Encontro com a Doninha
Ginny e Dean estavam num passeio romântico alguns dias depois, sentaram-se embaixo de uma árvore perto do lago e começaram a sessão de agarramento.
Alguns minutos depois, alguém limpou a garganta perto deles, que se separaram.
- Aqui não é lugar pra vocês ficarem se agarrando... – disse Malfoy num tom inocente, balançando a cabeça e pegando um caderninho no bolso anotando algo.
- E o que você tem a ver com isso, Malfoy? Levou um chute do seu namorado? – Ginny disse sarcástica. (N/A: DRACO NÃO É GAY! Foi só provocação dela!)
Draco balançou a cabeça mais uma vez.
- Desrespeitando um colega, Weasley... – anotou mais alguma coisa.
- Mas que porcaria você tanto escreve?! – ela disse irritada.
A expressão dele se iluminou.
- Ah tava esperando por essa pergunta! Bom, talvez você não saiba, mas eu sou Monitor...
- Grande merda! – ela o interrompeu.
- ...E posso tirar pontos dos alunos que infringirem as regras. – disse enquanto anotava mais algumas coisas. Voltou a falar quando acabou – Bom, de acordo com os meus cálculos, a Grifinória vai perder... 130 pontos.
- O QUE?! – Ginny e Dean disseram em uníssimo.
- Você não tem esse direito! – Ginny já estava vermelha de raiva.
- Aí que você se engana, Weasley.
Ela olhou pro namorado, que ficou quieto. Revirou os olhos. E puxou a própria varinha.
- Se a Grifinória vai perder 130 pontos, então que seja por algo que realmente valha a pena. – ela apontou a varinha para o loiro com um brilho de loucura nos olhos.
- Eu não faria isso se fosse você. – ele disse calmamente – Mas, graças a Merlin, eu não sou você! Vá em frente, Weasley. Um arranhado no meu rostinho e você perde pontos por agressão física.
- Não estava pensando exatamente no seu rosto. – ela abaixou a pontaria da varinha.
- Você não é nem louca! – ele disse alterado, se encolhendo um pouco ao ver que ela apontava para o meio das suas pernas. Depois voltou ao seu tom normal – Eu sei que você me deseja, mas não é só porque nunca vou ser seu que você tem que descontar em todas as outras garotas.
Ela riu sonoramente.
- Você não é grande coisa, Malfoy.
- Sabe que já me disseram justamente o contrário. – ele colocou um sorriso charmoso no rosto.
Ginny abaixou a varinha ao ver Ron e Hermione vindo até eles.
- O que está acontecendo aqui? – Ron disse olhando o trio à beira do lago.
- Pergunta pra sua irmã o que ela estava fazendo aqui com esse sangue-ruim, Weasley, antes de me assediar. – Malfoy disse desdenhoso.
Ela fez uma cara chocada.
- Cala a boca, Malfoy! – a ruiva disse irritada. Depois se dirigiu para o namorado, ainda alterada – E você vai ficar aí sem dizer nada?!
- O que você quer que eu diga? – Dean deu de ombros.
Malfoy riu.
- É melhor você parar antes que eu apague esse seu risinho com as minhas próprias mãos.
- Tô esperando, Weasley.
- Ginny, se acalme. – Hermione disse – Vamos. – e lançou um olhar severo para Draco.
- Eu já tô de saco cheio de você, Malfoy. – Ginny ignorou a amiga – Mais uma vez e você vai querer nunca ter nascido.
- Tô morrendo de medo de você, garotinha.
Ela ia dizer mais algumas coisas, mas Hermione a puxou.
- Eu odeio o Malfoy! – ela disse quando já estavam quase no castelo.
- Junte-se ao clube. – Hermione disse.
- O que vocês estavam fazendo lá? – Ron perguntou para a irmã, olhando de esgueira para o outro garoto.
- Nós estávamos contando quantas folhas tinha aquela árvore. – ela estava com um humor ácido – E, Dean, por que não fez nada?
- Ele é Monitor, Ginny.
- E daí? Você deveria ter quebrado aquela Doninha e jogado aquele maldito caderninho dele no lago!
- Não deveria não, Ginny. – foi Hermione quem respondeu – Vocês só iam arranjar mais problemas.
- Ele realmente consegue me tirar do sério!
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Quando chegaram ao salão comunal, Ginny já tinha rompido com Dean por ser tão frouxo.
- Ginny, espera! – Dean segurou o pulso dela quando tentava subir as escadas para seu dormitório – Me perdoa. – ele nem sequer sabia pelo o que estava se desculpando, mas seu feeling disse pra se desculpar – Ruivinha, por favor, eu gosto de você.
Ela pensou um pouco e desceu os dois degraus
- Tá. – ela disse mais calma – Só que eu não quero ser o macho da relação.
Ela deu um selinho nele, que a puxou para um beijo realmente longo.
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Hogwarts, quinta-feira, 17 de setembro de 1998 (23h26)
Hoje meu dia foi bem cheio de emoções!
Sai com o Dean pra “tomar um ar” (e estava realmente muito bom!, ele beija muito)...
Como sempre, tem que ter um MAS, a história não foi perfeita.
Então... Estava eu e meu namorado de frente pro lago, muito bem, obrigada, MAS aí chegou o Malfoy (acho que nunca tinha mencionado ele antes. Breve descrição: loiro aguado, olhos como duas pedras de gelo, SONSERINO, incrivelmente irritante, extremamente insuportável, inacreditavelmente convencido... [entre outros adjetivos ‘bons’ que eu poderia passar o resto da vida escrevendo] deu pra perceber que eu o “amo”).
Eu nunca senti isso por ninguém! (Hahaha lendo isso dá até pra pensar que vai se seguir uma declaração de amor! >.<)
Mas eu nunca senti tanto ÓDIO por alguém!
Quer dizer.... bom... ele também não me pegou nos melhores dias, mas minha TPM só agravou mais a situação.
O idiota (Malfoy, não Dean) ainda queria tirar pontos da Grifinória! O mais impressionante é que o outro idiota (desta vez Dean, não Malfoy) não fez nada!
Terminei com ele. MAS voltamos.
Percebi que não valia a pena terminar pelo Malfoy (porque a culpa foi dele! Se não tivesse me irritado... pra começo de conversa, se não tivesse nos atrapalhado!). Além do mais, não tinha muitas opções... Dean é legal, bonitinho, beija bem, é gentil, não reclama muito e é obediente. ;}
Tá difícil hoje em dia achar um cara com essas qualidades essenciais...
Bom, vou dormir agora. Toda essa movimentação me deixou exausta psicologicamente (a exaustão física é culpa do Dean...). (6)
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Gini fechou seu diário e o guardou na mochila. Certo que Tom Riddle a deixou traumatizada, mas ela gostava de escrever. E antes de começar, tinha pedido à Hermione para examiná-lo, mesmo sendo um caderno trouxa.
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