E minha narrativa começa
Capitulo 1 – E minha narrativa começa.
Antes que eu comece a minha humilde narrativa sobre meu ultimo ano de escola, permitam-me apresentar a minha vida...
Oi, meu nome é Lily Evans, tenho 17 anos e... como eu posso dizer isso? Ah sim, eu sou uma bruxa. Eu estudo em uma escola incrível, Hogwarts, e sou da Grifinória. Confuso? Bom, você se acostuma.
Que tal eu começar a minha narração a partir do final da primeira semana de aula? Era sábado, e era dia de Quadribol.
Os gritos e aplausos tomavam conta da arquibancada circular, era constante o rugido de leão que vinha de algum lugar atrás de mim. Faixas vermelhas e verde enfeitavam o local, assim como os cartazes que as pessoas seguravam acima de suas cabeças.
Tocaram o gongo.
- Mais um ponto para a Grifinória! – o comentarista anunciou.
O barulho aumentou e o rugido veio mais uma vez. No campo, os jogadores de vermelho também comemoravam. Animada, eu olhava para todos os lados tentando pegar cada detalhe: O que cada um dos jogadores faziam, o placar, os torcedores do time adversário, e finalmente, a bola mais importante do jogo. O pequeno pomo de ouro que fora refletido pela luz do sol chamou minha atenção. Logo atrás dele, o apanhador de vestes verdes se esforçava para chegar perto da única chance de seu time vencer, mas acabou sendo surpreendido pelo apanhador do time vermelho.
Com muita facilidade, o Grifinório se aproximava cada vez mais da bolinha que fugia em grande velocidade.
- Quer parar de brincar e acabar logo com isso? – um garoto que voava perto de mim gritou.
Um sorriso se formou no rosto do que seguia o pomo e, aumentando ainda mais a velocidade, chegou a ele em poucos segundos.
O jogo tinha chego ao fim, James Potter pegou o pomo de ouro. Com a vitoria nas mãos, ele voou para perto do amigo que havia gritado com ele e os dois começaram a rir.
Do outro lado do campo, na arquibancada onde estavam os Sonserinos, alguns meninos despedaçavam um pequeno leão de pelúcia, e outros vaiavam e faziam gestos obscenos com as mãos.
- Ele não é lindo? O James... – uma garota perto de mim comentou.
- Não mais do que o Sirius – a amiga respondeu.
- Hey, meninos – a primeira fez um gesto com as mãos para que eles se aproximassem.
Os dois garotos que ainda estavam empolgados e comentando sobre o jogo trocaram olhares e eu pude ver que aquilo era exatamente o que eles queriam. Voaram para perto das meninas, que davam pulinhos excitados.
Antes que eu pudesse ver qualquer outra reação, alguém me pegou pelo braço.
- Vamos Lily? – Marlene me olhou curiosa – a festa já vai começar.
- Já vou, Lene – Sorri pra ela.
Marlene é uma de minhas melhores amigas, é possuidora de cabelos longos e negros, que caem na cintura com pequenos cachos. Seus olhos castanhos estão sempre cobertos de maquiagem, e suas roupas não se encaixariam em uma revista de moda.
- Oi, Evans.
Me virei para encarar o moreno que havia me chamado, mas James não estava lá.
- Aqui em cima – ele disse quando, subitamente, sua cabeça apareceu na minha frente virada para o chão.
Os cabelos escuros e despenteados apontavam para baixo e os óculos quase lhe escapavam da face. As orelhas vermelhas já indicavam uma grande concentração de sangue na cabeça.
- O que faz ai em cima? – levantei as sobrancelhas para ele.
- Tenho uma boa visão daqui – ele deu de ombros – O que achou do jogo?
- Não me impressionou – tentei parecer convincente – já vi capturas melhores.
- Ai, essa doeu – Sirius disse aproximando-se.
James ignorou o amigo e se endireitou na vassoura.
- Você podia me dar uma chance de te impressionar, Evans. Que tal hoje depois da festa?
- Que tal nunca? – sugeri.
Ele riu.
- Vamos, Lily, você sabe que me quer. Todas me querem.
Me dei ao luxo de não responder, revirei os olhos e sai andando em direção ao castelo com Marlene logo atrás de mim.
- Que charme de menino – ela comentou – Humilde...
Pensei em responder algo como " ele me irrita " mas achei que seria obvio de mais, todos sabiam disso.
- Ele vai se gabar desse jogo por séculos. Por que ele foi o apanhador? Pensei que ele fosse o artilheiro, não?
Lene pareceu pensar no que dizer, mas acabou não falando nada.
Assim que entramos pelo retrato da Mulher Gorda, eu pude ver ( e ouvir ) a grande festa de comemoração. O Salão Comunal estava cheio, com faixas penduradas por todos os lados e os cartazes que antes eram a decoração do campo de Quadribol estavam agora presos pelas paredes do cômodo. Em um canto, havia uma mesa com doces e salgados, que estava sendo rudemente atacada por um garoto do sétimo ano.
Procurei um canto para me sentar assim que me separei de Lene e fiquei observando o movimento. Eu sou muito perceptiva, sabe. Estou sempre a procura de detalhes que ninguém mais repara, acho incrível poder achar beleza em pequenas coisas, coisas que ninguém mais da atenção. Por isso estou sempre observando o que esta a minha volta.
- Admirando a festa?
- Oi, Remus – sorri – É, estou. Você?
- Só procurando um lugar tranqüilo pra ficar. Não tive muito sucesso – disse apontando para as pessoas que riam e conversavam alto.
Remus Lupin é uma das melhores pessoas que eu conheço. É carinhoso e atencioso, e está sempre por perto. Ele é lindo, com cabelos louro escuro e olhos claros que se escondem atrás das olheiras. Tem um belo corpo, apesar de não praticar qualquer esporte. Seu rosto esta sempre arranhado e é só as feridas começarem a sarar que novas vão surgindo. Apesar disso, sua beleza é facilmente percebida, e seu bom humor é absurdamente contagiante. Ele é monitor chefe, assim como eu, então passamos um bom temo juntos.
- Adoro essas festas – o menino da mesa de doces comentou quando se sentou ao lado de Remus com os braços cheios de bolinhos.
Peter Pettigrew é um garoto gordinho que ta sempre comendo. Os dentes grandes e o nariz alongado fazem com que seu rosto lembre o de um rato. Não é tão alto como o amigo, mas mesmo assim, é mais alto do que eu.
- Sempre tem coisas para comer – acrescentou mordiscando um muffim.
- Você assaltou a mesa de doces – Remus notou indiferente.
O menino deu de ombros e continuou a comer.
Vi Remus acenar com a cabeça para alguém atrás de mim e quando me virei ara ver quem era, Potter estava me olhando com os braços abertos.
- Quer dar uma volta? – perguntou abaixando os braços.
- Pensei já ter rejeitado seu convite hoje – respondi calma.
- Não, não me lembro.
- Tchau, Potter – balancei a mão em dispensa.
Ele enrugou a testa com nítida frustração, olhou em volta e foi se juntar ao amigo Sirius, que conversava com duas meninas quintanistas.
- Não ligue para ele – Remus deu um sorriso fraco – tem um ótimo coração.
- Tem sim – Peter concordou antes que eu pudesse dizer qualquer coisa – tem um coração tão grande que cabe todas as garotas de Hogwarts lá.
E então, ele começou a rir. Riu tanto que precisou agarrar a própria barriga para tentar amenizar a dor.
- Peguei um livro interessante na biblioteca – Remus ignorou o amigo.
Peguei o livro que ele estava estendendo e fitei a capa.
- Já li esse! É aquele que fala sobre vampiros e... lobisomens!
Ele se remexeu incomodado em sua poltrona e passou uma mão pelo rosto.
- Espero que eu goste então – o sorriso voltou.
- Fala ai, galera – Lene apareceu ao meu lado.
- Boa noite.
- Oi, Lene!
- Lily, eu estava indo pro dormitório...
- Eu vou junto – saltei da poltrona – boa noite, meninos.
- A gente se vê – Lupin disse
- Tchau! – Peter despediu, que uma vez parando de rir, voltou para seus bolinhos.
Eu tentava abrir caminho pela multidão para chegar até as escadas, mas acabei encontrando um pequeno obstáculo.
- Ai! – reclamei quando cheguei ao chão.
Assim que consegui me recompor, consegui identificar o motivo da minha queda: um menino sorridente de cabelos escuros estava deitado no meio do tapete.
- Black! – briguei – não tinha outro lugar para se deitar?
- Hey, Lily – ele respondeu com uma voz fina e engraçada – você já notou como essas estrelinhas giram rápido? – apontou para algum lugar acima de sua cabeça.
- Alguém tira ele daqui? – Marlene pediu.
Dei um risinho leve ao ver Sirius tentando se manter de pé e marchei para o dormitório do sétimo ano.
- Black esta completamente bêbado! – Marlene comentou depois de se jogar na sua cama.
- Conta uma novidade – Alice disse saindo do banheiro – já virou ritual dos Marotos se embebedarem nas festas.
- Remus e Peter pareciam bem sóbrios – comentei enquanto procurava meu pijama embaixo do travesseiro.
Corri para o banheiro e em menos de um minuto eu já estava trocada, pijama posto e cabelo preso em um rabo alto.
- ... eles estavam se agarrando na escada – Emily comentava animada com Alice, que parecia mais animada ainda.
As duas estavam sentadas na mesma cama, e Lene estava exatamente na mesma posição de antes.
- Quem? – perguntei.
- James e Janneth estavam aos amassos na escada – Emily respondeu.
- Oh, isso é nojento – torci o nariz.
- É, mas eles não devem pensar o mesmo – Alice comentou entre um risinho.
- Mas é claro que não pensam! Ele é James Potter! – Lene respondeu indicando que não estava dormindo.
- E ela é Janneth Raminsky – Emily completou – não me surpreende que eles finalmente estejam juntos.
- Vamos ver quanto tempo isso vai durar – Lene murmurou.
- Fico feliz por eles – respondi simplesmente, fazendo todas olharem para mim – Que? Que foi? Acho que eles combinam.
- HÁ! Qual é, Lily? A única pessoa com quem James combina é com você. Podia ser você aos amassos com ele.
- Claro, claro. Mas daí não seria a Lily, seria? Seria um Alien! – Lene respondeu antes que eu pudesse pensar no que dizer.
Todas caímos na risada, e eu finalmente adormeci entre as conversas animadas de Emily e Alice.
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