Capítulo novo em 20/12

De volta à mansão Malfoy

Hermione olha para Harry Potter e Severo Snape em sua casa, ela os cumprimenta e cumprimenta o marido com um selinho. Ela olha para Harry – Que bom que você ainda está aqui, se o Draco não me avisa eu não ia ficar sabendo que você viria – Hermione usa seu tom de monitora chefe – vocês ficam pra almoçar?

- Nós não conseguimos conversar muito ontem, né – Harry diz – eu achei melhor resolver isso logo já que o Draco me pareceu bem e quanto ao almoço, obrigado, mas a Gina está me esperando e se eu disser pra ela que não vou de última hora, vou arrumar uma encrenca danada em casa. Fica pra próxima – ele se levanta e se prepara para sair

- E o senhor, senhor Snape? – Hermione pergunta – aceita almoçar conosco? Eu não poderei lhe fazer companhia, pois preciso voltar ao hospital logo em seguida, mas pelo menos o senhor faz companhia ao Draco

Antes que ele responda, Snape ouve um barulho na lareira – são as meninas chegando da escola – Draco esclarece, embora não usem muito este recurso, a escola tem esta opção de transporte quando os pais não podem buscar as crianças.

A duas loirinhas surgem devidamente uniformizadas, Draco pega a sua varinha e murmura um feitiço para limpá-las enquanto diz – cumprimentem as visitas, meninas.

- Nós vamos, papai – Lizzie fala com seu costumeiro tom sarcástico – deixa só os meus órgãos internos voltarem para seus locais de origem. Bom dia, Professor Snape – ela diz

- Bom dia senhorita – ele responde – vi agora um lado seu que definitivamente você puxou a sua mãe, deixar os órgãos internos voltarem para o local de origem parece algo que ela diria

´- Ah sim – Draco diz – essa menina tem muito da minha esposa embora não aparente. E você Annie, não vai cumprimentar nossa visita? – Draco diz meio preocupado, afinal a sua caçula é muito sociável e esta demora não condiz com a sua personalidade

- Desculpe – Annie sorri – bom dia, senhor Snape. Eu me distraí porque o senhor parece preocupado, espero que esteja tudo bem.

O mestre de poções usa a sua melhor feição impassível para não aparentar surpresa com a perspicácia da menina – bom dia, pequena dama. São preocupações de um homem velho, não se preocupe com isso.

- Agora vão lavar as mãos e trocar de roupa – Hermione diz, ela olha para o ex-professor – e então, senhor Snape, aceita meu convite? Tenho certeza que meu marido apreciaria a companhia.

O mestre de poções não está com muita vontade de socializar, mas ele realmente sente que uma palavra ou duas com Draco seria algo necessário. É só ver o semblante do loiro para ter certeza que ele está se segurando para não desmoronar devido às informações que ele recebeu. Então ele diz – se não for incomodo, eu aceito ele olha para o chefe da família – seria bom conversar um pouco mais tarde.

Draco não fala nada, mas seu olhar diz tudo. Ele realmente precisa conversar e quem sabe entender o que está acontecendo em sua vida...

XXXXX

Quase ao mesmo tempo

Blaise olha para a residência da secretária de Draco Malfoy sem entender o que está acontecendo. A impressão que dá é que a pessoa que vivia naquele lugar se mudou e levou consigo tudo que podia carregar. Será que a casa foi assaltada? Ele pensa enquanto percorre todos os cômodos chamando por Jezz. Será que alguém a levou?

Ele olha para a vizinha que como qualquer boa senhora curiosa o seguiu residência adentro – a senhora viu se entrou mais alguém aqui?

- Ah não – a senhora diz - eu não fico o tempo todo reparando, sabe. Mas eu tenho quase certeza que ninguém entrou – ela olha ao redor da sala quase sem nada – e tenho certeza que ninguém saiu daqui com nada também. O que será que aconteceu? – ela diz preocupada – pobre senhora Summer, primeiro o acidente terrível agora isso

Mas Blaise não está ouvindo, Ellora que o perdoe, mas neste momento ele não está nem um pouquinho preocupado com ela, a única coisa que passa por sua cabeça é que alguma coisa aconteceu com Jezz

- Devíamos chamar os aurores? – a senhora o tira do devaneio

- Talvez – ele diz meio incerto – eu não sei, eu vou falar com alguém que pode ver isso. Se a senhora notar alguma coisa diferente, alguém chegando ou saindo. Por favor, me avise, eu vou tentar descobrir o que aconteceu – ele entrega um cartão para a senhora e parte em direção a casa do seu amigo Draco que terá que começar a se preocupar com os problemas da empresa antes do que gostaria...

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Na casa dos Potters

Harry termina a sua refeição alheio aos olhares inquisidores da sua esposa. Ele sabe que Gina o conhece bem demais pra não notar que algo aconteceu, ele só espera que a ruiva não o pressione muito para contar e caso faça isso que ela entenda que não existe nenhuma forma dele contar o que aconteceu para Hermione, ao menos por enquanto.

- Nem precisa dizer que você está com a cabeça longe – a voz da sua esposa interrompe o seu devaneio – como foi com o Malfoy? Há algo que você queira me contar?

- Não é questão de não querer, ruiva – ele diz com um suspiro – mas quanto menos você souber por enquanto melhor pra você, quem dera que eu não estivesse envolvido

- Tão ruim assim? – Gina diz com preocupação – então a Hermione precisa saber, você contou pra ela?

- Não – Harry diz rapidamente – eu preciso saber mais detalhes antes de contar pra ela – ele respira fundo – eu não estou gostando disso, não gosto de esconder coisas da minha amiga, mas contar agora vai fazer mais mal do que bem.

- E você não vai me dizer nada, estou certa? – a ruiva indaga

- Não vou – ele diz e olha nos olhos da esposa – não quero que você também seja obrigada a guardar segredos. Quando tudo for resolvido você vai entender

- Não sei se gosto de esconder algo da Mione – Gina diz pensativa

- É por isso que eu não posso te contar nada, ruiva – Harry diz – eu não quero que você tenha este peso, já basta eu não poder falar nada – ele suspira – eu só espero que a gente consiga resolver isso logo, eu não quero esconder nada da Hermione indefinidamente, ela não iria me perdoar.

- Pode apostar que ela vai ficar bem chateada – Gina diz – espero mesmo que tudo seja resolvido, o que você vai fazer?

- Eu vou pensar em alguma coisa – Harry diz – e esperar...

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Na mansão Malfoy

O almoço, apesar da apreensão de Draco com tudo o que aconteceu, ocorreu como de costume na casa da família Malfoy, com as meninas conversando e contando sobre coisas da escola, Snape passa muito tempo observando a interação quando não está respondendo alguma pergunta que Draco e Hermione educadamente fazem para incluí-lo na conversa.

As pequenas ficaram algum tempo com o pai após terminar a refeição e foram fazer a sua tarefa de casa, deixando Draco e Snape a sós novamente. Draco olha para seu ex-professor, ele não sabe nem como começar, seu estômago se contorce só em pensar em ter a sua vida perfeita destruída, ele não pode nem pensar em perder tudo o que ele sonhou

E neste momento ele para assustado se lembrando dos sonhos que teve há algum tempo, agora eles começam a fazer um certo sentido e definitivamente agora ele sabe como começar

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Algum tempo depois

Draco olha para o mestre de poções que o encara de forma impassível. Ele acabou de contar tudo a respeito dos seus sonhos desde a época da escola, passando pelos sonhos de Lizzie e terminando com os sonhos que aconteceram nos últimos tempos, ele não sabe o que seu ex-professor vai pensar deste tipo de coisa, ele tem que admitir que se estivesse no lugar do mestre de poções talvez ele achasse que isso era apenas um devaneio.

Mas Draco nunca esteve tão certo em sua vida, então ele diz com confiança – eu tenho certeza professor, tudo isso está relacionado de alguma forma com estes sonhos. Nunca falhou antes, toda vez que eles acontecem algo muda na minha vida, eu sei que parece loucura, mas eles estão de alguma forma relacionados com o que está acontecendo.

- Então o senhor está dizendo que tem um certo tipo de sonho, como direi, premonitório sempre que algo importante vai acontecer na sua vida? – o mestre de poções diz e Draco conhece o homem o suficiente para ver que ele está se esforçando para não ser sarcástico, e falhando miseravelmente, diga-se de passagem.

- É exatamente isso – Draco diz com sinceridade – é loucura eu sei, mas isso acontece de fato. Você pode até achar que os sonhos apenas me fizeram ficar sugestionável, eu também poderia achar, mas isso acontece com a Lizzie também. Quando ela tinha quatro anos nós passamos por uma situação em que eu quase perdi a ela e a minha esposa e isso se manifestou nos sonhos dela também como aconteceu agora

- O senhor está querendo dizer que a sua filha também sonhou? –Snape pergunta intrigado

- Sim – Draco diz – não foram sonhos exatamente iguais aos meus porque eu acho que ela vê da lógica de uma criança, mas no fundo o significado é o mesmo. Eu me via aqui com uma família que não é a minha e a Lizzie se via em uma casa que não era essa e sem nada que lembrasse a minha presença, pode ate ser que isso não signifique muita coisa, mas é coincidência demais.

Antes que o mestre de poções possa desfiar uma série de argumentos racionais, uma figura muito agitada surge na lareira.

- Blaise! – o loiro diz preocupado – o que aconteceu?

- Eu posso sair? – Blaise pergunta num rompante

- Claro – o loiro diz enquanto Blaise sai limpando as suas vestes. Draco tem muito com que se preocupar, mas ele conhece o seu amigo e sabe que não é do seu feitio aparecer assim

Blaise olha para o antigo professor – desculpe atrapalhar, mas eu não sabia ao certo o que pensar, então eu vim...

- Aconteceu algo na empresa? – Draco interrompe preocupado. Seu assessor não é de se exaltar assim.

- Sim, não, quer dizer – Blaise diz tentando pensar com clareza – não foi bem na empresa. É que a Jezz não foi trabalhar e eu fiquei preocupado e resolvi ir à casa da Elly ver se estava tudo bem e quando eu cheguei lá, eu vi que a casa estava vazia, sem móveis, nada. Como se ninguém morasse lá.

Isso é estranho – Draco diz pensativo – será que a Jezz resolveu ficar em outro lugar e não avisou pra gente?

- Não – Blaise diz com convicção – eu a levei em casa após a festa e ela não me falou nada, a Jezz nunca se atrasa e como ela esteve doente quando você viajou, eu fiquei preocupado.

Antes que Draco possa processar as informações, o ex-professor pergunta – o senhor está querendo dizer que essa moça se ausentou durante o período que o senhor Malfoy viajou?

- Sim, é isso – Blaise diz lutando para não gaguejar. Mesmo sendo um sonserino seu ex-professor de poções tem esse efeito sobre ele – eu estava no lugar do Draco e ela me pediu uns dias para resolver alguns problemas referentes a seu antigo emprego, eu tenho essa liberdade quando o Draco viaja e achei que não teria problemas – ele respira aliviado ao ver o loiro confirmar com a cabeça – mas ela pegou algum tipo de vírus e precisou ficar mais tempo afastada. Por isso eu fiquei preocupado e fui procurá-la, poderia ser uma recaída

- E quando ela retornou? – Draco pergunta agora vendo onde o seu mentor quer chegar

- Logo depois que você voltou – Blaise diz e vê os dois homens se entreolharem – há algo errado?

- Vocês esperam aqui! – Snape diz – eu vou atrás do Potter...

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Um pouco antes, no quartel dos aurores

Harry Potter não está, digamos, muito concentrado neste momento. Ele não consegue esquecer o semblante desesperado de Draco. Harry se vê obrigado a se colocar no lugar dele e ele sabe que não existe jeito desta história acabar bem, mesmo que o Malfoy estivesse sob qualquer tipo de feitiço esse tipo de coisa é capaz de desestruturar um casamento.

Somado a isso, ainda há a culpa por esconder essa história da sua amiga, Harry sabe que seus motivos são nobres, mas isso não diminui a sensação de que vai ficar muito encrencado com Hermione quando essa história vir à tona e Harry tem certeza absoluta que ela virá

Neste momento, um som na lareira interrompe seus pensamentos e Harry vê a figura sombria do mestre de poções. Harry não precisaria ser um auror pra ver no semblante de Severo Snape que algo aconteceu...

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Ao mesmo tempo, na mansão Malfoy

Blaise olha para seu amigo, ele não está entendendo nada e Draco pelo jeito não vai lhe contar por enquanto e isso em absoluto não tira a sua preocupação com Jezz

- Espero que você não fique chateado porque eu liberei a Jezz – ele diz mais para puxar assunto – mas você sempre me deu carta branca antes e quando ela me pediu, eu achei que não teria importância, claro que a doença foi algo que ninguém podia prever...

- Blaise – Draco interrompe – eu não fiquei chateado por isso, você sempre vai ter carta branca e ninguém poderia prever, mas essa história pelo jeito é mais complicada do que você pensa. Eu sei que você não está entendendo nada, mas eu prometo que assim que o Harry chegar, nós vamos esclarecer tudo.

Um barulho em sua lareira diz que Blaise terá as suas explicações em breve. Harry está chegando...

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No hospital St Mungus

Hermione suspira enquanto encara a pilha de papeis que precisa preencher diariamente, ela sabe que isso é a sua obrigação e nunca deixaria isso de lado, mas isso não significa que ela tenha que gostar.

Ela precisa de algo para ocupar a sua mente, pois neste momento existe uma pulguinha em sua cabeça. Ela não conversou muito com Harry muito menos com o seu marido, mas Hermione já conhece muito bem a ambos para saber que existe algo. Ela não sabe o que é, mas está ali e mesmo que ela não fosse tão perspicaz, a presença de Snape que não é exatamente conhecido por ser uma pessoa sociável lhe diz claramente que alguma coisa aconteceu.

A morena se concentra nos papeis, ela quer terminar o mais rápido possível e se tudo der certo chegar mais cedo em casa pra ter uma bela conversa com o seu marido

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Na mansão Malfoy

Harry olha para Blaise enquanto assume o seu papel de auror – por favor, senhor Zabinni, o senhor disse que a casa da secretária do senhor Malfoy parecia ter sido assaltada e que a sobrinha dela desapareceu? Explique isso melhor

- Não há muito que explicar – Blaise diz cismado – eu a deixei na casa ontem após a festa e hoje ela não foi trabalhar, eu fiquei preocupado porque a Jezz andou adoentada quando o Draco viajou. Um vírus foi o que ela disse, então eu fui até a casa pra ver se tudo estava bem e ela havia sumido bem como a maioria dos móveis da casa. Será que ela foi sequestrada? – ele pensa preocupado

Draco olha para o amigo. Ele o conhece bem o suficiente pra saber que Blaise está verdadeiramente interessado nesta moça e que vai ficar decepcionado com o que virá, mas ele não tem escolha, mesmo que não fosse vítima nem no inferno ele deixaria seu amigo se meter no que está se metendo, agora que ele sabe quem Jezz realmente é

- Então me deixe entender – Harry diz para Blaise – quando o Draco viajou, essa moça pediu uma licença pra resolver um problema em sua cidade. Quando foi isso?

- Isso mesmo – Blaise diz entendendo cada vez menos – foi logo que o Draco viajou, no outro dia eu acho. Mas isso tem importância? O que isso tem a ver com o desaparecimento dela?

- Tudo há seu tempo – Harry diz, ele olha para Draco e para Blaise – eu posso supor que ela como secretária organizou tudo para esta viagem, estou certo?

- Sim – Blaise confirma juntamente com Draco cuja fisionomia parece muito a de alguém que foi estuporado – eu fiquei com a parte dos negócios, organizei reuniões e afins. A Jezz cuidou da parte da estadia, refeições, hotel essas coisas da mesma forma que a Elly fazia, não vi nenhum mal nisso

- Não há, Blaise – Draco fala notando que seu amigo está bem constrangido – sempre foi assim, o problema é que pelo que estamos percebendo a Jezz não é exatamente o que parece ser.

- Não estou entendendo – Blaise diz cada vez mais perdido

- Senhor Malfoy – Snape diz – penso que talvez seja interessante que o senhor Zabinni aqui saiba exatamente o que aconteceu na África do Sul...

Neste momento uma voz se faz ouvir

- E talvez fosse interessante que eu também soubesse exatamente o que aconteceu lá.

Os quatro homens se viram e veem, atônitos, a fisionomia de Hermione que acaba de chegar do hospital...

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NOTA DA AUTORA

Capítulo saindo do forno pra vocês! Desta vez eu demorei um pouquinho mais, eu tive problemas na floreios (mais um) e isso me deixou meio desanimada, além disso final de ano em escola é meio complicado independente de ser presencial ou não.

Espero que tenham gostado, embora eu tenha a "ligeira impressão" que alguns devem estar me xingando por ter parado assim. Faz parte do processo deixar os leitores curiosos de vez em quando... (corre pras colinas)

Bjos e até o próximo. Se cuidem e deixem uma palavrinha pra fazer uma autora feliz e por falar nisso feliz natal pra todos nós!

NOTA DA AUTORA 2

Finalmente consegui equiparar a fic aqui e no ff.net. Agora os capítulos vão depender do meu tempo e inspiração, espero que não demore muito. 

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