Sophie Malfoy



Sophie Malfoy


 


Scorpius corria com o carro pela avenida que daria direto no St. Mungus enquanto Rose gritava no banco de trás do carro.


-Ahhh, anda logo Scorpius...


-Calma, não posso ir mais rápido! Quer que eu bata? – Ele falava alto tentando superar os gritos de dor de Rose e extravasar seu nervosismo ao mesmo tempo.


-Droga! – Exclamou Rose passando uma de suas mãos entre as pernas e o banco. – Minha bolsa estourou!


-Droga! – Repetiu Scorpius ficando mais nervoso. – Já estamos chegando, mais duas quadras...


Scorpius estacionou o carro em frente ao St. Mungus descendo todo apressado para pegar Rose no banco de trás. Atravessou o portal mágico do hospital correndo com Rose em seus braços enquanto gritava:


-Rápido, minha esposa vai ter o bebê, alguém me ajude! – Logo em seguida Rose foi rodeado de mede-bruxos que a levaram em uma cadeira de rodas, para uma sala a qual ficaria até ter Sophie. Scorpius encostou-se a parede do lado da porta ouvindo as exclamações de dor de Rose enquanto via seus pais acompanhados dos pais e o irmão de Rose.


-Como ela esta? – Perguntou Hermione preocupada.


-Não sei, acabamos de chegar, eles a levaram para essa sala – disse enquanto apontava a porta, logo em seguida ouviram outro grito de Rose.


-Coitadinha – sussurrou Astoria olhando em direção a porta.


-Coitadinha? Por que, vai acontecer alguma coisa? – Scorpius arregalou os olhos olhando a mãe.


-Acho que só a dor que todas sentimos quando tivemos vocês.


-É tanta dor... – Scorpius foi interrompido por um chamado claro na voz de Rose.


-Scorpius! Cadê o meu marido? Eu quero ele aqui comigo! Scorpius? – Seguido logo por outro grito de dor.


-Vá querido, ela o quer lá. – Disse Astoria, Scorpius a olhava assustado, mas abriu a porta e entrou no quarto onde Rose estava deitada vestida com uma camisola em rosa claro com um lençol sobre as pernas que estavam elevadas fazendo uma cara de dor horrível enquanto suava horrores. Uma enfermeira ao seu lado falava sem parar que deveria continuar esperando, que nossa filha viria ao mundo e outras coisas mais.


Scorpius aproximou-se do rosto de Rose enquanto pegava uma de suas mãos que estavam agarrando a cabeceira da cama que lhe dava  apoio naquele momento.


-Ahhh... – ela fazia um tipo de respiração curta, tentando manter o fôlego -... Fique aqui comigo, não me deixe... ahhh, não me deixe.


-Não se preocupe, eu vou ficar o tempo todo do seu lado. Nunca te deixarei sozinha. – Scorpius segurou firme a mão de Rose, mostrando que estaria ali.


Já fazia quase uma hora e meia desde que haviam chegado, Rose ainda estava gritando de dor, mas não poderia fazer o parto sem a dilatação necessária, que graças a Merlin faltava pouco. Scorpius ainda segurava uma das mãos de Rose, enquanto a outra lhe fazia carinhos na cabeça. Ele olhou o relógio de pulso, já era quase uma da manhã quando o mede-bruxo entrou novamente na sala.


-Acho que já está bom o suficiente, agora você pode fazer força querida. – Rose soltou um bufo enquanto choramingava, ela fazia demasiada força enquanto apertava a mão de Scorpius que sentia uma leve dormência nos dedos. Ela soltava alguns gritos cerrando os dentes enquanto fazia força, quando de repente sentiu um alívio tomar-lhe o corpo para logo em seguida escutar um choro de criança ao seu lado.


-Parabéns, é uma menina. – Dizia o médico entregando a pequena Sophie a enfermeira que a embrulhou em um cobertorzinho rosa, para logo em seguida entregar a menina à Rose que sorria enquanto Scorpius a olhava abobalhado a filha recém-nascida. Assim que Rose a pegou no colo, a menininha parou de chorar sentindo o calor da mãe e mexendo a cabecinha entre os seios de Rose com a boquinha aberta a procura de seu primeiro alimento.


 


Na sala de espera Hermione soltou uma pequena lágrima acompanhada de um suspiro de alívio.


-O que foi Mione? – Perguntou Ron olhando a esposa.


-Nossa netinha nasceu Ron – disse, deixando o marido com cara de bobo e atraindo os olhares curiosos de Hugo, Astoria e Draco. No momento em que Sophie deu seu primeiro sopro de vida Hermione sentiu em seu coração a sensação de plena felicidade e contentamento. Sentia que sua neta viera ao mundo para contemplarem o ar de sua graça.


Segundos depois de sua declaração, o mede-bruxo que estava tomando conta de Rose apareceu para lhes avisar que a ruiva havia acabado de dar a luz, para logo em seguida sair.


Hermione derramou-se em lágrimas assim como Astoria que foram respectivamente consoladas por seus maridos enquanto os três homens ali presentes sorriam para a noticia que acabaram de receber.


 


Minutos depois do parto, Rose foi levada para seu quarto, acompanhada de Scorpius e Sophie no colo do pai. A garotinha dormia tranquilamente em seus braços, após sua primeira amamentação. Assim que entraram no quarto viram, ao seu redor Ron, Hermione, Astoria, Draco e Hugo dando-lhes os parabéns e chegando mais perto deles para verem a pequena Malfoy. Adivinhando que todos a queriam ver Sophie deu um pequeno bocejo fazendo um perfeito “o” com os lábios e abriu seus olhinhos. A garotinha tinha fios de cabelo loiros platinados e lisos como o pai, a pele branquinha como seda, e os olhos em um azul elétrico como os da mãe. Era totalmente a mistura dos pais.


-Ah, mas ela é linda! – Astoria aproximava-se mais da neta enquanto a admirava.


-Eu sei, puxou completamente a mãe – respondeu Scorpius.


-Não seja bobo, ela também puxou ao pai, não é Sophie... Diga ao papai o quanto você é bonita por causa dele também. – Rose passou um dedo na bochecha gordinha e levemente rosada da filha. – Ah, Hugo. Queremos pedir uma coisa a você. – Ela disse virando-se para o irmão.


-Pode dizer.


-Scorpius e eu decidimos que queremos você como padrinho da Sophie. – Hugo olhou admirado para a irmã, desviando seu olhar para o pequeno embrulho nos braços de Scorpius.


-Quer segurá-la? – Ofereceu Scorpius.


-Err... Tem certeza? Nunca fiz isso antes.


-Não é difícil, uma hora você terá que pegá-la.


-Tudo bem. – Scorpius entregou Sophie a Hugo arrumando seus braços em volta da pequena. –Ei Soph... o que você acha do seu novo padrinho? – Perguntou Hugo ninando Sophie de um jeito carinhoso arrancando sorrisos de todos presentes, e outro bocejo de Sophie. – É claro que eu aceito Rose.


-Que bom! – A ruiva soltou uma risada alegre antes de se deitar na cama e se aconchegar nos travesseiros e pegar no sono rapidamente. Afinal, passar por um parto normal não era nada fácil.


Na manhã seguinte Rose e Sophie receberam alta do Hospital e puderam seguir para casa. Onde foram muito bem recebidas pela mãe de Scorpius e Rose. Elas haviam dito que elas ficariam pelo menos uns três dias com ela lhe ensinando tudo que deveria saber sobre ser mãe na prática. Como cuidar, dar banho, trocar fralda, amamentar... essas coisas.


 


Scorpius acordou aquela noite com o choro de Sophie, ela havia dormido a tarde inteira e agora não deixava ele e Rose dormirem. Levantou-se bocejando, vestiu um roupão e foi até o quarto da filha no andar de cima enquanto Rose dormia. Abriu a porta calmamente e observou a garotinha agarrada a grade do berço enquanto chorava e derramava suas lágrimas pelas bochechas rosadas.


-Pronto amor, papai já está aqui. – Scorpius a pegou no colo enquanto com um aceno da varinha aquecia o leite na mamadeira do lado do berço. Sentou-se na poltrona branca em um canto do quarto para lhe dar o leite.


Ele acordava quase todas as noites em que Sophie resolvia acordar – já que era raro ela não dormir uma noite inteira – ele sentia-se na obrigação de fazer isso já que Rose cuidava o dia inteiro da garotinha – que era muito arteira apesar de ter apenas sete meses – já que ele trabalhava o dia inteiro e chegava em casa só na hora do jantar. Mas valia apena, ele havia conseguido um bom emprego no departamento de mistérios na área burocrática do negócio, e podia dar a Rose e Soph a vida que mereciam.


Rose pensava em trabalhar, mas achava muito cedo deixar Soph sozinha com uma babá, e não gostava da idéia de importunar a vida de Hugo ou Lily pedindo esses favores a eles, mesmo eles dizendo varias vezes a ela que não teriam nenhum problema com isso.


Rose virou-se na cama apalpando os travesseiros encontrando apenas o lençol revirado.


-Scorpius? – Chamou. – Scorpius? – Chamou novamente. Sem obter resposta levantou-se, vestiu seu roupão e subiu até o quarto de Sophie onde imaginava encontrá-lo. Assim que abriu a porta suas suspeitas estavam certas, com um grande sorriso nos lábios, não deixou de apreciar a cena a sua frente. Scorpius estava sentado na poltrona com a cabeça apoiada de lado enquanto segurava Sophie aninhada em seu peito com um dos braços para não deixá-la cair. Os dois dormiam profundamente, Rose pegou uma manta que estava em cima da cômoda e cobriu os dois, não faltaria muito para amanhecer e Scorpius não trabalharia, então deixaria dormindo onde estava. Deu um beijo na testa de cada um antes de fechar a porta e voltar para o quarto com o sorriso ainda nos lábios.


 


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-Lumus!
Ei pessoinhass... pra vcs  o penúltimo cap da minha fic.
Sei que fico curtíssima, mas disse que seria pequena
Espero que tenham gostado!
xoxo
-Nox! 

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Comentários (2)

  • Ana CR

    Ah, Nikki, que fofa essa cena dos dois dormindo! (: 

    2012-07-09
  • Lana Silva

    Ahhh *-----------* lindo capitulo ameiii *-*

    2012-01-19
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