Capítulo 12



Draco teve que viajar e ficou afastado por um mês. Gina teve que ficar com o avô de Draco, já que ele disse que era muito perigoso que ela fica-se sozinha em um lugar tam grande.
Foi neste período que Gina acordou sentindo o bebê se mexer pela primeira vez. Foi uma sensação muito leve em seu ventre, mas suficiente para fazer com que o mundo parecesse um lugar diferente.
Instintivamente, ela passou a mão sobre o ventre e lamentou não ter com quem compartilhar aquele momento mágico. Se Draco estivesse em casa, ela teria se levantado para acordá-lo. E a consciência de que, no fundo de seu coração era isso que desejava, era mais uma prova de seus sentimentos estavam fugindo do seu controle.
Ela teria que passar a ser mais cautelosa, a partir daquele momento. Não podia deixar envolver emocionalmente com Draco, se não quisesse acabar com o coração partido.
Mas ficava muito difícil, já que estava esperando um filho dele ou morando na mesma casa que ele.
“Virgínia Weasley Malfoy pare já com isso”.
“Você já está se achando uma Malfoy, por que não pode envolver emocionalmente com Draco?”.
“Porque ele é uma doninha saltitante, um nojento…”
“Perfeito, lindo, gostoso, rico e tudo de bom”.
“Você ficou louca?”
“Eu louca e você que esta brigando com você mesma a está hora da noite. E eu que sou louca? Francamente.”
“Fica quieta”.
“Oh! Pobre de mim. Eu que sou uma pobre consciência injustiça”.
Gina olha para o teto e fala:
-Oh Merlin! O que eu fiz para merece uma consciência tam dramática.
“Eu não só dramática”.
“Eu estou ficando realmente louca. Estou brigando comigo mesma, acho melhor eu ir dormir”.

D&G
Naquela tarde, Gina estava descendo a escada quando ouviu a porta da mansão se abrir, e por ela passar Draco. Mas bonito do que nunca. Vestia: um sobretudo preto que ia até o pé, uma camisa verde escuro, uma gravata preta com listras verde, uma calça também preta e óculos cobrindo os seus olhos acinzentados.
-Olá- cumprimentou Draco, tirando os óculos.
Draco olhou para Gina que estava no ultimo degrau da escada. Na opinião dele Gina estava linda em um vestido azul claro estampado com pequenas flores azul mais escuro que já dava para perceber que ela estava grávida.
“Grávida de um filho seu”.- pensou Draco emocionado.
-Draco- Gina imaginara que ainda faltava cerca de alguns dias para Draco voltar.- Você já chegou!
Gina correu para a entrada da mansão, parando a poucos centímetros dele. Ela tinha um lindo sorriso estampado no rosto, porque sentia uma grande felicidade de vê-lo ali na sua frente.
Draco surpreendeu-se com o alívio que sentiu ao rever Gina. Nunca se sentira tão alegre por desfrutar da companhia de uma mulher.
Quando se deram por si, estavam nos braços um do outro. E então Draco fez o que sentia vontade de fazer desde o dia em que beijo Gina pela primeira vez no quarto do bebê.
Gina envolveu-lhe o pescoço com as duas mãos e colou o corpo ao dele, entreabrindo os lábios.
Draco tinha consciência de que estava entregue, o homem que sempre se orgulhava de sua capacidade de manter-se imune aos encantos femininos estava perdendo o controle das próprias emoções. Enlaçou-a fortemente pela cintura e beijou-a com uma paixão afoita. Naquele momento, o sabor dos lábios de Gina era a única coisa que lhe ocupava o pensamento.
Mas uma parte de seu cérebro ainda respondia. Ele ainda conseguia andar, pois viu se subindo a escada, com Gina nos braços. Havia uma maçaneta sob uma mão e ele ainda conseguia gira-la.
Gina sentiu uma pressão sob as costas e percebeu que estava na cama, porém foi a pressão sobre ela que absorveu toda a sua concentração. O corpo de Draco encaixava no seu com tanta perfeição, e ela o abraçou com força, puxando para si. Sentia envolta pelos braços dele, pelas pernas, pelo desejo e era isso que ela queria.
Draco segurou o rosto e beijou até faze-la sentir-se embriagada.
-Gina- suspirou num tom que era quase de suplica.
Nas questões do coração, Draco nunca precisou pedir nada a uma mulher, mas não estava preocupado com isso, naquele momento. Talvez por que não fosse só de sexo que precisava, mas sim de algo mais. Era como se estivesse implorando pela essência do ser de Gina, algo que nunca sentiu necessidade antes.

D&G
Gina fez algo irrevogável, foi em um lugar em que jamais deveria ter ido. O lugar aonde escondeu o amor que sentia (e não sabia) por Draco.
D&G

Na aveludada escuridão da noite, apenas sua respiração ofegante entrecortava o silencio, Draco hesitou antes de se afastar, receava quebrar a magia do momento. Deitada a seu lado, Gina suspirou relaxada.
-Tudo bem?
Gina não sabia mais quem era… o que acabavam de compartilhar, deixou estonteada, confusa, sentimentos que não tinha certeza de querer vivenciar.
Estava atravessando um momento difícil. Compreendia tudo agora. Tarde demais. Um dos maiores erros que cometeu foi imaginar que depois de Harry ela nunca mais se apaixonaria. Esta convicção fez com que se sentisse imune a qualquer perigo que Draco poderia representar, até que percebeu que era tarde de mais.
-Virgínia?- Apoiando-se no cotovelo, Draco ergueu o corpo para fitá-la. Acariciou-a com os olhos. Sentindo ainda mais ameaçada, Gina forçou um sorriso. -Eu machuquei você?
-Não- sussurrou ela. Pelo menos não do jeito que ele estava imaginando.
-Você me fez perder o controle. Desculpe.- disse, contornando a linha dos lábios com a ponta do dedo.
Sentido-se novamente seduzida pela caricia e mais amedrontada do que gostaria de admitir, Gina se afastou.
-Você precisa ir.
-Por que?
Porque Draco havia chegado perto demais. Uma proximidade que assustava.
-Já é tarde. Além do mais preciso dormir bastante por causa do bebe.
-Está é a desculpa mais esfarrapada que eu já escutei.
-Eu sei.- Concordou Gina.
-Se sabe por que falou?
-Como foi sua viajem?
-Respondendo uma pergunta com outra. Pensei que já havíamos superado essa fase, Gina.
-Engano seu. E então?
-Uma chatice. Reuniões, reuniões e mais reuniões.
-Você não saiu nenhuma vez?
-Uma ou duas.
-Sozinho?
-Está interessada?
-E se eu disser que sim. O que você vai fazer?
-Com ciúmes, Virgínia?
-Não. Só curiosidade.
-A curiosidade matou o gato. Pelo menos é isso que Harlan sempre fala.
-Você não sabia que eu estudei na grifínoria.
-Sim. É que uma coisa tem a ver com outra?
-Que o animal símbolo da grifínoria é o leão. E o leão não passa de um gatinho crescido.
-Você nunca desiste quando quer saber alguma coisa, Virgínia?
-Nunca, Draco.
Por alguma razão que fugia a seu entendimento, Draco foi obrigado acreditar.
-Pois sabia que eu também não, principalmente quando estou interessado em alguma coisa.
-Em que você está interessado?
-Em você.
-Draco…- sussurrou Gina.
-Sim, Virgínia.
-Você não deveria dizer isso.
-O que eu disse foi a mais pura verdade.
-Mesmo assim…
-Por que? Porque nos não daríamos certo?
-Porque somos diferentes.
-Os opostos se atarem.
Só então ele se deu conta do quanto era verdadeiro o que acabava de dizer. E Gina também foi obrigada a reconhecer que ele estava certo.
-Você precisar ir.
-Eu sei.- concordou Draco acariciando-lhe a face.
O coração de Gina se acelerou.
-Já é tarde.- insistiu.
-Tem razão.- mas não se moveu nenhum centímetro.
Draco começou a beija-la no rosto, e foi descendo, descendo e descendo.
-Draco para com isso.
-É, difícil.
Difícil para ambos. Se havia em Gina o desejo de escapar daquela proximidade, havia também uma inexplicável força que a persuadia a ficar.
-Isso é loucura.- murmurou Gina, num inútil suspiro de resistência.
-Uma deliciosa loucura.
E era mesmo uma enorme loucura. Desde o principio. Ambos deixaram guiar pela mais completa insensatez.

NA: COMENTE.

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