Natal em Hogwarts
O tempo se mostrava bem mais agradável na manhã de Natal. A neve lá fora lotava os jardins e podia-se ver claramente qualquer pontinho que fosse de cor diferente da imensidão branca. O sol não ousava aparecer, encoberto por nuvens que pareciam refletir a cor do solo, não deixando sequer vestígios do azul costumeiro.
Dumbledore pensara em se levantar na primeira vez que abriu os olhos, mas achou melhor não. Revirou entre as cobertas e voltou a dormir. Quando despertou novamente já passava das dez horas e o café evidentemente terminara. Tinha doces, é claro. Mas nada melhor que uma xícara grande de chá acompanhada de bolos e biscoitos após uma longa noite de sono.
O professor, então, vestiu-se com roupas vermelhas bordadas de estrelas douradas, como a data pedia. Tornara-se um tanto vaidoso havia alguns anos. Calçou um novo par de sapatos de fivelas, meteu um chapeuzinho engraçado na cabeça e sai caminhando pelos corredores que levavam à cozinha.
Mais do que em qualquer época do ano os elfos trabalham muito no Natal e, por incrível que pareça, não reclamavam disso, nem ficavam a resmungar pelos cantos. Curiosos os elfos: quanto mais trabalho para eles, melhor, e não ouse deixa-los à toa ou podem arrumar um grande desafeto.
Daly era uma elfa gentil e preocupada com a saúde de seus senhores. Encheu uma bandeja de café para Dumbledore e fez questão de ela mesma leva-la até os aposentos do professor.
Enquanto batia de leve na porta de sua sala com a varinha, Dumbledore ouviu um estalo no interior e quando entrou notou a sala muito mais aconchegante do que a deixara. A lareira estava acesa e as brasas crepitavam alegremente em seu interior. A mesinha de refeições estava posta com um café digno de reis, tinha até flores silvestres de enfeite.
Alvo se encaminhou até uma vitrola que guardava na parte mais alta do armário, escolheu um disco e pôs no aparelho. Era música de câmara, uma das paixões do mestre. Estava tão distraído quando se sentou à mesa que nem reparou na imensa pilha de presentes que se erguia ao lado da escrivaninha. Achou melhor desembrulha-los depois da refeição.
A comida de Hogwarts era esplêndida, mas os elfos pareciam se superar nas datas especiais. Junto aos pratos habituais como bacon, ovos e tortinhas, havia rabanadas, pães doces e chocolate com chantili. Se comesse tudo aquilo de uma vez não haveria estômago para o almoço logo mais. Optou por umas duas rabanadas, seu bom e velho omelete e alguns goles de chocolate quente.
Os presentes eram muitos e de várias pessoas: amigos, colegas, admiradores. Poderia ficar o resto da manhã tirando todos eles das embalagens e olhando para suas belezas, mas não era homem disso. Com a varinha desfez todas as embalagens de papel colorido e arrumou todas as fitas numa gaveta (elas sempre são úteis depois) e, então, começou pelos do topo, os menorzinhos.
Havia ali um relógio bonito que parecia se feito de prata com pedrinhas curiosas no mostrador, era de pulso, como os que os trouxas costumavam usar, embora mantivesse os arrojos que qualquer bruxo necessitava, uma lembrança da velha Batilda, em cujo cartão se lia: “Feliz Natal, Alvo!”; havia mais de dez livros, presentes de várias pessoas, inclusive o diretor, a quem Dumbledore presenteara uma garrafa de gim; Horácio Slughorn havia lhe enviado uma caixa de canetas de açúcar com os dizeres “Palavras doces são muito mais bem-vindas. Feliz Natal! Horácio”, e Dumbledore lhe retribuíra com uma caixa de abacaxi cristalizado; Haroldo lhe enviara uma das melhores garrafas de hidromel de seu estoque particular; três pesadas bolas de boliche compunham o presente de Elifas Doge e ocupavam sozinhas a base da pilha de presentes. Havia muitos outros: pares de meias e luvas, cestas de doces, plantas engraçadas e até mesmo um chinchila domesticado.
Mas nenhum presente lhe chamou mais a atenção que uma robusta forma encoberta por um lençol que se encontrava distante dos outros atrás da escrivaninha de madeira. Dumbledore receou que fosse algo perigoso ou ameaçador, pois parecia mover-se. O professor contornou os presentes já abertos e ficou em frente ao que parecia ser uma gaiola enorme. Quase sem fazer movimentos, fez com que o pano voasse para longe, revelando a mais bela ave que já vira.
Tinha as plumas vermelhas e douradas se alinhando por todo contorno de sua silhueta. A ave dormia empoleirada em uma barra dourada que cortava a gaiola, mantendo-se em equilíbrio perfeito. Era, como já disse, de uma beleza deslumbrante. Seu bico parecia ser feito de ouro e a crista era ouriçada, mas bem desenhada. Sem dúvida era uma fênix, um animal raro de se encontrar e quase impossível de se presentear. Preso à gaiola havia um cartão.
Sempre soube que gostava de fênix. Esta, em especial, é importante como você. O rapaz simpático que me vendeu-a disse que foi usada por um conhecido fabricante de varinhas nos seus núcleos poderosos. Desculpe por todos estes anos sem presentes. Espero que este faça esquecer minha falta e que chegue, senão no dia, próximo ao Natal. Felicidades!
Eurico
Eurico? Quem era Eurico? Dumbledore precisou revirar a memória para lembrar-se de algum nome que o levasse a esse. Estava para desistir quando se lembrou de um senhor encantador com o qual passara uma noite toda no Caldeirão Furado a discutir a importância da magizoologia na transfiguração da atualidade. Mas não tinham trocado tantas palavras que os fizessem amigos. Corresponderam-se no máximo três vezes após aquilo e, numa dessas, agora Dumbledore lembrava, ele havia escrito uma piada encantadora sobre uma fênix da qual, depois de tantos anos, Alvo tornaria a rir. Eurico, um grande coração, sem dúvidas. Alvo precisava enviar-lhe uma coruja imediatamente, mas não conseguiu tirar os olhos da ave.
Olhava curiosamente para o animal que continuava a dormir. Parecia estar no auge da idade, o apogeu do vigor. Acariciou-a por entre as grades e ela despertou assustada, tentando bicar o novo dono, que não recuou a mão. A fênix notou que Dumbledore era alguém de confiança e permitiu que se aproximasse. Ela piou felizmente enquanto o professor afagava suas penas e sentiu-se acolhida na nova casa. Dumbledore, então, abriu as portas da gaiola e permitiu que ela saísse, passando ao seu braço. A fênix não apertou demais, nem se deixou bambear. Estava firme e pomposa, com um animal de sua estirpe. Dumbledore estava muito feliz com o presente. Quem diria: suas palavras haviam encantado um mercador de animais a ponto de ele presentear-lhe com uma fênix. Formidável!
As horas restantes da manhã correram com Dumbledore admirando Fawkes (sim, assim decidira chama-la, um nome digno de seu porte e elegância) num poleiro improvisado ao lado da escrivaninha. Ela se contentara com algumas das plantinhas que Dumbledore ganhara de Natal por falta de alimento melhor. Apesar disso, ao sair para o almoço de Natal, Dumbledore prometeu que traria alimentos mais adequados para ela.
Como quase todos os anos em que restavam poucos alunos em Hogwarts as quatro mesas da casas eram substituídas por apenas uma que se estendia no centro do Grande Salão. Alvo entrou pelas grandes portas douradas que se encontravam abertas e foi imediatamente saudado pelo diretor.
- Alvo! Já estava começando a achar que não passaria o Natal conosco!
- Desculpe meu atraso, Armando. Estava apreciando alguns regalos que chegaram pela manhã. – e dirigindo-se a todos – Feliz Natal!
O salão respondeu o cumprimento do professor. Havia ali não muitas pessoas: parte do corpo docente havia ido passar o Natal com a família, sendo que restavam apenas sete professores e o zelador à mesa. Totalizavam vinte e sete pessoas, contando os quatro sonserinos do sexto ano e outros dois respectivamente do terceiro e quarto, quatro corvinos da quinta série, dois novatos da Grifinória e três companheiros de casa do sétimo ano, e quatro alunos da Lufa-Lufa da segunda série que insistiam em aturar as irritantes discussões do professor Binns sobre o significado das árvores de Natal, que, segundo ele, remetiam a um rito das trevas misterioso do século IV.
Apesar de todos os estudantes e professores já estarem postos à mesa restavam ainda duas cadeiras, uma para Dumbledore e a outra já não se sabia. Havia uma cortina misteriosa no final do salão, no tablado onde costumava se sentar o corpo docente. Dumbledore se sentou entre o professor Slughorn e um grifinório do primeiro ano que encolheu na cadeira quando o Alvo bateu em seu ombro. À frente do mestre estava Tom Riddle ladeado pela professora Brown, de feitiços, e o professor Kettleburn, do trato às criaturas mágicas, um jovem pomposo e metido a aventuras que assumira o cargo alguns dias atrás. Uma das cabeceiras estava livre enquanto a outra era ocupada pelo diretor, que usava um gorro de Papai Noel.
O almoço ainda não havia sido servido e os integrantes das mesas conversavam animadamente. Tom Riddle trocara de lugar com o professor Kettleburn, que parecia muito disposto a sussurrar palavras no ouvido da colega, a Srta. Brown. Slughorn já agradecera centenas de vezes o abacaxi que recebera de Dumbledore, dizendo que estava com os dedos melados até agora de tanto comer. No meio de tanta balbúrdia o diretor interrompeu sua conversa com o zelador que se sentava à sua direita e ergueu-se. As conversas silenciaram.
- Feliz Natal a todos! – Dippet havia tomado uma taça vazia e no mesmo instante ela se enchera de vinho, assim como a de todos à mesa, que também as ergueram, desejando feliz natal – Mais uma vez estamos aqui reunidos e lembramos os encantos desta época de lembrar dos amigos e estreitar laços. Bem, muitos de vocês devem estar curiosos com a cortina no final do salão – obviamente todos haviam notado o pano escarlate onde pequenas estrelas corriam – Então, acho que está mais do que na hora de revelar meu presente de Natal para todos.
O diretor apontou a varinha para a cortina e ela se dividiu, partindo para os lados e revelando uma cena incomum. Uma orquestra de vinte pessoas estendia-se na parte de trás do tablado, e no lugar onde o diretor normalmente discursava estava de pé um homem de um metro e setenta elegantemente vestido com smoking branco. Ele tinha os cabelos negros meio rebeldes na parte de trás da cabeça, olhos pretos feito besouros e as mãos frágeis de um músico. No mesmo instante que as cortinas dispararam a orquestra começara a tocar uma sinfonia natalina lenta e emocionante. O homem elevou a varinha até a garganta e sua voz invadiu o salão.
Hogwarts, Hogwarts, Hoggy Warty Hogwarts,
Ensine-nos algo, por favor;
Quer sejamos velhos e calvos
Quer moços de pernas raladas,
Temos as cabeças precisadas
De idéias interessantes
Por vezes a orquestra parava e o estranho continuava. Ele seguiu com perfeição a primeira parte do hino da escola e em seguida mudou seu curso, cantando mais ou menos desta maneira:
Pois estão dispostas a tudo
Para por ti lutar
Ensine-nos o que vale a pena
Estaremos prontos a escutar
E hoje, afinal,
Bradamos a ti, grande Hogwarts,
FELIZ NATAL!
FELIZ NATAL!
As notas finais se arrastavam com o sotaque carregado e forte do cantor, fazendo o salão vibrar emocionado. A mudança na canção original provocara o efeito desejado, sendo que quando o homem tornou a repetir o fecho da música, a maioria dos integrantes da mesa (diga-se, quase em totalidade as mulheres) estava banhada em lágrimas e aplaudia de pé a apresentação.
O cantor se inclinou quando soltou as últimas notas e assim permaneceu por alguns segundos, enquanto luzes o rodeavam por todo lado e uma chuva de aplausos caía sobre ele. Quando as palmas cessaram e as luzes voltaram ao normal o artista desceu do tablado e a orquestra recomeçou a tocar desacompanhada. Ele se encaminhou para o diretor, que permanecia de pé.
- Foi simplesmente magnífico, Hector! Simplesmente magnífico! – grossas lágrimas rolavam dos olhos de Dippet.
- Bondade sua, Armando. É um prazer retornar a Hogwarts. – o cantor abraçava o suposto amigo com um sorriso sincero no rosto. Então, voltou-se para a mesa, ou melhor, foi voltado por Dippet.
- Meus amigos, quero que conheçam o grande Hector Macnair.
As senhoras deram pulinhos nos assentos e ficaram boquiabertas com os olhinhos brilhando de excitação enquanto Hector se curvava em saudação. A professora Brown estava deslumbrada com a presença do cantor, o que não agradou nem um pouco o professor Kettleburn, enciumado. Hector era um reconhecido cantor até mesmo no exterior. Descendia de uma importante família inglesa, embora tivesse fixado residência entre as luzes de Paris havia alguns anos.
Dippet indicou um lugar à mesa para o convidado e ele foi postar-se lá no mesmo instante. Houve um momento de confusão enquanto alunas do sétimo ano expulsavam dois quintanistas das cadeiras ao lado da cabeceira vazia. Elas suspiraram à chegada do jovem cantor, mas se decepcionaram em seguida. Hector podia pintar-se como um ídolo pop nos palcos, mas era tímido ao extremo e preferia ter um lugar para esconder o rosto a encarar todas aquelas pessoas.
Mais uma música da orquestra e o almoço foi, enfim, servido. Dez perus gigantescos invadiram a mesa, seguidos por largas travessas de salsichas, montanhas de batatas cozidas e assadas, ervilhas passadas na manteiga, molheiras variadas, sem falar na quantidade de bebidas tais como hidromel, quentão, suco de abóbora e cerveja amanteigada par os mais novos, gim e rum.
Os alunos esperaram que os mestres se servissem primeiro, mas estes fizeram questão que os pratos se enchessem todos juntos. Depois de um longo titilar de garfos e pratos, copos e garrafas, todos estavam saboreando a deliciosa refeição. Por vezes um professor pedia a um ou outro aluno mais novo que lhe passasse uma travessa e esse corava muito ao fazê-lo. Hector continuava sendo a atração das garotas na ponta da mesa. Algumas das moças nem sequer tocara na comida, assistindo o cantor perder a timidez e conjurar belas flores para as donzelas. Elas aplaudiam a cada vez que isso acontecia.
Dumbledore não conseguia comer em paz. Quando o velho Slugue não estava contando-lhe alguma aventura nas montanhas distantes ele tentava distrair o jovem grifinório a seu lado contando piadas ou fazendo perguntas, que ele respondia educadamente e voltava a olhar para seu prato. Dippet não se cansava de erguer a taça proclamando brindes e enaltecendo a orquestra. O professor Kettleburn bebera demais e metera um beijo no rosto da professora Brown, que ficou mais vermelha que um tomate, embora parecesse ter gostado. Tom Riddle falava baixo com os colegas da Sonserina, dirigindo algum gracejo aos professores de vez em quando.
Tudo correu otimamente bem. Hector se levantara antes da sobremesa e cantara algumas outras canções natalinas no palco, arrancando suspiros das senhoras, à exceção da Srta. Brown, que agora só tinha olhos para Kettleburn.
Quando os pudins, sorvetes e rabanadas invadiram a mesa céu sobre o salão se fechara ainda mais e foi preciso acender algumas velas a mais para iluminar o salão. A sobremesa foi rápida e em menos de meia hora só restavam alguns professores à mesa, as meninas deslumbradas da ponta e o cantor, Hector. A orquestra guardava os instrumentos com a cortina fechada.
Um após o outro, os professores saíram do salão, alguns acompanhados e outros não. Dumbledore saiu caminhando ao lado da animada professora de herbologia Aspásia Rostoff que usava um bonito chapéu grená encimado por uma rosa lilás.
Enquanto subia as escadas Dumbledore notou Hector Macnair se afastando em meio à neve acompanhado pelas duas garotas do sétimo ano. No portão ladeado por javalis ele tomou uma bela carruagem e despediu-se das meninas com dois beijos no rosto. Elas voltaram correndo pelos jardins brancos trocando palavras imagináveis. Jovens.
Fawkes dormia no poleiro quando Dumbledore fechou a porta às suas costas. A música de câmara ainda tocava, as chamas ardiam na lareira, embora a mesinha de refeições que deixara desarrumada estivesse completamente em ordem. Era quatro horas e o professor achou que uma sesta neste momento seria conveniente. Contudo, enquanto caminhava na direção do quarto, um objeto chamou sua atenção num armário esguio onde guardava suas relíquias. Numa repartição abaixo das dezenas de objetos de prata se encontrava um porta-retrato de ferro trabalhado guardando a foto de uma família feliz.
Dumbledore abriu a portinha de vidro e tomou a fotografia em suas mãos. Ele se viu ali muitos anos atrás, com um sorriso no rosto e rodeado pela família. Kendra era uma mulher fantástica; tinha os cabelos castanho-claro presos com classe e usava um vestido azul bordado com fios de prata, sua preciosidade. Alvo se lembrava das cores, mesmo que todos os detalhes da foto fossem em preto e branco. O pai usava um terno de risca de giz novíssimo e era um retrato fiel e mais velho do filho em que pousava as mãos. O menino mais novo sentado no chão segurava um bebê loiro e olhava para ele docilmente, acariciando sua pele rosada. Ariana ria para Aberforth enquanto Alvo, sob a guarda do pai, olhava com postura de homem para frente. Eram uma família feliz, aqueles cinco. Eles acenavam e Dumbledore não pode deixar sorrir para a família, mesmo sentindo um aperto por não ter todos eles ali, juntos, reunidos.
Alvo não repôs a fotografia no lugar de antes. Encaminhou-se com ela para a escrivaninha e lá a depositou. Sentia-se, assim, mais próximo de todos eles, dos pais e dos irmãos, sentia-se acolhido, como se pudesse tocá-los e pedir-lhes um abraço. Com toda aquela idade ainda era uma criança.
O professor sentou-se na cadeira da escrivaninha e continuou olhando a família. Quando desviou o olhar, pegou-se a mirar as baforadas de fumaça que saíam da chaminé do pub local, o Cabeça de Javali. Provavelmente Aberforth também estava sozinho, cuidando de seus bodes e bebendo uma boa garrafa de conhaque. Alvo pensou em visitá-lo, mas tinha certeza de que não seria bem-vindo na casa do próprio irmão. Contentou-se em ficar ali, recostado na cadeira confortável, ouvindo uma boa música e olhando de Fawkes para a foto e da foto para os próprios pensamentos.
A vitrola parou depois de algum tempo e a fênix despertou no poleiro, erguendo suavemente a cabeça. Dumbledore acariciou-a próximo à crista e ela abriu o bico, não para machucá-lo, como antes, mas para cantar a mais bela canção que já ouvira. Dumbledore cochilou na cadeira e sonhou.
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