Tempos difíceis.
Allynne Williams narra:
Desde pequena, eu ouço que nada é perfeito. E de fato, se algo parece perfeito, acaba. E com nós acabou da pior forma. Mas o que nos resta desses breves momentos de felicidade e perfeição dentro de nossa memória. E é isso que aqui contaremos: Memórias que jamais sairão de nossa cabeça. E a primeira, é do dia que mais sofremos em toda nossa vida.
Era apenas mais um dia comum de “férias” dos meus pais, já que quando não estavam no ministério, estavam correndo perigo por ai, indo atrás de bruxos malucos e sedentos por sangue. Os dois eram um dos melhores aurores da história. Talvez até os melhores dos melhores. Annabeth Harvelle tinha apenas trinta anos quando foi morta pela sua sobrinha Marianne, assim como Percy Williams, seu marido.
Foi irônico, pois os Harvelle Williams e suas filhas Allynne, Annie, Anna e Luna estavam felizes, contemplando uma tarde de sol, fazendo um picnic no jardim de sua casa,até uma coruja aparecer, com um pequeno pedaço de pergaminho no bico, e logo após entregá-lo a Percy, sair voando rapidamente. O pergaminho era como todos os outros, exceto pelo que estava escrito ali. Era aquele o passaporte para a maior dor que as filhas dos dois sentiriam pelo resto da vida: A perda dos pais. Eles deixaram-nas com o mordomo, Ronald, e desaparataram para combater uma “maluca que estava atacando o ministério”. Elas ficaram tristes, obviamente, por terem de cancelar à tarde com os pais, mas logo, estavam brincando de pega-pega pela casa, tomando cuidado para não quebrar algo da mãe, que ficaria furiosa se algo fosse “destruído por essas pestes”, como ela dizia.
- Gente! – Allynne disse, parando de correr, fazendo com que Anna, Annie e Luna parassem também. – Vamos pro pátio... Treinar? – Elas se entreolharam, confusas.
- Mas não era para treinarmos apenas quando nossos pais estivessem aqui? – Anna logo disse, olhando feio para Allynne, pois ela estava tentando as encorajar a quebrar regras, coisa que Anna não era muito fã de fazer ainda.
- Ah, não interessa, Anna, Ronald nos vigiará como mamãe nos vigia. – Ela deu um grito, e Ronald apareceu, assustado.
- O que foi? – Ele perguntou, mas ao invés de obter uma resposta, recebeu várias gargalhadas pelo estado de seu cabelo castanho: totalmente despenteado e desarrumado. Allynne foi a primeira, contagiando as outras com sua gargalhada extremamente alta. - Ally, para com essa tua risada do deabo, já tem Hades o suficiente ai, não acha? – Annie disse, rindo e tirando uma com a cara de Allynne. Annie estava falando muito sobre deuses ultimamente, seu pai estava lhe contando tudo sobre eles.
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