Capitulo 2 - Sofrimentos e Res

Capitulo 2 - Sofrimentos e Res



Capitulo 2 –


 


Ao abrir as cortinas, dei de cara com um corpo seminu em uma espreguiçadeira trouxa no quintal da casa vizinha. Que delícia era aquela? Arrisquei mais uma olhada.


Vi claramente um torso malhado com pequenos mamilos castanhos. A pele era muito branca. Bem devagar meus olhos deliciavam-se com a ‘paisagem’, acompanhando uma delicada linha de pelos escuros que desciam do umbigo à cintura do jeans escuro.


O rosto escondido pelo livro que ele lia era envolvido por lindos cabelos loiros claros. Fiquei ali parada, esperando que ninguém me visse. De vez em quando, ele coçava o peito nu com uma das mãos delicadamente. Pelas calças de Merlin, que sonho de garoto. Fiquei torcendo para que ele tirasse o livro só um pouquinho para eu poder ver se o rosto dele era tão bonito quanto o corpo.


A porta se abriu de repente e pulei para longe da janela. Ninguém gosta de ser pego com a mão na massa, né?


- Tallulah... - falei baixinho com um suspiro longo de alívio quando a gata de estimação de minha tia entrou no meu quarto querendo atenção.


Quando olhei de novo o garoto se levantara vestindo a camisa enquanto entrava na casa com o rosto virado para o lado contrario da minha vista observando a cerca da casa.


Tallulah enrosca-se nas minhas pernas, esfregando a cabeça nos meus joelhos para ver se eu olhava para ela.


- Meu montinho de pelos favoritos. Olha só o que me fez fazer. Olhei para vc por um segundo e perdi a chance de continuar a olhar para aquele garoto...


“Mas, Anne, você não jurou que não teria mais nada com garotos durante um ano?”, pensei. Gostar de garotos foi um grande fardo para mim. Causador de parte dos meus problemas com Samanta. Um garoto em particular, mas naquele momento eu não queria pensar em Charlye.


Eu nem conseguia olhar para a foto dele no fundo do meu malão.  Sorrindo e acenando freneticamente, e mandando um beijo para mim.


Desci as escadas morrendo de fome e encontrei tia Merly muito a vontade no grande sofá de coro de dragão.


- Tome seu café-da-manhã.


- É o que eu quero fazer no momento. – Revirei os olhos e abri a geladeira trouxa. Sinceramente não sei por que tantos artefatos trouxas em uma casa bruxa e em uma vila bruxa.


Dentro da geladeira havia meio litro de leite de cabra, um pouco de suco de abóbora, e caramelo estragado. Minha fome desapareceu.


- Put’s... Tia Merly...?


- Desculpe... Estou precisando fazer compras... – Disse ela suspirando.


Vou explicar porque não falo francês e nem minha mãe usa muito quando convença comigo e com Marcus: Nasci em Londres.


Eu, mamãe e papai vivemos aqui por 10 anos, ou seja, eu tinha dez anos quando ele se foi. É exatamente isso: Morreu. Daí por diante mamãe viajou para França comigo e com um bebê de colo: Marcus.


 Peguei o suco e cereais com gosto de doce de abóbora e fui comer no quintal. A manhã estava linda e ensolarada. Iluminando minha pele branca e meus cabelos castanhos escuros. E também não seria nada mal dar uma espiadinha no Garoto Loiro Sarado...


O quintal estava uma completa desordem cheia de ervas daninhas e lixo.


- Que bagunça, não? – Disse tia Merly sentando-se ao meu lado no banco de madeira.


“Sua vida, sua aparência ou seu jardim?” - Pensei, mas disse só isso:


- Seu namorado não escreve poemas sobre o verde?

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