A Notícia Inesperada



- Harry, até que enfim chegou! - se exaltava Luna para Harry, quando o viu passar pela porta.

- Deixe-me respirar, Luna! - disse Harry, sorrindo para a amiga que o abraçava.

A excitação da garota era visível. Tinha se tornado aurora por puro interesse em participar de uma outra batalha como a de Hogwarts, era uma sonhadora. Não tinha mudado de jeito algum. Mas a tamanha agitação fez Harry curioso, todos da sala, inclusive o próprio marido de Luna, Rolf Scamander que também virara auror, o olhavam com expectativa.

- O.k., Luna, o que aconteceu? - perguntou, ansioso, olhando para Ron sem entender.

- Neville nos contatou... Ele diz, na carta que... Bom, acho que você mesmo deve lê-la - e entregou ao amigo, o pedaço de pergaminho que sacolejava na mão.

Harry pegou o pergaminho, e começou a lê-lo, sentando-se em uma cadeira; Ron também começou a ler a carta:

Olá, Harry. Aqui é Neville. Sei que há muito não nos falamos, não tive tempo de passar no Ministery of Magic com os meses antecedentes as aulas chegando. Mas hoje, quando acordo e me levanto, com minhas costumeiras vestes verdes farfalhando pelo chão, ouço uma conversa um tanto animada.
Desci dos meus aposentos utilizando uma pantufa velha que achara em um canto, e quando olho para as paredes; pasme: Albus Dumbledore estava conversando com Phineas de forma simples.
Quase que desmaio na ocasião, porém, depois do acesso que tive, Dumbledore me pediu para, de imediato, entrar em contato com você. Sei que é só um quadro, mas sua história é tão interessante, que sugiro que parta com o Hogwarts Express às onze horas. Mas estarei aqui para recebê-lo todo tempo.

Atenciosamente, Neville Longbottom, Hogwarts Headmaster
 

- Quando esta carta chegou, Luna? - questionou-a Harry.

- Hoje, poucos minutos depois das nove horas da manhã - disse Scamander, e a mulher assentiu.

- Pode me liberar uma das lareiras emergenciais para agora, Rolf? - disse Ron, vendo as lágrimas rolando pelo rosto de Harry, em choque.

- Mas é claro! - Scamander se lançou em uma mesa, pegou alguns papéis e saiu correndo pelo corredor.

Harry estava enfeitiçado, parecera. A possibilidade de falar novamente com o homem que fora como um pai para ele era libertadoramente assustadora. Durante estes dezenove anos, o quadro emoldurado que simplesmente aparecera no gabinete do diretor, com Dumbledore dormindo tranquilamente, permanecera inerte. Harry ia toda semana, pelo menos duas vezes, visitar o túmulo de Dumbledore, e seu quadro, na esperança que acordasse; em vão. Albus nunca tinha acordado, e muitas pessoas se perguntavam porquê. Já que todos os quadros se mexiam, por quê ele sempre estava dormindo, estático!? Eram todas estas perguntas não respondidas que Harry queria se aprofundar, e se empertigou a andar pelos corredores do Ministery of Magic, com Ron aos seus calcanhares, quando Scamander voltou gritando que a chaminé cinco estava livre.

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