Cansei, eu desisto

Lilian Evans desceu a escada do dormitório feminino correndo, não podia deixar o maroto se safar dessa, azarar um garoto de 11 anos. Lilian viu o Tiago rodeado pelos seus amigos ela já chegará gritando.

–Tiago Potter eu não acredito que você pode fazer isso, azarar um garoto de 11 anos eu teria vergonha se fosse você.

Todos olhavam apreensivos para cena, até esse momento Lilian não havia percebido que o maroto estava chorando.

–O que aconteceu? –Lilian perguntou para o maroto que não respondeu nada.

–Os pais deles foram assassinados essa manha, eu e o Sirius ficamos com o Tiago a manhã toda na sala do professor Dumbledor esperando uma resposta sobre os pais dele. –foi Remo que respondeu.

–Mas o garoto disse que o Tiago havia estuporado ele de manhã. –Lilian disse confusa. –Ele disse que foi um garoto de 17 anos que é apanhador.

Lilian perceberá que o garoto não havia dito em nenhum momento que fora o Tiago, ela tirou as suas próprias conclusões.

Já não conseguindo se conter, pela primeira Tiago gritou com Lilian Evans.

–Eu me cansei de você Evans, sempre duvidando de mim, sempre contra mim, eu sempre fiz de tudo por você e você nunca ME DEU valor... quer saber de uma coisa... que você se dane, não quero nunca mais saber de você, nunca mais... por mim você pode morrer que eu não estarei ligando, você conseguiu Evans o que você sempre QUIS... cansei, eu desisto. –Tiago saiu batendo o pé.

Todos do salão comunal da Grifinória olhavam para ela.

–O que foi não tinha como eu saber que os pais dele haviam sido assassinados. Pelo menos agora ele me deixa em paz. –Lilian disse e saiu com o coração apertado.

Ela sabia que acabará de contar uma grande mentirá, ela não queria que o maroto deixasse ela em paz, Lilian Evans havia se apaixonado perdidamente pelo maroto, mas ela não entendia como poderia confiar no Tiago se ele a decepcionará tantas vezes, ela sempre o achou um Biltre, metido e arrogante, mas nós últimos dias ele havia maneirado, pelo menos Lilian havia acreditado nisso, ela estava disposta a começar um relacionamento e então ela descobre sobre a aposta, pela primeira vez Lilian Evans não sabia o que fazer.

 

Tiago foi até o lago negro e se sentou em uma árvore, queria ficar sozinho, ele sabia que seus pais haviam sido assassinados por sua causa, se ele não tivesse negado se juntar ao Voldemort eles ainda estariam vivos, lhe doeu muito falar daquele jeito com a Lilian, mas Voldemort deveria achar que ele não a amava mais, assim ele não tentaria nada contra a vida dela. Tiago jamais ficaria bravo com ela por não acreditar nele, ele não a culpava, sabia que a desapontará varias vezes.

O próximo passo era afastar os amigos, essa seria uma parte quase impossível, ele conhecia os marotos suficientes para saber que eles sempre estarão ao seu lado.

As lágrimas caiam Tiago nunca estivera sozinho, sempre que acontecia alguma coisa sabia que podia contar com o seu pai, que assim como ele era um verdadeiro maroto, Tiago começou a se lembrar das suas aventuras com o pai, quem lhe ensinará as maiorias das azarações e de sua mãe que ao contrario sempre fora à certinha, perfeita dona de casa, mas quando ficava brava, explodia, ele riu se lembrando das brigas dos pais, parecia ele e a Lilian, nesse momento Tiago não conseguiu mais ser forte e começou a soluçar.

 

Lily caminhava pelos corredores de Hogwarts, ela não queria voltar para o salão comunal e encarar seus amigos.

–Ola sangue ruim! –Lilian bateu de frente com Lucio Malfoy. –Fiquei sabendo que você brigou com o seu precioso Potter.

–Cala a sua boca Malfoy e me deixa em paz. –Lily ia sair, mas Lucio segurou o seu braço.

–Você não quer saber a verdade sobre a aposta? –Lucio perguntou.

–Por que você me contaria? –Lilian indagou.

–É que o natal me toca, e já estamos quase nele. –Lucio riu da própria piada. –Simples, o Potter nunca mais irá te perdoar mesmo, então não tem problema nenhum você saber o quanto foi burra.

–Do que você está falando? –Lilian perguntou.

–Nunca houve aposta nenhuma Evans, nunca. Eu sabia que você jamais acreditaria no Potter, você nunca acredita nele não é. –Lucio ria do desespero da Lilian Evans.

–Não pode ser.

Lilian não conseguia entender por que deixará se levar pelo seu preconceito, ela saiu correndo e deixou Lucio Malfoy rindo sozinho.

Ele tem que me perdoar, Lilian implorava para os deuses.

Ela o encontrou sentado em uma arvore de frente com o lago negro.

–Tiago, eu preciso falar com você. –Lilian pediu.

–Não tenho nada para falar com você Evans. –ele respondeu ríspido.

–Por favor, eu já sei de tudo, sei que você não fez aposta nenhuma com o Lucio, ele me contou.

–A claro e ele precisou te falar para você acreditar. –Tiago aparentava muito ódio. –Eu nunca mais quero falar com você Evans, nunca mais.

Tiago se levantou. Lilian segurou o seu braço e não o deixou sair.

–Por favor, Tiago, me perdoa! –Seus olhos estavam cheios de lágrimas.

–Agora para você é Potter, Evans. -Tiago tirou o seu braço e foi embora.

Lilian caiu no chão chorando, como ela pode destruir o verdadeiro amor, a sua felicidade em tão pouco tempo.

Em apenas um momento, um segundo onde erramos o caminho, á parti dali, cada passo nos leva cada vez mais longe de nós mesmos. Muitas vezes não estamos cientes dos erros que cometemos, apenas escutamos uma voz, um sentimento dizendo que “algo está errado” e ao mesmo tempo em que a vozinha esta ai, nos dizendo o que fazer, seguimos adiante a ignorando, cometendo erros, quase conscientes. Vemos os erros chegando, sabemos que isso que estamos preste a fazer vai mudar tudo, e mesmo assim fazemos. E então nos olhamos no espelho e não nos reconhecemos mais, existe outra pessoa que nos olha e perguntamos para nós mesmos, onde você está?

Um erro leva outro e é tão fácil errar, mas é tão difícil voltar

É um impulso um momento irracional e não há mais como voltar atrás, mesmo quando temos boas intenções. Um erro pode mudar tudo, pode acabar com tudo.

Há alertas, há avisos, mas não ouvimos e vamos diretos ao erro. Errar é fazer algo pensando em nós mesmo e não nos outros

Quando erramos o caminho a volta é mais longo, por que no seu desvio provoca dor, feridas que demoram a cicatrizar.

A dor se transforma em ressentimento e na tristeza de idade, inesquecível.

Quero voltar a ser quem eu era, mas é tarde demais, os erros do presente são tragédias do futuro.

Às vezes penso em correr, mas já é tarde, minha alma chora por que sabe que eu deveria ter escutado aquela voz sussurrando em meu coração que me dizia que o caminho estava errado.

Correr, correr, já é tarde, o que eu posse fazer é me olhar no espelho e me perguntar. Onde está você?

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