O Aniversário de Emilly.
Por todos os lados criaturas horríveis foram aparecendo e se aproximando. Não havia mais arvores belas e prateadas, apenas criaturas que pareciam galhos cecos muito contorcidos. Também animais do tamanho de ursos os cercava com olhos vermelhos, e as cabeças parecendo ser constituídas de um metal muito duro e negro, com três chifres. Outros também se colocavam em pé.
–Legal! Alguma coisa estranha tinha que acontecer, não? – ironizou Kevin – CORRAM!
Zac, Kevin e Emilly correram em disparada. Kevin pegou a varinha que estava com Emilly, e tentou lançar alguns feitiços, mas de nada resolvia: o garoto era péssimo na aula de feitiços, e tentava se lembrar de algo que o ajudasse. Não conseguindo ele só movimentou a varinha com esperança, e fagulhas vermelhas voaram da varinha, atingindo uma das criaturas.
–Como isso pode acontecer? – Perguntou Kevin perplexo – achei que precisávamos pronunciar o feitiço para fazê-lo!
–Essa sala deve ser modificada! – Gritou Emilly explicando.
–Os dois querem parar de ficar discutindo como se faz um feitiço, e correrem mais rápido. – gritou Zac, que empunhava a espada prateada e tentava acertar o maior numero de monstros que podia.
Eles corriam pela estrada prateada, e desviavam de galhos de arvores arremessados, e criaturas que tentavam os pegar.
–Abaixem-se! – Alertou Zac, vendo um daqueles “ursos” que pulava em sua direção em posição de ataque.
Eles estavam no meio do ttrajeto quando uma fumaça negra cobriu todo o espaço. Zac não conseguia enxergar nada naquele breu.
–Kevin!
–Emy!
–Zac, onde estão?!
As vozes pareciam mais distantes. Zac sentiu os amigos se distanciarem.
–Não seja teimoso Zac Potter! – falou uma voz muito seca – Precisa pagar. Apenas um! Um de seus amigos, se não os três ficam!
–Ninguém vai ficar! Por favor, nos deixe ir... precisamos... sair logo daqui! Há... há um bruxo... que quer invadir Hogwarts...
–Ah, então precisam ser rápidos, não? Mas já que não sabe quem quer deixar... que tal a... a garotinha aqui?
Eles ouviram em seguida um grito muito agudo de pânico. A fumaça baixou, eles viram Emilly no alto amarrada por cordas.
–Emy! – gritou Kevin – Solte-a! AGORA!
–Então você fica?
–Fico!
–Não Kevin! Eu fico! Tudo isso é minha culpa...
–Que?! Zac... – Kevin protestou, mas viu que Zac piscou e cochichou.
–Eu tenho um plano. – e depois Zac aumentou a voz gritando – Eu fico! Agora coloque-a no chão!
Emilly foi descida ao chão. E agora sem cordas a prendendo ela correu para perto dos amigos. Porém não perecia preocupada com a escolha de Zac querer ficar. A garota parecia perceber seu plano pois deu um sorriso pelo canto da boca.
–Está em seu bolso? – perguntou Emilly num cochicho.
Zac balançou a cabeça afirmativamente.
–JÁ! – Zac falou aos amigos que novamente dispararam mais uma vez. Mas pouco depois um animal, igual ao que Zac vira na floresta ao encontrar a adaga dourada, porém maior, pulou em direção ao garoto, mas foi impedido por um feitiço.
–Obrigado! – olhou perplexo a Kevin.
–Disponha – falou Kevin em um tom displicente.
–A porta está mais próxima, vamos!
–Zac! Pegue-o!
–Ainda não!
Mas ao dizer isso houve um clarão. Labaredas preencheram grande parte da estrada prateada, e Zac viu que se formava um enorme dragão, feito de fogo, que os perseguia.
–ZAC! AGORA!!
Zac puxou do bolso suas vestes o losango verde e o arremessou no ar. Ele deu três voltas rodopiando e se transformou em uma prancha verde, com espaço o bastante para os três.
O dragão de fogo abriu sua boca gigantesca para abocanhá-los.
–Pulem!!
Kevin e Emilly conseguiram alcançar a prancha que voava em alta velocidade, muito próxima da porta azul, que então se abriu, deixando-os passar, não notando que Zac ficara para trás.
Zac sentiu seu corpo aquecer, o fogo estava muito próximo. O dragão, então estava a centímetros do garoto e o abocanhou.
Zac foi cercado pelo fogo, então puxou a adaga e a ergueu, tentando apunhalar o fogo. Não podia dar certo, mas era sua ultima chance, estava prestes a morrer. Então o dragão soltou um urro, e Zac que flutuava entre as labaredas foi arremessado para longe. O fogo se expandiu por toda a sala, e então desapareceu.
O garoto correu desesperado, subiu a escada que levava à porta, que ele abriu, passando novamente para a sala com a leve nevoa, que cobria seus pés. Os três estavam novamente a salvo, com as respirações muito pesadas, e suando.
–Por que demorou?! – Emilly o perguntou ofegante.
–Não consegui alcançar a prancha... – ele mostrou partes das vestes que aviam chamuscado. – O dragão quase me... matou.
–Vamos embora daqui! – Chamou Kevin – a porta por que entramos está aberta!
Eles saíram da sala, desceram as escadas e não encontraram ninguém que podia os ajudar. Subiram, então, até o primeiro andar e entraram na sala de Sr. Steeven, e o encontraram amarrado e com a boca tapada com um pano, como uma mordaça. Ele gritou mas eles não entenderam nada.
–O que aconteceu?! – perguntou Kevin, que esperava que Sr. Steeven o respondesse.
Steeven gritou.
–Ah, você não consegue falar!- falou Kevin como se compreendesse algo com um sorriso.
–Nós agradecemos, senhor dãr! – retrucou Emy. – mas como é tonto...
–Tonta é você...
–Vocês vão continuar discutindo mesmo?
–Ah, claro, desculpe – Emilly corou.
Os garotos soltaram Sr. Steeven, e perguntaram:
–O que houve?!
–Alguém me prendeu, mas não pude vê-lo, Zac.
–Senhor, nós ficamos sabendo, bom... vimos... Levih vai invadir Hogwarts... bom... ainda não sei se faz muito sentido o que ele quer...
–Certo, Zac. Mas eu já estava ciente disso, e já tomei minhas providencias.
–Mas senhor...
–Agora vão para seus dormitórios.
As flores foram aparecendo tímidas nas arvores e gramados de Greenfford assim como em Hogwarts. Os deveres de Zac, Kevin e Emilly estavam aumentando a proporção que o fim do ano letivo chegava. Porém nas ultimas semanas os garotos passaram prestando atenção somente nos treinos em Greenfford que se tornavam mais pesados, como agora eles usavam menos as varinhas, e lutavam com práticas reais de batalha, com espadas, escudos e até mesmo chicotes magicamente alterados para desviar o equilíbrio – segundo Emilly eles haviam visto isso em teoria na aula de feitiços em uma aula.
Em transfiguração Kevin e Zac levavam mais regularmente deveres de casa por serem excepcionalmente péssimos segundo Emilly.
–Sinceramente, acho que há algum feitiço fazendo o tempo andar muito mais lento do que o normal! – comentou Zac certo dia de Abril, que ele ainda tentava transformar um sapo em uma caixinha de porcelana – tenho certeza que deveríamos estar de férias!
O assunto de uma possível invasão de Levih ao castelo se espalhara na escola rapidamente, mas poucos tinhas vaga ideia de que Zac, Kevin e Emilly haviam presenciado a ameaça, tampouco avisado ao sr. Steeven. Porém eles haviam sido parados em um dos corredores enquanto subiam para a aula de história da magia por Oliver Sattler, que os perguntou se era verdade que Zac enfrentara um tigre branco de quatro cabeças.
–De onde esse garoto tirou essa ideia? – exclamou Emilly.
Zac, porém, contara ao garoto parcialmente a verdade. “Andávamos na floresta quando vimos duas pessoas conversando, e o homem, acho que Levih, disse que atacaria o castelo!”
Mas foi só o que o garoto revelou. Não ousou contar sobre a adaga dourada, nem a espada que recebera da linda estrela – a qual ele agora guardava com extrema cautela, par que ninguém a encontrasse, a espada.
Era treze de Abril, páscoa, e Zac acordou com um delicioso cheiro de chocolate ao pé de sua cama. Ao se abaixar sonolento se deparou com um grande ovo de chocolate, com um bilhete endereçado a ele, de Dona Vince.
–Você já viu Zac? – Exclamou Kevin que aparentemente já de levantara pelo menos a meia hora, e comera metade de um ovo de chocolate igualmente ilustrado por Dona Vince, e outra caixa de chocolates, que, presumiu Zac, era de seus pais.
Mais tarde eles desceram juntos ao salão comunal da Grifinória para encontrar Emilly e James. Passaram pelo retrado da mulher gorda, e se dirigiram ao salão principal.
Mais tarde eles se separaram. Zac e Kevin foram para o salão comunal e Emilly foi para a biblioteca tentar encontrar alguma referência sobre a adaga dourada.
–Ela é meio maníaca! Por que não aceitar só a ideia de você ter conseguido o tal presente...?
–Se bem que é estranho... por que eu receberia uma espada prateada, ou seja lá como se chama... ela até que parece bastante com a adaga dourada, não?
–Não sei. Eu só quero sentar nessa poltrona – falou Kevin se atirando em uma das fofas poltronas próximas a lareira – e comer mais chocolate, sabe.
Mas em seguida os olhos de Kevin ficaram desfocados e arregalados, e disse com um sobressalto:
–Caramba! Quase me esqueci! Semana que vem é aniversário da Emy!
–Sério?!
–Tenho que comprar algo pra ela, afinal... – Kevin corou – nós somos... amigos, não somos?
–Ah – Zac riu – acho que sim, né?
–Bom... como... como vamos comprar alguma coisa para ela?
–Essa semana o sr. Steeven nos liberou para irmos à Hogsmeade lembra? – lembrou Zac, que alguns dias atrás havia sido avisado que os alunos do primeiro ano poderiam visitar o vilarejo próximo à Hogwarts. – podemos ver alguma coisa.
–Certo... verdade, temos que aproveitar, por que só vamos poder visitar Hogsmeade no terceiro ano depois disso!
No dia seguinte Zac notou outro aviso pregado no quadro de avisos do salão comunal que falava sobre uma festa de primavera que seria dada aos primeiros, segundos e terceiros anos. Os quartos anos até os sétimos teriam uma festa separada.
–Isso é muito empolgante não acham? – falou Emy animada – uma festa de primavera, aposto que será linda a decoração!
–Bah! – bufou Kevin – com todas aquelas decorações de flores e bla-bla-bla!
–Não seja tão insensível Kevin!
Emilly estava com um ar diferente na voz. Talvez até empolgada e feliz.
–O que há com ela? Geralmente nos atormenta com deveres e tudo o mais!
–Está jogando indiretas, por que a festa vai cair na noite do aniversário dela!
–Garotas.
A visita a Hogsmeade chegou. Zac, Kevin e Emilly foram juntos vislumbrando o belo povoado todo florido. Zac e Kevin tinham seus planos já traçados: eles dois despistariam a amiga depois de passarem na Dedos de Mel, e iriam para uma loja no fim do vilarejo que haviam descoberto, que parecia haver coisas curiosas, que dariam belos presentes.
E assim foi feito. Eles entram em um beco, onde havia uma loja muito pequena. Zac comprou um livro que achava que Emy gostaria, e Kevin um colar com algo que parecia um botão de rosa prateado.
Vinte de Abril chegou, era aniversário de Emilly, mas Zac e Kevin agiram como se não houvesse nada de especial, somente se arrumaram para a festa que seria dada no saguão de entrada, já com varias mesas espalhadas, quando Zac e Kevin desceram de manhã. Mas a passagem fora fechada pouco depois, fazendo os alunos pegarem outras passagens, para que não pudesse ver o salão enfeitado.
As 19h Emilly ainda aparentava estar meio chateada. Zac tinha certeza de que por pennsar que eles haviam a esquecido.
Os garotos se encontraram com James no saguão de entrada, onde a grande estátua de Harry Potter ainda residia no centro. Todas as quatro paredes enfeitadas com belíssimas flores, e algo parecido com um pó muito brilhante mas ao mesmo tempo liquido chovia, mas antes de chegar às cabeças dos vários alunos desaparecia.
Belas vitórias-régias flutuavam sobre suas cabeças também.
–Bom Kevin, acho que já está na hora de pararmos de fingimento! – exclamou Zac ao entrarem no saguão.
E os dois exclamaram “Feliz Aniversário!”. James não sabia de seu aniversário, e também se sobressaltou.
–Caramba! Eu não sabia Emilly! Bom, feliz aniversário Emilly! – ele riu.
Após esse momento Emilly pareceu muito mais animada. Riu muito mais, mas Zac e Kevin concordaram em não dar o presente logo no inicio.
Com mais ou menos uma hora e meia se passado, e musicas muito legais, e desconhecidas de Zac, tocarem Kevin se afastou conversando com Emilly para o outro lado do salão.
–Estranho – comentou James passados quinze minutos de Kevin e Emilly terem desaparecido – eles geralmente não se suportam!
–Se suportam sim, eles só... gostam de gritar um com o outro – falou Zac fazendo James rir.
Zac, apesar de não aparentar, estava muito curioso. Aonde estavam os dois que sempre se atacavam o tempo todo? Por que essa mudança tão repentina em seus comportamentos?
–Já volto – falou – banheiro.
James assentiu. Mas o garoto fora para o lado que vira Kevin e Emilly partirem, então chegou a uma escada meio escondida do outro lado do grande salão circular. E ouviu vozes.
–Obrigada Kevin – falou a voz de Emilly meiga. – obrigada.
Zac olhou escondido para a escada. Kevin e Emilly estavam sentados no topo. Kevin lhe entregara o colar que comprara para a garota, que ao colocar o colar se abriu, mostrando uma bela rosa prateada.
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