Parte 8



Draco corria pelos corredores lembrando-se de tudo que acontecera, antes as frases que ouvira na fatídica noite não tinham muito sentido, mas agora tudo se encaixava. “Pare de insistir nisso Rony, eu já lhe falei que não vou desistir.”, “Ele ganha a mim, ele gosta de mim e sou uma boa esposa para ele.”, “Não é assim, no começo eu confesso que tinha essa intenção, mas as coisas mudaram.”. Pensava que o que Gina tinha lhe dito poderia ser verdade e com todas as descobertas das últimas horas as coisas poderiam ser diferentes dali para frente.


Ele seguia pensativo, mas podia ouvir os passos atrás de si e tinha certeza de que eram de seus amigos, mas nada importava no momento, ele só queria chegar à enfermaria. Empurrou a porta e a mesma quase se fechou novamente depois de bater na parede, o estrondo fez todos no recinto saltarem de susto. O loiro entrou sem se importar com os rostos zangados, mas estancou de chofre quando viu Hermione deitada de olhos fechados com o rosto pálido, a barriga aberta com um corte que ia de um lado ao outro, suas vestes tingidas de sangue e toda área dentro e próxima ao corte também estava vermelha, de repente respirar ficou difícil quando Draco viu um pezinho branco e minúsculo em meio a todo o sangue, não agüentou mais e desmaiou.


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Minerva lançou um Aguamenti em Draco que levantou no mesmo instante sacando a varinha.


- O que foi? Onde estou? Quem está atacando?


- Ninguém Sr. Malfoy, o senhor apenas entrou aqui sem permissão e desmaiou ao ver a Srta. Granger... Bem feito.


Draco ficou boquiaberto, lançou um feitiço para secar suas roupas resmungando xingamentos sobre a diretora. Se levantou a tempo de ver o médico retirar o bebê de dentro de Hermione e cortar o cordão umbilical, respirou fundo confirmando que não desmaiaria de novo e se aproximou vendo o corpinho flácido coberto de sangue que se debatia nas mãos do homem. Ele virou o bebê e deu palmadinhas em suas costas até que o choro ecoou pelo ambiente.


- Ele é um menino saudável. – constatou o médico.


- É um verdadeiro milagre.


- É, foi muita sorte. – Papoula concordou com Miverva.


- Agora Madame, pode segurá-lo? Ainda tenho que conter o sangramento e fechar o corte.


O médico passou o bebê para a enfermeira que o enrolou numa manta e se afastou em direção à sua salinha, Draco voltou sua vista para a cama e viu o homem pegar agulhas compridas e algum tipo de fio, mas antes que espetasse Hermione como ele pensava que iria acontecer, o médico praticamente se debruçou sobre ela colocando suas mãos pela abertura em sua barriga agora murcha. Ficou assim por vários e longos minutos, até que ele se afastou um sorriso nos lábios, pegou algo dentre os objetos metálicos e voltou a se debruçar sobre ela.


Os minutos passavam e Draco permanecia parado no mesmo lugar observando o sangue escorrer do corpo de Hermione, o choro do bebê já havia cessado e pelo canto do olho notou Minerva se aproximando com um embrulho branco nos braços.


- Parabéns papai. – a professora disse numa voz gentil lhe estendendo o embrulho.


Draco olhou para o pequeno boneco e o pegou desajeitadamente o acomodando com a ajuda da diretora, ele se remexia e resmungava apertando fortemente os olhos e abrindo e fechando as mãozinhas gorduchas. No momento em que pôs os olhos no rostinho do seu filho, nada mais importou para Draco, nada do que Hermione tivesse lhe feito se sobreporia ao que ela tinha lhe dado. Não soube quanto tempo ficou admirando seu filho, tentando encontrar sua voz para dizer qualquer coisa que fosse, mas seus pensamentos foram interrompidos quando por fim o médico se pôs de pé afastando-se de Hermione.


- Foi difícil, mas consegui conter o sangramento, mas recomendo muito, muito repouso mesmo. Uma boa alimentação, nada de stress, descanso, nada que faça os pontos inflamarem e que vá ao meu consultório daqui a três semanas para que eu possa ver melhor a situação interna dela e checar os pontos.


- Ela está fora de perigo?


- Sim, mas se não tomar as devidas precauções pode ter graves problemas. Quando acordar deverá estar com dores no corpo devido à tentativa de parto normal e a cesariana a que foi submetida, mas as medicações certas e repouso a deixarão novinha em folha.


- Mas esse tipo de... Nascimento não requer um cuidado maior?


- Sim, por isso acabo de dizer todas as recomendações, ela demorará um pouco mais para se recuperar, mas pelo que vi hoje aqui, ela terá bastante ajuda.


- Ou problemas. – Papoula acrescentou baixinho.


- Bem, meu trabalho aqui está terminado. Foi um prazer ajudá-la, ela é corajosa e provou ser uma mulher de fibra ao estar disposta a dar tudo pelo filho.


- Obrigada ao senhor por vir nos socorrer em uma situação como esta.


- Não há de quê, estou sempre à disposição.


- Eu o levo até sua casa. – Minerva se dispôs.


- Obrigado. – o médico agradeceu e seguiu Minerva para fora da enfermaria.


Papoula limpou todo o sangue que estava em Hermione, colocou curativos nos pontos feitos pelo médico, trocou a bata suja por uma camisola e a trocara de maca mais uma vez. Conjurou um cesto com travesseiros e lençóis para o bebê.


- Irei me recolher, a noite foi longa. Até mais Sr. Malfoy. – Papoula disse indo em direção aos seus aposentos, deixando apenas Draco no local.


O sol já estava apontando no céu, tingindo as nuvens com tons alaranjados, Hermione dormia de lado e Draco colocou o pequenino já adormecido no cesto conjurado ao lado do leito dela. Tão logo aconchegou o filho, tirou toda a roupa ficando apenas de cueca com receio de que sua roupa grossa incomodasse a castanha.


Se deitou na mesma posição que ela encostando seus corpos com cuidado para não acordá-la, sentia falta de estar próximo a ela e agora a queria de volta mais que tudo. Encostou-a em seu peito com cuidado e a abraçou pela cintura, acariciando levemente a barriga quase lisa. Hermione se remexeu se acomodando melhor, há meses não dormia abraçada a alguém, mas agiu instintivamente em sua inconsciência.


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Hermione despertou sentindo o rosto queimar, coçou os olhos desajeitadamente e os abriu vendo os raios do sol inundando a maior parte do aposento, Papoula havia esquecido de fechar as cortinas das janelas quando se retirou, quando o pensamento lhe ocorreu foi que lembrou que não sabia ao certo quando a enfermeira havia ido, nem ela nem todos os outros. Ergueu um pouco o corpo olhando ao redor esperando encontrar seus amigos deitados nos outros leitos, mas não encontrou ninguém.


Não estava mais tonta, mas seu corpo doía pelo esforço, desceu a ponta dos dedos pela barriga murcha e sentou na cama com dificuldade encontrando os pontos recentes da cirurgia cesariana, o que a fez lembrar de seu filho. Olhou de novo ao redor tentando ver onde poderiam tê-lo deixado, mas não encontrou em lugar nenhum, apenas um cesto pequeno com alguns panos revoltos, tentando acalmar o pânico que ameaçava tomar conta de si, levantou da maca e seguiu em direção à porta se apoiando onde podia, mas antes que pudesse chegar perto o suficiente a mesma se abriu revelando uma cena que achou que jamais viria. Draco estava com seu filho nos braços.


Hermione ofegou com medo, sempre achou que Draco não iria querer o filho, mas vê-lo olhar para o bebê em seus braços com tanta adoração a fez ficar receosa de que ele quisesse tirá-lo dela. Por outro lado Draco estava totalmente confiante, Hermione estava fraca o suficiente para não conseguir fugir e ele poderia acertar as contas com ela mais tarde quando estivesse menos vulnerável.


- Meu filho. – Hermione sussurrou com a voz fraca. Draco levantou o rosto e a viu tremendo em pé, se apoiando com uma das mãos e com a outra estendida em sua direção.


- Você não devia estar em pé.


- Meu filho. – pediu de novo com os olhos marejando. Draco invadiu sua mente e entendeu o motivo do desespero, teve vontade de dizer que não era um desalmado como ela, mas se lembrou de que ela não precisava daquilo, no momento.


- Se acalme e volte para a cama, não sairei daqui.


Ela não se moveu e o loiro bufou contrariado, levou o bebê até o berço sob o olhar atento dela e voltou até ela pegando-a no colo e a levando para cama sentindo-a se sacudir com soluços. Deitou-a calmamente e se sentou na beirada próximo ao rosto dela.


- Não vou tirá-lo de você, ele é seu. Tanto seu quanto meu.


- Você o quer só para se vingar de mim. – acusou entre soluços.


- O quero porque é meu... E seu. Sei que posso facilmente tirá-lo de você, mas não quero e não vou fazer isso.


- Promete?


- Você não está em condições de exigir.


Hermione soluçou mais alto e as lágrimas transbordaram dos seus olhos.


- Você não pode ficar assim, não pode ter stress, se acalme Hermione, já disse que não o tirarei de você.


- Mas você não prometeu.


- Ele precisa se alimentar. – desconversou apontando para o cesto. – Tentei achar leite para ele, mas Madame Pomfrey não achou aconselhável dar algo que não fosse leite materno.


Draco ajudou-a a se acomodar da melhor forma e pegou o bebê entregando-o a ela.


- É a primeira vez que o pego nos braços. – ela sorriu entre lágrimas. – Estou tão feliz por sobreviver para poder vê-lo.


- Sim, ele é lindo, e tem os seus olhos. – o sorriso da castanha se ampliou. – Mas alimente-o ou eu mesmo o farei.


- Eu queria tomar um banho antes, estou imunda. Coberta de oleosidade de todo o sangue da noite.


- É filho, não é agora que você mata sua fome. – Draco suspirou olhando o bebê e Hermione tremeu.


- Porque o está chamando assim? Ele é meu, só meu.


- Não é, e você sabe. Pare de agir como uma criança mimada.


- Porque está fazendo isso? – perguntou voltando a chorar enquanto abraçava mais ainda o bebê em seus braços.


- Você não queria um banho? – Draco tentou tirar o bebê dela e ela gritou. – Não o assuste. Se ele começar a chorar por causa dos seus gritos eu o levarei daqui.


- Você não pode...


- Posso e também posso fazer com que lhe julguem incapaz de cuidar dele.


- Mas disse que não o tiraria de mim.


- Porque achei que estava bem, mas parece mais que está desequilibrada emocional e psicologicamente.


- Eu não estou louca.


- Então me deixe colocá-lo no cesto.


Ainda com relutância Hermione entregou o pequeno e o loiro o colocou deitado no cesto. Em seguida a pegou no colo e a levou para o banheiro colocando-a em pé no box e começando a despi-la.


- O que você está fazendo? Saia. – Hermione tentava tirar as mãos dele de cima de si.


- Você está fraca e eu já vi isso tudo antes.


- Mas é errado, não sou mais sua esposa, não pode me ver assim, não tem esse direito.


- Você quer ficar quieta? Não quero ter que ser grosso com você.


- Agora não quer ser grosso comigo? Mas têm sido nos últimos meses e não pareceu se importar.


- Não fale do que não sabe. – Draco aumentou a voz e Hermione se encostou à parede com medo, ele aproveitou a deixa e tirou o resto da camisola hospitalar que estava nela.


- Vá embora. Nos deixe em paz, ele não é seu.


- Não adianta insistir nisso, a Weasley já me contou tudo... Porque fez isso Hermione?


- A Gina não te explicou? – perguntou sarcástica.


- Eu quero ouvir de você.


Hermione não respondeu então Draco abriu o chuveiro e pegou um sabonete começando a passar pelo corpo dela, já haviam tomado banho juntos, mas na época, eram casados, não estavam brigados, não tinham um filho e a castanha não estava tão frágil.


- Porque não vai criá-lo? – Draco perguntou de repente.


- Claro que vou criar meu filho. De onde tirou isso?


- Blaise me disse que a Weasley soltou sem querer numa noite que cruzou com vocês. – Draco disse omitindo a parte em que já ouvido todas as explicações de Gina. – Se você não o quer eu quero.


- Eu havia dito isso a todos porque era o que iria fazer, mas quando sangrei naquela noite em que vocês me encontraram no corredor eu decidi que ficaria com meu bebê mesmo que passássemos por dificuldades.


- O que fez com todo o dinheiro que recebeu da nossa separação? – a castanha mordeu os lábios nervosamente evitando o olhar de Draco. – Gastou tudo com seu amante? Você o sustentou todos esses meses ou ele te roubou como você fez comigo? – perguntou entre dentes.


- Eu não recebi nada. – respondeu baixo, suas lágrimas misturadas à água que caía na sua cabeça.


- Como não? Eu mesmo me certifiquei de ler aqueles pergaminhos diversas vezes.


- Depois, McGonagall me ofereceu um emprego depois que terminasse o ano letivo... – Hermione continuou ignorando as perguntas dele. – Eu aceitei, pois teríamos um lugar para ficar, alimentação, ajuda e eu ganharia um salário, mas não contei da mudança de planos para os meus amigos, no momento estava concentrada em uma batata frita e acabei esquecendo.


- Uma bat... Uma o quê? – o loiro perguntou confuso. – Isso não importa agora. Você leu os pergaminhos? Como não se certificou de que estaria recebendo o dinheiro que tanto almejou?


- Se você queria me irritar conseguiu. Agora pode ir. Vá embora daqui. – Hermione se alterou empurrando-o.


- Só saio daqui com meu filho.


Hermione gelou e parou de empurrá-lo, aproveitando a momentânea calmaria, Draco volto à sua tarefa e continuou a ensaboá-la calmamente, da cabeça aos pés, tomando um cuidado maior com a região próxima aos pontos da cirurgia. Depois de longos minutos, deixou o sabonete de lado e a enxaguou massageando os braços e as pernas, por fim a enrolou num roupão felpudo e levou de volta para a cama, a deitou ajeitando os travesseiros nas suas costas e entregou o bebê para ela.


- Ainda não escolhi um nome. – disse fracamente, Draco permaneceu calado sentado ao lado dela olhando para um ponto fixo no chão. – Quer me ajudar a escolher?


- A julgar pelo que você diz, eu não tenho esse direito já que não sou o pai. – disse azedo.


Hermione acomodou melhor o bebê e afastou um lado do roupão encostando a boca do pequeno no bico do seu seio.


- Eu... Me desculpe.


- Pelo o quê? Me enganar para conseguir meu dinheiro ou por esconder meu filho de mim?


- Por tudo. – ela respirou fundo. – Eu sinto muito, eu realmente não queria, mas estava tão desesperada que não estava pensando direito.


- Passou pela sua cabeça pedir? Antes ou depois do nosso casamento, você poderia ter pedido.


- Você não iria me dar, se lhe pedisse antes do casamento não me emprestaria e se me emprestasse depois cobraria o que eu não poderia pagar, eu só adiantei o pagamento.


- Então supôs que eu iria querer você em troca? Que lhe cobraria e que requisitaria seu corpo quando não pudesse me pagar? Nunca acreditou no que eu sentia por você não é? Em momento algum você se importou se eu estava sendo verdadeiro ou não, só se aproveitou do momento para seus objetivos.


- Eu já disse Draco, eu estava muito desesperada, já estava a meses ao lado de Harry e Rony procurando uma forma de encontrá-los, chegamos a viajar, mas as coisas foram piorando e não pudemos continuar. E quando você demonstrou interesse por mim a idéia me ocorreu, achei que só queria se divertir e que uma hora ou outra iria se cansar, então iríamos nos separar civilizadamente e eu poderia encontrar meus pais.


- Você poderia ter me dito depois que casamos e eu lhe daria tudo que quisesse para encontrá-los, eu queria ver você feliz e estava disposto a fazer tudo que quisesse.


- Como você não entende? Você notaria que eu só tinha me casado pelo seu dinheiro. – aumentou a voz.


- Eu estava cego de amor por você! – Draco também se exaltou.


O uso do verbo no passado fez o coração de Hermione doer. Se um dia ele a amou ela destruiu esse sentimento,ele não a perdoaria, tinha consciência de que talvez não o perdoasse caso a situação fosse inversa, deu tudo para encontrar seus pais e acabou com problemas maiores. Fora egoísta se aproveitando e usando uma pessoa para alcançar seus objetivos, e mesmo que ele tivesse mentido sobre seus sentimentos, não merecia a dor que ela havia lhe causado, mentiu para ele a respeito de seus sentimentos, se apaixonou, engravidou, o perdeu e o enganou novamente fazendo o Malfoy do primeiro ano voltar à tona, ele estava melhor antes dela, sem ela, era uma mentirosa, uma impostora, havia enganado até mesmo o Chapéu Seletor, deveria estar na Sonserina pela pessoa horrível que era. Agora estava sem seus pais e provavelmente jamais os encontraria, perdera o homem de sua vida e havia restado apenas seu filho, que lhe poderia ser tirado se Draco quisesse.


- Me desculpe. – Hermione se encolheu sentindo um nó na gargante. – Me desculpe.


Draco não queria ter esse tipo de conversa em um momento delicado como o que estavam, mas agora que havia começado, iria até o fim e tirar tudo a limpo de uma vez.


- E porque mentiu sobre eu ser o pai?


- Eu tentei te contar, mas você me humilhou na noite do baile de natal dizendo que não queria nada que estivesse ligado ao meu sangue-ruim. E eu não iria obrigá-lo, nem fazer você ficar mais irritado por minha causa.


- Irritado? Por Merlim, você me deu um filho!


- Você não o queria, você disse que ninguém em sã consciência iria querê-lo.


- Achei que você fosse mais inteligente para perceber quando alguém está com ciúmes.


- Isso é absurdo, era só um bebê, que estava dentro de mim ainda por cima.


- É. – concordou se virando na direção da castanha. – Mas era um vínculo eterno com o pai dele, além de que para se engravidar é necessário dormir com alguém e só esse fato já me fazia odiar esse bebê, e você estava fazendo e dando tudo por esse bebê, você o estava amando quando sequer me amou e ele estava e sempre estaria com você.


- Eu só dormi com você, só ocupei a sua cama, como pôde pensar que eu me deitaria com outro?


- Você insinuou o suficiente para que eu pensasse isso, inclusive quando grudou no Davies de uma hora pra outra. E mesmo que não tivesse feito nada disso, você me enganou antes, não sabia do que você era capaz.


- O Roger me ajudou, diversas vezes. É meu amigo. E você não pode me julgar eternamente por causa de apenas um erro.


- Bem vinda ao clube. – Draco disse sarcasticamente. – Eu errei apenas uma vez e pago até hoje por isso, não importa q quantidade de vezes que você vai cometer uma burrada, você fez e pronto, e a que você fez passou dos limites.


- Eu não queria que fosse dessa maneira, não queria que tudo isso estivesse acontecendo.


- Mas está! E a culpa é sua.


- Eu sei... Mas não me arrependo totalmente. Não queria tê-lo magoado como magoei, mas faria tudo de novo para ter meu filho comigo.


Draco se levantou respirando fundo para tentar se acalmar, não era isso que havia planejado quando decidira voltar com a castanha, mas relembrar o que ela havia lhe feito complicava as coisas.


- Eu não vou mais discutir com você Granger. Estou cansado e você não pode se estressar. Amamente o bebê enquanto eu vou pegar algo na cozinha para que você possa comer.


O loiro se aproximou e beijou o topo da cabeça do filho e saiu pela porta sem olhar para trás. Na mesma hora a cabeça de Hermione deu uma volta, pensando no que mais ele poderia fazer durante a saída, será que colocaria algo na comida para confundi-la e levar seu filho? Ou poderia trazer alguém de sua confiança para ver seu estado debilitado para que tivesse uma testemunha quando alegasse que ela estava incapaz de cuidar do próprio filho, mas Hermione não permitiria que ele lhe tirasse a única coisa que havia lhe restado.


Afastou o bebê do seu seio vendo-o se remexer incomodado, levantou da cama com cuidado e o deitou no cesto usando um lençol pequeno para cobrir o cesto para que não vissem o bebê. Procurou por roupas, mas as únicas que encontrou estavam sujas de sangue e se decidiu por sair de roupão mesmo, já eram cerca de onze horas da manhã, os alunos estariam em aula e os corredores vazios.


Pegou sua varinha no meio das suas vestes e abriu a porta da enfermaria devagar, assim que não viu ninguém no seu caminho se pôs a caminhar o mais rápido possível, olhando para trás a cada minuto e para os lados quando chegava a uma curva ou bifurcação. Conseguiu alcançar a travessia do imenso abismo sem ser notada, se Draco já tivesse voltado e notado sua ausência ela teria uma boa dianteira. Desceu a escadaria que levava para a cabana que sempre fora de Hagrid, pensou em entrar na floresta proibida, mas reconsiderou lembrando que ela e seu filho não conseguiriam sobreviver muito tempo lá, entrou na cabana e lançou todos os feitiços de proteção que conhecia, ninguém entraria lá se ela não quisesse.


 


 


 


 


 


N/A: Oooi! rsrs, nem demorei tanto dessa vez ta vendo. Intaum, aí está o capítulo, espero que tenham gostado de ler tanto quanto eu de escrever, a cena deles foi uma das mais difíceis de se escrever, mas acho que ficou bom rsrs. Não reparem que to rindo a toa, faço muito isso, ainda mais quanto as emoções estão meio agitadas rsrs. Mas intaum, muuuuuuuuuito obrigada pelos comentários, isso me deixa suuuper feliz e empolgada pra escrever rsrs.


Bem Ruby, uma parte das suas perguntas são respondidas nesse cap neh, mas acho que sua ansiedade vai premanecer com esse final rsrs, e em relação à cena da enfermaria, eu realmente queria que ficasse algo sensível e tals, que bom que consegui atingir meus intentos rsrs.  Byanca, obrigada pelo elogio, fico feliz que esteja gostando, e sim, eles brigam como você pôde ver nesse cap, mas o futuro a mim pertence neh rsrs. E por último, mas não menos importante, thanks de coração Larii, obrigada pelo elogio, fico muito feliz, e me agrada também que tenha te dado uma animada rsrs, e eu atendi seu pedido, nem demorei tanto ta vendo rsrs.


Isso é tudo por hoje meninas, muito obrigada pelos coments e pelos elogios, a opnião de vocês é muito importante, espero que continuem gostando e comentando rsrs. Bêjuxs =* e até a próxima.

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Comentários (3)

  • Byanca

    O que que a Hermione tem na cabeça?tadinho do Meu Draco cara :/ , ela nao percebe que só tá machucando ele ? aah e a senhorita ama me deixar na curiosidade né?kkk tá tudo lindo e perfeito , continua *--* 

    2012-05-09
  • Minerva Lestrange

    Oh, god why? A Hermione ficou doida! E, tipo, eu sabia que o Draco ñ ia esquecer fácil o que ela fez, mas agora é ela que ficou maluca. Ñ é ela quem tem q deconfiar dele, coitado. Bom... Nossa, quase chorei de novo aqui com a Minerva sendo gentil (depois de acordar o Draco com aguamenti - eu ri) entregando o bebê p/ o Draco *-* Cara, sério, eu fiquei mais curiosa ainda... E quanto ao nome do bebê? Bom, o capitulo ficou legal msm e eu realmente de gostei de ler, tenta ñ demorar p/ o próximo

    2012-05-06
  • Larii Malfoy

    Haha tô amando! E esses dois hein,têm que se entender logo poxa!! Que o próximo venha logo *-*beijos ;*

    2012-05-06
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