Um amor mortal
-Pode entrar – disse ela limpando as lágrimas do rosto.
-Mesmo que você não queira falar comigo, você tem de se abrir com alguém.
-Mas não é você que vai me dizer o que eu devo ou não fazer! – gritou ela, não aguentava mais, o sonho, o jeito como ele falava com ela... por que ele não a olhava como uma garota? Ela sabia ou achava que pra ele ela era uma amiga, mais nada... não aguentou, começou a chorar.
-Sabe Harry, eu não devia estar escondendo isso de você, quer dizer, eu te devo a vida e até mais!
Harry ficou sem graça.
-Também não é assim...
-É sim!
Harry, que estava na porta do quarto, sentou-se na ponta da cama, chegando mais perto de Gina.
-Ainda mais que tem haver com você... – disse ela sem perceber o gesto de Harry e se acalmando um pouco.
-Você tá chorando por causa de mim?
-É, de um modo bom e ruim, não sei dizer ao certo.
-Como assim? Agora que eu não tô entendendo...
-Eu te amo Harry! – disse ela num tom de alívio e arrependimento. – você já sabia, eu sei, mas, disse que te esqueci, foi a coisa mais idiota que já fiz.
-Mas então por que você tá chorando? Quer dizer, sou tão besta assim, pra você chorar por que gosta de mim?
Ela riu.Ele era o único que a fazia rir, que realmente a deixava feliz. Ele se aproximou mais dela. Os dois sentiam a respiração um do outro.
Num estrondo, Mione abriu a porta.
-Gina, Harry... ai gente desculpa, não queria...
Harry, mais vermelho que os cabelos em chamas dos Weasley, saiu do quarto dizendo “o Ron tá me chamando, tchau”.
-Parecia um sonho... – disse ela paralizada – Mione, fica em silêncio um pouco, quero deixar esse dia na memória...
-Mas Gina, eu descobri!
-O que doida?
-Seu sonho! Sei porque você sonhou com Harry morto.
-O que? Como você sabe disso?
-Liguei tudo, ninguém sonha assim, mesmo porque, Harry...
-O que o Harry tem?
-Quer realmente saber? Que o Harry também está apaixonado por você? Que ele sonha as mesmas loucuras que você?
-Ele também gosta de mim? Sério? Como você sabe?
-Vai devagar. O Ron e eu descobrimos tudo, juntamos as confições que você e ele nos contam...
-Ah... então você e o meu irmão tão juntos nessa? Que bonito... e rola alguma coisa nesses encontros filosofais?!?!?
-Gina! Me admira que você esteja tão interessada na minha vida! Você nunca foi disso!
-E não mesmu! Mas é você e o Ron.
Gina sempre desconfiara de seu irmão e de Mione, estava na cara, desde que se conheceram, e Mione sempre evitava o assunto, Gina tinha certeza q nem a si mesma tinha assumido que gostava de Ron, talvez tivesse vergonha de seus sentimentos.
-Posso te contar, agora que você parou com suas perguntas extremamentes discretas? – falou Mione, num tom de desprezo e ironia, ao mesmo tempo.
-Tá, pode falar.
-Bem, é bem simples: você e o Harry se amam, certo?
-Óbvio.
-O problema, é que você não pode beija-lo, de jeito nenhum, se não, um de vocês morre, e talvez os dois.
Aquilo que Hermione dissera fez com que Gina perdesse a noção do que sentia por tudo e por todos.
-Mas por que? Porque? Por que que qualquer coisa que eu fasse vira algo mortal?
-Não exagere. Fica calma. A história não para por ai, e vou te dizer o por quê: você não pode beija-lo ou ter qualquer contato físico com ele. Você, no segundo ano de Hogwarts, foi possuída pelo Você-sabe-quem, e Harry teve que te salvar. Pois bem: ele sabe que o único ponto fraco de Harry, é atingir seus amigos, ou seja, você. Ele deixou um pouco de seu poder em você, porque ele te possuiu, mas ele não sabe disso. E ele tem o poder de possuir o Harry também, facilitando muito as coisas para ele. Ele, se quiser, mata você no corpo de Harry, ou vice-versa. Entende a situação?
Mione, quando, no meio de seu “discurso” viu que Gina a olhava com lágrimas nos olhos, começou a dizer as coisas com mais afeto, carinho e compreensão. Realmente não deveria ser fácil ouvir aquilo. E não era. Gina não se agüentava mais, queria morrer, com um simples feitiço. Por que a vida nunca coperava com ela? por que a vida era tão deprimente para ela?, raciocinava, em prantos.
-Calma, Gina. Se soubesse que você ficaria assim eu não teria falado isso sem ter te preparado.
-Deixa Mione, não vai fazer diferença se você tivesse me contado antes ou depois. Eu tinha que ouvir isso, mesmo que não fosse de você, e acho que quando voltarmos a Hogwarts, Dumbledore vai querer falar comigo.
Brigada por me contar antes dele, seria mais difícil se não tivesse contado, o Dumbledore é muito sério, severo demais, ficaria difícil eu reagir numa situação dessas.
-É provável que Ron esteja dando essa notícia a Harry. Pedi a ele que fizesse isso. Ao mesmo tempo, para vocês dois não comentarem um com o outro, não em público. Por favor, não fale pra ninguém, eu e Ron vamos realmente nos dar mal, não deveríamos ter pesquisado isso, ainda mais naqueles livros que eu e Ron pegamos. Restritos, só a Ordem pode mexer.
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