capítulo repostado em 03/12



Na casa dos Malfoy



Draco abre a porta e respira fundo, ele olha para as paredes para se certificar que o pesadelo realmente acabou, ele está em casa.



- Finalmente em casa - ele diz enquanto abraça a esposa – eu não me lembro de muita coisa, mas uma parte de mim sabe que eu estava ansiando por isso – ele olha nos olhos de Hermione – eu já disse que te amo?



- Sim – Hermione sorri – você já disse várias vezes, mas pode continuar dizendo, eu gosto de ouvir.



- E eu gosto de falar – ele responde enquanto a beija.



- Ei, vocês dois, parem com isso! – a voz petulante de Lizzie se faz ouvir – vocês vão ter muito tempo pra essas coisas mais tarde. Será que agora a gente pode matar as saudades do papai direito?



- Claro, bruxinhas – o loiro diz enquanto recebe o abraço das filhas – eu estava morrendo de saudade de vocês – ele olha para Hermione – de todas vocês, viu sua ciumenta. Vocês não imaginam a falta que isso faz.



- E o papai vai ficar um tempo por aqui – Hermione diz e vê o olhar intrigado de Draco – ordens médicas, até você se recuperar totalmente e como eu sou uma medibruxa muito boazinha, eu vou te liberar pra dar uma assistência ao Blaise através da lareira, se realmente for necessário.



Draco olha para a esposa ele, não é louco de contradizê-la neste momento, além disso, o loiro sinceramente gostaria de passar um tempo com a sua família, ainda mais que Harry deixou nas entrelinhas que pode haver alguém nas suas empresas que esteja envolvido seja lá com o que tenha acontecido em Joanesburgo.



- Pelo jeito eu sou todo de vocês – Draco sorri, ele olha para Hermione – só espero que a minha medibruxa preferida esteja por aqui pra tomar conta desse paciente. Sabe como é, eu posso ter alguma recaída – ele coloca a mão no coração em um gesto dramático.



-A medibruxa vai tomar conta do paciente tanto quanto for possível e quando ela não estiver, vai ter duas aprendizes pra se certificar que o paciente vai fazer tudo direito – ela olha para as filhas e recebe um sorriso de concordância.



- Eu vou ser o melhor paciente do mundo – Draco sorri. É bom estar em casa...



XXXXX



Na Bulgária



Faz pouco tempo que os primeiros raios de sol despontaram, mas para o ex-apanhador isso não faz diferença. Ele não pode dizer que dormiu muito, as poucas vezes que pegou no sono foi acordado por pesadelos onde o resgate não deu certo e ele perdia o seu menino, ele não quer nem pensar se isso acontecer.



krum anda de um lado para o outro enquanto encara o relógio mais vezes do que ele pode se lembrar. Os policiais saíram para o caso da casa estar sendo vigiada, assim como seu homem de confiança. O ex-apanhador deverá ir sozinho como foi ordenado, mas ele sabe que estará sendo seguido de perto, foi a única coisa que lhe disseram, pois segundo os policiais quanto menos ele souber mais credibilidade haverá. Eles não podem arriscar que o sequestrador ou os sequestradores desconfiem, isso seria arriscar a vida do garoto.



Seu homem de confiança disse que há muita coisa nesta história que ele não sabe, mas que no momento krum deve focar apenas em salvar o garoto e, embora o ex-apanhador ache que ele tem razão, isso o deixa ainda mais preocupado. No entanto não há nada que ele possa fazer no momento a não ser esperar e torcer para que tudo acabe bem...



XXXXX



Local desconhecido



Igor sente o seu coração descompassado, falta muito pouco agora. Ele reza para que tudo dê certo e que ele nunca mais tenha que ver aquele homem asqueroso que transformou seus poucos anos de vida num inferno.



Sua mente está uma bagunça, ao mesmo tempo em que ele só quer que tudo acabe, ele também espera que a justiça seja feita e que aquele homem pague por tudo o que fez e ele está disposto a colaborar com isso, mesmo que tal atitude custe o desprezo do seu pai.



Ele olha para a garotinha que dorme, a razão de tudo. Em sua mente apenas um pensamento. Valeu a pena, agora estamos juntos...



XXXXX



Na mansão Malfoy



O dia amanhece e Draco por um momento não sabe onde está até que ele reconhece a sua casa. É tudo tão surreal... Ele pensa tentando lembrar-se dos dias nebulosos que passou na África do sul. Nebulosos porque pra ele é exatamente isso, uma grande névoa cobrindo seus pensamentos. Ele força a memória tentando lembrar, mas nada vem a sua mente.



O loiro entra no banheiro para fazer a sua higiene matinal. Hermione já foi para o hospital, ela disse que iria bem cedo para encaminhar tudo e depois passar o resto do tempo com a família. Draco olha no espelho para se barbear e por um ínfimo segundo tem uma visão rápida, um flash, uma mulher em seu quarto.



É muito rápido, mas Draco toma um susto. Ele força a memória, mas não consegue se lembrar de mais nada, em sua mente apenas um pensamento. O que uma mulher estaria fazendo em seu quarto? O loiro molha o rosto e se olha no espelho, mas antes que ele possa pensar mais no assunto, ele vê a sua filha mais velha sentada na sua cama.



- Lizzie? – ele murmura preocupado. Ainda é muito cedo e ele sabe que a sua filha mais velha ama dormir até tarde – aconteceu alguma coisa?



- Não aconteceu nada – a menina diz – eu só acordei e decidi ver como você está. Você está bem, não está?



- Estou – Draco diz encarando a filha, ele a conhece muito bem para saber que não é só isso. Então ele se senta ao lado dela.



- Bruxinha – ele diz – está tudo bem com você? Porque se não estiver você sabe que pode me contar.



- Está tudo bem – ela diz sem encará-lo – quer dizer, eu acho que sim agora que você voltou.



- Sim, eu estou de volta – ele diz acariciando o cabelo da filha – mas eu te conheço e a Lizzie que eu conheço só sai da cama cedo no dia que não tem aula se tiver acontecido alguma coisa. O que aconteceu?



- Foi um sonho que eu tive – ela diz – não deve ser nada – a menina tenta parecer despreocupada.



- Lizzie – Draco a obriga a encará-lo – você está calada e ontem você chorou do nada. Você não é assim. Me conta o seu sonho, por favor – o loiro fala torcendo para que a menina não perceba que ele ficou apreensivo.



A menina olha para o pai e Draco vê que ela está se esforçando pra não chorar quando começa:



- Eu sonhei que eu estava em uma casa diferente e tinha fotos da mamãe e da Annie, mas não tinha nenhuma foto sua e eu não sabia o que estava acontecendo...



- E o que mais, bruxinha? – Draco diz tentando não demonstrar preocupação, em sua mente os sonhos que ele teve há um tempo – o que mais você viu?



- Mais nada – ela murmura – aí eu acordei, mas como você estava viajando e nunca falava com a gente, eu fiquei preocupada – ela baixa os olhos – eu pensei que pudesse ser um daqueles sonhos.



Draco olha espantado para a filha, ele não imaginava que Lizzie tivesse recordações daquela época. Quer dizer, é claro que ele sabe que a menina não deve ter esquecido completamente o que aconteceu mesmo com a pouca idade que tinha, mas o loiro nunca imaginou que ela fosse relacionar com os sonhos depois de tanto tempo.



- Lizzie – ele diz tentando manter a calma – você se lembra daqueles sonhos mesmo depois de tanto tempo?



- Eu não lembro direito, mas eu me lembro do medo – a menina diz – eu lembro que acontecia alguma coisa com a mamãe e eu fiquei com muito medo – ela olha para o pai – e desta vez eu fiquei também.



Draco olha para a filha. Ele não sabe até onde Lizzie se lembra do que aconteceu quando ela tinha quatro anos, mas ele sabe também que algo desta natureza não é esquecido. Então ele respira fundo e diz:



- Você se lembra que depois que tudo passou, nós conversamos e eu te disse que você tinha sonhos muito especiais, mas que nem todo sonho era como aqueles?



- Mais ou menos – ela diz. De fato Lizzie era muito nova e como depois nada mais aconteceu, é natural que a menina se esquecesse – mas como eu vou saber? – Ela diz – e se esse for? Você voltou, mas...



- Lizzie – ele diz. Draco esperava que a menina fosse mais velha antes de ter esta conversa – a gente não tem como saber, mas eu prometo que vou estar aqui pra te ajudar, aconteça o que acontecer. Você confia em mim?



- Eu confio – a menina murmura.



- Então vamos fazer o seguinte – Draco diz – se você tiver qualquer sonho que te deixe com medo, você promete que vai me contar? – ele vê a filha assentir com a cabeça – ótimo. Eu prometo que não vou deixar nada acontecer. Agora vamos acordar a sua irmã, eu estou morrendo de fome.



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Na Bulgária



Victor krum tenta ignorar o bolo em seu estômago. É chegada a hora e ele precisa estar focado para fazer o que precisa ser feito. Mais ainda, ele precisa se portar de forma que os sequestradores não desconfiem que existem pessoas vigiando. Se ele fizer algo errado, as consequências poderão ser terríveis.



Ele se prepara para aparatar próximo ao mosteiro. O ex-apanhador não pode se arriscar a fazer isso num local que certamente estará cheio de trouxas, então foi combinado que ele iria meia hora antes do horário combinado, ao passo que os policiais iriam antes disfarçados para garantir o sucesso da operação. Quanto ao seu homem de confiança, este só disse que seria mais útil em outro lugar e desapareceu misteriosamente e embora Victor tenha total confiança, não lhe agrada estar tão no escuro quando o assunto é a segurança do seu filho.



Ele confere mais uma vez a mala usada em que se encontram todos os galeões pedidos. Victor pagaria o dobro, o triplo se necessário para ter seu menino. Depois de contar e certificar que tudo está conforme foi solicitado. Ele respira fundo e prepara-se para aparatar...



XXXXX



Local desconhecido



- Eu estou com medo – Igor ouve a voz tremulante da garotinha, seus olhos estão cheio de lágrimas



Eu estou com você agora – o garoto diz – e nada nem ninguém vai separar a gente, eu prometo. Tudo isso vai acabar e nós vamos ficar juntos pra sempre. Você confia em mim? – ele vê a menina assentir com a cabeça – eu nunca mais vou deixar você, a gente nunca mais vai se separar.



- E se ele não me quiser? – ela diz receosa



- Aí ele também não vai ficar comigo – Igor diz – e nós vamos ficar juntos de qualquer maneira.



A conversa é interrompida quando eles vêem uma figura conhecida e por ambos odiada.



- Agora vocês vão ficar aqui e esperar – a voz diz – em breve eu venho soltar vocês e tudo estará acabado. E você moleque, já sabe, se abrir a boca sobre mim, eu acho você – ele olha para a menina – eu acho vocês dois e vocês nunca mais se verão novamente.



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Na casa dos Potters



- Você, o que? – Gina diz mais alto do que gostaria, mas na verdade ela não se importa, não depois que o seu marido lhe contou sobre a sua visita a casa do ex-professor de poções.



- Isso mesmo que você ouviu, ruiva – Harry confirma – eu fui passar ao Snape as informações do interrogatório e ele me disse que iria falar com o Draco na festa da Annie, e ele realmente me pediu pra ajudá-lo a escolher algo pra ela.



- Você tem certeza que era mesmo o Snape? – a ruiva pergunta intrigada – ou que ele não estava sob uma impérios? Já é difícil de acreditar que ele vá a uma festa infantil e te pedir pra ajudar a escolher um presente. Só mesmo amaldiçoado!



- Eu confesso que isso me passou pela cabeça uma vez ou duas – Harry diz pensativo – mas era ele realmente, o mau humor continuava o mesmo. E sabe o que é o mais estranho? – Harry diz e vê Gina encará-lo com curiosidade – o velho morcegão parecia realmente disposto a agradar a Annie.



- Isso eu quero realmente ver – Gina diz - será que o Snape vai notar se eu ficar o tempo todo atrás dele na festa?



- Ruiva – Harry diz segurando o sorriso – se comporte nesta festa. Não vá fazer nada para irritar o Snape, eu preciso realmente da ajuda dele pra descobrir o que aconteceu com o Malfoy.



- Vou fazer o possível pra me comportar – Gina sorri – mas não perco isso por nada...



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Na Bulgária



Victor olha para a multidão trouxa que visita o monastério, pensando se no meio dele estará o sequestrador do seu menino. Ele sente seu estômago se contorcer só em pensar que algo pode dar errado. O ex-apanhador não consegue imaginar a sua vida sem o seu filho, e pensar que há um ano ele não imaginava que tinha um filho, o que dirá que estaria em uma situação como esta.



Faltam poucos minutos para o horário marcado, Victor foi orientado a colocar o dinheiro exatamente no horário solicitado pelo sequestrador, isso seria essencial para que o plano dos policiais funcione, policias estes que o búlgaro não consegue distinguir na multidão, mas que ele tem certeza que estão lá.



Ele vai ao local combinado e olha para o relógio, apenas mais alguns segundos e ele fará o que foi ordenado. O ex-apanhador deve colocar o dinheiro e sair sem olhar pra trás, isso foi o combinado. Victor coloca o dinheiro e se afasta calmamente por alguns instantes, no entanto ele não consegue conter o impulso de se virar bem a tempo de ver uma pessoa aparatando com o dinheiro...





Capítulo postado como manda o figurino! Eu estou fazendo o possível pra postar com regularidade durante estes meses de isolamento social e modéstia a parte estou orgulhosa de estar conseguindo. Mas estou um pouco preocupada com esta fic pois os comentários diminuíram consideravelmente (autora triste e deprimida). Poxa gente, estou fazendo o meu melhor para dar continuidade e vocês me deixam na mão...



Falando sério, sim eu estou um pouco preocupada com os comentários, mas não se preocupem que eu não vou abandonar a fic e nem pretendo atrasar as postagens (se isso acontecer foi por motivos alheios a minha vontade). Espero que tenham gostado e até o próximo



Bjos e quem puder fique em casa.



NOTA 2



Estou tentando postar um capítulo por dia, mas nem sempre será possível. Se tudo der certo na próxima semana conseguirei chegar ao ponto que parei antes do problema com o site. Bjs


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