Traçando estratégias



Em Joanesburgo



Snape se prepara para fazer algo que não fazia desde os tempos sombrios em que ele foi um espião duplo, entrar em um lugar sem ser notado. Ele vai esperar que todos durmam para verificar os registros do hotel e descobrir qual é o quarto em que Draco Malfoy está. Em outra ocasião ele esperaria a melhor oportunidade, mas algo lhe diz que neste momento todo tempo é precioso



Ele sabe que neste momento a recepção estará vazia, apenas o recepcionista deverá ficar a postos caso alguém chegue no meio da noite, e Snape sabe que isso é difícil de acontecer, pois geralmente bruxos que chegam mais tarde providenciam para fazer isso diretamente nas lareiras dos seus quartos ou então apenas aparatam nos mesmos. Com um pouco de sorte ele vai conseguir fazer o que pretende sem maiores problemas



Como previsto há apenas um rapaz que parece ter saído da adolescência, dá pra ver que ele está entediado e possivelmente caindo de sono. Não vai ser tão difícil assim, ele pensa enquanto se dirige ao balcão



- Posso ajudá-lo? – o rapaz pergunta se endireitando atrás do balcão



Só o que Snape faz é pegar a sua varinha e murmurar discretamente – dormien... – e observar enquanto o jovem cai adormecido por cima do balcão



Ele passa pelo balcão da recepção com a respiração suspensa, Snape sabe que mesmo que o movimento seja quase inexistente nesta hora, ele não pode facilitar. Então rapidamente ele pega os livros de registro indo até a data em que Draco Malfoy chegou, Snape vê sem surpresa que ele está em uma das suítes mais caras no último andar e que estes aposentos certamente possuem uma segurança maior do que os outros quartos



Primeiro passo concluído. Ele pensa enquanto coloca tudo no lugar rapidamente, ele pensa em deixar o rapaz adormecido, mas Snape sabe que se ele for pego assim poderá perder o emprego uma vez que provavelmente ninguém acreditaria que ele foi enfeitiçado



Então ele murmura um enervate seguido rapidamente por um obliviate. Snape vê que o rapaz o encara como assustado e diz:



- Suponho que a gerência não gostaria de saber que você estava cochilando na recepção, estou certo?



- Eu sinto muito senhor – o rapaz diz visivelmente desconcertado – não vai acontecer novamente



- Tenho certeza que não – Snape diz – não se preocupe - ele abranda a sua voz – eu entendo que às vezes ficar sozinho em uma recepção vazia pode ser entediante e nem sempre conseguimos controlar o sono, eu não vou contar a ninguém



- Muito obrigado senhor – o recepcionista diz aliviado



Snape se retira. Não estava nos seus planos iniciais fazer algo assim, mas como um bom planejador ele sabe que ter uma espécie de aliado as vezes pode ser muito útil, o primeiro passo já foi dado agora vamos ao segundo



XXXXX



De volta à Inglaterra



Hermione acorda sobressaltada, há alguém no seu quarto. Por um momento ela pensa que pode ser Draco, depois ela pensa que pode ser Lizzie avisando que Annie não está bem. Ela demora alguns segundos até achar a sua varinha e iluminar o local e não, não é Lizzie quem está lá, é Annie visivelmente assustada enquanto diz:



- Mamãe tem algo errado com a Lizzie



Hermione sai rapidamente do quarto. A sua filha mais velha é a saúde em pessoa, é raro que ela tenha sequer uma gripe então a feição preocupada de Annie faz com que ela corra para o quarto que as duas meninas dividem



A morena vê a menina visivelmente agitada na sua cama, ela se contorce e balbucia palavras inteligíveis – é só um pesadelo – ela diz para acalmar a sua caçula enquanto se senta na cama e balbucia suavemente – Lizzie – ela toca a menina – Lizzie, meu bem, acorda. Isso é só um sonho, a mamãe está aqui



Ela vê a menina abrir os olhos assustada, Lizzie olha para os lados como se estivesse tentando se localizar, então a filha mais velha de Hermione começa a fazer algo que definitivamente não é o seu costume. Lizzie começa a chorar nos braços da sua mãe



- Calma... – Hermione fala carinhosamente – foi só um sonho ruim, a mamãe está aqui, não vai acontecer nada



Mas a menina apenas chora copiosamente e o coração de Hermione aperta. Ela já viu esta cena antes, antes de acontecimentos que poderiam ter mudado completamente a vida da família. Lizzie voltou a ter seus pesadelos...



XXXXX



No outro dia



Snape acorda, ele não pode dizer que dormiu muito, isso sempre acontecia quando ele estava em uma missão e para o mestre de poções esta é uma missão tão importante quanto qualquer outra



Ele tem algumas ideias na mente, ideias estas que devem ser colocadas em prática com cuidado, mas ao mesmo tempo ideias que devem se transformar em realidade o mais rápido possível. A sua intuição lhe diz que ele talvez não tenha muito tempo



A primeira coisa que ele faz é se dirigir ao restaurante. Snape sabe que embora muitos homens de negócios peçam seu desjejum nos aposentos, uma grande parte prefere se reunir e talvez traçar algumas metas para o dia antes de começarem as reuniões formais. Talvez seja um bom lugar para conseguir mais informações



O ex-professor não é exatamente uma pessoa que interage com facilidade, mas em uma coisa ele sabe que é muito bom. Snape é um ótimo observador e ele faz isso neste momento, ele tenta descobrir algo que diga nas entrelinhas se há alguma coisa estranha. No entanto tudo parece perfeitamente normal, apenas homens de negócios interagindo antes de sair para mais uma reunião



Ele observa agora os funcionários do hotel e percebe que alguns estão arrumando bandejas, provavelmente para levar o café da manhã nos quartos que solicitaram. Então ele se aproxima de uma bruxa jovem que se encontra atrás do balcão



- Bom dia, senhorita – ele a cumprimente e vê que a mocinha responde com um aceno de cabeça provavelmente ocupada demais para dar mais atenção



- Bom dia, senhor, em que eu posso ajudá-lo? – ela diz sem parar de realizar as suas tarefas



- Eu estava pensando se poderia ter as minhas refeições no quarto de vez em quando – ele joga a isca



- É claro, senhor – ela diz – é só solicitar na recepção



- Sim entendo - ele diz parecendo pensativo - mas eu gostaria de descansar um pouco mais e ter o café no quarto quando acordar. Isso é possível?



- Ah sim! Não é muito comum, mas podemos fazer isso – ela diz



Snape parece um pouco pensativo – desculpe insistir no assunto, senhorita, eu imagino que seja possível, mas eu tenho receio de perder a minha privacidade. Não sei se gostaria que algum funcionário, por mais prestativo que seja, observasse meu sono mesmo que esteja lá só pra me levar o desjejum



- Ah não, não se preocupe – a moça sorri – não há perigo nossos quartos são protegidos. A única coisa que nós podemos ver enquanto levamos o café da manhã é o caminho até a mesa onde ele é colocado. Não temos como ver os hóspedes dormindo – ela olha para ele – o senhor pode até mesmo dormir nu e não saberemos – ela para subitamente – desculpe, isso foi completamente inadequado. Por favor, não conte ao meu chefe



- Não contarei – Snape diz sentindo o rosto corar apenas em pensar na perspectiva de alguém entrar no seu quarto e vê-lo nu em seu sono. Não que ele durma despido, é claro – mas admito que esta é uma solução interessante. Serviço de quarto sem desrespeitar a privacidade. Um feitiço muito original, eu devo admitir



- Sim – a mocinha fala com orgulho – nós temos hóspedes que sempre fazem isso e eu posso afirmar que nenhum dos nossos funcionários sabe o que se passa no quarto. Caso o senhor queira solicitar alguma refeição a sua privacidade será garantida



- Obrigado pelas informações – Snape diz e se retira. Se alguém naquela sala o conhecesse veria uma ruga de preocupação em seu semblante...



XXXXX



Na Bulgária



Vitor está com o elfo e a polícia local, a pobre criaturinha já repetiu várias vezes o que aconteceu sempre chorando e se culpando, o ex-apanhador olha para o chefe de polícia esperando que ele diga alguma coisa para, ser mais especifico esperando que ele diga que tudo vai ficar bem



- Tudo indica que pode ser um sequestro – um dos policiais finalmente diz – eu só não consigo entender como alguém conseguiu passar por suas proteções, a não ser que seja alguém conhecido...



- Não - o ex-apanhador o interrompe – não há esta possibilidade. Apenas eu posso passar pelas proteções, qualquer outra pessoa precisa da minha permissão, o máximo que alguém pode chegar é até o portão



O policial pensa um pouco – entendo... Isso impediria qualquer um de chegar, mas certamente não impediria alguém de sair, estou certo?



- O senhor está querendo dizer que o meu filho saiu por conta própria? – Krum vocifera – ele não tem porque fazer isso, meu filho não conhece ninguém na cidade



- Mas ele está frequentando a escola, não está? – o policial insiste – e já deve ter feitos amigos



- Não – Krum rebate você não conhece o meu filho. O Igor é um garoto bem fechado, ele não faz amigos com tanta facilidade



- Talvez ele tenha sentido falta da sua cidade – o policial continua argumentando, ele se recolhe diante do semblante do apanhador – entenda, senhor Krum, nós temos que checar todas as possibilidades mesmo que ele tenha saído por vontade própria, ele é apenas um garoto e vamos tomar as providências necessárias para encontrá-lo



- E enquanto isso o que eu faço? – o ex-apanhador fala lutando para controlar a sua voz – eu não posso simplesmente ficar parado



- Primeiro o senhor se acalma – o policial diz de maneira calma. Algo lhe diz que Victor Krum não é exatamente uma pessoa fácil de lidar, principalmente nestas circunstâncias – se isso foi um sequestro alguém vai entrar em contato pedindo um resgate e enquanto isso tente entrar em contato com pessoas que ele conheça, mas não mencione que ele está desaparecido talvez alguém tenha uma pista



O búlgaro apenas olha para o policial. Poucas vezes em sua vida ele sentiu tão impotente, mas ele respira fundo e assente com a cabeça torcendo para que seu filho apenas tenha tido um rompante e decidido dar uma volta por aí



XXXXX



Em Joanesburgo



Snape está em seu quarto, ele está mais preocupado do que nunca, se ele não soubesse que Draco está comparecendo às reuniões, ele teria a certeza que algo muito grave teria acontecido. Apenas o fato de que Draco não fugiu aos seus compromissos lhe dá a certeza que ele está vivo e neste momento ele sente um bolo no estômago só em pensar em dar uma notícia destas a Hermione e as suas meninas, principalmente a pequena dama que lhe tocou tanto



Ele sabe que precisa tomar uma atitude o mais rápido possível. No entanto como um bom agente, Snape sabe que precisa estudar o campo para ter certeza de como agir. O mestre de poções sabe que não tem muito tempo, ele já deduziu que Draco provavelmente está sob alguma espécie de feitiço, talvez uma impérios. Só isso o impediria de tentar fazer algo para escapar e não dá pra descartar também o uso de algo mais físico e é por isso que Snape pretende agir ainda esta noite



Mas antes disso ele vai verificar o que está acontecendo nas reuniões que Draco está comparecendo



Ele aciona a lareira para entrar em comunicação com o quartel dos aurores, Snape espera que Harry esteja em sua sala, ele não gostaria de falar com outra pessoa e ter que dar explicações sobre o que está fazendo



Felizmente Harry se encontra em sua sala aparentemente lendo os últimos relatórios das missões. Snape pigarreia para chamar atenção e recebe um olhar intrigado do seu ex-aluno



- Sem tempo para muitas perguntas, Potter – Snape diz com o mesmo tom que costumava usar nas suas aulas – eu preciso que você descubra quais os horários das reuniões que Draco está frequentando, onde elas acontecem e quando elas terminam e preciso disso pra ontem



- Eu vou verificar agora – Harry diz sem questionar, talvez condicionado aos anos em que cumpriu as ordens dele enquanto professor – o senhor conseguiu descobrir alguma coisa? – ele usa o seu tom de chefe dos aurores agora



- Não muito e nada do que eu descobri é bom – Snape diz – não tenho muito tempo agora, eu volto a entrar em contato em uma hora, e não diga nada sobre mim, nós não sabemos o que está acontecendo nem quem está por trás disso



- Entendido – Harry diz – não se preocupe eu sou um auror, sei como lidar com esse tipo de situação



- Espero que saiba – é a resposta de Snape antes de sair da lareira, agora o que ele tem que fazer é esperar enquanto repensa em todas as teorias possíveis, nenhuma delas boa...



XXXXX



Enquanto isso, na mansão Malfoy



Hermione está sozinha em casa. Ela deixou as meninas na escola com alguma relutância, mas seu lado racional lhe diz que o melhor a fazer é manter a rotina, o problema é que a rotina da família não existe sem seu marido presente, eles nunca passaram tanto tempo separados desde que começaram a namorar



Neste momento ela vê uma agitação na lareira, seu coração acelera com uma pequena esperança que seja o seu marido, mas esta esperança logo se vai quando ela vê uma figura corpulenta de cabelo escuro. Victor Krum – olá Victor – ela diz pedindo internamente que ele não peça para ficar com seu filho nestes dias, ela não está com cabeça pra isso agora



- Oi Hermionini – ele diz com seu sotaque carregado – podemos conversar um instante?



Hermione olha para a lareira, na verdade ela não está tão bem assim para conversar, mas o semblante preocupado do búlgaro faz com que ela diga – o que aconteceu?



Victor Krum olha para a amiga, ele recebeu orientação para não revelar o sumiço do filho, mas pra ele é difícil esconder coisas de Hermione. Então ele diz – problemas com o Igor – ele suspira – por acaso quando ele esteve aí da última vez, ele mencionou alguma coisa como estar sentindo falta da cidade onde vivia?



- Não – ela diz – pelo menos não que eu saiba, talvez ele tenha dito algo para as meninas – ela suspira – desculpa Victor, mas eu talvez não tenha dado muita atenção pra ele



- Você está com problemas? – o búlgaro pergunta. Agora reparando melhor, o semblante da sua amiga está um pouco tenso – eu posso ajudar?



-É que o Draco foi viajar e não deu notícias – Hermione suspira – obrigada por oferecer, mas não há nada que você possa fazer. Eu vou falar com as meninas sobre o Igor se eu descobrir alguma coisa, eu aviso



- Não se preocupe com isso – Krum diz se sentindo meio culpado – você não deve estar com cabeça pra isso agora, eu vou entender



Tudo bem – ela diz – vai ser até bom as meninas focarem em outra coisa um pouco, eu vou fazer isso



- Obrigado – ele diz – e se eu puder ajudar de alguma forma, por favor, me deixe saber



Hermione vê a figura do amigo se desfazer nas chamas da lareira. Em outra ocasião ela tentaria especular um pouco mais, mas no momento ela tem os seus próprios problemas. Mesmo assim ela vai fazer o que disse, vai conversar com as filhas sobre Igor Krum



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Mais tarde, em Joanesburgo



Snape ativa a lareira novamente, ele espera que Potter tenha feito o que ele solicitou, todo tempo é precioso



- Potter – ele diz – o que você tem para mim?



- Eu entrei em contato com o Zabinni e pedi os horários das reuniões – ele respira fundo – não há horários rígidos, mas ele disse que aconteceriam durante o dia todo na parte bruxa da Mandela Square, espero ter ajudado



- Eu também, Potter, eu também – ele diz enquanto se afasta, se as reuniões vão acontecer o dia todo talvez ele consiga encontrar algo por lá



XXXXX



Na Mandela Square



Snape respira fundo, a despeito do calor ele não tirou a sua capa o que chama um pouco a atenção dos trouxas transeuntes, mas não muito uma vez que a maioria deles está ocupada em tirar fotos da famosa estatua de Nelson Mandela



Faz tempo que ele não visita a cidade, mas se a memória não lhe falha e ela nunca falha, ele deve seguir para a direita. O mestre de poções faz o seu trajeto até uma lojinha muito pequena de artigos de perfumaria, a porta de entrada para a parte bruxa da Mandela Square



Ele entra sem falar com ninguém e vai para os fundos da loja onde pega a sua varinha e a encaixa em uma espécie de fechadura que abre a passagem. Snape respira fundo e segue caminho



Ele logo vê uma grande construção que identifica como um dos mais importantes centros financeiros do mundo bruxo africano. É aqui que os principais negócios do continente acontecem, e é aqui que Draco estará



Um bruxo trajando roupas formais indicando que é um homem de negócios caminha apressadamente e num impulso Snape o segue – com licença senhor – ele diz enquanto o homem se volta curioso – receio que eu esteja um pouco perdido para as reuniões – ele olha para as próprias vestes – problemas particulares me impediram de vir antes e eu não tive tempo para passar no hotel e pegar a localização



- Oh sim, claro – ele diz enquanto caminha e Snape o acompanha – de onde o senhor é?



- Inglaterra – Snape responde torcendo para que ele não pergunte mais e para sua sorte ele apenas diz:



- Os negócios com os ingleses estão acontecendo no terceiro andar. Entre por aquela porta e pegue o primeiro elevador, você deve encontrar alguém conhecido lá



Snape agradece e se dirige ao local indicado. Ele quer achar Draco Malfoy, mas não quer que Draco o encontre, ninguém sabe o que aconteceu e talvez interpelá-lo não seja uma boa ideia



Ele se mistura com a multidão torcendo para não ser reconhecido, o mestre de poções anda de cabeça baixa com um pergaminho na direção da sua face, como se estivesse lendo algo muito urgente, o que não é muito estranho no local, mas ele está prestando a devida atenção em tudo o que acontece, seus olhos de águia estão mais focados do que nunca e não muito depois ele vê uma cabeça loira ao longe, Snape poderia reconhecê-lo a qualquer distância. Ele encontrou Draco Malfoy...





NOTA DA AUTORA



Sim, eu entendo que tem gente querendo me matar por ter parado neste momento crucial, mas entendam que um pouco de suspense é a alma do negócio (corre para as colinas fugindo das azarações).



Espero que tenham gostado do capítulo, se vocês notaram eu estou postando um tiquinho mais rápido. Eu sei que ainda não é o ideal, mas estou me esforçando, estou concluindo outra fic e assim que isso acontecer as postagens serão mais regulares



É só por enquanto, bjos e até o próximo e um feliz natal pra todos nós


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Comentários (1)

  • Renata Alvarenga

    Ahhhhh!!! Justo na hora que o nosso loiro favorito aparece????? Como vou passar o Natal sem saber o que acontece... Aguardando ansiosa

    2019-12-17
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