Capítulo repostado em 07/12
Enquanto isso
Harry vê que Snape caminha em sua direção, ele dá um rápido olhar para a esposa que conversa com Sandy e Mel e aproveita para ir ao seu encontro. Harry sabe que apenas o fato de ter algo importante a dizer faria com que o seu ex-professor falasse com ele e o olhar do mestre de poções lhe diz que ele está certo.
Eles se dirigem a um local afastado do barulho e longe da vista dos demais e Harry mal se contém ao perguntar – o senhor falou com o Malfoy? Ele disse alguma coisa?
- Disse que achava ter visto rapidamente o vulto de uma mulher – Snape diz – mas não soube dizer quem era nem em quais circunstâncias – ele olha para Harry – eu vou pesquisar se existe alguma poção ou feitiço que cause esse tipo de perda de memória, ou talvez tenha sido um obliviate que não foi lançado corretamente
- Não – Harry diz e recebe um olhar inquiridor do professor – se me permite discordar, isso não foi um obliviate incorreto. Essa mulher seja ela quem for quer alguma coisa e planejou meticulosamente, ela não seria tão amadora a ponto de lançar um feitiço errado
- O senhor então está querendo dizer que ela quer que Draco se lembre? Mas, por quê? – Snape pergunta pensativo
- Sim professor – Harry diz – eu estou querendo dizer exatamente isso, ela quer ser lembrada. Agora o motivo – ele respira fundo – é isso que teremos que descobrir, talvez eu devesse falar com o Draco agora.
- Senhor Potter – Snape usa seu melhor tom de professor temido – o senhor não vai estragar a festa da filha do senhor Malfoy.
Harry olha para o seu ex-professor como se ele de repente houvesse se transformado em um espírito agourento. Desde quando ele se preocupa com esse tipo de coisa? Mas o olhar do sonserino lhe diz que neste momento o melhor a fazer é acatar a sua opinião
- Tudo bem – ele suspira – eu vou apenas avisar que virei amanhã terminar o interrogatório, não quero arriscar chegar aqui e ele não poder conversar comigo.
- Que seja então – Snape diz – eu vou me retirar, creio que já fiz meu papel aqui.
Harry assente com a cabeça e vê o mestre de poções se afastar.
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Quase ao mesmo tempo
Mel e Sandy andam pelos jardins enquanto observam as crianças brincando, a repórter não pode deixar de sentir um aperto no coração, como acontece sempre que ela se depara com crianças e percebe que ainda não realizou seu sonho de ser mãe.
- Você está calada – Sandy diz – ainda não está à vontade no mundo bruxo?
- Ah não, não é isso – Mel sorri – eu sempre soube que este era meu mundo e vocês me ajudaram bastante, eu nunca vou agradecer o suficiente...
- O que foi? – Sandy pergunta quando vê que ela parou subitamente de falar
- Aquela moça – Mel aponta para uma jovem não muito longe – ela parece não estar bem
- É a professora do Arthur – Sandy diz – eu vou ver o que aconteceu, você poderia chamar a Hermione só pra garantir?
Mel assente com a cabeça e vai atrás da dona da casa, ela encontra Hermione conversando com um elfo provavelmente dando algumas instruções – Hermione – ela diz – eu não quero preocupar você, mas parece que tem uma convidada que não está se sentindo bem.
- Será que foi alguma coisa que ela comeu aqui? – Hermione diz preocupada, a última coisa que ela precisa é de alguém passando mal na sua casa por causa de comida, ela não quer nem pensar nisso.
- Não sei dizer – Mel diz enquanto as duas caminham até um local um pouco afastado onde Hermione vê Sandy com a professora de Annie. Ela nota que a moça está muito pálida
- Senhorita Binns, você está bem? – a morena pergunta preocupada – o que aconteceu?
- Senhora Malfoy – a moça fala timidamente – desculpe, eu não queria incomodar. Deve ter sido apenas uma queda de pressão, é melhor que eu vá pra casa. Por favor ,se despeça da Annie por mim.
- Você não vai sair daqui desse jeito – Hermione diz usando seu melhor tom de medi-bruxa. Ela pega a sua varinha e faz um exame rápido na professora suspirando de alívio internamente ao não detectar nenhum sinal de intoxicação alimentar
Neste momento um elfo vem chamá-la dizendo que é hora de cantar os parabéns, Hermione olha pra ele e para a moça sem saber direito o que fazer.
- Eu fico com ela – Mel diz, ela olha para Hermione e para Sandy – vocês têm crianças lá fora, eu fico aqui até que ela se sinta melhor
- Eu não quero dar trabalho – Atena diz desconcertada, mas só em pensar no que viu, ela sente seu estômago se contorcer
- Não é trabalho nenhum – Mel diz – eu confesso que estou meio atordoada com tantas crianças – ela olha para Sandy e Hermione – não estou acostumada, podem me julgar.
- Imagine – Sandy sorri – eu mesmo fico atordoada de vez em quando, mas agora eu tenho uma obrigação de mãe e a Hermione também, a gente volta assim que puder
- Eu vou pedir para um elfo servir algo pra você beber – Hermione diz – e volto assim que puder e se você sentir qualquer coisa – ela olha para Mel
- Eu te chamo – a jornalista assente com a cabeça
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Um pouco antes
Harry está à procura de Draco, ele quer falar com o loiro e avisar que no dia seguinte irá continuar o seu interrogatório. Harry quer se certificar que Draco está bem o suficiente para aguentar a pressão que certamente virá, ainda mais agora que Snape lhe disse que o loiro se lembrou de uma mulher.
Ele vê o loiro conversando com Blaise e com uma moça que ele não conhece, provavelmente mais uma das namoradas do amigo de Draco. Harry se aproxima e acena para Draco discretamente e vê o loiro caminhar em sua direção
- Vejo que você conversou com o Snape – Draco diz antes que Harry possa falar qualquer coisa.
- Rapidamente – Harry responde e completa – eu não vou realizar um interrogatório na festa da sua filha, fique tranquilo. Mas eu quero fazer isso o mais rápido possível. Pode ser amanhã?
- Por mim tudo bem – Draco assente com a cabeça – Hermione estará no hospital e isso vai nos dar privacidade – ele parece desconcertado – não sei direito o que o Snape lhe disse, mas tem uma coisa que eu não entendo e eu não quero que ela saiba antes que eu descubra mais sobre isso.
Harry respira fundo. Tudo que ele não queria era ter que esconder algo da sua amiga, então ele diz – eu não sei se eu me sinto confortável em esconder algo dela, você deve saber
- Eu entendo – Draco diz – e eu também não quero isso, acredite. Mas eu quero descobrir o que aconteceu antes de falar alguma coisa – ele respira fundo – amanhã a gente conversa, pode ser?
Harry assente com a cabeça ao mesmo tempo em que um elfo vem avisar que chegou a hora de cantar os parabéns...
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Enquanto isso
Mel ouve a balburdia das crianças cantando parabéns pra você com um sorriso triste. Só ela sabe o quanto isso dói. Mas não é hora de pensar nisso ela, olha para a jovem que ainda está bastante pálida.
- Você está bem? – ela pergunta – quer que eu chame alguém?
- Oh não – Athena diz – eu não quero atrapalhar a festa, eu sei que a Annie ficaria preocupada se ela soubesse que eu passei mal – ela respira fundo – deve ter sido mesmo só uma queda de pressão por causa do susto.
Mel prende a respiração por um segundo, seu instinto jornalístico diz que a moça viu algo que a afetou tanto a ponto de fazê-la passar mal e como uma boa jornalista ela não resiste a uma história mesmo que esta história não seja notícia e é por isso que ela pergunta.
- O que te assustou, Athena? Deve ter sido algo terrível
A professora olha pra ela sem saber direito o que dizer. Ela não conhece a mulher que está na sua frente e não sabe se ela conhece a pessoa que ela viu. Então ela só diz:
- Eu vi alguém que não esperava ver por aqui, alguém do meu passado. Quer dizer, eu nem sei mesmo se eu vi. Pode ter sido só impressão
Mel olha para a moça que tem um semblante assustado. Ela já viu este olhar antes, ela viu em si mesma nos últimos tempos do seu casamento quando estava pensando em se separar e aguentou todo tipo de tortura psicológica do seu ex. Ela conhece este olhar, o olhar de puro medo, o olhar de alguém que a viu a maldade. No entanto a repórter sabe que em certos momentos não adianta pressionar, que a moça não falará nada principalmente com uma pessoa que ela mal conhece. Então ela decide partir para algo mais ameno por enquanto.
- É, pode ter sido só impressão, tem muita gente aqui, deve ser fácil confundir – ela encara a moça – você deve conhecer muita gente aqui, afinal você e a professora da Annie...
- Sim – Athena sorri como sempre acontece quando o nome da loirinha Malfoy é mencionado – eu conheço boa parte das crianças, muitos são meus alunos e conheço seus pais, mas apenas superficialmente. Os pais, eu quero dizer, as crianças eu conheço muito bem, elas são incríveis.
- Você deve ter jeito com elas – Mel diz satisfeita por encontrar um assunto que deixe a moça confortável.
- Ah, eu sempre tive – Athena diz mais a vontade – eu lembro que quando estava em Hogwarts, eu até sugeri não passar pelo teste de orientação vocacional. Eu sabia exatamente o que eu queria. Eu queria ensinar, mas não ensinar em Hogwarts, eu queria trabalhar com as crianças antes, eu queria prepará-las para o que viria
- Isso é incrível – Mel diz com sinceridade – eu sou nascida trouxa, então só fiquei sabendo quando recebi a carta e foi algo surreal. Até agora não sei como meus pais permitiram, eu era só uma garotinha de onze anos que iria ficar o ano todo longe da minha família, se a gente for parar pra pesar isso é algo que deve assustar.
- Na verdade a gente é preparado pra isso desde que nasceu – Athena diz feliz por ter alguém pra conversar e tirar nem que seja momentaneamente as lembranças terríveis da sua cabeça – então a gente não sente tanto, mas pras crianças nascidas trouxas deve ser uma grande mudança – ela olha para a repórter – deve ser complicado depois pra viver no mundo trouxa
- Um pouco – Mel suspira – eu me casei com um trouxa e passei anos afastada do mundo bruxo. Estou voltando agora que eu me separei e não conheço quase ninguém. A Sandy, mãe do Arthur, que é trouxa por incrível que pareça é que está me ajudando na adaptação, mesmo assim conheço poucas pessoas no mundo bruxo. Aqui, por exemplo, conheço os Malfoy, os Potters e os Weasleys e talvez umas duas ou três pessoas de vista.
- Mas você não tinha amigos da escola? – Athena pergunta – desculpe a curiosidade, mas é que a maioria dos bruxos nascidos trouxas que eu conheço ficaram no mundo bruxo e mesmo que não tenham ficado ainda mantém as amizades da escola.
- É complicado – Mel diz – eu não quero te chatear contando sobre a minha vida.
- Ah não, você não está me chateando – Athena fala com curiosidade. Ela não é de se meter na vida das pessoas, mas pra falar a verdade ela não pode dizer que fez amigos na cidade por enquanto. Sua timidez e seu trabalho não a deixam ter vida social então é sempre bom conversar um pouquinho sobre algo que não seja alunos ou escola.
- Tudo bem – Mel diz contendo um sorriso – vamos fazer um trato então. Eu conto a você porque eu fiquei tanto tempo longe do mundo bruxo e você me diz o que você viu que te deixou tão chateada a ponto de passar mal – ela vê que a moça abre os olhos desmesuradamente – não se preocupe, como eu disse eu não conheço quase ninguém por aqui e você não precisa dar nomes – ela a encara – eu vi como você ficou e se tem uma pessoa convivendo com essa família que foi capaz de te deixar assim, é melhor que alguém saiba pra poder ficar de olho.
- Tudo bem – Athena respira fundo. Ela preza muito a família da sua aluna para deixar que algo aconteça – eu vou te contar, mas primeiro quero ouvir a sua história.
Mel olha para a jovem. Ela não gosta muito de falar sobre isso, mas ela vai fazer. A sua intuição diz que existe algo muito sério por trás desta história e se o preço para saber é compartilhar a sua história, ela o fará...
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Enquanto isso
Snape observa de longe. Ele disse que iria se retirar, mas na verdade o que o mestre de poções queria mesmo era observar a interação das pessoas sem que eles se dessem conta da sua presença. Talvez o responsável pelo que aconteceu com Draco esteja na festa neste momento e ele quer observar os convidados o máximo possível.
Harry disse que acha que a mulher misteriosa quer por algum motivo ser lembrada e embora Snape respeite a intuição de auror do seu ex-aluno (não que ele vá admitir isso, é claro) a ele não parece algo que tenha algum motivo. Snape respira fundo enquanto tenta colocar seus neurônios em ordem e ao som de parabéns pra você cantado por vozes infantis ao fundo, ele começa a pensar e em pouco tempo ele formula uma teoria, uma teoria que o assusta além do limite só em pensar nas consequências que ela poderia ter.
Severo Snape não gosta muito de estar errado, mas neste momento ele pede com todas as forças que esteja. Estar certo neste caso pode realmente ter consequências terríveis.
E é com esta constatação e com um bolo em seu estômago que o sonserino finalmente se retira...
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Um pouco mais tarde
Mel suspira enquanto termina o seu relato – e foi isso – ela diz – eu simplesmente anulei qualquer parte bruxa em mim para agradar ao meu marido. É patético eu sei, mas eu achava que o amava, quando me dei conta do que eu estava fazendo comigo mesma decidi dar um basta, me separei e voltei para o mundo bruxo. Mas como fiquei longe mais de dez anos não tinha mais contato com ninguém a não ser a Sandy que é trouxa. Ela me ajudou e, bem, aqui estou. Não estou dizendo que foi fácil, mas estou bem melhor agora – ela encara a professora – sua vez.
Athena sente a sua face ruborizar. Ela não quer mesmo falar sobre isso, mas algo no semblante da sua nova amiga lhe diz que ela não vai ser ludibriada tão facilmente, então ela diz – eu não vou citar nomes e quero deixar claro que foi muito rápido, talvez nem seja a pessoa que eu estou pensando.
- Tudo bem – Mel diz, ela encara a jovem – Athena... – ela faz uma pausa para reter a atenção da nova amiga – eu sei que parece que eu estou forçando você a dizer algo que não quer, não é isso, mas eu preciso mesmo saber. Você fica apavorada toda vez que eu toco no assunto, é evidente que é alguém perigoso e se esta pessoa está aqui é porque com certeza ninguém tem noção do que ela é capaz. Você quer mesmo deixar que alguém assim conviva com a família dos seus alunos? Por favor, me conte e eu vou fazer o possível pra te ajudar.
Athena olha para a mulher a sua frente. Faz tempo que ela não tem alguém se preocupando com ela e isso de uma forma ou de outra lhe trás algum alento e, por outro lado, o que Mel lhe disse tem algum sentido, ela nunca se perdoaria se alguém da família Malfoy ou de qualquer outra família passasse pelo que ela passou e ela não fizesse nada para impedir e é por isso que ela respira fundo e se prepara para narrar a sua história...
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Enquanto isso, em outro local da festa
Blaise olha para a sua acompanhante com um sorriso nos lábios. O jeito tímido e recatado da moça faz que ela seja especial.
Se Draco ouvisse o amigo falando provavelmente rolaria os olhos e diria que ele sempre acha algo especial em toda garota que ele se interessa, mas desta vez é diferente Blaise não sabe por que, mas ele sente que Jezz tem algo que nenhuma das outras tem e é por isso que ele vai devagar, pelo menos devagar para os parâmetros Zabinni.
- Senhor Zabinni – Jezz fala e só então Blaise percebe que não ouviu uma palavra, imerso em seus pensamentos.
- Desculpe, eu estava distraído – Blaise diz – mas não tanto pra dizer que é apenas Blaise
- Eu vou me esforçar – Jezz sorri
- Mas o que você estava dizendo? – ele pergunta
- Eu estava dizendo que estou um pouco cansada – ela baixa os olhos, envergonhada – e amanhã nós trabalhamos. Você se importaria se a gente fosse embora? Eu não quero parecer indelicada, mas eu estou mesmo cansada.
- Imagine – Blaise sorri – se você esperar apenas alguns minutos até que o Draco retorne, a gente se despede e vai e se você quiser a gente pode passar em algum lugar de adultos pra dar uma espairecida destes gritos de crianças.
- Não sei se seria adequado – Jezz diz meio sem jeito – nós trabalhamos juntos, eu não quero passar uma má impressão, eu aceitei o seu convite hoje porque o senhor sugeriu que seria uma boa oportunidade para agradecer ao senhor Malfoy
- Ora Jezz – Blaise sorri – a empresa não é rígida sobre estas coisas, mas eu não vou insistir por enquanto – ele vê o loiro ao longe – o Draco está ali, vamos falar com ele e eu te deixo em casa e não se atreva a dizer que não precisa, eu sou um cavalheiro
- Tudo bem – Jezz diz com um sorriso tímido – vamos nos despedir – então ela parte em direção ao loiro com Blaise em seu encalço
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Em outro local da festa
Mel luta para segurar o seu queixo à medida que a moça narra a sua história. Definitivamente não era algo do tipo que ela estava esperando, definitivamente isso é pior.
Athena se recusou a dizer o nome da pessoa até porque ela desconfia que o nome pelo qual ela a conhece pode não ser verdadeiro o que a torna ainda mais perigosa.
Mel não sabe direito o que fazer, ela olha para Athena que se encontra visivelmente nervosa, as mãos trêmulas da moça mostram isso claramente, não é preciso ser medibruxo pra saber que ela passou por um trauma muito grande e que neste momento ela se encontra muito abalada, mesmo assim a repórter tem que tentar
- Athena – ela diz respirando fundo – eu sinto muito pelo que você passou, sinto muito mesmo. É triste pensar que possam existir pessoas tão cruéis – ela vê que as lágrimas rolam pela face da jovem – mas a gente precisa arrumar um jeito de descobrir o que esta pessoa quer, não podemos deixar que isso aconteça com mais ninguém – ela vê a moça assentir com a cabeça – você acha que consegue sair e me mostrar quem é? – Mel vê os olhos da professora se abrirem desmesuradamente – fique calma, eu estou com você e não deixarei que nada aconteça. A gente vai observar de longe – ela diz – por favor...
Athena respira fundo. Ela está com medo, pra falar a verdade ela está apavorada só em pensar em colocar os olhos nesta pessoa novamente, mas ela precisa fazer isso. Ninguém mais vai sofrer o que ela sofreu, então ela diz:
- Tudo bem, eu te mostro a pessoa que quase acabou com a minha vida...
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Pouco depois
Como é de praxe muitas pessoas se retiram após o parabéns e o bolo ser servido. Na casa agora apenas os convidados mais íntimos. Hermione suspira exausta, mas completamente satisfeita ao ver o sorriso radiante no rostinho da sua caçula
- Nem preciso perguntar se você gostou da festa – ela diz sorrindo ao ver ela e a irmã organizando os presentes
- Foi tudo perfeito mamãe, eu adorei – Annie diz sorrindo – todos os meus amigos vieram, todo mundo se divertiu – ela diz ao mesmo tempo em que um bocejo escapa
- E nós temos alguém cansada – Hermione diz e antes que alguma das meninas argumente, ela completa – eu vou dar uma volta por aí pra me despedir dos últimos convidados, mais meia hora no máximo. Amanhã vocês têm aula e eu trabalho – ela diz enquanto se retira.
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Quase ao mesmo tempo
Mel e Athena suspiram frustradas. Elas percorreram a festa toda e nada da pessoa, quase todos os convidados se foram e elas não conseguiram encontrar o que faz que ambas cheguem à conclusão que esta pessoa foi embora enquanto as duas estavam conversando lá dentro.
- Pode ser que eu tenha me enganado – Athena diz, embora ela não acredite muito nisso
- Athena – Mel a encara – seus olhos até poderiam ter se enganado, mas não o seu coração. Você acha que se fosse realmente um engano, você teria ficado como ficou?
A professora olha para a repórter e balança a cabeça negativamente, ela sabe muito bem o que viu.
- Então vamos fazer o seguinte – Mel diz – eu trabalho com a Hermione, eu vou tentar descobrir alguma coisa sem te expor, ok – ela vê a professora assentir com a cabeça – assim que eu souber, eu te aviso. Seja o que for que esta pessoa quer, ela não vai prejudicar mais ninguém.
- Obrigada – Athena diz lutando contra as lágrimas que se formam, há muito tempo ninguém se importava com ela – eu devo ir agora. Amanhã tem aula e eu creio que vou ter um pouco de trabalho para controlar a minha turminha depois desta festa – a professora diz e se retira.
Mel vê a jovem se retirar ainda estupefata por tudo o que ela relatou. De uma coisa ela tem certeza. Há uma pessoa terrível na vida da família Malfoy e ela como amiga vai fazer de tudo para descobrir e evitar que aconteça alguma coisa com pessoas que a ajudaram no momento que ela mais precisava. E com esta promessa em mente, a jornalista se prepara para partir...
NOTA DA AUTORA
Capítulo um pouquinho maior desta vez, mas com mais perguntas que respostas. Espero que ninguém queira me azarar por causa disso. A notícia boa é que aos poucos as coisas irão se acertar, a má notícia é que ainda vão se complicar bastante antes disso acontecer (corre pras colinas fugindo das azarações).
Espero que tenham gostado do capítulo. Vou fazer o possível pra postar bem rápido. Mas não estou fazendo nenhuma promessa.
Bjs e até o próximo
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