Capítulo III



 


Marlene McKinnon


 


- Uau! Como vocês chegaram aqui tão rápido? Aparataram?- Nos perguntou James.


- Não se pode aparatar, nem desaparatar em Hogwarts! Você nunca leu Hogwarts: uma História?


- Dorcas, o James não lia nem os gibis da Turma do Merlim. - Eu disse e todos riram, menos é claro o alvo da alfinetada que me deu língua.


-E a nossa rapidez é devido a nossa querdia amiga Lene ser uma fofoqueira de primeira.


- Eu sou a fofoqueira, né, Sirius?-  Eu disse enquanto dava um forte tapa em seu braço. - Não fui eu quem quase caiu da escada em quanto corria pra chegar aqui.


- Essa doeu sua fofoqueirinha!- Ele disse enquanto esfregava o lugar aonde eu tinha batido.


Nós rimos enquanto nos sentávamos, eu entre a Lily e o Remus e ele do outro lado entre o Peter e o James. Nós almoçamos e depois que as sobremesas foram servidas Dumbledore se levantou para falar.


- Boa tarde a todos! Sei que depois desse banquete maravilhoso é difícil se concentrar em alguma coisa, mas tentem, pois o que tenho a dizer é importante.- Um silêncio sepucral se instalou no salão. Dumbledore não estava nem de longe tão alegre quanto de costume. A coisa parecia ser realmente séria.- Essa noite comensais da morte conseguiram penetrar a segurança do castelo e atacaram o nosso guarda-caça.- Murmurinhos começaram por todo o lugar.


E assim que o diretor citou o Hagrid meus olhos correram pela mesa dos professores procurando por ele, só entam percebi que a cadeira que ele normalmente ocupava estava vazia. Eu adorava Hagrid. Ele era, literalmente, um grande amigo. Era a única que o apoiava nas suas loucuras com as criaturas mágicas, eu compartilhava com ele esse fascínio por elas. Não podia suportar a idéia dele estar machucado, ou pior... Não, não, ele é forte, tem uma saúde de ferro, ele está bem.


Meus medos deveriam estar estampados no meu rosto. Devo ter ficado extremamente pálida, ou algo do tipo, pois Lily murmurou preocupada para mim:


- Você está bem?


Mas não tive tempo de responder, Dumbledore recomeçou seu discurso.


- Devido a esse acontecimento a saída do castelo está terminantemente proibida, até uma segunda ordem. Isso inclui as partidas de quadribol, todas estão temporariamente canceladas. - Nessa hora o salão explodiu em reclamações e murmúrios insatisfeitos, principalmente dos integrantes do time da grifinória,ou seja, eu, Sirius, James, Frank Longbotton, Serena Winter e William Wood. - Silêncio.- a voz de Dumbledore sobressaiu as outras vozes e todos se calaram.- O acesso de vocês está restrito aos salões comunais, salas de aula, biblioteca, salão principal , é claro aos banheiros e em caso de nescessidade a ala hospitalar. Qualquer aluno pego em qualquer outra parte do castelo que não sejam essas ou os corredores que levam as mesmas será punido. Passagens secretas também estão proibidas.- A última frase ele disse voltando seus olhos azuis cintilantes aos marotos.


Eu, James, Sirius, Peter e Remus trocamos olhares preocupados. A mesma pergunta estampada em nossos rostos. Era época de lua cheia, como o lobinho ia fazer se não poderia sair do castelo?


- E  acho que é desnecessário falar que se for provado que qualquer aluno auxíliou a entrada desses comensais da morte nos terrenos da escola ele estará imediatamente expulso.- E assim o diretor terminou seu discurso e se retirou do salão.


Pude ver que os olhos de Lily correram na direção de Snape. Ele estava com a cabeça baixa, os cabelos oleosos formando  uma cortina na frente de seu rosto. Apesar de tudo ela ainda se preocupava com ele.
Aproveitei a distração dela e de Dorcas que comentava sobre o discurso com Alice para sussurar para Remus:


- O que você vai fazer?


- Ainda não sei, acho melhor ir ao escritório do Prof. Dumbledore e perguntar o que devo fazer.


Eu apenas assenti com a cabeça. E quando ele se levantou eu levantei junto assim como os outros marotos, que estavam de olho em nossa conversa. Depois eu que sou fofoqueira.


- Aonde vocês vão? - Perguntou Lily.


- Atrás de mais notícias sobre o Hagrid. - Respondi imediatamente. Não era extamente uma mentira, estava preocupada com ele e ia perguntar a Dumbledore sobre isso também.


- Ah, claro. Mande lembranças minhas a ele se conseguirem vê-lo.- Ela pediu.


- Pode deixar.


Fomos correndo ao escritório do diretor. No corredor esbarramos em Pirraça que cantarolava algo que parecia ser " O guarda-caça foi caçado.", apenas o ignoramos e seguimos o nosso caminho.


Enquanto virávamos o corredor Dumbledore dizia a senha para a gárgula.


- Tio Dumbie! Espere.- Gritou Sirius.


Nós aceleramos o passo e o diretor se virou com um sorriso em nossa direção.


- Sabia que viriam, por favor, subam comigo.


Nós subimos e ele conjurou cadeiras para que todos sentássemos.


- Imagino que queiram saber como o Sr. Lupin fará hoje a noite?


- Exatamente, diretor.- Disse Remus.


- O seu caso é especial e por isso  permitirei a saída, mas a permição se restringe apenas a casa dos gritos. Nada de perambular pelas demais parte do terreno da escola.- Nós assentimos e quando eu ia questionar sobre a minha ida a cozinha para buscar o café da manhã dos meninos Dumbledore disse- Srta. McKinnon, não precisa se preocupar em ir a cozinha buscar a comida para eles, chame por Greg e ele levará o café da manhã de vocês até seu quarto assim como as poções da Papoula.


- Obrigada, diretor. - Eu disse e sorri.- E há mais uma coisa que eu gostaria de perguntar.


- Diga, senhorita.


- Como está o Hagrid? Será que poderíamos visitá-lo?


Ele sorriu bondosamente.


- Não poderia negar isso a vocês e muito menos privá-lo do carinho dos amigos nesse momento. Mas de lá irão diretamente para o salão comunal.


- Muito, muito obrigada, diretor.


- Tchau, Tio Dumbie. - Disseram em coro James e Sirius.


- Tchau, diretor. - Despediu-se Remus.


Peter permaneceu calado. Fomos acompanhados por um sorriso de Dumbledore até a porta. Seguimos em direção a ala hospitalar.

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