Ataque ao Beco



O sol acabará de acordar, os raios do mesmo já se acomodavam nos quartos das pessoas que ainda dormiam. Um ótimo jeito de começar o dia, dormindo.


Na Rua dos Alfeneiros número 4 era quase o mesmo, todos estavam ainda em um sono profundo, menos a auror Tonks, que acordara há pouco tempo com o barulho dos pássaros, já que tem sono leve.


Ela ainda estava em sua cama, que foi transfigurada por ela na noite passada. Pensava em tudo que tinha acontecido. Na armadilha no ministério, na festa de Harry, nos sonhos que Hermione estava tendo, era tudo muito... Estranho. Mas o que a mais preocupava era a volta de Voldemort, isso, sem dúvidas, poderia trazer muitas mortes. Muitas já estavam acontecendo. Essa guerra tinha que acabar. E logo.


Tonks estava tão concentrada em seus pensamentos que não notou uma ruiva atrás de si. Gina vinha em passos lentos até Tonks. Seu objetivo: assustá-la. Cada vez mais perto de seu alvo, Tonks estava de costas para Gina até que...


-Bu!- Disse Gina bem perto do ouvido de Tonks, que bateu a cabeça na gaveta que estava acima de si. Poucas peças caíram de dentro da gaveta, algumas delas eram peças intimas de Harry, que, por sinal, eram grandes.


Enquanto Gina ria descontrolada, Hermione ainda dormia profundamente. Tonks estava furiosa com Gina, seus cabelos chegaram a ficar vermelhos, mas algo chamou a atenção da auror que arregalou os olhos, em seus lábios formou-se um sorriso malicioso.


- Ora, ora! Olha o que encontramos aqui – Disse maliciosamente, enquanto a ruiva parava de rir, a mesma começava a corar violentamente. Tonks riu da ação da amiga enquanto pegava uma das cuecas de Harry com suas mãos. Gina senta-se na cama de Harry, onde Hermione dormia, ainda bocejando e coçando seus olhos, não ouvia direito o que Tonks dizia. –Elas são grandes, isso significa que... O dele deve ser grande... – Afirmou Tonks olhando a cueca de Harry.


-Oh se é... – Comentou Gina, ainda meio sonolenta, estava tão pensativa que não notara que estava pensando alto.


-Como é que você sabe? - Perguntou Tonks que se segurava para não rir da cara sonhadora da amiga, que ainda pensava alto.


–Ter acesso livre ao vestiário de quadribol tem suas vantagens. –Respondeu ainda em seu subconsciente, mas foi despertada por Tonks que já gargalhava com vontade.  Gina, que ainda não tinha notado que a pouco estava pensando alto, pergunta o que houve.


-O quê foi? Ficou louca? - Disse Gina desconsertada.


–Você... Que... Devia se perguntar... Isso! – Falou entre risos.


-Mas o que foi que eu fiz? -Perguntou Gina que não estava entendendo nada, Tonks parou de rir aos poucos.


–Eu estava te mostrando isso. –Disse segurando com as duas mãos a mesma cueca que tinha pegado a pouco, e a mostrando a Gina que arregalou os olhos. -Eu falei que o do Harry só pode ser grande por que a cueca dele é grande. -Gina ficou mais vermelha que seus próprios cabelos. Tonks riu pelo nariz e continuou: -Ai você falou “Oh se é”! -Tonks riu novamente e Gina exibia uma cara incrédula e assustada. –Eu perguntei como você sabia. Você respondeu... – Se interrompeu Tonks, voltando a rir. –Que ter acesso livre ao vestiário de quadribol tem suas vantagens! -Tonks colocava seus braços em torno de sua barriga de tanto rir, Gina estava a ponto de explodir, de tão vermelha que estava.


-Tonks você pirou? Eu nunca, você ouviu bem? Nunca vi o Harry... Daquele jeito. –Afirmou Gina aos berros, o que fez Hermione acordar, assustada e surpresa.


-O que foi Gina? Você está vermelha... O que você disse pra ela hein, dona Tonks? -Perguntou, mas ao notar o tecido que se encontrava na mão de Tonks surpreendeu-se – Ah não... O que você está fazendo com as... Roupas intimas do meu namorado?! -Hermione estava pasma, como Tonks podia fazer isso com ela. Nesse instante a porta do quarto abre-se com força. Um Garoto de cabelos negros e rebeldes entra no quarto só de bermuda. Ele estava indo até a cozinha beber água quando ouviu gritos vindos de seu quarto e não pestanejou em entrar.


-Mas o que está acontecendo aqui?! -Pergunta Harry, preocupado, que ainda não notará o tecido nas mãos de Tonks porque ela o escondeu rapidamente em suas próprias costas.


–Nada não Harry! –Responde Gina que estava mais vermelha que um pimentão vendo o garoto sem camisa.


- Harry elas est... –Hermione continuaria, mas duas mãos foram colocadas sobre sua boca, que pertenciam à Gina.  


–Não é nada Harry, pode ir. –Falou Tonks rapidamente. Harry saiu desconfiado do quarto, fechou a porta e pode ouvir sussurros, mas, para evitar confusão, achou melhor sair de uma vez e ir acordar os gêmeos.


Assim que Harry fechara a porta, Tonks tirou o tecido de suas trás de si e o colocou em frente a sua barriga. Gina ainda estava extremamente vermelha, retirou as mãos da boca de Hermione que sussurrou:


–O que vocês estavam fazendo? Provando roupas novas? -Ironizou Hermione.


-Não, Mione a gente achou isso. - Levantou a peça. – Sem querer! –Completou em sua defesa.


- Sei... –Hermione ainda não acreditara.


–É serio Mione... Eu tinha assustado a Tonks, daí ela bateu com a cabeça na gaveta e as cuecas do Harry caíram de lá! –Gina corou novamente, Hermione ainda estava desconfiada.


–E o que vocês estavam gritando quando me acordaram?


- Bem.... A Gina estava gritando por que eu diss....


-Que eu não podia mexer nas coisas do Harry. –Terminou Gina, não querendo arranjar confusão pro seu lado. Tonks fechou a cara. – Viu Sra. Tonks?! Não mecha nas coisas do Harry. – Ordenou Gina em um tom falso de rispidez. A auror abriu a boca pra falar algo, mas foi cortada por Hermione.


–Tá bom gente, se foi sem querer... –Falou dando de ombros. –Vocês estão desculpadas. –Hermione lhes lançou um sorriso e elas sorriram em resposta. –Agora vamos nos arrumar, que temos muita coisa ainda pra fazer. –Completou dando um suspiro. Levantou-se devagar, espreguiçou-se e saiu do quarto a caminho do banheiro. Assim que Hermione saiu do quarto, Gina e Tonks começaram a conversa.


-Por que você disse que eu que estava mexendo nas coisas do Harry? -Indagou Tonks.


-Por que você estava! –Afirmou Gina entre risos. Mas calou-se ao ouvir Tonks falar.


–Mas não fui eu quem viu as coisas principais do Harry. –Um sorriso muito malicioso habitava os lábios da auror.


-Quantas vezes vou ter que dizer que eu não vi nada?! -Indagou furiosa, mas de fato ela já tinha visto sim, mas por motivos óbvios não ia afirmar.


-Até você dizer que viu, sim, de novo. –Retrucou Tonks, e poucos segundos depois se pode ouvir risadas vindas de sua boca.


-Humpf... Vou ver se a Mione já saiu do banho. –Gina saiu do quarto, deixando Tonks sozinha.


-Parece que eu que vou ter que cuidar dessa bagunça. –Em um pequeno movimento com  a mão, pega sua varinha que estava entre suas vestes e faz um feitiço que fez uma luz branca sair de sua varinha e passa por todo o quarto, limpando tudo. Quando a última gaveta se fecha, a luz branca vai se dissolvendo até não ter mais nada. -Hã... Só falta isso aqui. –Notou que a cueca boxer de Harry ainda estava em sua mão, foi até a mesma gaveta que tinha batido com a cabeça, e a colocou dentro.


- Pronto agora é só me trocar.  Falou indo para perto de sua mini bolsa.


***


 Harry estava na porta do quarto dos gêmeos quando ouviu risos, em um volume baixo, mas ouviu... Ouviu mais atentamente, eram risos. Abriu a porta devagar e pode ver o porquê dos risos.


-E ai Harry gostou da ideia? Seu querido primo vai ter uma surpresa! –Exclamou Jorge.


-Acho que esse bolo vai fazer com que ele fique bem mais gordo. –Disse Fred entre risos, mas parou ao ouvir Harry perguntar:


-Mais o que vocês colocaram nesse bolo? - Apontou para o bolo repleto de glace que estava nas mãos de Jorge.


-Digamos que ele vai se transformar... Hum... Em um animal mais parecido com ele. –Fred e Jorge se entreolharam, segundos depois olharam para Harry novamente e caíram na gargalhada. Harry já não resistindo começou a rir também.


-Vamos colocar uma gilmadora nesse quarto, ai quando ele... Ele for comer o bolo... BUUMMM! –Falou Fred que já tinha parado de rir, mas estava ofegante. Harry riu pelo nariz ao escutar ele falar “gilmadora”.


filmadora Fred. –Corrigiu Harry.


 –Dá na mesma. –Disse Fred.


-Vamos escondê-la ali. –Continuou Jorge, apontando para uma estante de livros.


 –Ótima ideia! Agora vamos que ainda temos que passar na casa da Mione e depois vamos para o beco. –Avisou Harry, e se levantou para sair do quarto, mas foi interrompido pelos dois gêmeos que o seguraram pelos braços. Harry virou a cabeça para perguntar o que acontecera, mas Fred e Jorge foram mais rápidos.


-Depois você vai ter que nós contar esse seu lance com a Hermione, viu Harry? -Avisou Fred. Os dois irmãos e todos que tinham participado da festa estavam curiosos para saber o que estava rolando entre os dois novos namorados. Harry corou ligeiramente.


–Está bem gente, mas agora será que da pra me soltar? –Pediu Harry, e os gêmeos o soltaram. Antes que Harry saísse do quarto ele pode ouvir Jorge dizer:


-Não esqueça.


***


 Trinta minutos depois...


Todos já estavam tomando seu café da manhã, que fora feito por Tonks. Na mesa estavam Harry, Hermione, Gina, Rony, Fred e Jorge, enquanto Tonks estava olhando para eles da porta da cozinha.


Hermione tinha pedido uma roupa emprestada para Gina, pois suas roupas já estavam sujas, e as outras estavam em sua casa, só que as roupas de Gina ficaram um pouco curtas, já que a morena era maior que a Weasley. Ela havia pedido para Tonks para irem a sua casa, para pegarem as roupas e ver se os aurores descobriram alguma coisa. Assim que todos terminaram sua refeição, Tonks os chamou para fora da casa, para decidirem se iriam viajar de vassoura ou de chave de portal. Eles obedeceram, limparam tudo antes, por aviso de Harry, que não queria encrenca.


Saíram um por um da casa. Sendo Harry o último, pois tinha que fechar a porta da frente. Quando fechou, colocou a chave por baixo do tapete de boas vindas. Caminhou até onde o grupo se encontrava e se pronunciou:


-E ai, vocês já decidiram? - Perguntou divertido. Todos olharam para eles até que Gina tomou a palavra:


-Está empatado. A escolha está com você. – Gina falou e um silêncio se instalou no jardim da casa.


Harry estava pensativo, pois se fosse de portal era mais seguro, mas se fosse de vassoura correria perigo, mas era bem mais refrescante. Hermione estava roendo as unhas, não estava querendo voar, ela sempre foi péssima. Pelo menos era isso que ela achava...


Passou-se 2 minutos em silencio até que Harry falou.


- Vamos de vassoura. –Disse Harry com determinação na voz. Hermione, Tonks e Fred ficaram frustrados, pois votaram em ir de chave de portal. Enquanto Gina, Rony e Jorge comemoraram.


Sem ninguém notar, Hermione foi para o lado de Harry e falou em seu ouvido. –Isso terá revanche. –Mordiscou o lóbulo da orelha do rapaz e saiu, deixando Harry intrigado. Quando ela se virou para voltar para seu lugar, Harry a segurou pelo pulso a trouxe para perto de si.


-Se você cair, eu te seguro. -Garantiu Harry e se aproximou mais de Hermione, encostando seus lábios nos dela, deram um beijo calmo e intenso. Não notaram vários pares de olhos os fitando. Foram tirados de seu beijo pela voz de Tonks.


-Hã... Gente, eu acho melhor vocês deixarem pra fazer isso depois, sabe...? –Falou constrangida, enquanto Harry e Hermione coravam e se separavam.


–Vamos? -Perguntou Gina indiferente.


-Vamos.  -Disseram todos em uníssono. Tonks jogou as vassouras que estavam dentro de sua bolsa para o alto, para que cada um pegasse uma. Mas Harry tinha a sua própria, então não precisou escolher uma para usar. Tonks já tinha guardado as malas de todos, menos de Hermione, em sua bolsa.


-Atenção gandaia! –Gritou Tonks, todos viraram para ela. –Vamos primeiro pra casa da Hermione. Eu vou à frente, depois vão vocês dois. – Apontou para Fred e Jorge. –Logo atrás vão Gina e Rony e por último Harry e Hermione. –Todos assentiram com as cabeças, mas Tonks continuou: - Vamos usar um feitiço de desilusão para os trouxas não nós verem, ok? - Explicou Tonks.


-Ok – Responderam todos.


Gina e Rony foram os primeiros a subirem em suas vassouras, depois os outros Weasley’s e por ultimo Harry e Tonks. Hermione estava com medo, sempre teve medo de altura, mas tinha que ir para sua casa e ir ao beco diagonal. Subiu na vassoura e sentiu uma sensação boa, de liberdade. Segurou-se com firmeza na vassoura e a empurrou para frente. Seus pés saíram do chão, Hermione sentiu-se um pássaro que poderia fazer tudo. Pode ver que a sua frente estava primeiro Harry, Gina, Rony e logo depois os outros.  Voou mais para o alto e fez uma cambalhota de 90º, se colocou mais para o lado, e chamou por Harry que ainda não tinha visto as manobras que Hermione praticara, ele se impressionou e sorriu com a agilidade com que a namorada voava.


-Chegamos. – Disse Hermione enquanto aterrissavam, pode-se ver que vários aurores rodeavam o lugar. Todos deram suas vassouras a Tonks, pois iriam para o beco por chave de portal. Hermione estava hesitante, não sabia se conseguiria entrar lá, mas se lembrou de seus pais, talvez eles estivessem lá, pensando nisso entrou no local junto com Gina.


Elas entraram na casa, hesitantes. Tinham medo do que iriam encontrar por dentro. Hermione segurou o trinco e começou a gira-lo devagar. A porta foi se abrindo, Hermione colocou a cabeça pra dentro e pode observar que estava tudo quebrado na sala. Gina vinha atrás de Hermione observando tudo calmamente e com uma expressão de medo. Viram que no local havia vários aurores que estavam organizando tudo.


-Senhor... – Chamou Hermione um auror que estava no pé das escadas – Eu sou Hermione Granger , vim buscar minhas coisas, estão no meu quarto. – Esclareceu apontando para a escada.


-É um prazer Senhorita Granger, pode passar. – Disse o auror saindo do caminho, e dando passagem para Hermione e Gina seguirem. Hermione e Gina subiram as escadas e chegaram a um corredor. Hermione guiou Gina até uma porta lilás. Hermione ofereceu para Gina para abrir a porta, a ruiva aceitou. Sem demora ela abriu a porta.


Hermione olhou tudo a seu redor, sabia que essa era a última vez que entraria em seu quarto. Andou até o lado da cama, se agachou e pegou suas malas. As colocou em cima da cama e as abriu. Pegou sua varinha e falou o feitiço:


-Pack. –O closet se abriu e de lá saíram todas as roupas de Hermione e também muitas sacolas, as quais guardavam as novas roupas da morena. Tudo foi se encaixando nas malas e por ultimo a mala fechou-se. -Feito! –Disse Hermione com a varinha ainda entre as mãos. Gina estava boquiaberta. “Hermione é mesmo brilhante”, pensava a ruiva.


-Mione quando chegarmos à Ordem você vai me mostrar absolutamente tudo! –Animou-se Gina.


–Está bem Gi, quando chegarmos você me lembra.  Disse indiferente, enquanto pegava as malas é as colocava no chão. -Vamos? -Perguntou Hermione.


–Agora. –Respondeu Gina. As duas saíram do quarto e andavam pelo corredor, quando avistaram um auror bem alto.


–Srta. Granger seus pais enviaram uma coruja avisando que irão demorar mais um pouco em Fohks. –Disse sério.


-Tudo bem – Respondeu ainda desconfiada, mas por fim se convenceu. Quando o auror saiu, Hermione e Gina se olharam. – Vamos, acho que demoramos muito. –E dizendo isso elas saíram em disparada para fora da casa. Quando chegaram ao jardim, Hermione jogou as malas no chão.


- Podemos ir? -Perguntou Rony.


-‘Vambora! –Respondeu-lhe Gina.


–Iremos como? -Indagou Hermione.


–Vamos de chave de portal. -Respondeu Harry que ainda não tinha se pronunciado. –Mas teremos que ir para trás da sua casa, para os trouxas não nos verem. –Continuou. E a agarrou pela cintura, Hermione riu baixinho e pode ouvir ele surrar em seu ouvido:  -Tudo bem? -Indagou o grifinório.


–Tudo, por quê? –Respondeu.


-É que você foi à sua casa... Han... Bichento. – Falou Harry hesitante, Hermione lhe deu um sorriso triste e sussurrou:


–Tudo bem. –Harry assentiu e deu-lhe um breve beijo, mas não a largou.


-Bom! Hermione, vamos fazer assim: Fred vai para a Ordem com as suas malas. – Falou Tonks apontando para as malas. Fred soltou um muxoxo. -E o resto vai comigo para o Beco Diagonal, ok?


-Ok. –Responderam todos em uníssono. Caminharam todos para trás da casa e chegando lá Tonks tirou da sua bolsa um livro de capa velha. Fred já tinha aparatado.


-Vamos lá gente. – Todos seguraram o livro, e a atitude foi seguida por Tonks. –Três, dois, um.


Todos se sentiram enjoados e suas cabeças zonzas, mas a sensação parou e quando viram estavam em frente à varias lojas e pessoas, entre elas animais. Ali era o Beco Diagonal.


***


Eles seguiam em frente, para irem a Gringotes para pegarem seus galeões e em seguida irem comprar as vestes de Hogwarts. Depois iriam a Floreiros & Borrões. Quando terminassem de comprar tudo que fosse preciso eles poderiam dar uma volta.


Enquanto estavam a caminho do banco, não notavam que estavam sendo seguidos, estavam muito entretidos com as novidades  do beco, principalmente a nova vassoura Sharbolt 4.5, Rony babou ao ver a maravilhosa vassoura. Também viram novas invenções bem diferentes.


Ao chegarem ao banco, viram os duendes olharem para eles, mas continuaram seu caminho até o gerente. Ao verem uma  mesa mais alta eles se digiram até ela.


-Queremos fazer uma retirada – Falou Tonks determinadamente. O duende se virou para eles com uma cara nada amigável.


–Dai-me as chaves. – Ordenou o duende. Eles obedeceram. Cada chave era diferente. A dos Weasley era prata clara, a outra, que pertencia a Tonks, era totalmente preta. A de Harry era cinza e a de Hermione era dourado brilhante. Ela notando isso tentou pegar a chave de volta, sem sucesso. Sabia que aquela não era a sua chave, mais iria esperar até  chegar ao “seu” cofre.  Foi despertada de seus pensamentos por dois duendes encarregados de levar todos aos seus cofres.


-Srta. Granger você vem comigo,  seu cofre fica em outra ala. –Todos olharam intrigados para o duende. Como assim o cofre de Hermione era em outra ala? Segundos depois, um dos dois duendes encaminhava Hermione para seu suposto cofre, enquanto o outro levava Tonks, Harry e os Weasley’s para seus devidos cofres.


O duende guiava o carrinho rapidamente, Hermione podia notar que o caminho que estava indo era repleto de estatuas de cor de ouro. Ela e o duende chegaram a uma entrada de um portão gigantesco, o mesmo era muito brilhante que chegava a cegar. O gigante portão se abriu. Hermione estava hipnotizada com tanta beleza que o lugar exercia. O carrinho parou em frente a uma porta enorme, ela continha símbolos bem parecidos com runas que Hermione não conseguiu identificar. Ela curiosa, tocou nos símbolos, e eles ganharam uma cor branca fortemente brilhante.  Hermione tirou as mãos dos símbolos imediatamente, e virou-se para o duende com um olhar de “explique-me” que o duende não entendeu, o mesmo tirou a chave do bolso e olhou novamente para a garota a seu lado. Ela podia não saber, mas fazia muito tempo que ninguém entrava nessa ala de Gringotes.


Voltando a sua tarefa o duende já estava com a mão na maçaneta quando ouviu a garota o chamar.


-Senhor, eu acho que essa chave não pertence a mim. –Disse um tanto hesitante, o duende a olhou com um olhar enigmático, e responde-lhe:


–Pois Srta. Granger, eu acho que essa chave lhe pertence. – Mostrou a chave a Hermione – Mais se a senhorita acha que não é sua, por que não fazemos um rápido teste. – Respondeu calmamente.


-Um teste? Mas como? -Hermione estava intrigada. O duende ainda matinha a expressão normal de seu rosto. 


–Uma gota de sangue é suficiente. –Hermione olhou novamente para o duende antes de tirar um pequeno canivete e arranhar uma pequena parte de seu dedo. O duende colocou a chave entre as mãos. Hermione chegou mais perto de onde o duende estava e colocou seu dedo um pouco mais acima da chave, para que a gota caísse. A mesma desceu lentamente, até cair sobre a chave, que, ao receber o sangue, a chave vibrou e começou a flutuar sozinha. Hermione não estava entendendo claramente o que acontecia, o duende notando isso se exclamou:


-Chame a chave, diga pra ela vir até você. – Hermione, mesmo sem entender direito, obedeceu. Estava perdida, não sabia direito o que acontecia.


–Venhas Áquais, venha. – Essa voz emergia na mente de Hermione, a mesma não sabia de onde vinha, mas sabia que parecia dar certo, pois a chave parou ao ouvir a garota falar, e segundos depois, foi vindo até a frente da garota. Hermione estava abismada, essa voz que lhe veio à mente, era pelo que parecia de um homem, muito calma e serena, que a fazia se acalmar tanto quanto a voz de Harry. Ela estava tão perdida em seus pensamentos que não notou que a chave já habitava sua mão.


- Agora já está provado que você é a dona do cofre, será que dá para andar logo, quero voltar a meu trabalho. –Disse o duende seriamente, e fez com que Hermione acordasse de seus pensamentos.


Hermione riu sem graça, estava atrapalhando o trabalho do jovem, quer dizer, do duende. Hermione ia dar-lhe novamente a chave, mas quando a mesma estava a caminho das mãos asquerosas do duende, ela começou a brilhar cegamente, uma luz muito grande afetou o lugar, os dois presentes ali se protegeram com os braços. Quando a luz finalmente cessou, eles se mantiveram como antes até ouvirem um pequeno miado. Hermione sentiu um arrepio lhe percorrer a espinha. Tirou os braços de sua frente e pode ver um filhote de tigre branco, tinha por volta de 15 cm e poucas listras pretas, ele também tinha pequenas asinhas branquinhas, como creme.


O pequeno gatinho, ao ver Hermione, correu para cima dela, e lambeu sua face, a garota sentiu cócegas, segurou o pequeno pela cintura e pode notar que ele era muito gelado, o tigrezinho deu-lhe o que pareceu um sorriso, que ela, mesmo sem saber, retribuiu.  O duende que até agora não tinha falado nada, estava pasmo, nunca vira uma coisa assim. Mas assim que a surpresa passou-se, chamou a atenção de Hermione.


-Como vamos abrir o cofre agora? -Perguntou rabugento, mas ainda podia se notar a curiosidade em seu olhar. Hermione que estava “brincando” com o pequeno tigre,  levantou-se com a criatura no colo.


-Áquais, será que você poderia abrir o cofre? –Pediu Hermione e ela pode notar que a criaturinha tinha os olhos brilhando. Ele respondeu com um miado, Hermione o colocou no chão e pode observar o pequenino indo em direção ao cofre. Ao chegar a frente da enorme porta, o tigre tocou a maçaneta com suas pequeninas patas, e logo afastou-se.


Um estrondo foi ouvido, quando a porta se mexia, parecia que não era aberta há séculos, o que era verdade. Quando a mesma se abriu, Hermione se maravilhou, as paredes azuis e vermelhas como seda, várias tapeçarias.  Parecia uma floresta de ouro, por todos os lados viam-se galeões e outras diversas coisas que Hermione não conhecia. Lá também tinha algumas pedras, joias, livros e vestidos.


Hermione também pode ver galões de cor prata que ela nunca tinha visto. No meio do grande cofre a grifinória viu uma espada de prata, com detalhes em vermelho, algo nela atraia sua atenção. Mas a morena não sabia dizer exatamente o que.


Aproximou-se mais do vidro e tocou-o, a espada vibrou pelo contato. Hermione entendendo isso segurou o vidro e o puxou para o lado, a garota pegou a espada com as mãos e sentiu-se estranhamente bem. Colocou-a entre suas vestes e foi para perto dos livros. Viu que, bem perto da estante, havia uma bolsa, abriu-a e pode ver que estava enfeitiçada, colocou alguns livros dentro e foi para perto dos vestidos. Pegou apenas dois vestidos, apesar de lá ter mais de vinte.


Foi para perto das joias e pegou uma pequena caixinha.  Abriu com cuidado extremo e ela deparou-se com adereços de diferentes cores e de todos os tipos, seus olhos brilhavam com tanta beleza, colocou a caixinha também dentro da bolsa.


Olhou para os lados e viu Áquais em cima de uma almofada que parecia mais uma mine cama. Hermione a pegou também, tinha que levar para a Ordem. Virou para o outro lado e viu os milhares de galeões, pegou uma pequena parte, e a colocou na bolsa, que Hermione já estava achando que enchera.


Olhou tudo em volta, pronto. Já tinha pegado tudo que precisaria. Por mais que a ideia de que isso tudo não era seu atormentasse sua cabeça, uma voz em sua cabeça dizia que aquilo era tudo seu


Antes de sair do cofre chamou Áquais, que pulou em seu colo. Colocou também a bolsa em sua cintura e saiu de dentro do local. Viu o duende ordenar a porta fechar  e voltou a andar até o carrinho, pensando nesse cofre entrou no carrinho, seria mesmo possível ela ser dona de tudo aquilo? Essa duvida a atormentava. Afinal ela era só Hermione Granger, uma bruxa qualquer. Mas alguma coisa dizia a ela que muita coisa iria acontecer hoje. Ela estava certa, como de costume.


***


Tonks, Harry e os Weasley’s esperavam Hermione, apreensivos. Ela fora visitar seu cofre a mais de uma hora, obviamente eles estavam preocupados. Esperavam por ela em frente à porta da entrada dos cofres, Gina e Tonks ruíam as unhas, Rony e Jorge olhavam para o tempo e Harry andava de um lado para o outro, sem duvida, ele estava preocupado. Quando eles ouviram as portas abrirem, todos se viraram.  Assim que viram Hermione, apontaram as varinhas para o pequeno animal que ela carregava. Hermione assustou-se com a atitude dos amigos, mas quando notou o que eles fariam, apertou mais Áquais contra si.


-Não encostem nele! –Gritou Hermione sem pestanejar, todos que trabalhavam no local viraram-se para ela e assustaram-se com a visão de um pequeno tigre branco de asas a sua frente. Harry chegou mais perto de Hermione, mas em um espaço protegido.


-Hermione c-como você achou ele? -Perguntou Harry apontando para Áquais.


–Depois eu explico. –Respondeu Hermione fazendo carinho no pequeno animal que estava em seu colo. –Vem Harry, pode vim, ele não morde. -Harry a olhou sarcástico, como se dissesse “Aram, sei como ele não morde” - Está bem, ele morde sim, mas só quem faz mal a ele. –Riu baixinho e Harry aproximou-se, todos olhavam a cena desconsertados, mas atentos a qualquer movimento do animal.


-Áquais ele é meu namorado, ele – Hermione apontou para Harry. –não vai lhe fazer mal, deixe ele te fazer um carinho. – Hermione disse em uma voz tão serena que hipnotizou todos ali presentes. Harry tocou o animal hesitante, mas ao ver que o pequeno tigre gostou de seu carinho, largou a hesitação e, por impulso, pegou o tigre no colo. Áquais  correspondeu se apertando mais no colo de Harry, que sorriu satisfeito, mas tendo cuidado para não machucar a asinha do pequeno.


Os olhares desconsertados sumiram e deram seus lugares a suspiros dos outros clientes e resmungos dos duendes. Tonks e Gina olhavam a cena com cara de “Oh, que fofo!”. Hermione estava emocionada, Harry a olhou nos olhos e sorriu. Hermione retribuiu.  


Harry voltou sua atenção para Áquais.


–Você quer voltar para aquela garota ali? -Perguntou Harry em um tom um tanto meloso, que fez com que as garotas jovens que se encontravam no local dessem suspiros. Áquais respondeu-lhe um sim com a cabeça. Harry o colocou no chão e viu o pequeno correr com suas patinhas até Hermione, que deu um sorriso sincero para Harry e voltou sua atenção para Áquais. 


Arrochou o pequenino entre seus braços, enquanto Harry a agarrava pela cintura e surrava  em seus ouvidos.


–Eu te adoro sabia? Mas depois você vai ter que explicar essa história, direitinho. –Hermione deu um sorriso pelo canto da boca, e respondeu:


–Quando chegarmos a Ordem eu explico tudo para você e para os outros.


Hermione, mesmo ainda sendo segurada por Harry pela cintura, chama seus amigos para conhecerem Áquais. Gina acariciava o próprio que estava adorando ser tratado assim.


-O nome dele e Áquais. –Disse Hermione pensativa


-Você escolheu o nome? -Perguntou Jorge que estava com uma das mãos nas costas do tigrezinho. Hermione olhou para o nada e respondeu:


–Na verdade eu não escolhi esse nome, eu só sei que esse é o nome dele. –Afirmou vagamente e encostando sua cabeça ao lado a do animal.


–Como? -Foi à vez de Harry se pronunciar, mesmo ainda segurando Hermione pela cintura, e olhando atentamente para o tigrezinho, que mais parecia um bebê. Hermione encostou a sua cabeça no ombro do namorado.


–Eu ouvi uma voz, dizendo somente: Venha Áquais, venha. –Todos se calaram e olharam para ela. –Mas acho que sem perceber, eu disse isso também. Ai a chave veio até mim. –Completou dando um suspiro cansado.


-Chave? - Indagou Tonks confusa. O olhar sonhador que estava nos olhos de Hermione some e deu lugar aos olhos irritados.


–Eu conto para vocês depois, é uma longa história, ah sim, tem isso também. –E retirou à espada de prata de suas vestes, todos ficaram maravilhados coma beleza da tal. Os pequenos cristais vermelhos brilhavam ardentemente, deixando todos boquiabertos e pasmos, como uma garota daquelas tinha uma espada dessas? Hermione podia não saber, mas essa espada é dela, fora feita especialmente para ela. Em suas mãos ela podia fazer tudo. Essa espada era as trevas e a luz ao mesmo tempo. Mas lógico que Hermione não sabia disso.


Os que ainda observavam a espada foram despertados por Hermione que começou a falar, com a espada entre suas mãos.


-É, eu sei, magnífica, não é? Não sei explicar direito, mas a espada ah... Como posso dizer... É minha. –Tonks arregalou os olhos, incrédula. Já tinha visto esta mesma espada em algum lugar, mas não lembrava onde. Hermione se aproximou de Tonks e disse bem baixo para que só ela ouvisse: -Tonks , por favor, fale com Dumbledore, preciso falar com ele ainda essa semana. –Tonks assentiu com a cabeça.


-Cara, se a Hermione já é perigosa desarmada, imagina com uma espada? –Brincou Rony e eles riram, fazendo Hermione rolar os olhos.


-Áquais venha aqui. – Chamou Hermione, o pequenino, que antes estava entre varias pessoas, agora vinha tentando voar com suas asinhas, sem sucesso. Ele caiu no chão com as patinhas para o lado. Hermione pode ver que ele estava triste, decepcionado com sigo mesmo. Não sabia como sabia disso, simplesmente sabia. Foi até o pequeno. -Ei Áquais, não fica assim, você ainda é muito pequeno. –Ele continuava triste. –Olha quando eu era pequena, eu também não conseguia, mas eu sempre tentava, nunca desistia. –Áquais levantou o olhar e deu o que pareceu um sorriso.


Hermione pode ouvir uma voz de criança em sua cabeça.


“Sério?” Hermione arregalou os olhos e perguntou:


“Quem é você?!” 


“Eu sou o Áquais, essa ‘Coisa que não sabe voar’ que está na sua frente.” Hermione surpreendeu-se, todos olhavam a cena sem entender. Eles só sabiam que o tigre e Hermione se encaravam profundamente. Harry já estava ficando com medo. Não tinha confiança total no pequeno.


“Não fica assim, você vai continuar tentando até conseguir, como eu já te expliquei, eu vou te ajudar, e sim é serio.” Respondeu mentalmente para o tigre e acariciando lentamente a face do mesmo.


“Você vai mesmo me ajudar? Eu não queria atrapalhar, mas eu... eu não tenho família.” Lágrimas caíram do rosto do pequeno. Hermione ficou com dó.


“Você tem sim, tem a mim.” Deu um sorriso. Todos assistiam calados. Como essa garota tinha coragem de fazer uma coisa dessas? Essa era pergunta que eles faziam, mentalmente.


O tigrezinho levantou-se com a ajuda de suas patas, Hermione preocupada perguntou:


“Machucou alguma coisa?” Perguntou mentalmente a ele.


“Não, Hermione tá tudo bem.” Quando ele disse isso, ela o pegou no colo e guardou a espada na sua cintura. E por fim disse:


-Vamos gente, passamos tempo demais aqui, temos muita coisa pra fazer. –Chamou Hermione e ela, Harry, Gina, Tonks, Rony e Jorge saíram do banco. A próxima parada era na Madame Pince.


***


Enquanto passavam no beco diagonal atraiam olhares, principalmente focados em Hermione e Áquais, que não estavam dando a mínima para isso.  Hermione exercia sensualidade, ela nem sequer notava isso, muitos homens tentavam se aproximar, mas Harry sempre dava um jeito de se livrar deles.


Harry suspirou quando chegaram à Madame Pince, também merecia descanso, mas não iria largar do pé da namorada o dia todo.  Todos escolheram suas roupas normalmente. Mas em um momento Hermione conseguiu livrar-se de Harry uns minutos e pediu para que encurtassem 5 dedos de sua saia e pediu também uma saia rodada do mesmo tamanho. Madame Pince, mesmo hesitante, o fez. Quando Hermione terminou seu pedido, Harry a puxou para um canto escuro da loja.


-Achou que ia escapar de mim Srta. Granger? -Perguntou Harry a agarrando pela cintura e colando seu corpo ao dela.


-Claro que não Sr. Potter, se você não fizesse isso comigo eu que faria com você. –E por fim, o puxou pela camisa, e deu-lhe um beijo apaixonado com vigor. Um beijo que só ele conseguiria lhe dar, pensava Hermione.


Harry nunca imaginara que conseguiria sentir essas sensações com Hermione, com ela era emocionante, tudo radical e apaixonado. Os lábios eram ritmados, e saborosos. Hermione abriu a boca para deixar a língua de Harry passear por sua boca, ela fez o mesmo com ele. Harry a prensou contra a parede e há elevou um pouco, fez caminhos pelo pescoço da morena que adorava tudo aquilo, ela, cansando de ficar parada, mordiscou o lóbulo da orelha de Harry, ali era seu ponto fraco, disso Hermione já sabia desde o primeiro beijo deles.  Harry parou seus beijos e voltou a encara-la.


-Você é inteligente, carinhosa, linda, amorosa, estudiosa, dedicada, você é tanta coisa que eu passaria anos te falando suas qualidades.- Declarou Harry fazendo Hermione ficar corada. Mesmo com a pouca luz que iluminava o pequeno esconderijo, Harry pode notar a face ruborizada da morena e sorriu. -Sabia que você fica mais linda quando fica corada? -Perguntou divertido.  Hermione sorriu sem graça.


–Não sei se já te disse Harry, mas eu não gosto de elogios. –Falou Hermione, realmente ela não gostava muito de elogios, mas quando ganha um, no fundo, fica orgulhosa de si mesma. Harry deu um beijo na testa de Hermione e falou.


-Pois é melhor você ir se acostumando, de mim pode ter certeza, vai ganhar muitos elogios. –Harry dava vários beijos no rosto de Hermione, a mesma ria. Harry parou de fazer a “brincadeira” e ficou sério.


-Não vai ser somente eu que vou te encher de elogios. –Murmurou irritado, não iria gostar nada dos vários olhares que cairiam sobre Hermione, ela havia mudado muito, ele notara que ela tinha atitudes diferentes da antiga Hermione.


A Hermione que conhecera no trem nunca faria uma declaração para ele sem mais nem menos. Ela também nunca seria tão sexy  e irresistível, e principalmente sedutora como esta. Definitivamente, ela estava mudada. Foi retirado de seus pensamentos por Hermione, que o puxou pega gola da camisa, ele viu que ela mordia o lábio o próprio inferior, isso o deixou quase sem controle, como ela conseguia o deixar assim? Ele não sabia.


Não esperou ela dar a iniciativa, e capturou os lábios rosados e carnudos em um beijo avassalador e delicioso. Hermione tinha as mãos entre os cabelos negros e rebeldes de Harry. Enquanto Harry tinha as mãos na cintura de Hermione, e a apertava mais contra si. Aprofundaram o beijo, mas algo os interrompeu. Áquais apareceu da escuridão, atrás de Harry, Hermione teve um susto ao ver o animal, mas logo sua face ficou corada com o comentário que Áquais pensou.


“Às escondidas Hermione?” Perguntou o pequenino mentalmente. Hermione não respondeu, apenas empurrou Harry um pouco pelos ombros. Ele afastou-se devagar, mas por fim, olhou para Hermione. A morena pensou em responder que escondido é mais gostoso, mas se segurou.


-O que foi? -Perguntou com um leve tom de frustração por ter parado o contato. Hermione riu pelo nariz e apontou para um canto escuro que ficava atrás de Harry. Ele virou-se e deparou com um Áquais com um olhar enigmático. Harry voltou seu olhar para Hermione, não entendeu o porquê de pararem. Ela entendendo o olhar falou.


-Ele pode falar comigo por pensamento, ele nos atrapalhou. –Falou corando, Harry virou-se novamente para Áquais e corou, o pequeno deu um miado, e veio mais para perto.


“Aquela moça de cabelos coloridos, está atrás de vocês, acho eu ela não gostaria de encontrar vocês nessa... Situação.” Pensou brincalhão.


-Áquais! –Disse Hermione corada. Harry a olhou sem entender.


–O que ele disse? –Perguntou.


–Ele disse que Tonks está nos procurando, e melhor irmos, se não...


-HARRY POTTER E HERMIONE GRANGER! – Gritou Tonks ao ver Harry e Hermione agarrados, de cabelos desarrumados e lábios inchados.


-Nos ferramos. – Disse Harry bem baixinho para que só Hermione ouvisse. Ela tinha uma cara de “É muita má sorte mesmo”. Tonks caminhou até ficar de frente aos dois namorados que já haviam se desgrudado. Sua expressão era muito irritada. Hermione estava pálida e Harry um pouco assustado.


-O que vocês estavam fazendo aqui? - Perguntou ríspida.


-Hã bem... nós... – Harry tentava falar, mas foi interrompido por Tonks.


-Não me responde! Sei muito bem o que vocês estavam fazendo. –Disse ainda muito irritada.


-Então por que perguntou? – Resmungou Hermione  em um tom de voz que ninguém pudesse ouvir.


-O que ainda estão fazendo aqui? Vamos, suas vestes já estão prontas, não se esqueçam de Áquais. –Disse já mais calma. Harry e Hermione assentiram. Quando Tonks saiu do local, Harry e Hermione se entre olharam e riram cinicamente. Áquais olhava tudo interrogativo. O casal deu um ultimo beijo, mas dessa fez mais calmo, e se soltaram. Hermione colocou Áquais entre seus braços.


“Eu avisei.” Hermione ouviu Áquais cantarolar.


“Pequeno, será que da para parar?” Respondeu em um tom brincalhão, mas o pequeno achou que fosse verdade e se calou, Hermione notando isso se desculpou: “Áquais era brincadeira, não precisa ficar assim.” Ela segurou a face de Áquais. O mesmo em resposta balançou a cabeça em um sinal positivo, e voltou a ficar animado. Hermione e Harry pegaram suas vestes, como os outros amigos, e foram para a Floreiros & Borrões. 


Chegando à loja, todos foram ao balcão pegar e pagar seus livros. Áquais estava sempre ao lado de Hermione acompanhando-a, as pessoas ao redor podiam não saber, mas ele tinha a obrigação de proteger Hermione, ele era seu guardião.


 


O pequeno tigre andava lentamente observando os movimentos de sua dona.


 


“Tio Don, Tio Don, eu sei que eu sou o encarregado de proteger a Mione, mas ela precisa de outro tipo de proteção, e muito. Você sabe.” Pensou encabulado, no mesmo instante ouviu outra voz não desconhecido em sua mente.


 


“Eu sei Áquais, eu vou fazer o máximo possível para que a minha princesinha esteja muito longe de todos eles.” A voz soou séria, depois um pouco melosa e, por fim, rude. Áquais sabia que ele estava louco com os olhares que Hermione recebia. O guardião logo depois  olhou interrogativo para sua protegida.


 


“Mas ela tem namorado sabia tio?” Perguntou, divertido, em pensamento, mas logo parando ao sentir o olhar fuzilante que recebia.


 


“Eu sei disso, teria mais cuidado com ele, mas sei que ele não fará nada, pelo menos por enquanto, mas se as coisas ficarem muito... Inconsequentes entre eles eu vou dar um jeito de parar.” Respondeu a voz. Áquais não entendeu, por que, logo de cara, ele já confiava em Harry.


 


“Como assim, você sabe que ele não fará nada?” indagou em pensamento, olhando para Harry que se encontrava no balcão, com uma expressão entediada, esperando Gina terminar de pedir seus livros.


 


“Conheço mais sobre ele do que você pensa...” Respondeu em uma voz distante.


 


“Como assim?” Perguntou e não houve resposta, fez a ação novamente e não houve resposta, novamente. Soltou o que pareceu um suspiro frustrado e foi até Hermione, que estava em uma parte mais afastada da loja Floreios & Borrões. 


 


   ***


 


Hermione já tinha pegado seus livros, agora estava em uma parte mais afastada da loja, procurando livros de Runas e Poções. Procurava um livro de poções avançadas, quando deixou um livro cair, ela virou-se imediatamente e encarou uma capa de couro velha e completamente empoeirada. Segurou-o rapidamente e o colocou entre as mãos, olhou para os lados para ver se alguém estava no caminho, abaixou o olhar e viu Áquais olhando-a, curioso. Ela o mandou um olhar carinhoso, ele se enroscou nas pernas dela, não viu que alguém a olhava.


 


-Oh Áquais, tenha calma, daqui a pouco iremos comprar sua comida. –Ela colocou os cabelos para um só lado, ainda estava segurando o livro.


 


***


 


Draco acabara de sair da mansão dos Malfoy, não aguentava mais todos querendo lhe dar ordens, afinal nem queria ser um comensal, odiava se submeter a alguém ou alguma coisa. Em sua casa a única que o entendia era sua mãe, que sempre lhe deu conforto e carinho.


 


Ela o fez não virar um mostro assassino. Amava-a muito, mas nunca disse isso a ela, para ele ninguém merecia um “Eu te amo” vindo de Draco Malfoy, só sua mãe, mas não tinha coragem suficiente para isso, admitiu envergonhado.


 


“Que foda-se a coragem, não sou da Grifinória mesmo.” Pensou irritado.


 


Ele estava a caminho do Beco Diagonal, tinha que comprar seus materiais para Hogwarts. Narcisa insistiu ao filho para acompanha-lo, mas ele disse que era para a mãe ficar em casa, ela, mesmo triste, aceitou. Draco, por mais que gostasse de sua mãe, não gostaria de ser zombado por Grifinórios ridículos e seus amigos sonserinos falando que ele era o filhinho da mamãe.


 


Lembrou que tinha outro trabalho á fazer no Beco, além de comprar seus materiais. Usou uma Chave de Portal, logo depois pode ver o velho Beco Diagonal. Foi andando entre as pessoas para comprar tudo que fosse preciso.


 


Revirou os olhos.


 


Teria que falar com a Granger. Por mais que fosse humilhante, ele teria Gina Weasley, não se importava com o que teria que fazer, apesar de ter que engolir seu orgulho, não deixaria ficar-se amigo da sangue-ruim. Isso nunca, um Malfoy nunca faria isso. Em sua mente ele ouviu uma voz.


 


-Ah claro, você não vai ser amigo da Granger, mas quer dormir com uma traidora de sangue? Haha...  Indagou a voz em um tom irônico que Draco não gostou nada.


 


-Isso não é da sua conta. – Pensou ríspido, mas a voz continuava a provocar.


 


-Não é da minha conta? Como não vai ser da minha conta se eu sou você? -Ouviu a voz dizer divertidamente. Draco já estava irritado. Não demorou muito para explodir, sentiu-se quente, flamejante, só que não ligou para isso.


 


–SERÁ QUE DÁ PRA CALAR A BOCA? -Gritou Draco furioso, varias pessoas que passavam perto dele paravam e o olhavam assustados e sem entender. Draco corou, mas nada que desse para notar, sua expressão continuava séria. Mas isso mudou ou ouvir a voz que o atormentara novamente:


 


 –Tsc Tsc Tcs... Draco, Draco... Falando sozinho por ai, desse jeito vão achar que você é louco. –Caçoou a voz, Draco em um movimento brusco, vira-se para o outro lado e sai daquela rua, varias pessoas ainda o olhavam intrigados, mas quando ele sumiu de vista, todos voltaram a seus afazeres.


 


Draco já passara em Gringotes, na Madame Pince e algumas lojas de quadribol. Agora só faltava comprar seus livros na Floreios & Borrões, não demorou muito e já estava na porta da loja. Sem querer, pode ver que o Potter e os Weasley’s estavam no estabelecimento, então era mais que óbvio que a Granger deveria estar lá também. Um sorriso brotou em seus lábios.


 


Entrou sorrateiramente, por mais que adorasse implicar com o testa rachada e a salada de cenouras e, tinha que admitir, adorava ainda mais irritar uma cenoura em especial, Gina Weasley. Ainda escondido por algumas estantes de livros, pode ver que a Granger não estava com eles, suspirou e foi mais adentro da biblioteca. Viu uma garota que não reconheceu, procurando uns livros, iria passar por ela naturalmente, mas ao ouvir a voz da tal garota, parou.


 


 -Oh Áquais, tenha calma, daqui a pouco iremos comprar sua comida. –Ele sabia a quem aquela voz pertencia, voltou seu caminho e ficou escondido entre as estantes. Seu olhar se fixou no rosto da garota. Ele a olhou espantado, mesmo sabendo que ela não veria seu estado.


 


Perguntava-se quando ela tinha ficado... Daquele jeito. Ela estava tão sexy e ao mesmo tempo tão sensível. Selvagem, mas calma. Parecia um anjo. Ele a viu colocando os cabelos para o lado, tão formosa.


 


“Tire já esses pensamentos de sua cabeça Draco Malfoy!” Ele voltou-se para ela e a puxou pelo pulso, ela, sem ação, sente quando ele coloca a mão sobre sua boca. Ele sente os lábios macios e sedosos da morena contra seus dedos, mas logo se recompõe e a leva para trás da última estante de livros, um local muito escuro. Ele a solta devagar, com medo dela gritar ou dela lançar mil maldiçoes em si.


 


A única coisa que ela fez, foi se virar para encarar quem era o seu sequestrador. Mas ao ver quem era, fica vermelha de raiva.


 


-DONINHA ALBINA, LOIRO AGUADO, DESCRAÇ... –Foi cortada por Draco que pôs a mão em sua boca novamente, ela tremeu de raiva. Como ele se atrevia?


 


-Calma Granger, não vou te sequestrar, se é o que esta pensando. –Sussurrou Draco perto do ouvido de Hermione. Ela foi se acalmando aos poucos enquanto chamava Áquais por mente. Draco a soltou novamente.


 


-O que você quer Malfoy? – Perguntou, entre os dentes.


 


-Bem Granger... O que eu quero é bem simples. –Disse arrogante.


 


-Seja mais claro que seus cabelos Malfoy. – Hermione não resistiu a fazer essa provocação. O loiro bufou, mas continuou. Ele tinha que ser claro e direto, para evitar perguntas.


 


PrecisodasuaajudapraconquistarGinaMollyWeasley. – Falou rapidamente, Hermione arregalou os olhos.


 


-Você quer minha ajuda pra conquistar MOLLY WEASLEY?! ESTA LOUCO MALFOY?!  Perguntou com a voz um pouco alterada. Draco a olhou sem piscar, ela estava surda?


 


-Granger, eu que pergunto: VOCÊ ESTA LOUCA?! Pirou de vez, é? -Perguntou Draco. Hermione olhou-o, mal-humorada.


 


–Eu só disse o que você falou. –Falou, tentando parecer calma e fazendo-se de desentendida. 


 


- Eu disse que... Eu quero sua ajuda pra conquistar Gina Molly Weasley. –Os olhos de Hermione só faltaram sair das orbitas com tal afirmação. Malfoy a olhou sem graça, Hermione decidiu aproveitar o momento.


 


–Uhum... Um Malfoy... Pedindo a ajuda de uma sangue-ruim... Hum... – Disse em objetivo de irritar o loiro, conseguiu. Hermione estava pensativa, se Malfoy conquistasse Gina, a mesma não ficaria magoada por causa dela e Harry estarem namorando, mas Malfoy poderia machuca-la. Mas queria a felicidade da amiga. Por que não o Malfoy?


 


“Por que ele é um trasgo que atazana sua vida desde os 11 anos, é uma doninha, e, ainda por cima, é sonserino.” Sugeriu uma voz em sua mente. Mas atinha algo nela que fazia com que ela acreditasse que os dois dariam certo. Iria aceitar, mas primeiro iria testar o Malfoy.


 


-Por que você acha que eu aceitaria? - Desafiou Hermione com uma sobrancelha erguida. Draco engoliu em seco.


 


–Por que você quer a Weasley longe do Potter. – Respondeu Draco com seu tom superior. Hermione sentiu seu sangue gelar por segundos, mas voltou ao normal.


 


-Eu não quero a Gina longe do Harry, é só que... –Ela não pode terminar, pois Draco a interrompe:


 


- Não quero saber da sua vida pesso... – Draco não terminou de falar, pois foi agarrado em uma de suas pernas, por um pequeno tigre branco. Quando ele olhou para o animal, seus olhos esbugalharam-se, Hermione riu.


 


-Áquais eu estava conversando com o Malfoy, está tudo bem, pode solta-lo. –Disse Hermione calmamente, enquanto Áquais obedecia sem hesitar e ia para perto de sua dona. Draco a olhou mais pálido que o comum, sentiu uns poucos arranhões nas canelas.


 


“Devem ser efeitos do bicho.” Pensou ele. Hermione o olhou como se pedisse para que ele continuasse.


 


-Eu gostaria de saber se já tomou sua decisão? -Perguntou arrogante. Hermione fez cara de pensativa.


 


–Está bem. –Respondeu ela. Draco tinha um sorriu vitorioso. –Olha Malfoy, se você machucar a Gina juro que te mato. – Completou em um tom sério. Draco assentiu com um gesto positivo, ele mesmo não estava ligando muito para isso. Eles entraram em um silencio absoluto. –Hã... Malfoy? -Chamou receosa.


 


–Diga Granger. –Respondeu normalmente. Ela deu um sorriso que para Draco pode notar que era sincero.


 


-Ô doninha, vamos combinar que vamos ser pacíficos, sem maus tratos, principalmente verbal. –Continuou.


 


-Isso também vale pra você, né Granger? -Perguntou Malfoy.


 


-Certo Malfoy, certo. Marcamos um dia quando estivermos em Hogwarts para conversa sobre... O seu plano de conquista. -Disse sem jeito.


 


–Ok. –Concordou Draco e depois saiu. Hermione pegou Áquais no colo e voltou para seus amigos, lembrou que tinha um livro nas mãos. Olhou com mais atenção para o mesmo e pode ver que o titulo era “Segredos da Magia Antiga”, Hermione deixou seu extinto CDF de ser a levar e comprou o livro. O guardou e foi até onde os outros estavam, na frente da loja.


 


-Mione, onde você estava? -Perguntou Harry que estava preocupado, não tinha visto Hermione há um tempo, mas ao ver que ela estava com Áquais e um livro entre as mãos, sorriu. Ele não notou, mas Hermione estava nervosa. –Pelo menos Áquais estava com você, não é pequeno? -Comentou Harry divertido e acariciando Áquais . O mesmo perguntava-se mentalmente, sem notar que Hermione ouvia.


 


“Por que todos me chamam de pequeno?” Pensou irritado.


 


“Porque você é bem pequenininho e fofinho.” Respondeu Hermione mentalmente para ele, em uma voz divertida e melosa. Áquais soltou um resmungo.


 


“Vocês vão ver quem é o pequenininho e fofinho.” Hermione riu do comentário de Áquais. Harry a olhou intrigado.


 


-Por que está rindo? -Perguntou Harry.


 


-Áquais está com raiva por que nós o chamamos de pequeno. –Hermione tinha a voz divertida, Harry riu e olhou para Áquais.


 


-Calma, garotão daqui alguns anos você vai ficar enorme. –Disse Harry tentando transparecer confiança. Áquais o olhou com os olhinhos brilhando. E disse em pensamento.


 


“Posso crescer na hora que você menos imaginar...” Pensou desviando o olhar para o céu. Como só Hermione podia ouvir, perguntou mentalmente.


 


“Mas como assim...” Foi interrompida por Tonks que chamou a atenção de todos:


 


- Todos já compraram seus materiais? -Todos balançaram a cabeça em um sinal positivo. Tonks sorriu. -Então agora vocês tem 2 horas para comprarem coisas que não está na lista. –Eles sorriram, Hermione em especial, ela tinha um trabalho a mais a fazer. Harry já iria para o lado de Rony, para irem para a loja de artigos de quadribol, mas Hermione notando isso o puxou pela manga da camisa.


 


-Harry espera. – Ele se virou para ela, ao ver o sorriso nos lábios da namorada, ergueu uma sobrancelha.


 


–O que você está pensando em aprontar senhorita Granger? -Inquiriu divertido. Hermione o olhou com uma cara de cachorrinho pidão.


 


-Harry, eu tenho uma surpresa pra você, por favor, vamos de novo ao Gringotes? -Harry não tinha como resistir e aceitou. Hermione pulou em seus braços e deu beijos por toda a face do rapaz. Rony que estava mais a frente achando que Harry o seguia, virou-se para o moreno.


 


-Harry o que você acha... –Rony parou de falar ao ver a cena de carinho, fez uma careta – Ixi... –Viu os beijos distribuídos pela face de Harry, fez careta novamente. –Vai entender. –Comentou e olhou para o céu, continuou seu caminho para a loja de quadribol, afinal iria fazer teste para goleiro esse ano.


 


Hermione ainda estava abraçada com Harry.


 


-Calma Mione, vamos logo se não, não vai dar tempo de você me mostrar sua surpresa. –Disse Harry ofegante. Hermione se soltou dele e o olhou sem graça. Segurou a mão dele e o levou de volta para Gringotes. Chegando ao banco, Hermione foi até o gerente. Harry a olhou sem entender.


 


-Por favor, onde posso trocar galeões por dinheiro trouxa? -Perguntou ao duende que se encontrava escrevendo algo. Ele ergueu o olhar e falou para Hermione:


 


-Aqui mesmo senhorita...


 


-Granger. –Completou Hermione, notando que o duende não sabia seu nome.


 


–Senhorita Granger, qual é a quantia que quer trocar? -Perguntou o duende sem dar muita importância. Hermione colocou Áquais no chão (sim, ele estava no colo dela) e tirou de sua bolsa nova umas moedas diferentes. Harry olhou para aquelas moedas na frente dela assustado, afinal nunca vira aquele tipo de galão em sua vida. Hermione jogou no balcão 10 moedas da mesma. O duende, que antes não estava dando a mínima para os garotos a sua frente, arregalou os olhos quando viu os galeões a sua frente.


 


-O-onde você conseguiu esses G- galeões? -Conseguiu balbuciar o duende que estava perplexo.


 


-Estavam no meu cofre. –Respondeu entediada. Harry estava boquiaberto, mas voltou-se para Hermione.


 


–Depois você tem que me explicar bem direitinho essa história, viu Hermione.  Disse Harry autoritário, mas levemente curioso. Hermione assentiu com a cabeça e voltou-se para o duende. O mesmo tocava as moedas lentamente, como se elas fossem diamantes.


 


- Senhor... Será que dar pra andar logo? –Pediu Hermione sem paciência.


 


- Ah... Desculpe-me Srta. Granger. –Desculpou-se o duende e em seguida ele segurou as moedas com muito cuidado e as levou para dentro, minutos depois voltando com um saco de tecido de cor marrom, e o entregando a Hermione que agradeceu.


 


-Quando tem aqui? -Perguntou curiosa, vendo uma grande quantidade de libras.


 


-Cinco mil libras. –Respondeu o duende olhando Hermione atenciosamente. Harry engasgou com a própria saliva, enquanto Hermione olhava maravilhada para o pequeno saco em suas mãos. Áquais estava mais entretido nas pernas de Hermione. A mesma pegou o pequeno nos braços e entregou a sacolinha para Harry, que a olhou surpreso. Instantes depois, Hermione fez um sinal com a cabeça para que eles se retirassem do local. Ao chegarem à rua principal do beco, Harry pergunta:


 


-Aonde vamos?


 


-Você vai ganhar um guarda-roupa novo Harry. -Harry a olhou como se ela fosse um alienígena.


 


–Mione você endoideceu?


 


-Não Harry. Apenas vou dar um presente que meu namorado merece desde que nasceu, já que as roupas do gordão (Duda) ficam enormes em você que é todo gato. –Disse rindo um pouco ao lembrar-se de Duda e dando uma piscadela, fazendo Harry ficar sem graça. –Oh, como você fica lindo sem graça. –Comentou Hermione, Harry a olhou com um sorriso malicioso.


 


-Lindo é? - Perguntou sedutor, chegando mais perto de Hermione.


 


-Lindo, lindo e lindo. –Extravasou Hermione, ele deu um leve beijo nos lábios da garota. Harry voltou a ficar sério.


 


–Não posso aceita Mione, você vai gastar muito e... De onde você tirou esses galeões? –Perguntou, lembrando-se.


 


-Em primeiro: você vai aceitar sim Sr. Potter. Segundo: eu explico tudo na sede. Certo? –Disse autoritária. Harry soltou um muxoxo, mas no fim acabou aceitando.


 


Os dois saíram do beco para comprarem as novas roupas de Harry. Hermione também tinha que comprar algumas coisas a mais. Uns bonés para ela e também um tablet. Agora Hermione arrastava Harry para as lojas, pois ele não queria comprar nada de jeito nenhum.


 


-Vamos Harry. -Disse Hermione chamando Harry para ver como a roupa ficou nele. Ele colocou a cabeça para fora do provador.


 


-Não sei se você vai gostar... – Disse receoso.


 


-Deixa disso, você fica lindo de todo jeito, até cheio de sangue, imagine se uma roupa vai fazer isso mudar. –Disse tentando convencer Harry. Ele colocou a cabeça de volta dentro do provador.


 


–Pronta? -Perguntou Harry a Hermione.


 


–Pronta. –Disse Hermione firme.


 


Harry sai do provador vestindo uma camisa preta de mangas curtas, e uma calça jeans azul escuro. Os olhos verdes juntamente com o cabelo rebelde, davam um ar jovem ao garoto que a olhou por cima dos óculos.


 


-E ai? - Hermione notou que Harry estava um pouco nervoso.


 


–Está ótimo Harry. Vamos experimente mais, temos uma hora e meia, ainda. –Depois que Hermione disse isso, Harry sorriu para ela e entrou novamente no provador. E assim passou- se uma hora, Harry e Hermione entrando e saindo de lojas de roupas, Harry já estava totalmente cheio de sacolas. Hermione não carregava nada, só Áquais, no qual eles tinham feito um feitiço de desilusão para não assustar os trouxas.


 


Hermione comprou uns três bonés, um para ela e dois para Harry, e seu Tablet. Quando terminaram as compras, voltaram ao beco. Faltavam 5 minutos para a hora marcada chegar. Eles estavam em frente ao banco de Gringotes quando ouviram uma explosão. Hermione já tinha guardado as compras feitas a pouco dentro de sua bolsa.


 


Um enorme estrondo foi ouvido. Harry e Hermione viraram-se para ver o que tinha acontecido, mas se arrependeram ao se depararem com a visão do próprio Voldemort e seus Comensais invadindo e explodindo tudo oque viam pela frente.


 


A primeira reação de Harry foi puxar Hermione pelo pulso e logo coloca-la entre seus braços. Hermione ainda estava assustada, mas a primeira coisa que veio a sua mente foi mandar Áquais ir chamar os Weasley’s. Pensando nisso chamou o pequeno mentalmente, enquanto corria com Harry ao seu lado para o mais longe possível dos comensais.


 


“Áquais vá chamar os Weasley’s e Tonks, eles podem nós ajudar!” Dava para se notar que ela estava desesperada. O Pequeno respondeu-lhe logo:


 


“Mione não posso deixar você aqui!” Ele já havia notado que ela estava suando, Harry a segurava por uma mão, e com a outra mão, Hermione segurava Áquais.


“Por favor, precisamos de ajuda rápi...” Antes que ela pudesse responder, foi estuporada. Harry virou-se para ver o comensal que tinha lançado o feitiço em Hermione, já com a varinha entre as mãos.


 


Áquais havia caído um pouco mais longe que Hermione, foi correndo para perto dela, viu que ela já estava levantada e pegava sua varinha. Ele escondeu-se. Só iria aparecer se fosse mesmo necessário, mas ficaria de olhou na garota. Notou que ela já caminhava para o lado de Harry lançando feitiços em todos que tentavam ataca-los. Tonks já tinha chegado ao local, acompanhada de vários aurores, que com certeza ela tinha chamado.


 


 Hermione corria para o lado de Harry, em guarda, a última vez que sentira uma onda de adrenalina tão grande fora no dia em que invadiram o Ministério da Magia. Finalmente chegou ao lado do moreno, encostando as costas nas costas dele e segurando firmemente a varinha.


 


-Você está bem? –Perguntou Harry, pegando a mão livre de Hermione e entrelaçando seus dedos nos dela.


 


-Estou, mas não é hora para isso! –Lembrou e apontou a varinha para uma Comensal que se aproximava.


 


-Tem razão. –Concordou e lançou um feitiço estuporante em um dos comensais, que caiu inconsciente no chão.


 


-Reducto! –Brandiu Hermione fazendo uma parede atrás de um aglomerado de bruxos das trevas explodir e soterra-los parcialmente com os destroços. Essa ação pareceu enfurecer os inimigos, que começaram a atacar sem piedade os dois adolescentes, usando desde Maldições até feitiços negros. Um dos Comensais conseguiu separar um pouco Hermione de Harry e duelava contra a morena de forma desleal, quando ele conseguiu distrai-la com um feitiço, puxou-a pelos cabelos, fazendo-a ficar de costas para ele e juntando o corpo ao dela e passando o nariz pela pele alva do pescoço da grifinória.


 


-Oh belezinha, bem que o Mestre poderia deixar nós levarmos você para nos divertirmos. –Sussurrou perto do ouvido dela.


 


-Acho que não. –Rosnou ela pisando fortemente no pé do homem, que gemeu, mas algo o puxou pelo ombro fortemente e acertou um belo cruzado de direita. –Malfoy?! –Assustou-se vendo o loiro balançar a mão e fazer uma careta.


 


-Qual é? Não ia deixar o cara te estuprar aqui no meio. –Murmurou e a garota balançou a cabeça. –Vamos? –Chamou, ela fez um gesto para que ele esperasse. Foi até o Comensal caído no chão e acertou o salto entre as pernas do homem. –Ui. –Soltou Draco antes de se virar e começar a duelar com outros Comensais. Eles escutaram estalos, reforços estavam chegando.


 


-Chega! –Urrou Voldemort, que apenas assistia aos duelos, envolto de um escudo dourado, provavelmente já estava furioso ao ver alguns de seus Comensais caírem inertes no chão. Com o urro do Lord todos pararam o que estavam fazendo e o fitaram, tremeram ao ver o sorrisinho maléfico do bruxo. Alguns aurores aproveitaram esse tempo para fazerem um tipo de barreira entre os Comensais e os adolescentes, Harry foi até Hermione e agarrou sua mão, colocando ela um pouco atrás de si. –Cansei de brincar. –Ele fez um gesto e um Comensal aparatou.


 


-O que você quer?! –Gritou Harry. –Você vai ser preso!


 


-Claro que não, menino tolo! –Respondeu em uma voz cortante. –Só vim acabar o que meus patéticos Comensais não conseguiram acabar! –O Comensal que havia aparatado voltou, segurando duas pessoas. Algo subiu pela espinha de Hermione e deu um soco imaginário em seu estômago.


 


-Seu mestiço imundo! Larga eles! –Urrou ela, tentando dar um passo à frente, mas foi segura por Harry e Draco. A morena se debatia, tentando se livrar dos dois, mas estava difícil.


 


-Sangue-ruim, como se atreve a dirigir a palavra ao Lord?! –Rosnou ele e apontou a varinha para o casal de trouxas que eram presos por cordas invisíveis. –Crucio! –Bradou em uma voz contente, fazendo o homem se contorcer.


 


-Não! Pai! –Ela se debateu mais ainda, mas os dois ainda a seguravam. –Me soltem! –Mandou, Harry e Draco sentiram a pele da morena esfriar rapidamente, o choque térmico os fez a soltarem. Hermione correu desabalada em direção aos pais, mas foi parada por um escudo transparente e quente. Ela gritou e socou o escudo, mas não adiantava. Lágrimas de impotência começaram a banhar seu rosto, o grito de seu pai ecoava por sua mente e vê-lo se contorcer daquele jeito não ajudava.


 


Voldemort bradou novamente a Maldição, agora’ apontando para a mãe da garota, que soltou um grito agudo, chamando a filha. Uma onda de fúria se apoderou da jovem e um trovão foi escutado bem em cima do Beco Diagonal, todos direcionaram a cabeça para o céu que antes era azul e agora adquiria um feio tom de cinza. Mais um trovão, só que dessa vez mais alto, encobrindo até os gritos de Jane. O sorriso de Voldemort aumentou como se tivesse a confirmação de alguma coisa, alguma coisa muito importante.


 


-Acho que já está de bom tamanho. –Comentou e cessou a tortura, alguns soltaram um suspiro, mas um trovão muito semelhante a um rugido soou, Hermione sabia que não estava acabado. –Avada Kedavra! –A satisfação era imensa ao pronunciar as palavras e, com uma única maldição, matou o casal, desaparatando logo em seguida com seus seguidores, deixando dezenas de feridos e alguns mortos para trás.


 


-Não! –Soltou Hermione em sussurro, correu até os pais e se jogou sobre eles, deixando algumas lágrimas rolarem pelo rosto. Harry se aproximou da namorada, abraçando-a, Hermione se aconchegou nos braços fortes dele. O choro começou a se intensificar, assim como a raiva que Hermione sentia, ela apertou ainda mais o namorado. Os vidros das lojas que ainda estavam inteiros começaram a trincar, a morena ergueu os olhos para encarar os orbes verdes de Harry. –Eu vou me vingar. –Rosnou ela e os vidros estouraram. Os pingos de chuva que era guardada nas pesadas e grandes nuvens cinza começaram a cair, ensopando todos no lugar. –Eu juro. –Prometeu ela.


 
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N/A: Galerah mais um Capitulo pra vocês, desculpe a demora, mais é eu estava em provões e os professores não ajudão né? Só mandam estudar estudar e estudar. Ai quando agente pergunta se a prova ta facil eles respondem: - Esta facil pra quem estudou. --´ Mais voltando, a Pamy como sempre PERFEITA!!!

N/A²: Coitadinha da Mione. Eu sei, eu sou cruel xD, masi eu só matei os pais dela por que isso tem que acontecer.E um ponto importante da fic. E aê, o Draco ta virando do bem, hehehe. O proximo capitulo vai ser meio triste gente, afinal e a parte depre da Mione, o nome dele vai ser Tempos dificeis

Comentarios:

 Rosana Franco: Você esta certa não é? Aconteceu muitaa coisa no beco. E olha que isso nem é a missa metade da Fic. A Luna... digamos que ela é cheinha de surpresas.Hehehe. Bju Obg pelos comentarios.

Over the sky: Prontinho mais um capitulo, espero que goste!! =)

Bruna.Jean.Granger.Cullen.Potter: Bruna, muito obrigado por acompanhar a Fic. =) Acho que matei sua curiosidade né? Bju Bju.

N/A³: Acho que posto o proximo capitulo na proxima semana. Eu e a Pamy estamos muito animadas com a fic.(Obg denovo Pamy) Mudando de assunto, acho que depois do proximo cap a galerah volta pra Hogwarts!! ( Sei que estão pensando: FINALMENTE!!) Rrsrs.... Bjus e até o Proximo Cap!! Tempos Dificeis.



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Comentários (3)

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