Capítulo postado em 04/08



Enquanto isso



Draco olha para a sua secretária sem saber direito o que fazer, Harry partiu de forma inesperada por causa de alguma coisa no quartel dos aurores e a entrevista teve que ser interrompida, ele queria mesmo arrumar uma forma de se comunicar com ela, não apenas por causa das informações que Elly pode ter sobre a sobrinha. O loiro se sente culpado por deixar a senhora tanto tempo sem os cuidados adequados, mesmo que isso tenha sido por um propósito maior. O propósito de salvar a sua vida e a sua família.



Mas agora ele pensa que talvez se eles tivessem se empenhado em fazê-la melhorar ao invés de lhe dar apenas um lugar pra ficar, talvez essa situação pudesse estar se não resolvida talvez melhor encaminhada, principalmente porque ele vê que a senhora lhe encara com um olhar característico, o olhar de quem tem algo a dizer.



Draco não é tão brilhante quanto a sua esposa nem tem a habilidade investigativa do seu amigo Harry, mas ele consegue perceber que talvez a sua secretária tenha alguma informação importante. A pergunta agora é, o que ele pode fazer pra ajudar?



Pense, Draco, pense. Ele fala para si mesmo. O que você pode fazer para tirar algo de alguém que mal se mexe e não consegue falar?



Então ele tem uma ideia, uma ideia meio louca mas que deixaria a sua esposa orgulhosa. Vai ser complicado e vai levar tempo e talvez não dê certo, mas é o que ele tem no momento. Quem diria que um pouco de conhecimento cinematográfico trouxa poderia ajudar?



XXXXX



De volta ao hospital St Mungus



Harry vê Hermione olhar para a pessoa ferida e ele fica tão estarrecido quanto ela ao ver que não é a sua prisioneira que está na maca a sua frente e sim seu agente recruta. Ele vê que Hermione lhe encara com um olhar interrogador, mas infelizmente ele também não sabe dizer o que aconteceu muito menos como aconteceu. O que ele sabe no momento é que de alguma forma Jezz conseguiu fugir.



Ele olha para a sua amiga. Não é preciso ser muito inteligente pra saber que Hermione chegou à mesma conclusão. Mais ainda, ela também como ele chegou à conclusão que Jezz se encontra neste momento no hospital. Ambos se entreolham com o mesmo pensamento, ela pode fazer duas coisas: fugir e nunca mais ser vista ou tentar alguma jogada desesperada e neste momento eles torcem para que seja a primeira opção...



XXXXX



Em outro lugar do hospital



- Ora... Ora... Ora... – Jezz diz ao ver as duas garotinhas. Annie instintivamente se coloca na frente do bercinho do bebê – que cena encantadora! A pirralhinha defendendo o irmãozinho. Isso é tocante, mas sinto informar que essa criança vai comigo. Ela é o meu passaporte de liberdade e meu saco de galeões também e não vão ser duas bruxinhas que vão me impedir, ou vocês gostariam de tentar?



Lizzie olha para a mulher e instintivamente se coloca na frente da sua irmã. Por mais raiva que a menina sinta, ela é inteligente o suficiente pra saber que não é uma boa ideia tentar fazer alguma coisa, não quando a bruxa maligna empunha uma varinha e parece muito disposta a usá-la, então ela diz:



- Você pode ir embora, ninguém vai fazer nada, você pode fugir e ir para outro lugar



- Mas você não vai levar o bebê! – Annie completa e vê que Lizzie olha assustada pra ela, mesmo assim a menina não se intimida – você não precisa dele, você não vai cuidar dele. Você é má!



- Annie! – Lizzie diz num rompante, a mais velha está assustada, a sua irmãzinha nunca se altera e a seu ver esta é uma péssima hora pra começar – se ela é a mãe dele, ela tem que ficar com o bebê, você sabe disso. Nós vamos deixar ela sair, ela vai embora e nós vamos ficar bem, eu prometo.



- Ela vai machucar o bebê, eu não vou deixar! – Annie enfrenta a irmã e por um momento ambas se esquecem da presença maligna, nenhuma das duas percebe que Jezz observa a discussão sem entender direito o que está acontecendo. A última coisa que ela esperava naquele quarto era uma discussão entre irmãs. Duas bruxinhas assustadas, tudo bem. Mas isso?



Era só o que faltava! Ela pensa com seus botões – muito bem, meninas, parem com isso! Eu não tenho tempo a perder e eu não quero machucar ninguém. Mas eu posso fazer isso se não tiver outro jeito, vocês vão me deixar pegar o menino, eu vou embora e ninguém se machuca, quando o seu pai me der os galeões, ele estará de volta. Agora deixem o menino antes que a situação piore pra vocês.



E para provar que ela está falando sério, Jezz pega a varinha e estupora Lizzie mandando a mais velha longe.



- Lizzie – Annie grita, indecisa entre socorrer a irmã e proteger o pequeno



- Não faça nenhuma gracinha! – Jezz diz. Ela aponta a varinha para a mais nova – você quer ser a próxima? – ela ameaça a pequena – agora eu vou pegar meu filho e sair daqui e você não vai fazer nada. Aliás, você vai dizer para o seu papai preparar uma grande quantidade de galeões e aguardar o meu contato. Eu não vou sair dessa sem nada!



Ela vai em direção ao bebê, alheia às lágrimas da caçula dos Malfoy, mas antes que ela possa colocar as mãos na criança uma grande força a joga longe ao mesmo tempo em que ela ouve uma voz infantil dizer:



- Ele não é seu filho, ele é meu irmão!



XXXXX



Um pouco antes ainda no hospital



Hermione e Harry se entreolham, nenhum dos dois fala nada, mas ambos têm o mesmo pensamento. Essa maluca está no hospital e ela pode tentar algo contra a criança ou mesmo contra as meninas Malfoy.



Eles sabem que isso seria uma loucura total. Qualquer pessoa com um mínimo de bom senso aproveitaria a oportunidade para fugir, mas nem Harry nem Hermione podem arriscar então ambos se dirigem rapidamente ao local onde as meninas estão com o pequeno.



Eles correm em direção ao local, mas antes que Hermione entre Harry a impede. A morena olha para o amigo sem entender, mas Harry faz sinal para que ela fique quieta e Hermione percebe que algo está acontecendo no quarto das suas meninas.



A morena sente o coração falhar uma batida. A sua respiração fica suspensa, mas agora ela tem que ser mais racional do que nunca. Harry é a parte que sabe o que está fazendo e o que ela precisa agora é apenas seguir o que ele diz. A última coisa que ela que é ser culpada por algo acontecer a suas meninas por causa de qualquer tipo de ímpeto da sua parte.



Ela ouve vozes alteradas e tomara que ela esteja errada, mas parece que Annie está enfrentando a mulher. O que lhe espanta, já que a sua caçula sempre foi muito cordata. Então Hermione só pode achar ela deve estar mesmo muito desesperada. Hermione não precisaria conhecer muito a sua pequena para imaginar que o bebê deve estar sendo ameaçado. Ela olha para Harry buscando alguma coisa que a ajude e o seu amigo continua fazendo sinal para que ela fique em silêncio e embora pareça que ele não está fazendo nada, Hermione conhece bem esse feitiço que ele está fazendo, o feitiço da desilusão. Pode não ser muita coisa, mas talvez ajude.



Harry olha pra a sua amiga. Ele só pode agradecer por Hermione ser tão centrada e não fazer nada que possa colocar as próprias filhas em risco. Ele sabe que se fosse qualquer outra pessoa tudo já poderia estar perdido.



Sim, Hermione é uma mulher muito centrada, mas ela é acima de tudo uma mãe e é como mãe que ela corre para o quarto quando ouve o barulho de uma explosão...



XXXXX



Enquanto isso, na mansão Malfoy



Draco olha para Elly. A sua ideia é meio louca, mas pode dar certo e qualquer informação pode ajudar, além disso, ele se sente meio inútil sem poder fazer nada pra ajudar, ele não quer voltar para o hospital dizendo que Harry foi chamado e que eles não têm nada



- Você entendeu como vamos fazer? – ele pergunta e vê a sua secretária assentir com a cabeça, o loiro mal contem um sorriso arrogante pela sua ideia – então vamos lá e quando você se cansar a gente para, tudo bem? – ele vê a secretária assentir novamente, Draco não sabe direito como Harry faria um interrogatório, então ele vai fazer da forma que puder – eu vou fazer algumas perguntas sobre a sua sobrinha e a senhora tenta responder do jeito que combinamos – ele vê a secretária negar com a cabeça e fica sem entender.



- O que aconteceu, Elly? Você falou que queria ajudar e que tinha entendido, você não quer ajudar? – ele nota que a senhora fica agitada – você está cansada? O que aconteceu? – ele vê a senhora se agitar ainda mais, o loiro agora está preocupado que a sua secretaria esteja com algum problema. Pense, Draco, pense. Ele diz para si mesmo



- Elly – ele respira fundo – você disse que queria ajudar, você desistiu? – ele vê a secretária negar com a cabeça – muito bem, você não desistiu, então o problema é que você não entendeu como vamos fazer, é isso? – ele vê a secretária negar com a cabeça novamente. Se ao menos ela conseguisse escrever. Ele diz para si mesmo. Isso facilitaria que ela dissesse o que tem pra dizer. Então ele para subitamente – você tem algo importante a dizer por isso não quer responder as perguntas, é isso? – ele sorri ao ver a secretária assentir – pois bem, o que você tem a dizer?



XXXXX



De volta ao hospital St Mungus



Hermione entra com a varinha em punho e a respiração suspensa. Ela vê as duas filhas jogadas ao chão, cada uma em um canto. A morena sente a bile chegar a sua garganta e só com muito controle ela percebe que ambas ainda respiram. Ela olha ao redor e vê que Jezz que está começando a se levantar meio atordoada. Ela não tem ideia do que aconteceu, só o que ela quer neste momento é ver se as suas filhas estão bem. Mas a varinha ameaçadora de Jezz na direção de Annie faz com que ela não se aproxime.



As duas mulheres se encaram durante algum tempo, ambas de varinhas apontadas, nenhuma das duas pisca ou se move um milímetro sequer. É como se ambas soubessem que esta é uma luta da qual apenas uma poderá sair e embora Jezz seja uma fugitiva Hermione sabe que agora a vantagem é dela. A medibruxa sabe que basta um gemido de uma das suas meninas para que ela perca a concentração tão necessária neste momento.



- O que você fez com as minhas filhas? – Hermione diz contendo a fúria em sua voz, por sorte ela é medibruxa e sabe reconhecer uma pessoa viva. Ela não quer nem imaginar se ela não tivesse o sangue frio necessário para saber que elas estavam apenas desacordadas.



- Eu fiz o que eu vou fazer com qualquer um que se meter no meu caminho e se tivesse tempo faria ainda mais. Agora eu vou pegar o bebê e sair daqui – Jezz diz sem desviar o olhar – e você não vai me impedir ou eu sou capaz de qualquer coisa!



Hermione faz o que Jezz ordena. Ela não se mexe embora a varinha continue empunhada, ela faz porque está preocupada que essa mulher faça algo com as suas filhas e porque ela sabe que Harry estava com ela e não a deixaria assim



Fato que é comprovado quando um expeliarmus lança a varinha de Jezz longe!



- Não se mexa! – Harry diz apontando a varinha para a mulher – não sei como você conseguiu escapar, mas você vai voltar para a prisão que é o seu lugar



- Você vai ter que me matar primeiro! – Jezz diz sem saber direito o que aconteceu – eu prefiro morrer a ser presa!



- Jezz – Hermione toma a palavra, ela conhece demais a natureza humana para saber que a esta altura a moça seria capaz de qualquer coisa incluindo atacá-la ou a suas meninas – qualquer coisa que você faça agora não vai te livrar da prisão, mesmo que você ataque a mim ou as minhas filhas ou mesmo ao bebê. O Harry é o chefe dos aurores, ele é treinado, eu também sou muito boa em duelos, você acha mesmo que vai conseguir? Sem falar que o alarme foi dado, você não pode aparatar nem sair sem ser pega. Pense nisso.



Hermione vê que por um momento ela não sabe direito o que fazer, mas o que se passa depois, bem, Hermione esperava qualquer coisa menos o que aconteceu em seguida e neste momento ela só pode agradecer o fato das suas pequenas estarem desacordadas e não presenciarem o horror que se seguiu. Ela vê Jezz retirar outra varinha de suas estes, apontar para si mesma e pronunciar:



- Incêndio!



Tanto Hermione quanto Harry poderiam ter feito alguma coisa se eles não estivessem tomados pelo estarrecimento e se o corpo da moça não tivesse sido tomado pelo fogo em uma velocidade vertiginosa, então antes que eles pudessem fazer algo, a vida se esvaiu de Jezzebel Summer...



XXXXX



Na mansão Malfoy



Draco olha a informação que Elly lhe deu, ele sabe que isso pode ser importante e que a moça é ainda mais perigosa do que eles imaginavam. Ele agradece a sua secretária e pede a um elfo que a leve para o quarto para descansar um pouco



De posse desta informação cabe ao loiro avisar Harry Potter e ele se pega pensando se deve enviar uma coruja ou se simplesmente esperar que Harry retorne, como ele disse que faria assim que resolvesse seja lá o que tenha acontecido no quartel dos aurores. No entanto a figura da sua esposa na lareira faz com que isso não seja mais tão importante, algo aconteceu...



XXXXX



De volta ao hospital St Mungus para acidentes mágicos



Draco acaba de atravessar a lareira, Hermione não lhe explicou muita coisa apenas disse que ele deveria vir o mais rápido possível e o loiro fez o que foi pedido, pedindo internamente que não seja nada com Annie



Ele encontra sua esposa como era de se esperar, o que Draco não esperava era encontrar Harry Potter no hospital – o que aconteceu? As meninas estão bem?



- Sim, Draco – Hermione o acalma – felizmente não aconteceu nada com as meninas, eu vou te contar o que aconteceu...



XXXXX



Pouco depois



Draco olha para a esposa e o amigo, ele está completamente estarrecido pelo que eles acabaram de relatar e pela fisionomia de Hermione e Harry, eles também parecem não acreditar em tudo o que aconteceu.



- Essa mulher é definitivamente louca! – o loiro finalmente fala e vê Hermione e Harry assentirem a cabeça em concordância – como ela pode ser sobrinha de alguém tão doce quanto a Elly?



- Eu já me fiz essa pergunta várias vezes – Hermione diz – da minha parte eu só posso ficar aliviada que tudo acabou mesmo que esteja chateada por ela não pagar por tudo o que fez



- Eu entendo – Draco diz solidário – mas o importante é que tudo acabou e que as meninas não viram esse horror acontecendo – ele completa. O loiro não quer nem pensar nas suas bruxinhas presenciando a morte de alguém, principalmente uma morte tão brutal



- Eu ainda não sei direito o que aconteceu com elas – Hermione admite – a gente só queria tirar o corpo antes que elas acordassem, então depois que eu vi que fisicamente elas estavam bem eu fui ajudar o Harry com os procedimentos legais



- E posso adiantar que isso vai mesmo ser um inferno! – o menino que sobreviveu completa – ela conseguiu fugir do quartel dos aurores e dominar um recruta, sem falar que não houve tempo se sequer fazermos uma acusação formal.



Sim, Hermione sabe que seu amigo vai ter uma montanha de papeis burocráticos pra preencher, mas ela só pode sentir alivio finalmente o inferno acabou. E agora que o inferno acabou eles vão focar em deixar essa história pra trás e eles vão fazer isso como uma família...



XXXXX



Mais tarde



Draco e Hermione estão no quarto com as meninas e o bebê, Lizzie sofreu um estuporamento forte e bateu a cabeça e Annie, bem, eles não sabem dizer direito o que aconteceu com a menina, mas felizmente ambas estão bem e conscientes agora. Obviamente o casal não disse a elas detalhes sobre o que aconteceu enquanto ambas estavam desacordadas, tudo o que as suas bruxinhas precisam saber é que Jezz se foi e que ninguém vai fazer mal a elas ou ao bebê novamente.



Lizzie está mais falante do que nunca, mas Annie está estranhamente quieta – o que foi bruxinha? (Draco pergunta) você não está feliz em saber que ela não vai mais machucar vocês?



- Eu fiquei com muita raiva dela – Annie diz com os olhos cheios de lágrimas – ela ia levar o bebê, mas eu não queria machucar – ela suspira e as lágrimas descem – eu não queria matar ninguém.



Hermione e Draco se entreolham, que diabos a sua caçula está dizendo?



- Como assim, Annie? – Hermione pergunta – por que você está dizendo isso?



- Eu fiquei com raiva – a menina diz aos prantos – e quando eu vi, ela foi jogada longe e eu não sei o que aconteceu, tudo ficou escuro, fui eu que a matei?



- Não, Annie – Draco diz se aproximando da menina – você não matou ninguém, eu juro – se fosse em outra ocasião ele teria ficado feliz em saber que a magia da menina se manifestou de forma tão poderosa, mas agora só o que ele quer é que a sua bruxinha não se sinta tão mal.



- Então não fui eu? – Annie diz sem entender – mas eu joguei ela longe! Eu não queria, mas eu joguei



- Ela foi jogada longe sim – Hermione diz – mas isso não a matou. Eu entrei logo depois e ela estava bem viva – Hermione respira fundo – foi outra coisa que a matou – ela completa pedindo internamente que isso baste, de jeito nenhum ela quer dar detalhes da coisa horrível que aconteceu



- Você jura, mamãe? – Annie diz encarando-a com seus olhos azuis – eu não a matei? – ela para por um momento – então foi você?



Hermione respira fundo – não, Annie, não fui eu. Ela fez isso consigo mesma, ela não queria ficar presa e resolveu fazer isso – ela se aproxima da pequena – não foi culpa sua nem minha, só foi culpa dela mesma. Você está bem com isso?



- Estou, eu acho – a menina diz pensativa – mas eu estou um pouco triste por ela ter morrido. Acho que ela deveria apenas ser presa, eu estou errada por pensar assim?



- Não está errada, Annie – Hermione diz enternecida. A sua caçula é realmente muito especial – mas foi ela mesma quem fez isso, nós não pudemos evitar, você entende isso?



- Acho que sim – Annie diz pensativa, ela sorri – eu sei que agora tudo vai ficar bem



Neste momento alguém chama Hermione e diz que os resultados do exame de DNA já estão disponíveis e alguém da assistência social está à disposição para cuidar do pequeno caso seja necessário



Draco olha para o envelope que foi colocado em suas mãos e nele a chance de ter a sua vida perfeita como ele sempre sonhou. No entanto, às vezes os sonhos não são exatamente o que deveriam ser, o semblante da sua caçula neste momento lhe diz isso



É muito raro Draco Malfoy não saber o que fazer, neste momento no entanto ele se encontra paralisado. Ele sabe que deve ver o resultado, mas a lembrança dos seus sonhos com um menininho loiro chamado Orion faz com que ele não tenha coragem, pois fazer isso pode significar o fim deste sonho.



Ele olha para a esposa e vê que ela tem as mesmas angústias que ele. Seu olhar dança entre a esposa e o pequeno loiro que dorme alheio ao fato que a sua vida pode ter seu destino traçado neste exato momento.



Ele segura o envelope e respira fundo, ele está prestes a abrir quando a voz doce, porém decidida, da sua caçula se faz ouvir



- Ele é meu irmão! Nós não precisamos disso, ele é nosso, papai



O loiro olha para a filha que se aproxima lentamente, ela tira o envelope das suas mãos e repete de forma convicta – ele é nosso



Draco olha para Hermione que simplesmente assente com a cabeça, então ele olha para a sua primogênita que dá um suspiro e um sorriso – a Annie vai precisar de alguém pra atormentar quando eu for pra Hogwarts mesmo



- Você sabe que vai ser difícil – ele olha para a esposa – não saber se ele realmente é meu não é tanto o problema, mas se ele for filho dela...



Hermione se aproxima do marido e coloca suavemente o dedo em seus lábios, depois ela vai até o bebê e o tira do berço, o menininho loiro emite alguns arrulhos e abre os seus olhos azuis a encarando com a mesma intensidade que as suas meninas a encararam quando as teve pela primeira vez em seus braços – não Draco, ele não é dela, nunca foi mesmo que tenha nascido dela. Não importa como ele veio ao mundo, ele é nosso como a Annie falou – ela olha para o marido e coloca novamente o envelope em suas mãos – nós vamos ficar com ele independente do que estiver neste envelope, mas se você quiser abrir...



Draco olha para o envelope em suas mãos, o envelope que vai dizer se este garotinho tem ou não o seu sangue, o sangue que sempre foi tão importante em sua linhagem, o sangue pelo qual a sua família sempre lutou pela pureza. Mas quer saber? Ele não se importa nem um pouco. Então o loiro deixa o envelope cair no chão, ele pega a sua varinha e murmura:



- Incêndio!



Hermione enxuga uma lágrima discreta enquanto observa o sorriso das suas meninas e a família observa o papel queimar, agora mais completa que nunca...



Fim





Nota da autora



Bem, o que eu posso dizer?



Em primeiro lugar muitíssimo obrigada a todo mundo que mesmo após todos estes anos ainda continua por aqui, muito obrigada mesmo a todo mundo que acompanhou, favoritou e colocou a fic em alerta e principalmente a quem tirou um tempinho pra deixar uma palavra de incentivo.



Finalmente eu coloquei a palavra fim, mas na verdade vou fazer um epílogo onde eu faço um "gancho" para a próxima etapa e sim, eu pretendo fazer a parte 6. A notícia ruim é que eu não pretendo postar tão cedo, eu estou com uma Harry e Gina que já estou publicando e estou escrevendo outra fic D/Hr que está bem adiantada então vou postar essa primeiro e durante um tempinho colocar as ideias da parte 6 em ordem. (lembrando que eu vou postar a partir do final desta fic apenas no fanfiction ponto net).



Eu sei que algumas pessoas devem estar me xingando por deixar no ar se o garotinho era ou não filho do Draco. Quanto a isso eu só tenho uma coisa a dizer, algumas ideias na fic foram sendo alteradas com o decorrer da mesma mas esse final era uma coisa que eu tinha na minha cabeça desde o início, porque na minha cabeça ser ou não filho de sangue não seria importante. Então eu sinto muito mas eu também não sei dizer, o Draco queimou o envelope. (corre pras colinas)



Pra quem se interessar eu vou começar a postar uma Draco/Hermione em universo alternativo. Vai ser a primeira vez que eu faço UA com este casal e esta história tem um toque especial para mim que vou explicar quando começar a postar (sim, isso foi uma espécie de chantagem para vocês lerem, me julguem)



Espero que tenham gostado. Mais uma vez muito obrigada e nos encontramos no epílogo.



Bjos


Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.