Capítulo postado em 26/04
Enquanto isso
Harry e Gina vasculham a casa em busca da mulher, eles sabem que ela não pode ter ido longe, uma das primeiras coisas que Athena fez ao chegar foi realizar um feitiço que impedia a aparatação para fora das dependências da casa. Foi uma das ideias que ela teve assim que eles chegaram...
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Voltando algum tempo atrás...
Athena, Gina e Harry acabaram de aparatar na casa que a professora habitava quando mais nova, eles estão no quarto que a moça ocupava antes que a tragédia tomasse conta da sua vida.
- Estamos seguros – ela diz – mesmo que ela esteja aqui, duvido que venha a este quarto – ela bate palmas e um elfo muito velho e feio aparata, ele olha com espanto para a sua ama que lhe faz sinal para que ele fique em silêncio – ela está aqui? – Athena pergunta e a criaturinha assente com a cabeça negativamente.
- Mas ela virá – Athena diz para Harry e Gina de forma confiante – eu tenho certeza. Se ela se sentir acuada, ela vem pra cá.
- Vamos aguardar alguns instantes, se a Hermione não enviar nenhuma mensagem então agiremos – Harry diz e todos assentem com a cabeça.
- Avise se a minha madrasta chegar – ela diz para o elfo – e não diga uma palavra sobre eu estar aqui – Athena vê a criaturinha assentir com a cabeça e desaparecer com um pof.
- Agora aguardamos – Harry diz – se ela chegar com as duas crianças podemos detê-la e acusá-la pelo sequestro da Annie. Isso deve segurá-la até que a gente tenha a comprovação de tudo o que ela fez.
- Senhor Potter – Athena diz – eu conheço a Jezz, ela vai ser capaz de dizer que tudo foi um engano lamentável e se safar. Eu sei que ela vai fazer isso e depois ela vai sumir, talvez nunca mais a encontremos, talvez ela arrume outra pessoa pra prejudicar. A gente precisa dar um jeito de conseguir algo que ela não possa se livrar.
- Eu entendo a sua frustração – Harry diz – mas se não a pegarmos agora, ela também pode fugir. Nós precisamos usar o que temos.
- Concordo – Athena diz sem perceber que interrompeu o chefe dos aurores – mas se o senhor permitir, eu posso confrontá-la. Eu a conheço, eu tenho certeza que ela vai falar alguma coisa pra mim nem que seja pra se gabar.
- Não sei se isso seria adequado – Harry diz – ela pode ser perigosa.
Antes que a professora argumente, um elfo vem dizer que Jezz acabou de aparatar.
- Tem alguém com ela? – Athena pergunta e vê o elfo assentir com a cabeça.
- Duas crianças e uma mulher – a criaturinha responde – eu não os conheço. Eles estão no quarto de hospedes e a senhora foi para o antigo quarto do seu pai. Ela parecia zangada.
- Pode ir agora – Athena o dispensa – não fale nada sobre nós e obrigada.
- A senhorita Binns é boa – o elfo diz fazendo uma reverência antes de antes de sair.
- Senhor Potter – Athena diz – eu sei que ela pode ser perigosa, mas essa pode ser a nossa única chance. Por favor, eu devo isso à memória do meu pai.
Harry olha para Gina que assente com a cabeça – tudo bem – ele suspira – mas tenha cuidado.
- Eu sei do que ela é capaz, eu vou ter todo o cuidado – ela pega a sua varinha e murmura um feitiço – isso vai impedir que ela aparate para fora da casa. É claro que ela pode tirar, mas isso pode dar algum tempo até que ela se lembre disso – Athena sorri – como eu disse, eu a conheço e sei que ela não tem muito jeito pra lidar com a pressão, quem sabe isso pode ajudar.
E dizendo isso ela respira fundo e se prepara para confrontar a mulher que destruiu a sua vida...
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De volta ao momento atual
Mel fecha os olhos e se prepara para a costumeira fisgada na barriga que uma aparatação sempre trás, mas não acontece nada. Ela olha para Jezz que encara a todos com uma expressão estupefata.
Mas isso só dura um minuto, logo ela olha para Athena já sabendo que isso é coisa dela – sua vaca! – Jezz vocifera – você continua atrapalhando a minha vida! Mas você não vai me deter, eu vou sair daqui de qualquer jeito e acabo com você mais cedo ou mais tarde – ela se vira para Mel – você vem comigo, leve o garoto, nós vamos sair pela porta mesmo – ela segura Annie com força enquanto olha para os outros – qualquer gracinha eu acabo com a pirralha. Agora saiam da frente – ela diz enquanto empurra a menina na direção da porta.
Mas antes que ela chegue, Harry e Gina aparecem. Ele demoraram um pouco para achar o local para onde Jezz aparatou com Athena. Na verdade eles só conseguiram com a ajuda dos elfos.
- Senhorita Summer – ele diz enquanto aponta a sua varinha que logicamente não pretende usar. Não dá pra arriscar já que ela tem a filha dos seus amigos nas suas mãos – a senhorita está piorando a sua situação. Acha mesmo que pode escapar? Se você se entregar iremos levar em consideração a sua cooperação.
- Me entregar? – ela diz soltando uma risada estridente que faz Hermione se arrepiar, definitivamente a mulher está perdendo a razão e definitivamente isso não é bom pra ninguém, principalmente para Annie que está na mira da varinha desta mulher ensandecida.
- Vamos! – Jezz diz para Mel ela continua apontando a varinha para a pequena – e ninguém faça nenhuma gracinha – ela diz enquanto se dirige à saída e neste momento sem que ninguém esperasse a sua varinha salta da sua mão como se alguém houvesse pronunciado um expeliarmus e Snape aparece com a sua varinha em punho.
Os presentes se olhariam atônitos se houvesse tempo pra isso, Harry olha para Gina que mantém a sua varinha apontada para a mulher e se aproxima:
- A senhorita está presa por sequestro, por ameaçar o bem estar de duas crianças, chantagem, tentativa de extorsão, tentativa de assassinato da senhora Summer sua tia e pelo assassinato da família Milles.
Hermione vê a mulher na sua frente empalidecer. Em outra circunstância ela ficaria preocupada com o seu bem estar, mas neste momento a mãe supera a medibruxa e ela se lança em direção à mulher e arrebata a pequena dos seus braços com um olhar furioso.
- Eu não ia machucar ela, eu juro – Jezz diz enquanto seu olhar dança entre os presentes – eu nunca machuquei ninguém, eu só queria uma vida boa para o meu bebê – seu olhar para em Draco – para o nosso filho.
- Por falar nisso – Harry olha para a mulher – eu esqueci de acrescentar a acusação de sequestro do filho mais novo da família Milles. Esta criança que você tem não é filho do senhor Malfoy e muito menos seu filho, você sabe disso.
- Mentira! – ela diz – isso é uma calúnia! Eu nunca matei ninguém, eu não sequestrei ninguém. Vocês podem pegar a minha varinha, podem entrar na minha memória, vocês vão ver que ela nunca lançou um feitiço sequer pra matar alguém.
- Não se mata usando apenas feitiços, você deve saber muito bem – Harry diz – você entrou na casa como uma babá, usou fogo maldito pra incendiar a casa dos Milles e levou o menino antes que tudo queimasse. Você usou alguma coisa explosiva pra atingir a sua tia, só não sabemos se você queria matá-la ou apenas incapacitá-la. A sua lista de crimes é longa e isso vai garantir um bom tempo em Azkaban.
- Vocês não podem fazer isso! – ela grita descontrolada – eu sou inocente – ela olha para Draco – o senhor tem que acreditar. Esse filho é seu, eu juro pelo que o senhor quiser!
- Nós vamos levá-la agora – Harry fala para o casal ignorando deliberadamente o ataque enfurecido da mulher – eu entro em contato mais tarde para pegar um depoimento formal, tudo bem? – ele vê o casal assentir com a cabeça – muito obrigado, senhorita Binns – ele se volta agora para Athena – você ajudou muito, seu pai teria ficado orgulhoso.
- Imagine – ela sorri – eu faria qualquer coisa pra ajudar – então ela se volta para Jezz – eu juro que eu realmente gostava de você, Jezz. Você foi mesmo a minha melhor amiga, eu não perdi só meu pai, eu perdi isso também. Lembre-se disso enquanto você estiver respondendo por seus crimes.
- Você também era minha amiga! – Jezz diz em um tom desesperado – você era a minha melhor amiga! Eu nunca te machucaria, eu nunca machuquei ninguém você precisa acreditar em mim!
Harry leva Jezz ainda gritando e Gina o acompanha enquanto Hermione pega a filha nos braços, sorrindo aliviada por tudo de uma forma ou de outra ter terminado bem.
- Eu fiquei com medo, mamãe – a pequena diz em meio às lágrimas – essa mulher é muito má – ela sai dos braços da mãe e vai em direção do bebê que agora está nos braços de Mel – ele também estava com medo, ela fez coisas muito ruins.
- Eu sinto muito – Mel diz desconcertada – eu deveria ter sido mais forte ou mais inteligente, ela me pegou sem que eu esperasse e eu acabei atrapalhando ao invés de ajudar.
- Nós é que pedimos desculpas, Mel – Hermione diz – você não deveria ter corrido esse risco, a gente não deveria ter permitido, essa mulher é louca e você poderia ter se machucado seriamente ou coisa pior.
- Mas agora está tudo bem – quem fala agora é Athena – você está bem, não está Annie? Ela machucou vocês?
- Estou – a menina diz agora com o pequeno no colo – a gente precisa pensar em um nome pra ele. Ele é muito bonitinho pra ficar sem nome, agora ele vai ficar com a gente, não é? – Annie pergunta com os olhinhos brilhando.
- Depois a gente vê isso, Annie – Draco diz sem encarar a menina. Ele sabe que as coisas não são tão simples assim – agora a gente precisa ir pra casa, a Lizzie está preocupada com você.
- Não! – Annie diz de forma determinada – eu não vou pra casa sem ele! Ele é só um bebezinho, ele faz parte da nossa família, eu sei que faz! Eu...
Mas Annie não conclui a frase e todos veem, atônitos, a menina cair desfalecida...
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Enquanto isso
Harry e Gina levam a moça ao quartel dos aurores, ele sabe que vai ter um inferno de papelada para preencher já que em momento algum Draco e Hermione fizeram qualquer tipo de queixa então não havia nenhum caso, mas isso é o de menos, o que importa é que Annie está bem e essa mulher foi pega antes de causar mais algum mal.
Ela chorou copiosamente durante todo o caminho e jurou que isso tudo não passou de um engano e que ela nunca seria capaz de fazer mal a ninguém, disse que só o que queria era garantir um futuro para o seu bebê e que nunca ouviu falar do senhor Milles ou de qualquer outra pessoa da família e se Harry não estivesse investigando, ele estaria seriamente tentado a acreditar nela.
Harry já viu muita coisa nessa vida, não poderia ser diferente sendo ele quem é, mas ele tem que admitir que nunca viu o mal encarnado desta forma, como uma mocinha de aparência ingênua e desprotegida. Harry sabe que se não fizer tudo muito bem feito existe uma grande chance de que ela consiga enganar uma pessoa ou duas antes que ela pague pelos seus crimes e o primeiro passo é colocá-la isolada com o mínimo contato com outras pessoas até que ele prepare o caso e leve para a acusação.
Ele respira fundo enquanto passa a mão pelos cabelos quase ao mesmo tempo em que Gina entra – ainda bem que acabou – ela diz enquanto fica atrás do marido e massageia seus ombros tensos.
- Nem fale – Harry diz enquanto suspira com o toque da esposa – que história louca! Como alguém com aparência tão inocente pode fazer tanta maldade?
- Vocês homens sempre associam bondade e inocência à beleza – Gina encara o marido de forma acusatória – eu tenho certeza que se essa moça fosse feia, ela não iria ter conseguido fazer metade do que ela fez.
- Não é tanto assim – Harry argumenta – nós não somos tão ingênuos, ou somos? – ele diz pensativo.
- Ah querido – Gina sorri – vocês não têm ideia do que uma carinha ingênua faz com vocês. Se ela fosse uma espécie de femme fatale, seria mais fácil detectar. Mas se tiver um ar inocente vocês são vítimas fáceis.
- E vocês não? – Harry diz encarando a esposa – duvido que você também não ficasse com pena da pobre mocinha cuja tia está entre a vida e a morte e que não tem mais ninguém – ele sorri ao ver que ela fica ruborizada.
- Ponto pra você – Gina sorri – é o lado Molly Weasley aflorando, mas agora que vimos bem do que ela é capaz, todo cuidado é pouco.
- Vou dar ordens para que ninguém se aproxime mais do que o essencial e não faça nada que ela peça sob hipótese alguma – Harry completa pensativo – ninguém sabe do que ela é capaz.
- Se eu não estivesse acompanhando o caso diria que é um exagero – Gina pondera – mas agora concordo – ela olha para o relógio – vou pra casa avisar a Lizzie que tudo está bem, ela deve estar preocupada com a irmã.
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Enquanto isso no hospital St Mungus para acidentes mágicos
Draco espera do lado de fora com Snape, Mel e Athena. Ele gostaria mesmo de estar lá dentro com a sua filha assim como Hermione, mas ele entende que agora ela está lá como medibruxa e ele deve esperar o que, no entanto, não acalma seu coração de pai.
Ele olha para as pessoas que parecem visivelmente preocupadas, especialmente Severo Snape. Nunca em sua vida o loiro pensou que veria seu temido ex professor de poções preocupado com uma garotinha, ele sorriria diante do fato se não estivesse tão preocupado com a filha.
Hermione chega e pelo semblante dela dá pra ver que o pior já passou, mas Draco precisa ouvir e ver, ele precisa ouvir a sua esposa falar que está tudo bem e ver a sua pequena para realmente acreditar que está tudo bem.
- E então? – as palavras escapam da sua boca – tudo bem com ela? – ele vê a esposa assentir com a cabeça – e com o bebê? – eles aproveitaram pra ver se estava tudo bem também com o pequeno já que ninguém sabe em quais condições ele se encontrava.
- A Annie está bem – Hermione suspira – foi muito estressante pra ela mais a preocupação com o bebê e bem você a conhece, sabe que essas coisas acontecem com ela por algum motivo que ninguém consegue descobrir. Ela até poderia ir pra casa, mas eu quero que ela fique em observação por hoje só pra garantir, eu sei que eu sou medibruxa, mas...
- Se você acha melhor – Draco diz. Ele confia plenamente na esposa quanto a isso.
- Sim – Hermione diz – e de qualquer forma o bebê vai ter que ficar aqui por alguns dias. Ele está bem desidratado, pobrezinho. Eu vou providenciar pra que eles fiquem juntos, eu tenho certeza que a Annie vai ficar animada com isso.
- Com certeza, ela vai – Draco diz com um sorriso e segue Hermione para ver a sua pequena...
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Quase ao mesmo tempo
Jezz anda de um lado para o outro como um animal enjaulado. Definitivamente as coisas tomaram um rumo que ela não esperava. Não era pra ser assim! Ela pensa furiosa. Estava tudo indo tão bem, mais um pouco e eu teria a vida que eu sempre quis. Ela diz para si mesma enquanto tenta se acalmar para pensar racionalmente.
Fique calma, garota. Ela diz tomando respirações profundas. Você está encrencada, mas não está morta. Pense um pouco, talvez você consiga alguma coisa.
Sim, ela está encrencada e ela sabe disso, mas o que ninguém mais sabe é que ela é uma lutadora e ela não vai desistir assim...
NOTA DA AUTORA
Mais um capítulo prontinho pra vocês! E se meus cálculos estiverem corretos esse vai ser o penúltimo. No próximo eu coloco o ponto final na parte cinco da saga. Talvez eu faça um epílogo, mas não estou prometendo nada, vai depender da minha inspiração
Algumas pessoas me perguntaram se essa vai ser a última fic da série "a vida é feita de escolhas". Sinceramente não sei dizer, eu tenho uma ideia ou duas mas não sei se vou conseguir desenvolver. Vou dar tempo ao tempo e o que tiver que ser será. Mas posso dizer que já tenho uma outra Draco/Hermione a vista, desta vez em universo alternativo (sem magia) e totalmente diferente de tudo o que eu já fiz. Lembrando que as próximas fics serão postadas apenas no fanfictionpontonet
Espero que tenham gostado, vou fazer o possível pra não enrolar com o próximo.
Bjos
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