O FAVOR PARA DUMBLEDORE
A Rua dos Alfeneiros continuava exatamente igual ao que sempre fora. Exceto pelo fato das férias escolares terem começado o que fazia com que um garoto de olhos verdes e cicatriz em forma de raio voltasse para a casa de seus tios.
Harry Potter estava em seu quarto, na casa número quatro. Já fazia quinze dias que deixara Kings Cross. Ele tentava não pensar em seu falecido padrinho Sirius, a única pessoa que fora mais parecido com um pai para ele, pois se pensasse doeria muito. Harry sabia que Sirius não gostaria de ver o afilhado infeliz. Mas era inevitável. Era muito estranho um garoto de quase dezesseis anos ter tanta coisa em que pensar. Estava preocupado com uma profecia, que dizia “Um não pode viver enquanto o outro sobreviver”, também com o Lorde das trevas e o que ele armaria este ano para tentar pegar “o-menino-que-sobreviveu”. Mas tinha que viver sua vida também.
Harry conseguiu dar um pequeno sorriso ao lembrar-se do que estava escrito no pergaminho que jazia ao lado da gaiola de Edwiges, sua coruja alva.
Querido Harry,
Nós sabemos que as férias só começaram, mas o professor Dumbledore autorizou tirá-lo daí na próxima semana, se for conveniente para você, na sexta estaremos aí.
Mande resposta,
Carinhosamente,
Molly Weasley
Já era sexta, que a Senhora Weasley havia mencionado na carta, ele só não sabia quem eram nós e como eles viriam, mas tinha rabiscado uma resposta imediatamente que havia recebido o pergaminho.
Harry já estava arrumando o malão, isto é, retirar os dois terços de lixo do fundo, e antes de descer atirou algumas nozes a Edwiges, que estava presa. Lá em baixo, Tia Petúnia fazia o café-da-manhã Tio Válter lia o jornal Duda já estava sentado com seu enorme traseiro no sofá, vendo TV.
Ficando a uma boa distancia do tio, como acabara aprendendo;
_Tio Válter, meus amigos vem me buscar para ficar o resto das férias com eles. Tia Petúnia tinha parado para escutar, mas o homem somente ficou vermelho, quase roxo, sem dizer nada, o que era bom. E o garoto subiu ao seu quarto sem ao menos tocar na comida.
Ele não precisou esperar muito. Da sala de visitas fez-se escutar um barulho alto. Vindo da lareira, de novo.
Harry desceu as escadas quase imediatamente.
_ Parem de se mexer crianças, esperem um pouco! Deixem-me pegar a varinha! -Se fez ouvir a voz do Sr. Weasley, abafada._ Silencio um minuto! Harry, você está ai?
_Ai! Gina você ‘tá com a perna na minha cara!_ Harry ouviu Rony reclamar.
_E você com o cotovelo nas minhas costas! Retrucou Gina.
Mas, Harry pensou consigo, os Weasleys deveriam saber que os trouxas continuavam bloqueando a lareira. Antes que pudesse pensar mais algo o Sr. Weasley deve ter feito um feitiço não verbal para saírem de lá. Mas a lareira não explodiu, ou explodiu metade do cômodo. Os três saíram normalmente da lareira, como se não tivessem ficado presos.
_Harry que bom vê-lo!-Disse o Sr. Weasley. Ele era um homem magro, com os cabelos ruivos, como o de seus filhos e um rosto bondoso.
_Bom ver o Senhor Também, Sr. Weasley.
_Sabe, pensando que isso poderia acontecer de novo, procurei um feitiço para ajudar, e funcionou! – O senhor exclamou feliz.
Tio Válter e tia Petúnia não mostravam sinal de vida e Duda estava entre os dois, espremido contra a parede, mas mostrando um leve interesse na cena.
_E aí, cara, tudo bem?- Perguntou Rony, seu melhor amigo, um garoto ruivo e musculoso, que aparentemente, mesmo nos poucos dias parecia ter crescido cinco centímetros.
_Eu ‘tô ótimo Rony
.
_Eu vou lá em cima pegar o malão. -Rony concluiu. Ele sabia onde ficava o quarto, graças à aventura de atravessar o país voando no carro do pai para buscar Harry, no segundo ano.
_Oi Harry!-cumprimentou a mais nova dos Weasleys, Gina. A garota estava bem... Diferente. Ela também tinha crescido um pouco desde que deixara Kings Cross. Estava muito bonita. Seu rosto parecia mais maduro, talvez um pouco mais sério. Seu corpo também tinha as formas mais bem definidas.
No momento em que bateu os olhos nela um pequeno monstro parecia surgir dentro dele, cravando suas garras no interior de Harry, pedindo que aquela garota fosse mais do que sua amiga.
_Oi Gina, tudo bem? Depois de dar alguns passos na direção dela, Gina fez primeiro o que Harry iria fazer. Ele só conseguiu ver muitos fios ruivos e só pode deduzir que ela o abraçara, ele retribuiu segurando-a fortemente, antes de ficar meio distraído com o cheiro floral que emanava dela. Os dois ficaram ali, abraçados no meio da sala de visitas, até que o Sr. Weasley os fez despertar, separando-os.
_Ora, isso é um VDD? Como... -Perguntou o Sr. Weasley que observava o aparelho de DVD. Senhor isso é um DVD. -Harry sussurrou, corrigindo-o.
_Harry será que você pode me ajudar aqui?-Rony veio trazendo o malão. Não estava tão pesado assim, mas como os Dursleys não eram muito imparciais com relação a bruxos era melhor não demorar. O Sr. Weasley tirou um saquinho de dentro das vestes, abriu-o e atirou um pouco do conteúdo na lareira, e as chamas tornaram-se verde esmeralda.
_Vai lá Gina, você primeiro. Depois você Rony. E os dois desapareceram em meio às chamas verdes.
_Até as próximas férias. - Acenou para os Dursleys, entrou na lareira e gritou-A Toca- E a já costumeira sensação de ser sugado por um ralo e girar rapidamente começou de novo. Harry fechou os olhos e quando os abriu novamente encarou mais quatro pares de olhos, Rony, Gina, Senhora Weasley e Hermione.
A garota ainda estava tomando o café.
_Desculpe Harry, eu acordei tarde. - Desculpou-se Hermione.
_Não tem problema Hermione. Ela se levantou e deu um abraço em Harry como Gina o havia feito.
_Harry, querido, como está?-Perguntou a Sr.ª Weasley correndo para abraça-lo também.
_Estou ótimo. - Disse meio sem ar pelo aperto.
_Harry, não sabia que seus tios tinham um VD... Um DVD! Hum. . . Queria saber como funciona... -Disse o Sr. Weasley saindo da lareira. Mas esse vendo o olhar de Molly mudou de assunto. -Bem, preciso ir para o trabalho. Boa tarde para vocês. -E saiu d’a Toca para aparatar.
_Harry, você não tomou café, não foi, está tão magro! Vamos, coma algo. –Insistiu a Senhora, como já era de costume. Ela falava isso para todos, mesmo que a pessoa não estivesse exatamente magra.
_Obrigado Sr.ª Weasley. –Na verdade Harry não estava com fome, mas como recusar a maravilhosa comida da matriarca dos Weasleys? Ele sentou-se e comeu um pouco. Depois os quatro subiram com os protestos da senhora, que dizia agora que todos deveriam comer mais. Gina subiu até seu quarto e os outros seguiram até o quarto de Rony.
_E aí cara você tem alguma novidade?- Perguntou Rony.
_Não, esqueceu que estive trancado na casa dos Dursleys todos esses dias?
Mas Rony não teve tempo de responder, pois no meio do quarto do mesmo uma grande labareda apareceu fazendo os três quase caírem para trás de susto, mas no instante seguinte, no lugar das chamas surgiu uma enorme ave com penas brilhantes, vermelhas e douradas. Uma fênix.
De um salto Harry levantou-se e falou calmo aos amigos:
_É Fawkes, a fênix de Dumbledore.
Fawkes segurava algo no bico. Harry foi até ela e pegou o pergaminho. A ave bateu as asas e sumiu nas chamas.
O garoto abriu e imediatamente reconheceu a caligrafia fina e inclinada do diretor, numa carta endereçada a ele.
Caro HARRY,
Creio que precisamos conversar, e quero lhe pedir um favor, vou lhe buscar n’a Toca na próxima segunda, à tarde, e te deixarei a par de tudo o que está acontecendo.
Atenciosamente Alvo Dumbledore.
_Harry o que será que Dumbledore quer com você? – Rony quis saber.
_Eu não faço ideia. – Foi a resposta.
_Deixem isso para lá, por hora. – Hermione entrou na conversa. –Harry, você está bem?-perguntou a garota com semblante preocupado. Ele sabia muito bem sobre o que a amiga se referia. Ela queria saber se Harry realmente estava se sentindo bem com relação a Sirius.
_Estou muito bem Hermione. – Disse seco. Não estava com a mínima vontade de falar sobre o padrinho.
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Oi gente!
Essa é a minha primeira Fic, espero que gostem!
P.S.COMENTEM!
Comentários (1)
Começou legal...:D
2012-06-22