram desse jeito, abraçados. 

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