Capítulo XVIII

Sirius Black

Eu acordei, mas não abri os olhos, fiquei esperando a dor de cabeça me assolar, entre tanto ela não veio. Eu me sentia bem demais, por um momento imaginei que toda a noite passada era apenas um sonho. Porém a imagem da Lene beijando o tal Gabriel e tudo o que eu senti era real demais para ter sido apenas um sonho.

Tomei consciência de uma mão sobre as minhas e finalmente resolvi abrir os olhos para saber quem estava ali. Era a Lene. E assim que ela se deu conta de que eu estava acordado tentou puxar a mão mas eu a segurei. Vê-la ali tinha confirmado que a noite não havia sido um sonho e se eu tinha alguma dúvida do que eu sentia por ela, na hora foram sanadas. Por incrível que pareça, Sirius Black estava apaixonado.

- Bom-dia, dorminhoco.-Ela sorriu e eu retribui.

- Bom-dia.-Eu bocejei.- Que horas são? - Perguntei. As janelas estavam fechadas, não dava para ter noção do horário. O quarto estava escuro e frio, exatamente do jeito que eu gosto.

- Umas onze.

- 'Tá chovendo?- Ela franziu o cenho ao meu questionamento.

-Não. Por que?

- O que você está fazendo aqui que não está na piscina ou na praia?- Ela corou.

- Preguiça de botar o bíquini. - Eu ri e ela me acompanhou.- Vou lá na piscina avisar aos outros que você está bem, 'tava todo mundo morrendo de preocupação. Eles já vieram aqui umas cinquenta vezes. A Suzie está maluca de tanto enxugar o chão.- Ela se levantou e eu a segurei pelo braço.

- Lene, espera.- Ela se virou pra mim.- Eu quero me desculpar por ontem.

- Sirius, não preci- Ela começou em tom repreendor, mas eu a cortei.

-Precisa sim, Lene. Você tinha acabado de reencontrar o seu melhor amigo, agora seu namorado, sei lá, e eu fiz com que você saísse mais cedo da festa pra aturar um bêbado. E você deve ter tido uma péssima noite aí nessa poltrona, além do mais, eu sei que eu ronco.

- Deixa de ser bobo, Sirius. Primeiro que meu melhor amigo é você, segundo que não o Gabriel não é meu namorado e terceiro que eu não fiz mais que minha obrigação. Mas sim você ronca como um porco.- Eu taquei uma almofada nela e ela saiu rindo do quarto.

Tomei um banho e desci para encontrar todos. Assim que cheguei fomos almoçar.

- Sirius, você pode fazer o favor de explicar o por que de ter bebido tanto?- Lily me pediu.

- Tomou seu primeiro fora? - Pontas tentava entender.

- Não, por enquanto os únicos marotos com esse privilégio são você e o Rabicho.

- Por gentileza, vai tomar no cu.- A risada foi geral devido a delicadeza do Pontas.

- Gente vocês tem noção de que daqui a dois dias é Natal? - Pro meu alívio o Aluado mudou de assunto.

- Caraca, é verdade. -A Dorcas falou depois de contar nos dedos os dias.

- Que tal enfeitarmos a casa hoje? - A Lene sugeriu.

- Bora! - A Lily concordou batendo palminhas.

Nós terminamos de comer e fomos em busca das decorações natalinas. Lenes nos mostrou um armário cheio de caixas de enfeites.

Com um muito trabalho manual e um pouco de magia fomos arrumando as coisas. A casa estava ficando linda.

Depois de horas de trabalho árduo Pontas tinha um laço de Natal na cabeça, eu estava envolto em pisca-pisca e a Lene usava uma guirlanda como colar.

- Dorcas, essa caixa já está vazia?- A Lily perguntou.

-Aham.

- Vou abrir a outra, então.

- Obrigada, Lilete.

- Lilete? Meu Merlim, dessa vez você se superou, Dorcas. - A Lene falou enquanto colocava uma das bolas na árvore.

- Eu mereço.- A Lily resmungou enquanto se dirigia a caixa.

Ela deu um grito e todos nos voltamos pra ela. De dentro da caixa saiu um outro Pontas, ele tinha um sorriso cínico no rosto e dizia:

- Ora, Evans. Eu achava que você era mais inteligente. Como se deixou enganar por mim. É claro que eu nunca gostei de você. Eu, James Potter, amando uma sangue-ruim imunda? Nunca! Você não passou de uma brincadeira, que nem se quer foi divertida. Já tive muitas melhores que você.

Os olhos da Lily estavam cheios de lágrimas e com a voz trêmula e a varinha erguida ela gritou:

- Ridi... Ridikulus!

O Pontas- bicho-papão ganhou um figurino completo de bailarina e saiu dançando pela sala. A Lily saiu correndo e chorando. Nós fomos obrigados a rir para facilitar a captura do monstro. Aluadoconseguiu prendê-lo novamente e foi livrar-se dele lá fora. Lene e Dorcas ameaçaram subir para ver como a ruiva estava, mas Pontas impediu.

- Deixa que eu falo com ela.- Ele pediu e elas respeitaram.

O Pontas disparou escada a cima.

James Potter

- Lily, abre pra mim.- Eu pedi e recebi o silêncio como resposta. Bati na porta com força mais algumas vezes.- Lily, por favor, precisamos conversar.- Eu implorei.

- O que você quer, Potter? Já descobriu que eu gosto de você e já me viu chorar por sua causa,o que mais você quer?- Ela abriu a porta com raiva. Tinha o rosto inchado e vermelho de tanto chorar, mas pra mim ela está sempre linda.

Eu a puxei pela mãoe fiz com que se sentasse na cama. Me ajoelhei de frente pra ela, segurando as suas duas mãos entre as minhas.

- É por isso que você nunca aceitou sair comigo? - Ela desviou o olhar.- Olha pra mim, Lily.- Ela o fez.- Duvide de qualquer coisa, até mesmo se um dia você vai morrer, mas nunca, nunca duvide do meu amor. - Mais uma torrente de lágrimas corria pelo rosto dela. Eu as limpei. - Por favor,acredite em mim. Eu nunca diria aquelas coisas pra você. Te ver chorar acaba comigo. Eu não suporto te ver triste. Daria a minha vida por um sorriso teu. Se você ainda não acredita em uma palavra do que eu disse use legiminência ou veritasserum, o que você quiser. Faço qualquer coisa pra você acreditar em mim. Eu amo você, meu lírio.

- Eu também te amo, James, muito.- Meu coração disparou ao ouvir isso.- Eu nunca imaginei que pudesse sentir isso por alguém, mas-

- Sem mas, Lily. Me dê uma chance, uma chance para nós dois. Deixa eu provar que te amo.- Ela assentiu.

Eu imediatamente aniquilei o espaço entre nós e a beijei. Não tenho palavras para descrever o que senti. Foi perfeito. Amaldiçoei mentalmente o fato de nescessitarmos de oxigênio para viver. Tivemos que nos separar, mas em questão de segundos nossas bocas estavamgrudadas novamente.

- MINHA Lily...- Eu falei com o rosto dela entre as mãos, aqueles olhos verdes finalmente dirigiam pra mim todo o carinho que eu sempre sonhei e os lábios estavaminchados e vermelhos devido ao beijos, tornando-os ainda mais atraentes.

-Só sua. - Ela confirmou.

-Para sempre?

- Para sempre.- Ela me beijou.

 

N/A: Gente, desculpa qualquer erro, mas a ânsia de postar logo pra não deixar vocês esperando é grande. Rs Beeijoos 

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