Capítulo XXI

 

Dorcas Meadows

Devido ao nosso luau fomos dormir quase às três da manhã e por isso acabamos acordando um pouquinho tarde. 'Tá bom, um pouquinho tarde é eufemismo, quando acordamos já beirava o meio dia.

Eu desci e encontrei os outros cinco sentados no sofá.

- Bom dia, Bela Adormecida!- Remus me saudou e me beijou.

- Bom dia, meu Princípe Encantado!

- Own, que fofinhos! Agora, parem com essa porra antes que eu vomite. É muita doçura pra uma manhã só.

- Sabe, Sirius, às vezes me perguntou se você já nasceu insuportável assim ou fez algum cursinho...- Eu disse fazendo com que os outros que riam do comentário do cachorro gargalhassem.

- Bom, e aí, o que a gente vai fazer hoje?- A Lily perguntou depois de se recuperar da crise de riso.

- De preferência, comer - a Lene disse.

- Eu jurava que essa era a fala do Peter... - James falou com um ar pensativo.

- Bem, na verdade é, mas como ele não está aqui,eu faço as honras.

-Esse é o problema de acordar tarde, né?- Sirius indagou.

- Qual? - Meu amor tentou acompanhar o pensamento do amigo.

- A dúvida cruel: devemos tomar café da manhã ou almoçar?- A filosofia  do Black fez com que rachássemos de rir.

- Gente, tive uma ótima idéia!- A Lene exclamou batendo palminhas.

-  E ainda tem gente que não  acredita em milagre...- O James murmurou.

A Lene, para se vingar, lançou uma almofada na direção dele, mas que acabou pegando na Lily.

- Foi mal aí, Lilindinha.- A morena sorriu culpada.- Enfim, deixa eu falar a minha idéia antes que eu esqueça.-O Sirius fingiu uma tosse e em meio dela disse algo como "memória de peixe", mas foi ignorado pela Lene.- O que vocês acham de irmos ao shopping? Nós podemos comprar os presentes, que eu confesso que esqueci, e comer por lá, que tal?

- Shopping? Lojas? Compras? É claro que eu topo!- Lily disse animada com a idéia de gastar.

- Desde que tenha comida pra mim tá ótimo. E eu também não comprei os presentes...- Sirius também concordou com o plano.

- 'Peraí, 'peraí... Nenhum de vocês comprou os presentes?- James estava com uma cara de indignado, que todos nós ficamos envergonhados em confirmar as suspeitas dele. - Nem eu! - ele riu- Vamos logo por quero ganhar coisas boas de todos vocês.

A Lene achou melhor aparatarmos na ala mágica do shopping ao invés de irmos de carro, porque ele se encontrava na cidade do Rio de Janeiro, o que daria umas três horas de viagem de Cabo Frio.

Assim que chegamos ela nos levou para uma churrascaria rodízio, e todos nós comemos como se estivéssemos a meses em um deserto.

Depois de sairmos empaturrados do restaurante, decidimos que seria melhor nos dividir, meninas para um lado e meninos para o outro, por que não teria graça se vissemos os presentes que os outros iam comprar.

Sirius Black

 

- Caras, agora que estamos sozinhos, eu preciso confessar uma coisa.- Eu avisei. Precisava dividir o que estava sentindo ou explodiria.

- Almofadinhas, se for sobre a sua homossexualidade, nós já desconfiávamos e aceitamos isso. Pode ficar tranquilo.- Pontas e Aluado se mijavam de rir, do que o cervo canalha tinha dito.

- É pior que isso- eu disse e eles fizeram aquela cara de " Iih, fudeu!"- E antes que eu me esqueça. Pontas, vai pra puta que te pariu!

- Já que terminaram a troca de gentilezas. Almofadinhas, trate de contar o que se passa- o Aluado "pediu".

- Então,- eu engoli em seco- acho que eu meio que 'to apaixonado pela Lene.- eu disse num sussurro quase inaudível.

- O que?- Pontas perguntou.

- Isso mesmo que você ouviu- eu falei encarando o chão.

-Aí que 'tá, eu não ouvi.

Eu rolei os olhos e disse mais alto dessa vez:

- Eu acho que estou meio que apaixonado pela Lene.

Terminei a frase ainda fingindo fascínio pelo piso do shopping e quando levantei a cabeça vi Aluado e Pontas trocando um olhar cumplice e sorrindo. Logo em seguida os dois apertaram as mão como sempre fazíamos ao fim de uma aposta.

- O que vocês apostaram?- Eu perguntei com os olhos semicerrados de raiva por ter sido excluído de alguma coisa.

- Lembra do jogo de quadribol do quinto ano, da grifnória contra a sonserina que nos rendeu a taça? O jogo em que a Lene quebrou a perna?- Aluado me questionou.

Eu assenti. É claro que eu lembrava.

O Jogo estava 120 à 110 para a Sonserina, eu nunca tinha jogado uma partida tão acirrada. Nossos adversários tentavam nos acertar a todo custo, mas estávamos desviando bem. Até a hora que o batedor deles lançou um balaço na direção de Serena Winter. A garota é uma excelente artilheira por ser muito rápida, mas é tão pequena e frágil que parece poder ser quebrada ao menor toque. Ela estava de costas e não percebeu que estava preste a ser atingida. A Lene não pensou duas vezes e usou o corpo de escudo para a Serena.

A Lene recebeu a bolada na perna e graças ao impacto foi derrubada da vassoura. Ouvi alguém lançar um "aresto momentum", mas não identifiquei quem. Eu pousei no chão, abandonando o jogo, e corri para ver como ela estava. Foi tudo muito rápido,mas ainda pude ver a torcida da Grifinória comemorando, Pontas havia aproveitado a distração causada pelo acidente para capturar o pomo de ouro.

- Você está bem?- Eu perguntei me ajoelhando ao lado da Lene.

- Ótima. A McGonagall sempre libera os jogadores machucados do dever de casa-  ela sorriu.

Eu realmente não sabia como ela podia ter acabado de , provavelmente, quebrar a perna e está ali fazendo graça e rindo. Eu  simplesmente sacudi a cabeça e a peguei no colo para levá-la a enfermaria. Tive que ir abrindo passagem pela multidão que havia se aglomerado em volta dela.

Mal a coloquei na cama e a Madame Pomfrey veio correndo socorrê-la. Pelo visto, Dumbledore já havia avisado a ela, pois a medibruxa já tinha a poção apropriada nas mãos. Logo depois de induzir a Lene a beber, ela lhe rasgou o uniforme na altura da coxa mais ou menos pra facilitar o trabalho e enfaixou a perna machucada. Sem dizer uma palavra foi com passadas largas até seu escritório.

- Está doendo? - Eu quis saber,estava preocupado. A pior coisa do mundo pra mim é ver a Lene sofrendo.

- Não- ela respondeu sorrindo.

- Ora, não minta, McKinnon! É claro que está. Essa poção já fez muito marmanjo chorar de dor.- Madame Pomfrey retornou de seu escritório se metendo em nossa conversa e carregando um prato de sopa. - Tome isto e tente dormir, será melhor.- Depois de ter deixado o prato na mesinha de cabeceira, a medibruxa se retirou novamente.

A Lene se virou para pegar a sopa, mas eu fui mais rápido. Quando ela viu que eu tinha enchido a colher e a guiava em sua direção inquiriu:

-Você vai me dar comida na boca?

- Alguma objeção?- Eu ergui uma sombrancelha desafiadoramente.

- Pra começar, eu machuquei a perna, não o braço. Sendo assim, posso muito bem me alimentar sozinha.

- Fica quieta e come, Lene, porque não é todo dia que te dou essas mordomias. - Ela riu e se deixou ser um pouquinho paparicada.

Lene passou o fim de semana na enfermaria e eu fiquei o tempo inteiro lhe fazendo compania, por mas que ela insitisse para que eu fosse me divertir lá fora, eu não conseguia deixá-la sozinha ali.

E assim que a Madame Pomfrey permitiu que os outros marotos, a Lily e a Dorcas entrassem na enfermaria, eles foram ficar com a gente.

- Então, - a voz do Aluado me despertou de minhas lembranças- você passou aquela noite na enfermaria e depois que o Pontas e eu vimos sua preocupação e dedicação para cuidar da Lene, tivemos certeza de que você a amava, e não somente como a uma irmã. E bom, decidimos apostar quanto tempo você demoraria para perceber. Ele disse que você só se daria conta depois que estivéssemos formados e eu disse que você enxergaria antes do fim do sétimo ano. Ou seja, eu acabei de ganhar três galeões.

- E o Rabicho?

- Ele tava na cozinha na hora e resolvemos não falar nada pra ele, porque tinhamos certeza que ele não aguentaria e iria te contar.- Pontas me respondeu.

- Pelo menos ainda há alguém em que posso confiar - eu resmunguei.

- Ah, não faz bico, não, porque você também já fez as apostas mais sórdidas sobre a gente.- O Aluado me lembrou, me tirando o direito de ficar bravo com eles. Além do mais nossos desentendimentos não duravam mais do que uns cinco minutos mesmo.

- Mas, e ai? O que eu faço? - Perguntei em busca de uma solução para o meu problema, também conhecido como Marlene McKinnon.

- Conta para ela! - Eles disseram em coro.

Pois é, tive que reunir uma coragem do caralho para desabafar isso para os meus amigos e eles me vêm com esse conselho de merda.

 

 

 

 

N/A: Nem tenho demorado para postar, para não dizer o contrário, rs. Me desculpem... Mas é que esse meu colégio está me matando! São tantas provas, deveres de casa e trabalhos, que não tenho tido tempo de respirar, quanto mais escrever... Eu queria agradecer a vocês pela paciência e por não abandonarem a fic. E também comemorar que temos leitoras novas!! haha Gostaram desse capítulo? Sejam sinceras, hein! Se tiver uma porcaria pode falar.

Miiih McKinnon: Cada dia que eu ficava sem postar meu medo de apanhar aumentava! hahaha Não tenho palavras pra agradecer o cap que você dedicou pra mim! Só pra variar, estava perfeito e eu amei! Bjsss

Juliana Aparecida Chudo Marques: Duas contra uma é covardia, né? hahaha Tadinha de mim!! Convencida nada, seus comentários são importantes demais! Obrigada por eles! Bjãao

Livia Lovegood - Almofadinhas: Fico muito feliz de saber que você gostou da fic! E fique a vontade para reclamar de qualquer coisa que você não gostar. Obrigada pelo comentário!! Bjoos

Juhh Potter Black: Eu compartilho do seu amor pelos marotos! hahaha Não foi nesse cap que Lene e Sirius se pegaram... haaha Obrigada por comentar!! Bjoss

 

 

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