A Carta
CAPÍTULO 1 –
Era final de Agosto, Rose iria depois de muitos anos de ansiedade para Hogwarts. Ron e Hermione estavam preparando-se para ir ao Beco Diagonal, comprar livros na loja “Floreios e Borrões”, vestes na “Madame Malkin Trajes para Todas as Ocasiões” e – é claro - comprar a sua varinha na loja “Olivaras”. Rony já vinha dizendo a Rose que: “Na sua idade, eu adoraria comprar em lojas sem ser na “Loja de Artigos de Segunda Mão”, então aproveita!”. Já Hermione estava preocupada se a filha teria herdado a preguiça para estudar do pai: “Não, isso não pode acontecer!”. Enfim a casa estava carregada de preocupações, tirando Alvo que disse durante o jantar: “Falta um ano, eu é que não vou me preocupar!” e voltou a comer o frango. Portanto ficou para o último dia a escolha de como iriam para o Beco Diagonal. Por isso Hermione foi ao quarto no sótão perguntar a sua filha. Ao abrir a porta disse:
- Filha, estava pensando se daria para nós fazermos desaparatação acompanhada... O que a senhorita está fazendo? – Rose estava escrevendo em um pergaminho e surpreendeu-se com a entrada de sua mãe:
- Humm... O que? – disse Rose, ao mesmo tempo amassando o pergaminho contra o corpo – Quer alguma coisa?
- Uma filha que não minta! – Desdobrou o pergaminho e leu:
Caro Tio Fred,
Essa talvez seja a 12ª carta que mando ao senhor. Entendo que o senhor trabalha muito e talvez não tenha tempo de responder sua sobrinha, mas espero que o senhor saiba que – do fundo meu coração – mesmo não te conhecendo sei que o senhor é boa pessoa e que merece todo meu amor. Esse ano vou para Hogwarts, junto com Alvo (o filho do Tio Harry - sabe aquele do qual eu sempre falo?). Espero que seus filhos – se tiver – me encontrem lá. Agora vou ao Beco Diagonal!
Dia, Rose Weasley.
Ao terminar a carta Hermione disse:
- Rose, você não precisa esconder as coisas da sua mãe. Muito menos “essa coisa” – Sei que eu e seu pai não mencionamos o seu Tio Fred, mas você precisa entender que...
_ Minha mãe e meu pai não confiam em mim! – berrou Rose – Simplesmente isso! Desculpa, mas se for para ouvir lorota eu digo “Tchau!”
- Está bem! – disse Hermione vendo sua filha ameaçando ir embora – Acho que já posso te contar.
- Não Hermione! – de repente Ron apareceu na porta.
- Ela já tem idade...
- Não o BASTANTE! – depois de se acalmar disse – Estava vindo para dizer que vamos com o carro... Papai o arrumou depois de ele aparecer de repente em frente “a Toca” todo despedaçado. Temos que ir – virando se para Rose disse – Não conte a seu irmão o que aconteceu aqui!
- Mas pai...
- Não! Vejo vocês lá embaixo.
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- Sabia que tem nome isso que você faz? Isso se chama “IRRITAR”! – disse Rose depois da vigésima vez que Hugo perguntou “O que é que aconteceu no quarto?”.
- Só estou curioso... Você está tão quieta! – Rose sabia muito bem o motivo da quietude: estava pensando porque o assunto “Tio Fred” tinha que ser tratado somente quando tivesse “idade o bastante”. “Será que ele está preso em Azkaban? Não pode ser! Ele foi boa pessoa... Eu sinto isso. Mas talvez ele esteja doente? Imagine se ele fosse maluco...”.
- Chegamos – disse Ron interrompendo o pensamento de Rose e levando-a a uma rua deserta com um bar sujo e feio, com a aparência de que era invisível aos trouxas e uma placa escrita “Caldeirão Furado”.
- Nossa pai, como esse Beco Diagonal está tão movimentado! – disse Hugo ironicamente
- Hugo, você não leu “Mundo Bruxo – Cidades bruxas”. – disse Hermione
- Desculpa mãe, mas a senhora sabe que eu não sou muito chegado em livros.
- Ai meu deus! Ronald Weasley parte dois...
- Vamos visitar o Beco? – disse Ron fingindo que não ouviu o desespero da mulher.
Realmente o bar era tão sujo por dentro quanto por fora, mas por dentro tinha bruxos e mais bruxos dando Oi e apertos de mãos até chegarem ao fundo do bar. Ron pegou sua varinha e bateu em três tijolos: De repente apareceram várias ruas cheia de bruxos, vendedores ambulantes, crianças em frente às vitrines e muitos pais com seus filhos.
- Nossa! – surpreendeu-se Rose
- Pai,vaicomigojuntoásorveteria Rose,vamoveraquelalojaestranha Mãe,hojeeuvounalivrariatá? Nossa... Eu... Vou... Morrer! – disse Hugo deitando-se no chão depois do seu falatório
Assim foi a tarde no Beco diagonal, Rose comprou sua varinha, suas vestes, os melhores livros da “Floreios e Borrões” - por causa da mania de sua mãe – e uma “Gunnergold 2000” do seu pai para os testes para artilheira, “Minha filha é meu orgulho! Meu orgulho!” disse Ron a todos que podiam ouvir. Já era tarde quando ficou combinado de irem a “Gemialidades Weasley”, que estava agora na direção de seu Tio Jorge e o seu sócio Lino Jordan. Quando chegaram à loja todos se espalharam. O lugar estava lotado de criança, mas Rose só pensava em uma coisa: Era bom arranjar um jeito de fugir do seu Tio Jorge, pois não queria lembrar o incidente no quarto de manhã. De repente apareceu um menino magrinho, não muito alto, cabelos pretos e bagunçados, olhos verdes e penetrantes e uma cara de que sempre está feliz: Era Alvo!
- Alvo?
- Rose? Pensei que do jeito que a Tia Hermione é, vocês já tinham vindo ao Beco faz muito tempo!
- Bem que eu queria... Aqui é mágico, né? – disse Rose
- Nem me diga! A Lily teve um surto quando chegou.
- O Hugo também!
- Estranho! – disse os dois ao mesmo tempo e depois caindo no riso!
- Vamos ver o Tio Jorge – disse Alvo
“Não pode ser verdade!” pensou Rose “Vou ter que arranjar um jeito de negar o pedido ou... já sei” e disse:
- Pode ir à frente que eu... Tenho que avisar o Hugo! Meu irmão, coitado...
- Está bem... – disse Alvo estranhando a compaixão de Rose com seu irmão – Então te vejo no escritório, no andar de cima!
Mau Alvo chegou ao terceiro degrau da escada, Rose saiu correndo em direção à porta de entrada. Bateu em um menino testando as orelhas extensíveis, uma garota experimentando a poção “Amortentia”, outro menino a comprando entre outros. Mas uma coisa eles tinham em comum: todos xingaram Rose de desastrada, atordoada, sem freio e etc. Até Rose bater numa coisa loira:
- Desculpa, é que...
- Não se preocupe – disse a “coisa loira”, que depois de visto por Rose, não podia ser somente uma “coisa”. Seu cabelo era liso, grande e loiro bem claro. Muito alto e um tanto magricela. Com roupas pretas e bem despojadas. “Sim” pensou Rose “Ele é muito lindo!”. Que parou seu pensamento ao ouvir a “coisa” – Só espero que dá próxima vez que eu te ver, não estar em baixo de você!
Só agora Rose percebeu que estava em cima dele. Frente a frente com seus olhos azuis cinzentos.
- Eu... Desculpe... Normalmente – disse Rose com uma gagueira que na hora parecia inevitável! Ela era uma grande oradora e normalmente não tinha vergonha de coisas corriqueiras, como falar com alguém desconhecido.
_ Scorpius – disse o menino estendendo a mão para um comprimento – Scorpius Malfoy!
- Rose – disse Rose cumprimentando o menino – Rose Weasley!
- Então a loja é do seu pai?
- Não, do meu Tio! – disse Rose se dando conta que precisava sair da loja – Vamos tomar sorvete? Preciso realmente sair daqui!
- Claro!
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Ao chegar à sorveteria “Florean Fortescue” Rose encontrou o lugar com poucas pessoas e um ar de felicidade. Quando chegaram ao balcão, um homem - que só podia ser o Senhor Fortescue – os olhou e disse:
- Olá crianças! Temos todos os sorvetes, todos os sabores de todos os gostos.
- Quero um de Chocolate com Doce-de-leite! – disse os dois ao mesmo tempo.
- Só vai dar pra um! Com quem fica?
- Pode ficar Rose! Escolhi de bobeira... – disse Scorpius com ar de dor
- Obrigada! – disse Rose que adorava aquele sabor.
Passaram o resto da tarde conversando de quadribol e tomando sorvete. Scorpius passou o tempo o todo olhando para o sorvete ou “Para mim?” pensou Rose. Já era fim de tarde quando eles se despediram:
- Nossa está muito tarde – disse Rose olhando para o relógio – Tenho que ir. Eu te vejo no Expresso Hogwarts?
- Claro, esse é meu primeiro ano! – disse Scorpius orgulhoso
- O meu também... Tchau!
- Tchau!
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Rose não foi bem recebida quando encontrou os seus pais. Levou bronca, mas não ligava para isso... Pelo menos teve uma tarde gostosa e se livrou do assunto “Tio Fred”. Rose passou as tardes de fim de agosto pensando: “Para que casa eu vou? Só pode se Grifinória, eu sei! Mas e se eu fosse para Sonserina? Meu pai teria um treco, rsrsrs”.
Comentários (1)
Saudades do Fred ):
2011-10-30