Capítulo XVI

SIRIUS BLACK


Eu girei a garrafa, caiu para que a Dorcas perguntasse para mim.

- Verdade ou desafio, Sirius?

- Verdade só para variar um pouquinho.

- Quantas vezes você já traiu?

-Nenhuma.- Eu respondi tranquilamente e ela riu descrente.

Todos me olharam espantados ao ver que a garrafa não piscou indicando que eu mentia.

- Como assim, Black?- Dorcas tinha uma sobrancelha levantada interrogativa.

- Eu simplesmente termino com uma garota antes de ficar com outra. Nunca suportei nenhum tipo de traição.

A Lene me olhou admirada e sorriu.

- Que fofo, Sirius!- Dorcas e Lily disseram juntas.

- Fofo porra nenhuma. Ele é um canalho do caralho. Gira logo essa garrafa. - James falou rindo.

Lene X Lily.

- Vai querer o que, Lilindinha?

- Desafio, Lenequinha.

- Lenequinha? Você já foi mais criativa,amiga.- A ruivinha fez careta para a Lene.- Seu desafio é parar de chamar o James de Potter, pelo resto da nossa viagem. Chame-o de James, Jay, amor da minha vida, ou coisas desse tipo.-Todos nós rimos do desafio, menos a Lily que estava revoltada.

- Já disse que te odeio hoje?- A Lene negou com a cabeça, ela tinha um sorriso sapeca no rosto.

- Lene, você é a melhor!- Pontas deu um beijo na bochecha da morena.

O que não me agradou nem um pouco, eu nem ao menos sei o porque. Mas a história do Pontas ter dado o primeiro beijo da Lene e agora ficar beijando a bochecha dela não me agradava. Apesar de saber que meu amigo é notoriamente apaixonado pela Lily e que eu e a Lene não temos nada. Eu a amo, mas como uma irmã. Não é?

Resolvi que o melhor a fazer era afastar esses pensamentos e girar a garrafa.

Remus X Dorcas.

- Verdade ou desfio, amor?

- Hmmm... Verdade.

- Qual seria o presente de natal perfeito?- Ele perguntou com um sorriso.

- Muito bonito, Sr. Lupin. Estava sem criatividade e resolveu se aproveitar do jogo, né?- Eu perguntei com um falso tom indignado, fazendo com que eles rissem.

- Não quero nada, amor. Sério, não precisa se preocupar com isso.- A Dorcas respondeu toda fofa, mas a garrafa piscou.

- É parece que a história do "não precisa me dar nada" não colou com a garrafa.- Pontas constatou fazendo com que a risada geral aumentasse.

- 'Tá bom, 'tá bom. O que eu queria mesmo era o livro A Saga das Mãos. É sobre um maestro brasileiro, o João Carlos Martins.- A Dorcas disse corada.

- Já ouvi falar dele é uma história de superação incrível.- A Lene comentou.

- Agora que o Aluado resolveu o problema de qual presente dar pra Dorcas, podemos continuar o jogo?- O Pontas perguntou e rodou a garrafa.

Lily X Lene.

- Hora da vingança.- A ruiva tinha um sorriso maquiavélico no rosto.- Verdade ou desafio?

- Desaf... Não, verdade... Não, desafio. Ai, não sei. Estou com medo.- A Lene cobriu o rosto com as mãos.

- Desafio?- Lily perguntou.

- É, pode ser.

- Bom, você que sabe. O seu desafio é beijar o Sirius.- Até que a Lily não foi tão cruel. A Lene só teria que beijar o Sirius.

Esperaí. Eu sou o Sirius. A Lene vai me beijar? Não, eu devo ter ouvido errado. Deve ser o efeito da bebida.

- Como?- Eu perguntei.

- Evans você é má.- A Lene falou apontando o dedo para a ruiva.- Fica tranquilo, Sirius. Vou pegar um dos castigos da garrafa.

- Não precisa.- Eu falei sem pensar.

- Você quer que eu te beije?- Ela estava com a sobrancelha levantada, com um rosto que demonstrava total surpresa.

- Não é isso. É só que... Você que sabe.- Eu dei de ombros, tentando fingir indiferança.

- Tanto faz.- Ela deu um nó nos cabelos. Lene sempre fazia isso quando estava nervosa.

-Beija logo ele. Eu comprei essa garrafa na Zonko´s , sabe se lá que tipo de castigo ela pode te dar.- Pontas se meteu e acabou com o nosso dilema.

Ela se levantou e eu também. Antes que eu me desse conta ela já tinha me dado um selinho, nossos lábios mal se tocaram.

Quando olhamos para a Lily, ela estava com os braços cruzados e disse:

- Aham, legal. Agora um beijo de verdade, por favor.- Ela sentenciou.

Eu olhei no fundo dos olhos da Lene, meio que pedindo permissão. Eu a puxei pela cintura e colei o corpo dela ao meu. Devagar os nossos lábios se tocaram. Ela entreabriu a boca e eu aprofundei o beijo. Nossas línguas começaram uma dança e foi como se todo o resto ao redor sumice. Nada mais importava, apenas nós dois.

Ela entrelaçou os dedos nos meus cabelos. E eu com uma mão terminei com o já quase inexistente espaço que havia entre nós, e a outra coloquei na nuca dela. Não sei precisar quanto tempo durou o beijo, mas só nos separamos quando nos demos conta de que o oxigênio ainda era essencial.

Nós nos olhamos atônitos. O que foi aquilo? Será que ela sentiu pelo menos metade do que eu senti? Esse foi sem dúvida o melhor beijo da minha vida, e olha que não foram poucos.

Voltei a ter consciência da presença dos outros indíviduos na sala. Nenhum dos quatro falou nada, mas olhares deles diziam tudo. Nós retomamos os nossos lugares na roda e quando eu ia girar a garrafa a Suzie apareceu.

- Desculpe atrapalhar, senhores. Mas o almoço dos senhores está pronto.

Em silêncio resolvemos parar de jogar e ir comer.





Gente, desculpa os furos que tenho deixado com vocês. Mas é que eu acabei de voltar de viagem e agora com as voltas aulas está a maior correria. Talvez eu demore mais para postar, mas prometo não abandonar a fic. Desculpe de verdade.


Juliana Aparecida Chudo Marques: kkkk Obrigada. Espero que goste desse capítulo também. Amo seus comentários. Beijoos!

Miiih McKinnon: Obrigada, linda. Não precisa pedir duas vezes. Já corri para ler suas fics novas e pra variar amei. Você escreve bem demais! Sou sua fã! Beijoos

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