What lies beneath





What lies beneath


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Por que você está fazendo isso, Draco?
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Você sabia a razão, não sabia? No fundo do cinza opaco em seus olhos você sabia os motivos para estar tratando-a como você achava que o sangue ruim dela merecia antes daquela primavera de flores mortas.


Você sabia, mas tinha um sorriso debochado de lábios cerrados, porque as palavras que você não poderia dizer formavam um nó em sua garganta prestes a sair.


Você devia que dizer a ela, não devia? Você devia dizer a ela os motivos por trás do seu sorriso doentio. Você devia mostrar a ela o cansado por trás da frieza dos seus olhos. Mas você tinha que deixá-la ir para o mais longe possível de você.


E o que saiu foi um adeus nas entrelinhas de suas palavras. Você é cruel. E você sabe disso.

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Eu não acredito...! Depois de tudo! Hei, olhe para mim. OLHE PARA MIM, SEU FILHO DA PUTA DESGRAÇADO, E REPITA! RE-PI-TA!
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Você era capaz, Malfoy? Era capaz de olhar nos olhos dela, ver toda a dor, toda a raiva e todo o ódio e fazer o que ela pedia?


Não, você não tinha. Porque você é cruel e covarde.


E você não olhou nos olhos dela, você não tentou fazê-la entender seus motivos, porque ela jamais entenderia, não é? Mas você estava errado – se havia uma pessoa capaz de te entender, Malfoy, essa pessoa era Hermione Granger.


Mas você nem tentou, porque é isso que covardes como você fazem, seu merda.


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Vá embora. Eu quero que você vá embora.
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E as razões se transformaram na fumaça do cigarro que você colocou entre os lábios, se desmanchando sob o céu da noite escura iluminado por estrelas.


Você a fez odiá-lo porque achou que aquele fosse, dentre tantos, o menor dos males.


Porque você a destruiria. Você destruiria cada sorriso, cada olhar, cada sentimento.


E você não queria vê-la quebrada sabendo que não poderia remendá-la, não é? Então você concluiu que deveria deixá-la ir. Era o mais próximo de um ato de não-egoísmo que você era capaz de fazer.


Você a deixou, mas a deixou quebrada, Malfoy. A destruição dela seria mais rápida sem você para amá-la no meio do caminho.


Porque você a amava. De um jeito estranho, destrutivo e negro, mas você a amava.


E essa era a razão enterrada no fundo do cinza opaco do órgão que batia lento no seu peito.


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N/A.: A hora do comentário é a hora mais feliz!

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